Dá para dizer que o trabalho de uma seleção que vence a Copa América invicta não é bom? Dá, dá sim. A competição é de uma pobreza técnica absurda, os rivais estão longe do primeiro escalão e mesmo assim o Brasil sofreu além da conta.Nos jogos que contam realmente (Canadá, Cuba e Argentina), a defesa até que foi bem (50,6 pontos sofridos, 32% nos arremessos e 18 erros), mas o ataque continua jogando de maneira previsível (passe do pivô de cima para a de baixo e deslocamentos nas extremidades da quadra) e pouco eficiente (apenas 23,2% dos pontos vieram de dentro do garrafão e houve 17,6 assistências). Além disso, 57 dos 185 arremessos tentados foram de três pontos (30,8%), os erros continuam altos (13,3) e o percentual de desperdícios por posses de bola é absurdo (1 a cada quatro). Ou seja, os fundamentos, que deveriam ter sido trabalhados nos três meses de trabalho em Barueri, ficaram abaixo da crítica. E, insisto, contra rivais fracos e que permitiram 11,6 segundas-chances por partida.
Por isso a pergunta que fica é: Paulo Bassul merece continuar à frente do time feminino? Há três temporadas no cargo, o técnico carrega consigo uma penca de decisões sem critério, um discurso moderno-na-teoria-porém-vazio-na-prática e uma filosofia que não dá mais certo nos dias de hoje: a de que tudo se resolve nos treinamentos - isso sem esquecer de que ele é vítima da falta de planejamento e rumo da CBB.
Com atletas cada vez mais mimados e sem formação adequada, Bassul deveria, sim, se preocupar com outros aspectos que não apenas os técnicos e táticos (desde a alimentação da Kelly até o "pacto" com veteranas com quem já trabalhou em clubes).
De modo geral e pensando racionalmente, até agora acho o trabalho de Bassul fraco, bem fraco, e sinto-me bem à vontade para dizer isso porque fui um dos maiores defensores de sua manutenção pós-Pequim. Por mais paradoxal que isso possa parecer, ainda o manteria no cargo até o Mundial de 2010, pelo simples motivo de que ele completaria, lá, um ciclo completo na função - se fosse sádico, diria que ele provaria de seu próprio veneno ao ver as "balzaquianas" que ele tanto ama afundando a sua reputação. Depois da competição, aí sim seria a melhor hora de analisá-lo por completo.
E você, o que acha? Manteria Paulo Bassul como técnico da seleção feminina? A caixinha está aberta!
Postagens
25 comentários:
O problema é:
Colocar quem???????
Se foi um parto a contratação de um estrangeiro para a seleção masculina (que nem para as olimíadas se classifica) imagine para as meninas, que nem campeonato nacional de verdade possuem.
Também estou decepcionado com o Bassul. Achava que com a substituição do Barbosa o time iria melhorar muito. Mas não. Continua naquela mesma letargia, com ataque mais do que sofrível.
Também acho muito fraco o trabalho. Mas o fato é que o mercado nacional não está para peixe...
Tem muita gente dando palpite nessa CT. As jogadoras peitam o tecnico, dirigente fala com as jogadoras no intervalo de jogo...
E mesmo que se faca um bom trabalho o seu cargo jah tem dono: basta a Janeth querer.
Talvez o Bassul devesse mesmo passar o cargo agora, com uma vitoria no curriculo e deixar a bomba.
Acho que o Bassul melhorou depois de Pequim. Pelo menos as substituições em sequência e sem justificativa acabaram.
Agora, não adianta cobrarmos o técnico da seleção se não temos trabalho de base para revelar novas atletas nem um campeonato decente para que elas adquiram ritmo de jogo e se desenvolvam.
Sds.
Tenho que discordar Bala, vc critica o "número alto de erros" (13,3). As 3 melhores colocadas no masculino nos jogos olímpicos fizeram USA - 13,7 erros/jg ESP - 15,3 erros/jg e ARG - 13,2 erros/jg.
Vc critica o % de bolas de 3 pontos tentadas (30,8%) e mais uma vez fui olhar as 3 primeiras colocadas no masculino do Olimpíada, já que todo mundo aqui sempre fala que o masculino tem um nível altíssimo. Vamos lá: USA - 204 bolas de 3/567 (35,98%) ESP - 168/528 (31,81%) ARG - 189/301 (38,57%), ou seja, TODOS eles arremessaram um percentual de bola de 3 maior do que o Brasil.
