segunda-feira, 29 de março de 2010

Tarallo fala

Luiz Claudio Tarallo é um dos mais contestados técnicos de seleções do país. Por isso o blog decidiu escutá-lo em uma conversa franca e dura após o título nos Jogos Sul-Americanos. Tarallo falou sobre a competição, sobre as meninas que estão surgindo e, claro, sobre as críticas que sofre.

BALA NA CESTA: Como foi o torneio de um modo geral, e a final contra a Argentina em particular?
LUIZ CLAUDIO TARALLO: As equipes já se conheciam da Sub-17 e com isso todas se prepararam melhor para esta competição. O Brasil também mudou com a vinda de três jogadoras que não haviam participado no ano passado (Tássia, Joice e Milena). Na primeira fase não tivemos grandes problemas com Equador e Venezuela, mas contra a Colômbia foi um teste muito bom para as meninas, que jogaram diante de uma torcida de aproximadamente 7.000 pessoas – muito importante para o crescimento delas. Na semifinal contra o Chile, a equipe conseguiu superar as dificuldades encontradas – as chilenas evoluíram muito desde os amistosos no Brasil, perdendo por uma diferença de 17 pontos para nós e de 11 para a Argentina. Para a final contra a Argentina, estudamos demais a equipe delas, procurando anular seus grandes diferenciais - o arremesso de três pontos e o jogo cadenciado. Além disso, realizamos uma forte marcação nas principais jogadoras.

-- Muita gente, inclusive eu, lhe critica muito por conta dos seus resultados passados (o Mundial Sub-19 não foi muito bom). Este título vem em boa hora, não? Alguma coisa em seu método de trabalho mudou? Fica ainda uma outra pergunta: como é seu método de estudo, análise das atletas e dos adversários?
-- Creio que as críticas aconteçam pelo fato de não conhecerem realmente os resultados passados e também pela distância no acompanhamento do trabalho. Não consigo entender uma crítica baseada somente em estatísticas ou pelo fato de escutar uma ou outra pessoa. A pergunta citou o Mundial Sub-19 sem saber o que aconteceu na preparação, sem analisar se a participação na Lusofonia foi importante, se a equipe teve problemas de lesão, de saúde ou de adaptação. Enfim, não estiveram presentes para saber se o nível das demais equipes era próximo ao do Brasil. Apenas analisaram o placar final. O título sempre é bom e vem em boa hora, mas não mudei a maneira de pensar sobre o basquete e nem a metodologia, embora sempre estejamos adaptando a filosofia e a estratégia de jogo em função das jogadoras presentes na seleção e nas adversárias da competição em questão. (Neste momento, Tarallo começa a citar o seu currículo, que você encontra aqui). Sobre meu modo de trabalho: procuro sempre acompanhar tudo de novo em termos de métodos defensivos e ofensivos, sobre as diferentes escolas de basquete, além de livros, artigos e jogos nacionais e internacionais. Sobre as atletas, procuro sempre observá-las acompanhando os jogos e conversando com outros técnicos. Sobre os campeonatos brasileiros, temos o acompanhamento, hoje, da Janeth, que analisa e indica atletas de outros estados.

-- De todo modo, o título não é o máximo de vocês neste ano, já que há a Copa América em junho. Quais as expectativas para a competição, e quais os erros cometidos na Colômbia que precisarão ser corrigidos até lá?
-- Realmente o objetivo principal este ano é a Copa América. Estamos numa chave difícil, já que temos que disputar duas vagas contra EUA, Argentina e Porto Rico. Sabemos das dificuldades, estamos trabalhando muito forte e a CBB não está medindo esforços para proporcionar uma ótima preparação para a Copa América (Tarallo, aí, cita as duas fases de treinamento, os amistosos contra o Chile, o intercâmbio em Las Vegas e outros amistosos antes da competição). Vamos trabalhar para surpreender os adversários, para aprimorar e evoluir ainda mais o sistema ofensivo e acrescentar mais variações defensivas, já que um dos adversários é a Argentina e com certeza ela também estará nos estudando.

-- Esta geração parece estar desenhando o surgimento de três grandes atletas para o Brasil: Damiris, Tássia e Joice. Você poderia falar um pouco dela, e até onde elas podem chegar?
-- Realmente são três grandes jogadoras que estão surgindo, muito fundamentadas e que estão evoluindo a cada ano. Por serem novas, precisam continuar se esforçando nos treinamentos e jogos, mas acredito muito que em breve já estarão representando o Brasil na seleção principal.

14 comentários:

Rogerio Matos disse...

