domingo, 28 de fevereiro de 2010

Paulo Murilo vence a primeira

E Paulo Murilo conseguiu levar o Saldanha da Gama a uma improvável vitória contra o Paulistano, em São Paulo (na rodada do NBB, aliás, o Brasília perdeu a segunda seguida, desta vez para o Araraquara). Com 24 pontos de Roberto, o Saldanha fez 91-85 (errou 22 vezes, mas de novo não abusou dos três pontos - apenas nove tentativas, contra 31 do adversário). Mr. Hill, leitor deste blog, esteve lá e conta como foi:

"Estive presente hoje no ginásio do Clube Atlético Paulistano para acompanhar a partida contra o Saldanha da Gama pelo NBB. Dois quilos de alimento na entrada (ótima iniciativa do clube) e vamos ao jogo. Desde o início, a equipe do Saldanha esteve à frente.

Destacando-se nos rebotes e vigor físico embaixo da tabela (Lucas Costa, Casé e Vega), o time do Professor Paulo Murilo mandou no jogo o tempo todo, alimentando uma diferença de 4 a 10 pontos, sem perder o controle emocional e rodando bastante os jogadores. Erros bobos os dois times cometeram.

O Paulistano manteve-se na disputa através da determinação do Paulinho e Betinho (ótimo). Foi claramente perceptível que o sistema com 3 pivôs móveis (defendido e aplicado na prática pelo professor Paulo) "empurrou" a defesa do Paulistano para baixo da própria cesta, mesmo quando optaram por marcar zona, carregando-os em faltas também.

Mais que a merecida vitória, o massacre no número de rebotes (42-20) e a postura do Prof. Paulo Murilo (orientando, motivando, sem chiliques histéricos) são inspiradores. Temo "novos velhos" ares no basquete brasileiro, sorte e sucesso à talentosa equipe do Saldanha. Abraços, Mr. Hill".

Da Prancheta

6 - É o número de vitórias consecutivas do Milwaukee Bucks, que agora está com 30-28 e na sétima colocação do Leste. Com a contratação de John Salmons (média de 18 pontos nos últimos cinco jogos), o crescimento do argentino Carlos Delfino (grande evolução defensiva) e a sedimentação de Andrew Bogut (16 pontos e 10,5 rebotes) e Brandon Jennings (16 pontos e seis assistências no campeonato), o time de Scott Skiles tem jogado um basquete de alto nível. Contra o Atlanta, rival deste domingo, seus torcedores poderão saber em que nível o elenco realmente se encontra.

V de Vergonha

Se você fosse torcedor de uma franquia que ganhou título há dois anos e que conta com quatro estrelas (ok, uma delas machucada), como se sentiria se seu time perdesse em casa do New Jersey Nets, que até este sábado havia vencido apenas cinco partidas na temporada (e contra Chicago, Knicks, Clippers e Charlotte)?

Vergonha pode ser a palavra que define o sentimento do torcedor do Boston. Na noite deste sábado, os Celtics conseguiram perder em casa para o New Jersey (pior ataque da liga com 90 pontos de média) por 104-96. E não há muito o que possa ser dito sobre um time que atira 3-19 de três pontos em uma noite (Nate Robinson está por lá...).

É a terceira derrota em quatro jogos do Boston e a segunda seguida. Caso tivesse vencido ontem, os Celtics, que têm apenas 16-15 contra times com mais de 50% de aproveitamento, teriam se igualado ao Orlando como vice-líderes do Leste. Mas, na boa, isso é o de menos. Perder dos Nets em casa é que é de lascar.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Rapidinhas

-- Michael Jordan acaba de anunciar a compra da franquia Bobcats, de Charlotte. Os valores da transação não foram anunciados.

-- Paulo Murilo (foto), querido por este blog, estreou ontem como técnico do Saldanha da Gama. Perdeu para o Pinheiros (98-85), mas Rodrigo Alves conseguiu detectar que o estilo de jogo do time já mudou (oito bolas de três e sete erros apenas). Que assim continue! Um sopro de renovação à beira da quadra é preciso.

-- Ontem vi um pouco do jogo entre Dallas Mavericks e Atlanta (os texanos ganharam por 111-103 na prorrogação), e fiquei impressionado com a forma de dois atletas: Jason Kidd (19 pontos, 17 assistências e 16 rebotes) e Josh Smith (estupendo na defesa e ainda com 18 pontos, 11 rebotes, oito assistências e sete roubos).

Alto-falante

"Achei que não era uma boa ideia contratar o Phil Jackson em 1999. Ele tem uma personalidade muito forte, e como já possuíamos Kobe e Shaq, ambos estrelas com orgulho grande, temi que uma terceira pudesse desequilibrar. Felizmente, ninguém me escutou"

A declaração é de Jeannie Buss ao site Fanhouse. Jeannie é filha do dono da franquia Lakers, atual namorada de Phil Jackson e ex-coelhinha da playboy.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O campeão eliminado

Com uma parcial de 18-3 para terminar a partida (26-12 no total do último período), o Barcelona fez 70-67 no Panathinaikos e eliminou os atuais campeões da Euroliga. Navarro, com 15 pontos, e o esloveno Lorbek (na foto), com 10 pontos e 10 rebotes, foram os destaques.

Com quatro derrotas em quatro partidas, os gregos não têm mais chances no Grupo E, que é liderado por Barça e Partizan (ambos possuem 3-1 e necessitam de mais uma vitória para avançarem às quartas-de-final).

Nos outros grupos, tudo embolado no F (Real, Maccabi, Efes Pilsen e Siena têm 2-2), quase definição no G (CSKA e Prokom possuem 3-1) e meio a meio no H (o Olimpiacos, com 4-0, já está classificado, e o Caja Laboral e o Khimki brigam pela segunda vaga).

A terceira via - e a falta dela

Que Hortência demora muito para anunciar o novo técnico todo mundo enxerga. Que o nome de preferência da Rainha é o do espanhol Carlos Colinas, também. O que pouca gente sabe é que não se restringe a Colinas e Paulo Bassul (que apego ao cargo, hein!) a lista entregue à CBB.

A pessoa que você vê na foto à direita se chama Carme Lluveras, e é diretora-geral do Ros Casares, atual líder da Liga Espanhola e clube em que a pivô brasileira Érika de Souza atua. Seu currículo e suas credenciais foram apresentadas à CBB, que se mostrou bem mais animada com seu nome que com o de Colinas, por exemplo.