Nossa seleção MELHOROU MUITO sim nesta Copa América e acho que às vezes vc fala coisas sem fundamento só para não dar o braço a torcer.
Só para completar o quadro vc critica as 17,6 assistências do ataque da seleção. Nas Olimpíadas USA - 18,5 assist. ESP - 13,8 e ARG - 15,5
Fabio, o Bassul faz um trabalho fraco sim.
O principal ponto que voce tocou é o discurso. Fala-se muito no basquete atual, existem muitos estudiosos com planejamentos e movimentações taticas mirabolantes, pranchetas rabiscadas, vedadeiras equqções matematicas travestidas de jogadas, mas ai notamos que na pratica não existe milagre.
Não temos material humano no feminino, as nossas meninas têm mecanica ruim de arremesso e de controle de bola. Voce olha uma americana ou uma australiana jogando e nota que a mecanica é bem proxima da masculina e depois ve as brasileiras com pouco vigor e talento.
Some-se a isso um time comandado por Bassul e suas velharias e teremos sem duvida o basquete feminino trilhando o caminho da geração masculina que nunca frequentou uma Vila Olimpica.
Manteria o Bassul sim. Acredito que tirá-lo agora seria ruim. Ele ainda pode contribuir e tenho certeza que se ele ficar, ele vai dar o máximo. Quem o conhece sabe disso.
Só trocaria por um técnico de alto nível internacional.
BRUNO HENRIQUE
Parabéns Bala,voce só não foi o maior defensor pela manutenção como pela entrada dele.Parabéns pela sua imparcialidade de agora enxergar e criticar.E,agora o que se vê um time que para ganhar precisou usar o pivot para pivot(o high low)que voce tanto criticou o Taralo, e agora vemos o cara utilizando o mesmo sistema-Silvia/Alessandra(marcada por jogadora de 1,85 e 15 anos mais nova), que quem frequenta o basquete feminino mais de perto já sabia,ele conversa,demonstra um grande conhecimento,que também é discutivel,e até agora nenhuma competição que vimos uma "reconstução"ou inovação tática,nem velocidade de saída de bola este time tem,jogo de transição com os pivots chegando para finalizar não se ve mais.Dizer de defesa,mas que time é que tinha ofensiva de algum nível!Maior erro, aceitar Hortencia forçando a convocação da Helen e da Alessandra.Na entrada do meio tempo vimos ela conversando na saida do vestiario para a quadra com a Helen.E,vejam em plena competição já escala a Janete de técnica,depois diz que o trabalho do bassul seria avaliado.CBB acorda,deixe a Hortencia sair em fotografia,marketing,sem falar em basquete como diretora,pelo amor de deus,Carlinhos,até agora só vimos ações para ela aparecer!
Na verdade, justiça seja feita, ele ainda não jogou com um time completo. Na minha opinião, um time sem Adrianinha, Iziane e Érika fica dificil analisar.
Acho que ele melhorou bastante a defesa do Brasil, porém, o ataque piorou bastante. Ele me passa a impressão de se achar o bonzão sabe...precisa de mais humildade.
Técnicos bons existem..é só procurar. Acho que ele deveria sair sim.
Acho q ele deve sair sim, pq tecnicos bons exitem sim agora uma jogadora como a Iziane e Érika não temos, e precisamos delas, e ta na cara que a Érika tbm não quer jogar com o Bassul.Para mim a melhor opção seria trazer Maria Helena e Heleninha devolta ou Antonio Carlos Vendramine.
Quanto ao Bassul colocaria na sub 19....ah e o mais importante é tirar o Taralo e o Guidet da base.
A Érika foi vice campeã mundial sub21 com o Bassul e sempre deixou claro que quer jogar pela seleção sim! Só não conseguiu por causa do calendário da WNBA.
Não coloquem as duas (Érika e Iziane) no mesmo balaio porque são situações totalmente diferentes!
Adoro discussão com números, pois vamos mais uma vez a eles!
Ataque da seleção masculina elogiadíssimo por todos, jogando consciente (e eu assino embaixo porque jogou bem mesmo!).
Agora vou listar os números criticados ardentemente no post sobre a seleção feminina (F) e comparar com os da masculina (M):
Masc Fem
Assist 17,3 17,6
Erros 12,9 13,3
Quantid. de
arrem. de 3/
total de arrem. 30,3% 30,8%
(190/628) (57/185)
A pergunta que não quer calar PORQUE NÚMEROS TÃO SEMELHANTES RECEBEM AVALIAÇÃO TÃO OPOSTAS?
