sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Faça você mesmo

Em sua sétima temporada da NBA, Anderson Varejão, que é dúvida para o jogo de hoje contra o Toronto Raptors (seu pai opera o coração nesta sexta-feira), vive o maior desafio de sua carreira. Seu time, o Cleveland Cavs, perdeu a maior estrela (LeBron James), e agora o que resta é lutar na briga não mais pelo título da liga, mas por algo bem menos nobre – uma vaga entre os oito do Leste. No entanto, Varejão, um dos mais experientes da equipe, joga para escanteio qualquer desânimo que possa existir e decreta: os Cavs vêm para brigar neste campeonato – como ficou claro na partida de estreia contra o Boston Celtics nestsa quarta-feira . É o que ele fala em entrevista ao Bala na Cesta.

BALA NA CESTA: Esta será a sua primeira temporada sem a companhia de LeBron James no Cleveland. Qual a expectativa para o campeonato, e como está sendo se adaptar à ausência dele?
ANDERSON VAREJÃO: O Cleveland mudou bastante da temporada passada para cá. Não foi apenas o LeBron que saiu (foi a que teve mais impacto, claro, inclusive de mídia), mas não estão outros muito importantes como Shaquille O'Neal, Delonte West e Zydrunas Ilgauskas. Perder atletas desse nível mexe com qualquer equipe. Chegaram reforços de qualidade, e é natural que o grupo precise de tempo para se adaptar, se encaixar, assimilar o sistema de jogo que o Byron Scott quer. LeBron saiu e a vida segue para o Cleveland. Ele faz falta, claro, mas os Cavaliers são maiores do que qualquer atleta e isso é passado, página virada. Estamos pensando no que temos pela frente nessa temporada desgastante e difícil que vamos enfrentar.

-- Até a temporada passada, o Cleveland começava o campeonato em busca do anel - que acabou não vindo. Nesta temporada, a briga de vocês será para entrar nos playoffs. Como ajustar a expectativa pessoal de cada um em relação a isso, e como convencer o torcedor a lutar junto com o time mesmo sem a maior estrela por perto?
-- Começamos esta temporada pensando da mesma maneira que as outras: em ir bem, sonhando alto e querendo estar entre os melhores. Nossa campanha é dividida em etapas, por objetivos, e a primeira meta é o playoff. Depois vamos pensar passo a passo, mas entramos no campeonato com a mesma vontade de sermos campeões. A saída do LeBron é página virada para nós. Ele agora é jogador do Miami e passa a ser nosso rival. Nosso torcedor sempre esteve ao nosso lado, nos bons e nos maus momentos, e tê-lo ao nosso lado só depende da gente, do nosso empenho, da nossa postura dentro de quadra, de como vamos trazer a torcida para jogar conosco.

-- Em entrevistas recentes, o novo técnico (Byron Scott) disse que pretende utilizá-lo de pivô (também por conta da falta de um "cincão" no elenco). Como vai ser essa adaptação para você, e como será marcar gigantes como Dwight Howard, Shaquile O'Neal e Andrewe Bynum?
-- Já joguei como pivô muitas vezes, principalmente na última temporada, e estou à disposição para ajudar como sempre estive. Já marquei Howard, O'Neal e Bynum muitas vezes,e sei que eles possuem presença no garrafão, muitos recursos e são difíceis de serem marcados. A primeira coisa a fazer é diminuir o volume de jogo deles, fazer com que a bola chegue menos. Ainda estamos assimilando o sistema de jogo do Byron Scott e com o tempo o Cleveland vai estar mais bem ajustado.