O único entrave, pelo que pude apurar, é que Carme tem o sonho de dirigir um clube masculino na ACB - ano passado ela passou dois meses no Unicaja, de Málaga, antes de se oferecer a oito clubes da primeira divisão para comandá-los.

De todo modo, a situação não é boa. O tempo passa, a indefinição persiste, e há algo de mais preocupante que a falta de técnico em si: a não apresentação de um planejamento para o basquete feminino até 2012 de um modo geral e o calendário de treinos, torneios e amistosos antes do Mundial deste ano em particular. O nome do comandante, por assim dizer, é a última ponta de um trabalho que até agora vem sendo muito mal feito por Hortência.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Os três tenores

Em uma iniciativa inédita, a Euroleague conseguiu reunir três dos melhores técnicos do mundo para uma clínica que promete entrar para a hisória. Com aulas teóricas online que começaram no dia 15 de fevereiro e se estendem até 9 de junho e uma parte presencial entre os dias 23 e 26 de junho em Barcelona, Zeljko Obradovic (Panathinaikos), Aito Garcia Reneses (Málaga) e Ettore Messina (Real Madrid) falarão sobre defesa, construção de planos de jogo e sistemas ofensivos (entre outros assuntos). Para se ter uma idéia, são 11 títulos da Euroliga e duas medalhas de prata olímpicas, além de outros inúmeros títulos.

Quem se interessar pode clicar aqui e conhecer mais. Seria bem interessante se a CBB levasse alguns de seus técnicos para lá, e depois exigisse que as informações aprendidas fossem transmitidas para os outros treinadores do país. Compartilhar informação é um bom começo para a evolução dos nossos comandantes.

BEC: 'Beyond Basketball'

Beyond Basketball (ainda sem tradução no Brasil, mas facilmente encontrado na Amazon.com) está longe de ser um excelente livro. Exagera nos clichês, abusa dos lugares-comuns da auto-ajuda e faz uma promoção desmedida de seu autor, o renomado técnico Mike Krzyzewski (o famoso Coach K, de Duke).

Ora bolas, então por que indicar a obra (lançada em 2006 e com 192 páginas) no “Basquete é Cultura”? Porque, no meio de tudo o que citei acima, há uma série de histórias interessantes do treinador de Duke desde 1980. Passagens com Elton Brand (hoje no Philadelphia 76ers), J.J. Reddick (ala do Orlando Magic), Christian Laettner, Michael Jordan (na maior humildade, o camisa 23 do Chicago Bulls pediu ao então assistente-técnico que o ajudasse a “melhorar” seus arremessos antes das Olimpíadas de Barcelona – incrédulo, Mike engasgou com o seu refrigerante e foi treinar o craque), Johnny Dawkins, entre outros.

De maneira simples e rápida, Mike e sua filha Jamie (co-autora) escolhem palavras-chaves (família, confiança, orgulhos, entre outras) e dissecam o que seria cada uma no basquete (e, ao menos para eles, na vida). No final de cada palavra, um exemplo de como o que ele acabara de escrever se aplicou de maneira prática no basquete. É clichê fazer isso, mas até que no final das contas funciona legal.

Esta é a dica do “Basquete é Cultura” da semana.

Questão de adaptação, por Miguel Romano

Conversei, na semana passada, com Miguel Romano (na foto), jornalista do La Nación - ele cobre basquete para a publicação há dez anos. Após o papo, pedi que ele escrevesse um pequeno texto sobre a chegada de Rubén Magnano à seleção brasileira. Você confere abaixo.

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Aqui da Argentina sabemos que Rubén Magnano tem as condições necessárias para recolocar o Brasil no topo do mundo. As razões são muito simples e concretas: a sua capacidade, seu profissionalismo e sua atitude vencedora. Mas não é só isso: o jogador brasileiro possui um talento natural extraordinário.

No entanto, penso que o sucesso de seu trabalho depende de uma adaptação de ambas as partes. Magnano precisa entender as idiossincrasias dos brasileiros e não ser extremamente rigoroso como foi na Argentina, onde o talento não sobrava e todos os jogadores sabiam que sem disciplina tática, trabalho forte dentro de quadra e comportamento adequado fora dela seria difícil de alcançar algo grande. E o jogador brasileiro deverá se entregar com precisão às suas recomendações. Uma coisa, porém, eu garanto: o crescimento dos atletas está assegurado.

Já o outro ponto que Magnano deverá trabalhar com a CBB eu julgo mais difícil. Refiro-me à melhoria do trabalho nas divisões de base. Isso vai depender de um funcionamento mais complexo, caro e de longo prazo. Formar os treinadores e instruí-los sobre como eles devem cuidar e se dedicar aos jovens é uma tarefa bem mais complicada e árdua, e cujos resultados não são tangíveis em pouco tempo (por aqui demorou mais de dez anos).

Não vai ser fácil, mas pode ser altamente positivo.
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Miguel Romano é jornalista do La Nación e possui um blog no site do Canchallena.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O nome de Messina

O jornal espanhol Noticias de Álava divulgou ontem que Ettore Messina, irritado após duas sovas seguidas do Barcelona, encontrou um nome para fazer com que o Real Madrid consiga parar o pivô Fran Vazquez, do time catalão.

Trata-se do brasileiro Tiago Splitter, agora no Caja Laboral e com possibilidade de rumar para o San Antonio Spurs na próxima temporada. A diretoria merengue acredita, porém, que Splitter, com apenas 25 anos, possa jogar mais dois campeonatos na Espanha antes de partir para a NBA, e é com este argumento que o Madrid tentará a sua aquisição. Nikola Pekovic (Panathinaikos) e Darko Milicic (agora no Minnesota Timberwolves) são as outras opções.

O Real Madrid ainda não engoliu a contratação de Ricky Rubio por parte do Barcelona, e considera que o nome de Tiago, hoje um dos melhores pivôs da Europa, possa atenuar a decepção pela perda do jovem armador espanhol.

Rapidinhas

-- Kobe Bryant voltou ontem aos Lakers, e em grande estilo. Fez 32 pontos (duas cestas decisivas no final - inclusive a última), sete rebotes, seis assistências e deu a vitória aos angelinos por difíceis 99-98 contra os Grizzlies, em Memphis. Veja mais aqui.