É Fabio, realmente foi meio ''dura'' a entrevista! Sou fa do Tarallo, acompanho o trabalho dele em Jundiai desde que comecei meus estudos na Unicamp e concordo com ele em alguns pontos concernatnes as criticas e analises de seus desempnho, como o das analises por estatisticas e sem conhecimento de causa. Mas tambem, como é que agente vai saber a realidade diaria da selecao, sendo que é dificilissimo encontrar informaçoes sobre isso no proprio site da CBB! De qq jeito, fica ai um parabens para selecao por mais essa conquista e ainda mais esperanca para a copa america!
Forte abraco

Anônimo disse...

uma pergunta ainda não respondida:

Na Colombia as outras seleções (Uruguay, Argentina, Chile e Ven) tb enviaram seus jogadores sub-18 para a competição????????

Osvald

fábio balassiano disse...

sim, osvald, levaram sim
fábio

Guilherme disse...

Eu assisti o primeiro tempo do jogo do Brasil com o Chile, no qual a nossa seleção teve incríveis dificuldades, já que no outro lado estava um time bastante limitado, com jogadoras gordinhas e baixinhas, mas que fazia coisas básicas no basquete, como tentar envolver todas as atletas nas jogadas ofensivas, procurar a cesta mais fácil, alterar a defesa em momentos em que o ataque adversário encontrava espaços. Enquanto isso o nosso time apresentou um festival de arremessos forçados, erros de passe e se mantinha à frente exclusivamente devido às qualidades individuais de algumas das nossas atletas, em especial a pivô nº12, que eu agora não me recordo o nome. Com o que concluo que o treinador chileno (eu disse chileno, não espanhol, argentino, sérvio, americano, etc...) me pareceu mais preparado e capaz de passar algum tipo de trabalho tático do que o brasileiro.

Ramona, a Glam disse...

Faltou a principal pergunta sobre o trabalho dele: a acusação de ameaçar atletas que se recusem a trabalhar no time dele de não serem convocadas para a seleção.

att,

Ramona, a Glam disse...

Concordo contigo Guilherme, é praticamente um discípulo do Barbosa. Não reage na hora certa e leva nós táticos de seleções fracas. Depois vem uma desculpa tirada não sei de onde para justificar isso.

Anônimo disse...

Ramona, ele não conhece nada das atletas de outros estados, como ele declarou é Janeth que faz a seleção de meninas fora de SP>, que outro dia(janeth) declarou que não conhece as jogadoras cariocas porque nunca as viu jogar.
É dose, tenho pena das atletas de outros estados que não foram para algum clube paulista,principalmemnte para o dele e ainda fala que uma atleta que fez a diferencia foi Milena, ele é louco e falso.......

Anônimo disse...

Uma pergunta que poderia ser feita ao Sr. Tarallo é como ele se sentiu depois da presepada que ele fez com a jogadora Nayara, às vesperas de sua viagem.
Talves nada, pois já ouvi falar que ele é o homem de muitas caras....e de nenhum escrúpulo.

Anônimo disse...

-Falem o que quiser, mas ele foi o técnico que mais ganhou.-As meninas de outros estados nessa categoria são fraquíssimas, inclusive a Nayara.Não treinam nem metade do que as de SP treinam.Não dá pra comparar o nível.-O técnico do Chile é Argentino.Adversários fracos não inspiram grandes jogos, ainda mais qdo se ganhou de monte recentemente.-Quem seria um bom técnico para essa categoria então???

anonima disse...

respondendo a pergunta deixada acima: Mila Rondon!

Anônimo disse...

Concordo , a Mila é mais técnica, coerente, responsavel, homesta, bom carater! Por isso não comanda nenhuma seleção! Esse é o preço Mila , mais não esquenta não !

Tarallo é um mau carater nato!

Anônimo disse...

É anonimo das 19:51 hrs., são qualidades não muito bem vista para comandar uma seleção,realmente Tarallo é "o cara".......mais paneleiro, parcial e puxa-saco que existe e tenho certeza que a maioria dos anonimos que estão em sua defesa é ele mesmo , pois não acredito que o mesmo tenha muitos admiradores.

Anônimo disse...

Mila Rondon, seria esposa do Paulo Bassul?? aquele que ninguem mais viu, que não tem time? E por falar em Paulo, onde ele está? Se fosse tão competente seria o técnico do Brasil?

Anônimo disse...

para o anônimo do dia 31/4: realmente TArallo é o cara!!!!! e você quem é mesmo? por acaso um técnico que gostaria de estar no lugar dele? Nós de Minas gostamos demais do trabalho dele... pára de ser invejoso!!!!!!