-- Volto a um tema bastante recorrente: como evoluir em uma das partes que mais precisam ser aprimoradas em seu jogo - no ataque? Suas férias foram bastante puxadas e com algumas lesões no período de seleção, então acredito que não houve um trabalho específico do Cleveland com você neste sentido.
-- Tenho muito a evoluir, a melhorar, e procuro aprimorar tudo, não só no ataque, mas na defesa também. Trabalhei forte nessa pré-temporada, primeiro para me recuperar completamente das lesões e estar pronto para disputar o campeonato, e depois nessa parte de fundamentos. A pré-temporada é fundamental e o Cleveland fez uma boa preparação. Agora é entrar em quadra e jogar, pois a sequência de partidas é fundamental para o nosso time encaixar, se acertar. Quanto antes isso acontecer, melhor.

-- Por fim, seleção brasileira: você mais uma vez fez parte de uma campanha não muito boa do time no Mundial. Bate uma certa angústia em você ao reparar que você está no meio da sua carreira e esta geração não obteve conquista alguma?
-- O resultado final do Campeonato Mundial não foi o que queríamos, não foi o que a torcida queria e não ficamos satisfeitos porque tínhamos condições de chegar mais longe pelas partidas que fizemos na Turquia. Acho que a seleção mostrou evolução, mostrou que está trabalhando no caminho certo. Mas não há angústia alguma. Eu não jogo pelo Brasil por objetivos individuais ou porque acho que é uma obrigação, jogo por orgulho, porque tenho prazer em defender o meu país e a minha motivação é sempre a mesma. Quero ajudar a o país a voltar às Olimpíadas e essa é a meta de todos para 2011. Temos um grupo focado em fazer a equipe voltar a ser vencedora, voltar a estar entre os melhores, a conquistar títulos importantes.

12 comentários:

Annie disse...

Sorte para o Andy e ao Cavs nessa temporada e à seu pai na operação.

fábio balassiano disse...

verdade, annie.
sorte ao pai do anderson principalmente
nestes momentos esporte fica em segundo plano, né?

Abs, fábio

Glauco Nascimento disse...

Espero que ele tenha uma boa temporada, mas acho que ele e o cavs vão sentir um pouco a falta de uma estrela q fazia a maior pontuação! Varejão não é um jogador forte no ataque! Boa sorte pro pai dele tbm!

Anônimo disse...

nossa voce so criticou o coitado,ainda bem que ele e um cara otimista..
-nao conquistou nada com a selecao
-foram mal no mundial
-precisa melhorar se ataque(se lesionou e nao teve tempo para isso na pre temporada)
-o time nao sonha mais com o titulo e sim apenas com playoff(o que nao e verdade)
-como vai ser marcar os gigantes(ele e um gigante na defesa!!!)

fábio balassiano disse...

verdade, anônimo.
acho que o importante é manter o senso crítico.
acho que ele entendeu bem a proposta da entrevista. ele sabe onde será sempre elogiado.

abs, fábio

Cláudio Noronha disse...

Bala, você não vê no Anderson o nosso jogador com mais potencial para ídolo do basquete? Não falo de resultados, mas de postura, equilíbrio, educação... Abraço!

Anônimo disse...

Participa,cao nao muito boa?foi pessima.o vareja e mediano, por isso esta no Cavs. Cbb e um lixao.

fábio balassiano disse...

claudio, vejo, vejo sim.
ele e splitter

abs, fábio

Anônimo disse...

POR QUE NÃO LEANDRINHO E NENE BALA ?

fábio balassiano disse...

Tenho direito a ter a minha opiniao ainda?
Ok, obrigado.
Nene mal joga e fala do Brasil.
Leandrinho se expressa mAl e n cativa a ninguém.

Abs., fabio

Anônimo disse...

Acho que o Tiago é o exemplo,voces sabem que ele ainda não jogou porque se machucou com a seleção????o cara sempre da tudo e na hora que ´pensar em si,não pode porque tem que defender a seleção MACHUCADO.....pensem nisso

Anônimo disse...

O Tiago é um grande jogador, e tem um carater incrivel principalmente na seleção,dá muito gosto e orgulho desse ATLETA BRASILEIRO,acho que ele e o Huertas são 10.