-- Manuil, pivô do CETAF que agrediu Duda com uma cotovelada maldosa, foi suspenso por dez jogos pela comissão disciplinar da LNB.

-- No Rebote, Rodrigo Alves entrevista Neto, auxiliar-técnico de Rubén Magnano e que acaba de voltar da Espanha (ele acompanhou a Copa do Rei). Leia aqui.

Novidades da seleção masculina

Quem também estava no Jogo das Estrelas de Uberlândia era o pessoal da CBB (Luis Felipe Monteiro de Barros, diretor executivo, André Alves, diretor técnico, e Vanderlei, diretor da categoria adulta masculina). Foi Vanderlei, aliás, que trouxe algumas novidades de sua recente viagem com Rubén Magnano aos EUA (André também estava).

-- Magnano ficou muito animado com o encontro com os atletas, e agora está imerso em DVD's com partidas de brasileiros (NBB, NBA e Europa). Como disse Vanderlei, o cara "respira basquete o dia inteiro". O argentino, aliás, passa a morar no Brasil em março.

-- Quando perguntei a Vanderlei se essa viagem seria feita também para a Europa, ele me disse que sim. Insisti, questionando se jogadores que passaram a ser ignorados (Marquinhos, por exemplo) estariam nos planos do treinador argentino. A resposta foi bem clara: "Ninguém está vetado, descartado. O Marquinhos tem chance, sim. O Rubén não quer, e nem vai, descartar ninguém".

-- Vanderlei confirmou, também, um torneio preparatório para o Mundial em Brasília, entre os dias 7 e 8 de agosto, ainda sem adversários confirmados. A programação completa sai, de acordo com a CBB, em mais 15, 20 dias. Um Super4 na Argentina também deve entrar no calendário.

-- Jovens nomes podem surgir na primeira convocação de Magnano. A lista, que deve ser ampla, pode contar com nomes como Fab Melo e Augusto Lima (Málaga), por exemplo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ótima idéia do Bert

Sempre antenado e sentindo que o momento do basquete feminino não está lá muito bom, o Bert, em seu PBF, criou uma seção de classificados para atletas que estão buscando uma oportunidade. Vale a pena conferir o blog clicando aqui.

Alto-falante

"Pareço mais velho? É porque estou deixando a barba crescer (risos). Mas a verdade é que eu gosto de ter o jogo sob controle. É sempre o que tento fazer, e me sinto à vontade assim. Jogo simples, e jogo para fazer o meu time jogar"

Foi assim que Ricky Rubio respondeu ao repórter do Marca quando perguntado se seu basquete não correspondia, na verdade, ao de um veterano. No domingo o rapaz de 19 anos ajudou o Barcelona a se sagrar campeão da Copa do Rei ao anotar 13 pontos e três assistências na final contra o Real Madrid (80-61). Na semifinal, outro show: 14 pontos, quatro passes e uma defesa anormal em cima do francês Nando de Colo.

É ou não basquete de gente grande?

Saldo positivo

É inegável que o Jogo das Estrelas do final de semana foi um sucesso. O deste ano foi melhor que o anterior (mais organizado, com ótima logística para imprensa, jogadores e dirigentes, mais bem planejado e com mais ações para animar o público). Além disso, a LNB tem o mérito de conseguir reunir a tal “comunidade do basquete”, que dialoga e troca idéias (para o próximo ano, Rio Grande do Norte e cidades de São Paulo já demonstraram interesse em sediar o evento). Mas nem tudo são flores, evidentemente.

O público do domingo esteve abaixo do esperado (cerca de 2.500 pessoas), por exemplo. Uma boa solução para resolver isso seria levar os principais atletas (Alex, Giovannoni, Valtinho, Marcelinho, etc.) uma semana antes do evento, para movimentar a cidade (visita a escolas, meios de comunicação locais, shoppings, entre outros locais) e conseqüentemente ajudar a lotar o ginásio no domingo seguinte.

Outro ponto que merece uma revisão é o inchaço nos torneios de três pontos e de enterradas (as competições ficaram longas e pouco atrativas). Além disso, a intenção de homenagear os veteranos (excelente, por sinal) perdeu muito ao ser colocada no final da programação de sábado. O resultado? No meio do segundo quarto as arquibancadas já estavam vazias (o motivo é óbvio: todos queriam ver as cravadas e os tiros longos dos jogadores do NBB).

No final das contas, porém, o saldo é extremamente positivo. Aos poucos o NBB tem conseguido resgatar tudo aquilo que faltava no basquete (principalmente nos quesitos organização e união dos clubes), e o cenário agora é bem mais animador. Como bem disse o Kouros, presidente da LNB, muito ainda precisa ser corrigido, mas é um baita alento vermos que as coisas têm sido feitas com muito mais transparência e correção.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Bala na Cesta no La Nación

O jornalista argentino Miguel Romano entrevistou, neste domingo, o técnico Rubén Magnano para o jornal La Nación, e recheou a reportagem com declarações interessantes de Manu Ginóbili e Luis Scola, além de um texto deste blogueiro aqui. Vamos aos links:

-- Entrevista de Rubén Magnano e declarações de Manu e Scola
-- Texto do Bala na Cesta

Roese confirmado na Sub-18

Assistente-técnico da Universidade de Nebraska, Walter Roese é o novo técnico da seleção brasileira Sub-18. A informação foi confirmada, em Uberlândia, por André Alves, coordenador-técnico da CBB.

Ele terá como assistente o promissor Gustavo de Conti, e sua missão é classificar o time Nacional para o Mundial Sub-19 de 2011. Nesta temporada, Roese terá a Copa América em San Antonio, que classifica os quatro primeiros para a competição internacional.

Ratto é o nome de Uberlândia

Conforme você viu aqui no post anterior, Uberlândia disputará o próximo NBB – e com uma equipe forte. E o nome do treinador já está praticamente definido também. Trata-se do ex-jogador Ratto, convidado diretamente por Wellington Salgado, proprietário do time.

- Fiquei muito honrado com o convite do Wellington, e realmente estamos conversando sobre essa possibilidade para resolvermos tudo o mais rápido possível. Acredito que em breve teremos uma confirmação a respeito. Parei de jogar há seis meses, e acho que se tornar treinador é o caminho natural para mim – disse Ratto no ginásio Tancredo Neves.

