terça-feira, 7 de julho de 2009

Muito Prazer, Jordan Burger

De todos os jogadores que treinam rumo aos Jogos da Lusofonia, um já nasceu com nome de craque: Jordan. Jordan Burger, catarinense de 18 anos, 2,03m e que já atua no basquete europeu (o ala pertence ao Cajasol, de Sevilla). Apontado como uma das revelações do basquete brasileiro, visto pelos olheiros da NBA com muito carinho (um deles me confidenciou que se trata de uma jóia raríssima) e destaque do período de preparação do time de Moncho Monsalve que está em São Paulo, o blog conversou com ele para a seção "Muito Prazer". E agora, com vocês, com 2,03m de altura, de Blumenau, há três anos na Espanha, Jordannnnnnnn... Burger!

BALA NA CESTA: Quem é o jogador Jordan Burger?
JORDAN BURGER: Uma pessoa simples, humilde, determinada, amorosa e apaixonada pelo basquete. Sou muito caseiro, costumo sair apenas com os amigos para ir a cinemas e restaurantes. Sou muito apegado aos meus irmãos (um deles joga basquete em Joinvile e já demonstra ser muito talentoso) e aos meus pais, que me deram uma educação maravilhosa. Serei sempre grato a eles por isso.

-- Você tem um nome que representa muito para a modalidade. Você já conversou com seus pais sobre isso? Como o seu nome influenciou na escolha do basquete como a profissão que você decidiu adotar?
-- O nome não foi por causa do Michael Jordan, e sim uma homenagem a um amigo dos meus pais. Eu jogava tênis, e na medida que fui crescendo e ficando alto comecei a me interessar pelo basquete. Começou apenas como uma brincadeira, e com o passar dos anos e as oportunidades que foram aparecendo, eu e meus pais percebemos que eu tinha talento para ir mais longe. Hoje eu só penso e respiro basquete. Ou seja: o nome não influenciou em nada, pois foi coisa do destino eu jogar basquete. De todo modo, me sinto honrado em ter o mesmo nome do maior jogador de todos os tempos.

-- Você tem 18 anos, 2,03m e já joga na Europa há três temporadas. Como é seu dia a dia por lá e o que tem aprendido no contato com os treinadores do Cajasol, de Sevilla? É tudo muito diferente do que vemos por aqui?
-- Meu dia a dia na Espanha é sempre focado nos estudos e nos treinamentos. Na última temporada, por exemplo, treinava e jogava na minha categoria (Junior), e na Liga EBA (uma categoria que mescla jogadores jovens e seniores), e cheguei a treinar também com o time da LEB Oro (segunda divisão) e o da ACB (primeira divisão). Nos fins de semana, tinha jogos na categoria Junior e na EBA, e nas horas vagas, saía com os amigos de time para ir ao cinema e restaurantes. A estrutura dos clubes e a parte técnica são bem diferentes, pois o brasileiro adota um estilo de jogo mais parecido com o americano, e o espanhol tem um estilo europeu diferente de jogar.

-- Junto do Raulzinho e do Benite, você é um dos mais novos da seleção masculina que treina em São Paulo com o Moncho Monsalve rumo aos Jogos da Lusofonia, mas pensando, principalmente, em conseguir uma vaga na Copa América junto de Leandrinho e companhia. Como tem sido os dias por aí? E o trabalho do Moncho, como é?
-- Trabalhamos duro nos treinos, e sabíamos que seria difícil estar no grupo da Copa América, mas só de ter sido lembrado, e de ter participado da primeira fase de preparação me deixou muito feliz e me encheu de orgulho, pois para mim sempre foi um sonho defender as cores do meu país. O Moncho é uma pessoa simples e no pouco tempo de convívio que tivemos me passou uma ótima impressão, pois é uma pessoa trabalhadora e que está focada em levar o Brasil ao Mundial e às Olimpíadas de 2012. Espero trabalhar com ele novamente na seleção principal.

-- No site da CBB você é descrito como um ala-pivô, mas sua altura e seu jogo sugerem que você pode, também, atuar como um 3 de força, não? Até onde este menino que nasceu em Santa Catarina pode e quer chegar? E jogando de quê?
-- Na Espanha eu costumo jogar na posição 3, e é nessa posição que pretendo jogar. Quanto às minhas pretensões, meu sonho é jogar na NBA e ser um grande jogador de basquetebol. Não vai faltar determinação e treinamento para isso.