Detalhe: Tinham seleções fracas nas duas competições e algumas seleções médias a nível mundial.
Concordo integralmente com o que o Fábio escreveu:o Bassul "merece" dirigir esta seleção no Mundial e ver como se sai.
O time vem mal, o talento é escasso, a forma atlética das jogadoras é patética, e o comando do basquete feminino claudicante MAS, como não há nome para substituir o Bassul, e a CBB não tem grana para trazer um grande nome, acho que o mais sensato seria mante-lo até o Mundial, e depois repensar o próximo ciclo.
Por outro lado acho que o basquete feminino, com qualquer técnico, está condenado a mediocridade nos próximos anos, pois não há qualidade nem quantidade suficiente de boas jogadoras.
http://colunistas.ig.com.br/fabiosormani/
Eu gostaria de ver o Miguel Ângelo dirigindo novamente a seleção, ao menos ele soube fazer bem a mescla entre experiência e juventude.
qualquer um, contanto que Bassul saia e Iziane volte ta ótimo!!!!!!!
ao anônimo lá de cima, eu só digo duas coisas:
- nao se compara número de basquete masculino e feminino. são duas coisas muito diferentes.
- outra: mesmo que os números sejam parecidos, há uma diferença gritante: a seleção masculina jogou bem. a feminina, não.
no meu modo de ver, claro.
abs, fábio
Eu manteria Bassul até o Mundial.
Se aí sim, não melhorar nada .. aí ok, teria sido dado mais um tempo e chance de melhora.
Para Londres, com certeza, teriamos outro.
Porém agora, eu deixaria ele até o final do Mundial.
A verdade é que não temos no Brasil um técnico a altura do Bassul. O Bala ilustrou muito bem no texto quando fala que ele tem "um discurso moderno na teoria e vazio na prática". Ele até o momento não consegiu mostrar a que veio... mas prefiro que ele continue, e que consiga mostrar o seu melhor como técnico.
Ih, já vimos tudo... O cara vai ficando, ganha um torneiozinho de nível técnico medíocre e vai ficando que nem o Lula. Vai, vai, coitado, deixa o cara trabalhar, trabalhozinho medíocre, 3 meses e nada, nem emagrecer jogadora emagreceu, ganhou torneiozinho vai até o mundial. Faz papelão no mundial, tudo bem, é culpa da Iziane que não é patriota, tá bom, vai que nem o Lula.
É o mesmo filme do masculino, será que aparece um Moncho para resolver sem o mesmo material humano?
Tá todo mundo falando que o Bassul só tem o discurso modernizante mas q na prática é diferente. Eu diria:
no atual cenário de técnicos brasileiros pro feminino só ter o discurso já faz bassul melhor q os outros, que nem tapear a gente com um pouco de coerencia conseguem
Gente nao é obrigação do tecnico emagrecer ninguem .ou o atleta de alto nivel tem conciencia que ele depende do corpo e tem que se cuidar porque ninguem perde peso em tres meses se nao perdeu em anos de treino.o técnico nao tem culpa temos que ver o que vem sendo feito nos times com os preparadores físicos esses sim tem que estar alertando e concientizando o atleta.O paulo fica porque ele é 10.
O Leonardo disse que queria ver o Miguel dirigindo...até poderia pois a Hortencia ainda esta lá para dizer como o time vai jogar...falta trazer a Paula
vcs comparao brasil com os outros paises .. ai meu Deus aonde estao com a cabeca .. eu jogo basket a 11 anos 7 anos joguei no brasil e 4 anos aki em universidade nos estados unidos meu time nos dois anos q estive na universidade fomos uma fez pro NCAA liga nacional ... e vamos lah vamos parar de criticar tecnicos atletas comissao tecnica como os q esta atraz deles pq nao tem cabimento .. todos nos sabemos das dificuldades q passamos dos campeonatos q sao fracos .. comos vcs querem disputar coisa grande q se sem importancia vcs dao pra vcs msm ... o q precisamos agora eh apoio PATROCINIO resolvao as suas coisa primeiro q depois vem falar algo da selecao ... vamos abrir os olhos pessoal .. nao eh tao facil assim ..vcs so falao falao e nao fazem nada pra melhorar .. a culpa nao eh so do Paulo Bassul mais sim de vcs q falao demais tbm e nunka estao satisfeitos .. vai ver o apoio q o atleta tem aki no estados unidos e depois vcs falao alguma coisa do brasil ... programa aki eh diferente .. nao tem com o q comparar .. me desculpe nao tem com o q se comparar ...
Postar um comentário