Pipoka, assistente-técnico de Lula Ferreira em Brasília, deverá auxiliar Ratto em Uberlândia.

Senador confirma time em Uberlândia

Presente no ginásio Tancredo Neves, o Senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que vestia uma camisa preta com o logo do Super-Homem e o nome de Dwight Howard às costas no sábado, confirmou a volta do time de Uberlândia para a próxima temporada do NBB.

Uma novidade, porém, promete mexer com os próximos dias do basquete brasileiro: ele, proprietário do Grupo Universo, disse que o time de Brasília pode se transferir por completo para Uberlândia desde que os últimos acertos financeiros sejam concretizados (uma empresa de telefonia estaria interessada em patrocinar a nova equipe mineira). Há, ainda, a possibilidade de os dois times atuarem no NBB-2010/2011.

Salgado também confirmou que esta possibilidade já existia desde o começo da segunda temporada do NBB, mas acabou não acontecendo porque o então governador de Brasília, José Roberto Arruda, pediu para que a equipe candanga se mantivesse na capital do país em função dos 50 anos de sua fundação.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Os resultados do dia

Acabo de chegar em casa, e peço desculpas por não ter postado nada depois do jogo das estrelas de Uberlândia, mas o ritmo pós-partida foi frenético (vocês verão posts ao longo da semana). Mas aqui vai:

-- Marcelinho foi eleito o melhor da partida. Ele anotou 38 pontos (oito bolas de três) e ajudou o seu time, o Kanela, a vencer o Pedroca por 127-114. Ele, Fulvio, Fernando Penna, Murilo, Mineiro e John Thomas ganharam uma viagem em sorteio após o duelo.

-- Quem também venceu foi o Barcelona. Os catalães arrebentaram o Real Madrid (81-60) e se sagraram campeões da Copa do Rei espanhola.

Novo duelo

Hoje, a partir das 15h de Brasília (com transmissão da Bandsports), Real Madrid e Barcelona voltam a medir forças. Desta vez será na final da Copa do Rei da Espanha. O favoritismo, conforme Ettore Messina (na foto) diz, é dos catalães, mas, como diria aquele velho jogador, clássico é clássico e vice-versa.

Vale a pena conferir.

Senador à beira da quadra

O Jogo das Estrelas está rolando aqui em Uberlândia (40-27 para o time Kanela no primeiro quarto), e um fato inusitado acontece no ginásio: o Senador Wellington Salgado (de camisa verde e óculos escuros na foto) está sentado atrás do banco de reservas da equipe Pedroca (a comandada por Alberto Bial). Por que? Não tenho a menor idéia, mas não creio que seja o lugar mais apropriado para alguém que não faz parte do jogo, né...

O Jogo das Estrelas

Começa em breve o Jogo das Estrelas do NBB. O blog acompanha tudo, e deixa a caixinha de comentários aberta para os leitores.

Quando a emoção toma conta

O placar (de 64-63 para a seleção de Uberlândia contra os ex-jogadores da seleção brasileira) pouco importa. Mas para quem ficou até o final do programa deste sábado no ginásio Tancredo Neves, o que valeu mesmo foi ver Ary Vidal comandando uma equipe novamente. Era um amistoso, não valia nada, uma brincadeira, mas valeu demais.

Ary estava empolgado. Com voz embargada, não conseguiu falar quando foi entrevistado pelo locutor do ginásio antes da partida. Aplaudido de pé por uma torcida que o conhece bem (foi ele, Ary, que começou o projeto de basquete de alto rendimento de Uberlândia, há mais de dez anos), apenas retribuiu com um aceno tímido.

Durante a partida, permaneceu sentado, conversando com seus ex-atletas (Marcel, Guerrinha, Israel, Vido, Marquinhos, entre outros), mas se empolgou quando a partida ficou equilibrada no final. Gesticulou, tentou armar alguma coisa, cobrou empenho.

Pode ter sido por um instante, um breve momento, mas acho que por poucos minutos Ary Vidal voltou a sentir aquela adrenalina de outras épocas. No final, o eterno mestre do basquete brasileiro sorria, feliz com o que acabara de ver de seus ex-comandados. Quem viu, como eu, gostou muito.

T-Mac em chamas

Começou bem a vida de Tracy McGrady no New York Knicks. Depois de ver seu tempo de atuação limitado por Rick Adelman no Houston Rockets (em seis jogos, 45 minutos ao todo), hoje foi a vez de ele tentar provar que ainda tem muita lenha para queimar.

Em que pese a derrota em casa contra o Oklahoma por 121-118 na prorrogação, o camisa 3 fez a alegria do carente torcedor da Big Apple com 26 pontos (19 no primeiro tempo) em 32 minutos e uma série de jogadas espetaculares - além dele, o também estreante Eddie House anotou 24 pontos. Abaixo a imagem da primeira cesta de T-Mac como um Knick (explosão, técnica e disposição). Vamos ver quais serão as cenas dos próximos capítulos.





sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mineiro leva torneio de enterradas

O ala-pivô Rafael Mineiro, natural de Uberaba (pertinho de Uberlândia) e jogador do São José, foi o grande campeão do torneio de enterradas. Na final, ele pulou por cima de Matheus e Fúlvio para abocanhar o troféu e o cheque de R$ 4 mil.

Merece destaque, também, o americano Brewer, do Pinheiros, que disputou a competição usando um All-Star prateado. Ele poderia ter sido o vencedor caso tivesse acertado a enterrada em que colocou uma nota de R$ 50,00 na ponta da tabela, para retirá-la antes de tentar cravar a bola na cesta. Mas não deu certo - uma pena.

Thiaguinho vence nos 3 pontos

O armador Thiaguinho, do Pinheiros, acaba de vencer o torneio de três pontos do final de semana das estrelas do NBB. Muito feliz, o jogador, que já havia vencido uma competição semelhante em 2002 (no Torneio Início do Campeonato Paulista, derrotando, inclusive, Fernando Fischer, rival desta tarde e campeão da edição de 2009 do NBB), bateu rivais de peso como Helinho, Jefferson William, Luiz Felipe Lemes, entre outros.

Para chegar ao título e abocanhar os R$ 4 mil, Thiaguinho, de 25 anos, fez 20 pontos na primeira fase, 22 na segunda e 18 na decisão contra Guilherme, de Londrina. Depois, emocionado e bem-humorado, ele disse que após o resultado de hoje ele pedirá mais tempo de quadra e bolas para arremessar ao seu técnico, Claudio Mortari, que viu tudo das arquibancadas.