JOGO RÁPIDO
Uma palavra que amo: Basquete
Uma palavra que odeio: Falsidade
Minha maior virtude dentro de quadra: Arremesso de 3 pontos
Em que posso melhorar: Passe
Uma mania: De organização
Um ídolo: Lebron James
Um sonho: Jogar na ACB e depois na NBA
Uma cidade: Florianópolis
Um lugar: Praça da Espanha em Sevilla
Uma comida: Feijão
Um livro: Nunca deixe de tentar (Michael Jordan)
Um filme: O DIA EM QUE A TERRA PAROU
Uma música: Space Jam
Um(a) amigo(a): Minha mãe
Uma bola que eu chutei e caiu: Minha primeira bola de 3 em um coletivo da seleção brasileira adulta.
Uma bola que eu chutei e não caiu: A última bola em um jogo que perdíamos de 2 pontos no meu primeiro ano no Sevilla Cajasol.
Um jogo inesquecível: Meu primeiro na Espanha pelo Sevilla
Um momento triste: Quando deixei minha casa com 15 anos para ir para Espanha. Apesar de saber que era uma oportunidade maravilhosa e tudo o que eu queria para o meu futuro, foi um momento muito difícil da minha vida.
Um momento feliz: Minha primeira convocação para a seleção brasileira adulta
Um(a) técnico(a): José Maria Mena, técnico Juvenil do Sevilla Cajasol da Espanha
Uma frase: "Errei mais de 9.000 cestas e perdi quase 300 jogos. Em 26 diferentes finais de partidas fui encarregado de jogar a bola que venceria o jogo... e falhei. Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha vida. E é exatamente por isso que sou um sucesso." (Michael Jordan)

12 comentários:

jdinis disse...

Pelo que assistimos nas partidas de basquete no Brasil não existe muita confiança que nossos jovens jogadores venham a ser grandes craques. Fica, então, a expectativa de que os olheiros os tenham descoberto antes e esses joguem e apareçam no exterior - Rafael Luz, por exemplo. Muitas vezes criamos esperanças exageradas, pois não os vemos jogar.

No caso do Jordan, o fato de ter sido convocado por um técnico experiente, exigente e que mora na Espanha são ótimas credenciais.

Também o acho baixo para ala-pivô no alto nível, mas:

- Tem bom arremesso de fora?
- Tem controle de bola e consegue fazer penetrações?

E aí Fábio, o cara é bom mesmo?

Sds.

Unknown disse...

Pelo que estou acompanhando dos treinos da seleção aqui em SP, o cara é realmente bom - e numa posição carente no Braisl, que é o "3zão". É novo, e isso ainda é um pouco visível no seu jogo, mas tende a melhorar muito - está sempre atento às instruções dos técnicos, treina forte (e não naquela meia-bomba que estamos acostumados a ver) e tem uma boa explosão. Tomara que continue jogando fora do Brasil....

Guilherme Tadeu de Paula disse...

Bela entrevista, Fábio!

Confesso que não conheço Jordan.

Espero que ele possa realmente alcançar um bom nível técnico, porque temo assustadoramente pelo futuro de nossa seleção.

Unknown disse...

Comecei a falar e esqueci de responder ao colega aí de cima:

- tem bom arremesso de fora sim,
- tem excelente controle de bola para seu tamanho e corta bem pra cesta.

Abraço!

Anônimo disse...

Em MG saiu o comentário de que o Jordan e o Raulzingho já foram cortados pelo Moncho.

Bala-----é Verdade???

marcelo marques disse...

o jordan ou qualquer 3 pode fazer chover 5 pts por jogo rebote assistencia.......etc

mais o marcelinho crazy shooter não sai da sel tem mt gente por tras q não deixa

marcelo marques disse...

50 pts eu quis dizer

fábio balassiano disse...

jdinis, sempre ouvi mtas qualidades em relação ao jordan.
é preciso que ele continue evoluindo...
suas perguntas têm respostas positivas.
mas, não nos esqueçamos, trata-se de um menino de 18 anos.

abs, fábio balassiano

L*U*C*I*A*N*E* M*A*E* disse...

ATLETA FIRME E SABE O QUE QUER..JORDAN BURGER UM VERDADEIRO GUERREIRO...OS OBSTACULOS QUE PASSAMOS SO SERVEM PARA NOS DEIXAR AINDA MAIS FORTES E SABIOS.

Anônimo disse...

jordan é enganação....joga de pivo na Espanha e nunca conseguiria jogar de 3 aonde fosse por isso foi mandando embora de lá, é um jogador de nivel médio que pode ajudar vindo do banco de algum time medio do Brasil, a imprensa criou esse mito em torno dele mas nao confere, basta ver-lo jogar

Anônimo disse...

a inveja é coisa de loco cara...ahahahahahaha ejejejejejejejejjejjj

Anônimo disse...

Vila Velha/Cetaf luta muito mas sai de quadra derrotado pelo Paulistano na estreia do Novo Basquete Brasil

Principal reforço do Paulistano na temporada, Jordan Burger atuou por 21 minutos, marcou seis pontos e pegou oito rebotes.