Enterradas, três pontos e veteranos

Começa daqui a pouco o torneio de três pontos, enterradas e o jogo dos veteranos. Já estou no ginásio, e vou tentando atualizar daqui.

Novidades do Jogo das Estrelas

Acabou há pouco a entrevista coletiva com Kouros, presidente da LNB, os técnicos Lula Ferreira e Alberto Bial, e Marcelinho e Guilherme Giovannoni. Abaixo o mais legal:

-- Kouros garantiu que Uberlândia, um dos fundadores do NBB, joga a competição na próxima temporada. O time será patrocinado por Wellington Salgado, senador (PMDB-MG) que já detém o Universo/Brasília.

-- Kouros também garantiu que haverá um campeonato entre os quatro primeiros times do Brasil e da Argentina após o final da fase de classificação do NBB (em abril, ainda sem local definido). Os dois primeiros daqui enfrentam o terceiro e quarto de lá, e vice-versa.

-- O presidente da LNB falou sobre o brasileiro Sub-20, uma das promessas da liga para este ano. O campeonato, ainda sem lei de incentivo fiscal aprovada, deve acontecer apenas no começo da próxima temporada do NBB.

-- Lula Ferreira e Alberto Bial disseram que os resultados dos times na Liga das Américas não refletem, necessariamente, o nível técnico que é jogado por aqui.

-- Marcelinho contou que os salários do Flamengo, antes atrasados em quase quatro meses, estão quase regularizados. Membro da associação de jogadores que ajudará a fiscalizar problemas entre clubes e jogadores, o camisa 4 da Gávea contou que apenas um salário ainda não foi pago.

-- Kouros também contou que a Caixa Econômica Federal é a nova patrocinadora da LNB. A parceria foi fechada através da TV Globo, e terá a duração de 12 meses.

-- O torneio de enterradas e de três pontos, que acontece a partir das 17hs de hoje, terá prêmio de R$ 4 mil para os vencedores. Amanhã, seis integrantes do time vencedor da partida das estrelas ganham viagens (parceria com a empresa CVC).

-- O técnico Rubén Magnano e o presidente da CBB, Carlos Nunes, não virão a Uberlândia. Ambos foram, mas alegaram compromissos particulares para não comparecerem.

-- Ao menos atualmente a LNB não pensa em incorporar o Nacional Feminino. Kouros disse que este pode ser um caminho, mas hoje ainda não existe nada de concreto.

Em Uberlândia

Acabo de chegar a Uberlândia (um calor tremendo por aqui) para o Jogo das Estrelas de amanhã (hoje teremos torneio de enterradas, de três e a partida dos veteranos). Em breve haverá uma coletiva de imprensa com o presidente da LNB, Kouros, Lula Ferreira, Alberto Bial, Guilherme Giovannoni e Marcelinho Machado. Volto em pouco tempo com notícias, mas o voo já valeu a pena. Sentei ao lado de Ary Vidal.

Olho no Chicago

A janela de trocas da NBA se encerrou, e um time agiu direitinho. Foi o Chicago Bulls, que mandou embora John Salmons e Tyrus Thomas pelos contratos de Flip Murray, Acie Law (do Charlotte), Hakim Warrick e Joe Alexander (dos Bucks). Pode parecer pouco, mas a diretoria olha lá na frente, mais precisamente nos nomes de Chris Bosh e Dwyane Wade (ambos na foto), alvos na janela de contratações da pós-temporada. A tacada só não foi perfeita porque Kirk Hinrich, que recebe US$ 9 milhões/ano, não conseguiu ser despachado.

Por isso vale muito a pena ficar atento aos próximos movimentos da turma de Illinois. Wade já disse que quer se ver num time competitivo rapidamente. Bosh, todo mundo sabe, não está muito feliz no Canadá. Em Chicago eles encontrariam um time jovem, com um craque em formação (Derrick Rose) e um elenco de apoio (Deng, Noah e Gibson) capaz de fazer com que a dupla sonhe bem mais alto.

E aí, será que o Chicago consegue concretizar o plano que, por ora, parece perfeito? A caixinha está aberta!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Direto de Uberlândia

Comunico aos leitores que o Bala na Cesta estará presente no Jogo das Estrelas do NBB neste final de semana, em Uberlândia. A convite da organização, viajo na manhã deste sábado, quando haverá o torneio de três pontos, o de enterradas e o desafio dos veteranos, com Marcel, Marquinhos, Chuí, entre outros, em quadra. De lá atualizo o blog com novidades do evento. Até mais.

A aposta dos Knicks

Em uma troca envolvendo três times, os Knicks contrataram Tracy McGrady e o espanhol Sergio Rodriguez, dos Kings, que por sua vez recebem Carl Landry, Joey Dorsey e Larry Hughes. O Houston, última parte do negócio, fica com Kevin Martin, Jordan Hill, Hilton Armstrong e Jared Jeffries.

No meio dessa chuva de nomes, o que mais chama atenção é o de Tracy McGrady, talentoso ala que vive contundido. Pode ser a derradeira chance de a carreira do atleta decolar, e eu torço para isso, mas por debaixo de tudo isso se esconde a melhor das estratégias dos Knicks.

A aposta de Donnie Walsh, gerente-geral da franquia, é simples: se T-Mac voltar a atuar como nos velhos tempos, muito bem. Os Knicks evoluem, crescem e McGrady ainda serve de chamariz para a janela de agentes-livres de julho deste ano (com ele em forma seria muito mais fácil de se obter um craque). Se não der, continua tudo na mesma: o camisa 1 será dispensado ao final do seu contrato e o New York segue com muito dinheiro para investir em jogadores depois desta temporada.

É uma aposta, mas para um time em crise e em baixa, uma jogada dessas pode representar muito no futuro bem próximo. É aguardar para ver se Walsh acertou ou não.

Dallas e Cleveland sobem

Dallas e Cleveland se deram muito bem nas trocas da NBA. Conseguiram bons valores, balancearam seus elencos e, o mais importante, obtiveram peças que podem ser decisivas na pós-temporada.

Como bem disse o Wayand aqui na caixinha do post abaixo, os Cavs conseguiram Antawn Jamison. Com ele, o time se arma para enfrentar os bichos-papões do Leste e do Oeste da maneira mais adequada possível. Contra alas-pivôs mais móveis e ágeis (Josh Smith e Rashard Lewis), o ex-ala do Washington cai como uma luva. Diante de jogadores mais fortes e com menos agilidade, Anderson Varejão. Além disso, o que se comenta é que Zydrunas Ilgauskas pode rescindir com o os Wizards e voltar a Ohio.

Já o Dallas Mavericks, que obteve o ótimo Caron Butler e o útil Brendan Haywood, se torna, ao lado do Denver, a segunda força do Oeste. Com um quinteto titular de respeito formado por Jason Kidd, Butler, Marion, Dirk Nowitzki e Haywood, os texanos passam, sim, a lutar pelo título do Oeste. Se Erick Dampier conseguir se manter saudável, as chances aumentam ainda mais.

E aí, gostou das trocas? O que você espera de Dallas e Cleveland? A caixinha está aberta!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mais uma

Recebi a informação que a TV Esporte Interativo voltará a transmitir os jogos da NBA. Desta vez, o canal exibirá jogos às terças-feiras, quintas-feiras e sábados. A primeira partida já aconteceu (a vitória do Miami sobre os Sixers), e hoje teremos Cleveland Cavs, de Varejão, contra o Denver Nuggets, de Nenê. Vale a pena conferir.

É hoje

Termina hoje o prazo para as trocas na NBA. Vi que o Dallas Mavericks obteve Caron Butler, Brendan Haywood e DeShawn Stevenson e despachou Josh Howard, Drew Gooden (leia mais sobre ele abaixo), James Singleton e Quinton Ross para o Washington, e que o Portland, depois de perder Greg Oden e Joel Przybilla, foi atrás de um pivô e obteve o bom Marcus Camby (para isso, enviou, para os Clippers, Travis Outlaw e Steve Blake).

Além disso, o Cleveland, que queria Amaré Stoudemire, conseguiu Antawn Jamison (foto), do Washington. A negociação, porém, não é simples: além de Jamison, os Cavs ficam com Sebastian Telfair, dos Clippers, que recebem Drew Gooden (oitavo time em oito anos na liga). E o Washington capturou Zydrunas Ilgauskas, Al Thornton e uma escolha no draft.

Hoje, porém, muita coisa pode acontecer. John Salmons, ala do Chicago Bulls, nem entrou em quadra ontem porque deve ser trocado. Nate Robinson, sempre insatisfeito em Nova Iorque, pode parar em Boston. Darko Milicic (lembra dele?) pode surgir em Minnesota, e muito mais. Kevin Marting, dos Kings, também deve ser despachado de Sacramento.

E você, na expectativa por muitas trocas? A caixinha está aberta!

Fogo baixo

Com exceção do All-Star Game (Dwyane Wade foi o MVP, né) e da indicação de Ubiratan ao Hall da Fama, não sei se houve muitas novidades no mundo do basquete nos últimos dias (as trocas da NBA vêm mais tarde). Longe da internet e da televisão (o máximo que vi foi o desfile da campeã Unidos da Tijuca), me assustei quando, ontem, li, primeiro no blog do Bert, que o site EuroBasket dava como certa a contratação de Carlos Colinas para a seleção feminina.

Foi aí que Hortência veio a público e negou tudo: "É mentira. A seleção brasileira continua sem técnico. Voltei hoje de viagem e ainda nem falei com o Carlos Nunes. Posso dizer que ele é uma das nossas opções, mas a reunião para definir isso ainda nem foi marcada", disse ela ao Globoesporte.com.

Ah, bom. Agora sim eu entendi. Pelo que a diretora da CBB diz, não há nem data definida para a decisão sobre o técnico da seleção feminina. Com um Mundial no radar (começa no dia 23 de setembro), eu só fico me perguntando por que tanta demora para que este anúncio aconteça. E Paulo Bassul, como será que está reagindo a este turbilhão de notícias? Será que ele está gostando desse tratamento a ele dispensado?

A caixinha está aberta!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pitino no New Jersey?

Até eu sair para o carnaval o que eu lia nos sites americanos era que Rick Pitino, técnico da universidade de Louisville, interessava aos New Jersey Nets, time com pior campanha da NBA. O treinador, claro, nega, mas em se tratando de Pitino é sempre bom não descartar as coisas.

O problema, ao meu ver, é o momento. Pitino é muito capaz, tem uma bagagem tática admirável e uma carreira sólida no basquete universitário, mas passa por um momento conturbado pacas em sua vida pessoal. Flagrado em um escândalo sexual que teria envolvido até um pagamento de aborto com uma , Rick, ex-técnico de Knicks e Celtics na NBA, ainda não conseguiu, sequer, se explicar à comunidade de Louisville, que antes o via como ídolo, e agora como um qualquer.

Para um time como os Nets, que estão afundados em más notícias, o nome de Pitino não é dos melhores. Repito: não por sua competência, mas pelo atual estágio.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Perigo em Madrid

Pela cara de Ettore Messina na foto você deve imaginar que as coisas não vão assim tão bem no Real Madrid, certo? Sim, certa resposta. Na última quinta-feira, o time da capital espanhola foi até Siena e perdeu para os locais por 83-76, despencando para a terceira colocação na segunda fase da Euroliga com duas derrotas em três jogos (apenas os dois mais bem colocados de cada grupo se classificam para as quartas-de-final da competição). Maccabi Tel-Aviv e o próprio Siena estão à frente, com 2-1 no grupo F. Mesma campanha (1-2) possuem Caja Laboral (de Splitter, que está de volta, e Huertas) e o Unicaja (dos jovens promissores Rafael Luz e Augusto Lima), que venceram na semana e possuem jogos fundamentais no final do mês.

O pior, para o Real Madrid, é que a comparação com seu eterno rival tampouco ajuda. Jogando em casa, o Barcelona, líder da Liga ACB, nem precisou contar com atuações inspiradas de Navarro e Ricky Rubio para bater o Panathinaikos por 83-71 e fincar pé na liderança do grupo E.

É ou não é motivo para o italiano Ettore Messina, treinador do Real, ficar nervoso?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Alto-falante

"Eu quero você grudada na Paula. Se ela for ao banheiro, você vai junto. Quero você tão perto do rosto dela que você possa me dizer qual pasta ela usou para escovar seus dentes"

A frase, captada do blog do Bert, é de Ruthie Bolton (foto), estupenda ex-ala da seleção americana, e fala do pedido que a então técnica Tara Vanderveer fez a ela antes de um duelo contra a brasileira Magic Paula. O vídeo, aliás, você pode ver aqui.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O All-Star dos desfalques

Primeiro foi Chris Paul, que, com o joelho operado, deu lugar a Chauncey Billups. Depois Brandon Roy baixou no estaleiro, e Chris Kaman, do Los Angeles Clippers, foi chamado. Na última quinta-feira, porém, a dor quem sentiu foi David Stern, comissário-geral da liga. De uma só vez Allen Iverson (entra David Lee) e Kobe Bryant (Jason Kidd estará em quadra) anunciaram que estavam fora do Jogo das Estrelas desta noite (23hs, com transmissão da ESPN).

Para se ter uma idéia do trauma, Kobe Bryant e Allen Iverson somam cinco títulos de MVP do All-Star, dois MVP's de temporada regular, sete finais disputadas e uma série de recordes na liga. Se pensarmos que nem Shaquille O'Neal estará por lá (3 MVP's da partida), é impossível não imaginar que a audiência diminua.
A não ser que o rapaz aqui da foto ao lado (LeBron James) resolva fazer chover em Dallas diante dos quase 100 mil torcedores, o All-Star Games deste domingo promete ser lembrado muito mais pelos desfalques do que por aqueles que por lá estão. De todo modo, e pelo que a gente conhece, é bom não duvidar do camisa 23, né? A caixinha está aberta para os comentários de vocês sobre a partida!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sim, eles querem

Parece que foi um sucesso a viagem de Rubén Magnano aos EUA. De Anderson Varejão, Leandrinho e Nenê ele ouviu o tão sonhado "Sim, eu quero ir ao Mundial", e a expectativa, a partir de agora, é ver o trio em quadra na Turquia (fico só imaginando a armação tática do argentino, que poderá contar com Splitter, Varejão e Nenê em um garrafão infernal).

A confirmação da trinca é, sem dúvida, uma ótima notícia, e creio que dois fatores tenham contribuído para a aceitação imediata e aparentemente sem problemas dos atletas: a troca de comando na CBB (Carlos Nunes é bem mais afável que Grego e sabe ouvir) e o fato de que, agora, o nome do técnico impõe respeito. Mesmo sem nunca terem treinado com ele, os jogadores da NBA sabem que carga tática e liderança não faltarão com Magnano.

Por se tratar de jogadores de alto nível e ainda com metade da temporada por jogar (os três provavelmente irão aos playoffs) é possível que muita coisa ainda aconteça, mas a verdade é que só a disposição dos atletas em atuar pela seleção demonstra uma mudança de postura bem louvável. Ponto para a CBB nessa.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Bom Carnaval a todos

A folia já começou, e vou aproveitar para dar uma descansada durante o Carnaval (longe da Sapucaí pela primeira vez em muitos anos). Mas, assim como foi feito no Réveillon, deixarei um post programado por dia até a quarta-feira de cinzas.

Abraços, obrigado e bom carnaval a todos.

Mesmos vícios

No final de julho escrevi aqui que, em minha cabeça, a Era Tarallo nas seleções femininas deveria terminar com a péssima campanha do Mundial Sub-19 do ano passado. Por mais surreal que possa parecer, Hortência, diretora da entidade, ao invés de trocá-lo, optou pela manutenção.

E assim Tarallo continua à frente das seleções femininas, agora com a sub-18 de Damiris (que agora joga com ele em Jundiaí) e Tássia. Ficam algumas dúvidas, porém:

1) Por que diabos Borracha, campeão sul-americano com o time no ano passado, não foi mantido no cargo?
2) Depois de uma série de insucessos, será que Tarallo é realmente o mais indicado para lapidar uma geração que tem duas das maiores revelações do país nos últimos anos (Damiris e Tássia)?
3) Ao ver a convocação, mais uma vez me assusto com a falta de criatividade e visão da CBB. Novamente São Paulo detém mais do que 50% da lista das 18 atletas (são 11). Será que não seria o caso de, mais uma vez, tentar estimular e desenvolver meninas de outras localidades ao menos na primeira fase de treinamentos ?
4) Mais ainda: por que algumas meninas que se destacaram no Brasileiro Sub-17 do ano passado não foram chamadas? Maria e Renata, do Maranhão, as Natália, do Paraná e do Rio de Janeiro, e Fernanda, de Pernambuco, por exemplo.
5) A pergunta anterior remete a esta quinta. Qual foi o critério adotado por Tarallo para esta convocação, já que ele não esteve no Brasileiro Sub-17? A CBB informa que "havia alguém do corpo técnico por lá" (somente a Janeth, pelo que apurei), mas é pouco, não?

A caixinha está aberta!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mais um capítulo

A pivô Alessandra, que move ação contra a CBB (ainda naquele caso de 2006, quando alega ter se lesionado e não ressarcida pela entidade), teve o seu pedido julgado como improcedente pelo Tribunal Regional do Trabalho no último dia 8 de fevereiro de 2010. Ainda cabe recurso.

Quem quiser acompanhar mais sobre o processo e ajudar com argumentações jurídicas, o número é 0166300-73.2006.5.01.0038, e está disponível no site do Tribunal Regional do Trabalho (é só clicar em "andamento processual e colocar o número indicado).

Deixa eu ver se eu entendi

Ontem recebi um release do Paulistano. O conteúdo, em si, não tinha nada de extraordinário, mas um fato me chamou a atenção. Coloco abaixo:

"Depois de três derrotas seguidas em jogos disputados fora de casa, o Paulistano/Amil volta a jogar diante de sua torcida (...) Para esse jogo, o técnico João Marcelo Leite contará com o retorno do armador e capitão Fernando Penna, que estava contundido, e também com as voltas dos pivôs Baby e André Bambu, que foram reintegrados ao elenco por determinação da presidência do clube".

Logo depois liguei para o assessor de imprensa da equipe, o jornalista Juarez Araújo, que me disse o seguinte: "Os dois atletas foram suspensos por indisciplina pela comissão técnica (João Marcelo Leite é o técnico), mas reintegrados pela presidência mesmo. É isso mesmo".

Foi aí que fiquei assustado e com uma pulga atrás da orelha: se foi a comissão técnica que suspendeu os dois rapazes (e por falta de disciplina), como a mesma (CT) aceita que a PRESIDÊNCIA, e não ela (CT), do clube reintegre os atletas? Isso não seria interferência no trabalho dos técnicos? Como João Marcelo Leite, agora assistente da seleção adulta, se fará respeitar a partir de agora, visto que a punição imposta por ele foi descumprida pelos seus superiores, que não bancaram a decisão do treinador?

A caixinha está aberta!

Campeão do mundo procura

Pepu Hernández completa, nesta quinta-feira, 53 anos. Pela primeira vez no Brasil, ele está em São Paulo, onde ministra clínica para jovens jogadores (hoje é o último dia, aliás), ele vive uma situação inusitada: pela primeira vez em sua carreira fica tanto tempo longe de um clube ou de uma seleção. Nada que assuste este madrilenho, que em 2006 levou a Espanha ao título mundial. Por telefone e esbanjando simpatia, Pepu conversou com o Bala na Cesta.

-- BALA NA CESTA: Como está a clínica em São Paulo? O número de treinadores está dentro do que você esperava?
-- PEPU HERNÁNDEZ: Estou gostando muito, de verdade. Os jovens demonstram uma enorme vontade de aprender, escutam tudo com muita concentração e têm uma energia incrível. Sobre a questão dos técnicos eu não posso falar, porque não vim com expectativas. Mas há treinadores por aqui que acompanham tudo, e depois de cada treino eu vou lá e troco uma idéia com eles. Eles são muito receptivos e têm um desejo muito grande em trocar informações e compartilhar as suas experiências. Acho que isso é uma boa notícia, não?

-- E como tem sido este contato? Você consegue detectar alguma característica especial nas conversas.
-- Sim, consigo. Quase todos me perguntam sobre a formação de jogadores e a maneira como trabalhamos com os jovens – duas grandes características da escola espanhola nos últimos anos. Tenho a mesma impressão que possuía antes de vir para cá: o Brasil tem uma tradição imensa no basquete, passou recentemente por um período não muito brilhante, mas tenho certeza que em breve vocês figurarão de novo no primeiro escalão da modalidade porque têm um potencial muito grande (não só com os atletas, mas nas comissões técnicas também).

-- Mas e então, como se dá essa formação dos atletas? Muito se fala sobre a capacidade da FEB em capacitar técnicos e jogadores.
-- A Federação é a mãe de tudo isso, sem dúvida. É ela quem dá todo o suporte necessário, mas sem os clubes o basquete espanhol não seria nada. Nada! Falo das agremiações da ACB, das LEB’s (Ligas de Acesso) e das divisões de base. Reduzir o trabalho dos clubes a um “ah, a FEB é excelente” seria cruel e injusto. São os técnicos das divisões inferiores que formam os atletas no dia a dia, que ralam muito e que desenvolvem os jogadores para que os técnicos de seleções os escalem depois. Posso te garantir que quase todos são incrivelmente competentes, determinados, estudiosos, disciplinados e cientes de suas responsabilidades. Sei disso porque fui um destes técnicos de times principais, e se não fosse a turma do Barcelona que lapidou o Pau Gasol na juventude, eu não o teria dirigido em 2006...

-- Mas a formação é importante, não? Os “produtos” que vemos na ACB e NBA são incríveis...
-- Sim, são inacreditavelmente bons. Mas são os produtos finais de um trabalho muito meticuloso dos clubes. Sobre a formação, bem, para mim o mais importante para mim é a inteligência para atuar em uma quadra de basquete. Acho que essa é uma qualidade que a grande maioria dos espanhóis, hoje, possui. É só ver os freqüentes elogios que os irmãos Gasol recebem em relação a isso na NBA. Creio que potencial físico, técnica, habilidade e domínio dos fundamentos sejam importantes, mas, para mim, tudo isso é “ensinável”. Você pode ajudar um jogador de 20 ou 35 anos a passar, mas não pode fazer muita coisa com um que não entende o jogo. E entender o jogo não é simplesmente entender do aspecto de quadra, mas dele como um todo. Entender, por exemplo, que ele, atleta, é importante para o time, que o time é importante para ele e que, no final das contas, os dois crescem ao mesmo tempo. Isso é fundamental. Por isso considero que, na formação, o essencial é ensinar o jovem atleta a pensar, e não dizer o que ele tem que fazer o tempo todo. Quanto mais capacidade “intelectual” ele possuir, mais chances ele terá de aproveitar o que a quadra lhe proporciona.

-- Mudando um pouco de assunto. Você acabou ficando muito marcado pelo título Mundial com a Espanha, em 2006. Como foi dirigir aquele time, e chegar ao lugar mais alto do pódio?
-- Tenho muito orgulho do título do Mundial, mas também do vice-campeonato europeu do ano seguinte. Pode parecer pouco para o público, mas conseguir um ouro e uma prata em anos seguidos não é fácil. E é por isso que me orgulho de fazer parte de uma geração tão vitoriosa. A expectativa era muito alta quando assumi, e tinha medo que a parte psicológica jogasse contra nós. Mas aquele grupo foi aquele que, sob meu comando, mais perfeitamente conjugou algumas características importantes: preparação adequada, comprometimento, atitude altruísta, excelência técnica e espírito de luta. Fomos, realmente, uma grande equipe.

-- A sua saída da seleção foi um pouco confusa, não?
-- Sim, foi. Mas o fato é que havia comunicado, em 2007, que deixaria o comando da seleção ao final das Olimpíadas porque queria um ano de descanso antes de voltar a dirigir um clube. A Federação Espanhola, no entanto, não pensou assim e começou a procurar o seu caminho. Conforme disse a amigos, trabalhar com a seleção durante dois ou três meses é excelente. São os melhores jogadores, a melhor estrutura, os melhores tudo. O problema são os outros nove ou dez meses do ano, em que você precisa lidar com os dirigentes...

-- E o seu futuro, como está?
-- Depois que saí da seleção, em 2007, me prometi um ano de descanso com a família, e eu cumpri isso. Mas na verdade achei que estaria trabalhando nesta temporada, o que, na realidade, acabou não acontecendo. Houve alguns convites de seleções, mas quero mesmo é voltar a dirigir clubes, ter o contato diário com os atletas. Seleção é muito bom, mas são apenas três meses trabalhando. Para quem é viciado em desenvolvimento de jogadores é muito pouco.