sábado, 31 de outubro de 2009

Lula e a CBB

O presidente Carlos Nunes, da CBB, entregou ao presidente da nação, Luiz Inácio Lula da Silva, uma camisa da seleção em encontro no Rio de Janeiro essa semana. Os dois estiveram juntos na inauguração do Centro Esportivo Jamelão, na Mangueira.

Alto-falante

"Fiquei muito nervoso mesmo, porque estava em casa vendo os jogos de terça-feira e do nada comecei a suar. Pensei e falei comigo mesmo: "Meu Deus, amanhã você estará jogando. Será que você está preparado?"

Esta foi a declaração de Nenê ao Denver Post de quinta-feira, quando perguntado como foi a sua preparação para a estréia contra o Utah Jazz - o pivô brasileiro despejou 16 pontos e seis rebotes. Parece que o rapaz não ficou tão nervoso assim com o começo de sua oitava temporada na NBA, né?

Quem leva?

Começa amanhã a segunda edição do NBB. Com 14 clubes e um novo regulamento (quatro equipes se classificam direto para os playoffs, enquanto oito disputam quem irá se juntar a eles nas quartas-de-final - além disso, no mata-mata a ordem das partidas muda: o time de melhor campanha atua em casa no segundo, terceiro e quinto duelos), temos boas novidades, a começar para quem, como eu, se amarra nas estatísticas: usando ferramenta parecida à da NBA, a liga mostrará de onde saíram os arremessos das partidas.

Dentro de quadra, vale destacar o reencontro de Lula Ferreira e Nezinho em Brasília após aquele mico no Pré-Olímpico de Las Vegas (os candangos ainda contam com a volta de Guilherme Giovannoni ao cenário nacional), o ótimo trio Olivinha-Diego-Shammel no Pinheiros, o bom trabalho dos técnicos Alberto Bial (Joinvile) e João Marcelo Leite (olho no Paulistano!), os sempre tradicionais Minas e Franca, além, claro, o atual campeão Flamengo (a espinha dorsal com Marcelinho, Duda, Hélio e Jefferson ainda está lá!).

E aí, vai acompanhar o NBB? Quais são as suas expectativas? Quem leva o caneco em 2010? Vote na caixinha!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Da Prancheta

19,7 pontos e 18,2 rebotes - Foi esta a cavalar média da jovem Damiris (foto), ala-pivô de 1,90m e 16 anos, no Sul-Americano sub-17 que terminou no Chile com título brasileiro (de quebra, o caneco garantiu vaga para a Copa América/Pré-Mundial Sub-18 de 2010).

Jogadora do Centro Janeth Arcain, Damiris é uma das maiores apostas do basquete nacional. É bom ficar de olho na menina. Vamos ver se a CBB investe pesado nestas meninas que podem render bons frutos em breve.

Flamengo e Brasília eliminados

O Flamengo levou uma surra do Quimsa (98-63) e está eliminado da Liga Sul-Americana - título que conquistou ano passado. Com o resultado, apenas o Minas avançou às finais da competição: ele está entre os quatro ao lado dos argentinos Quimsa, Sionista e Libertad (os jogos ocorrem entre 12 e 14 de novembro).

Pelo que li na internet, Marcelinho Machado (foto) teria sido expulso e se envolvera em uma confusão com torcedores do Quimsa em Santiago del Estero. A vantagem dos rivais, pasmem, chegou a absurdos 41 pontos no terceiro período, e foi administrada até o final do certame.

Com salários atrasados, o Flamengo começa a luta para defender o título do NBB no domingo contra o CETAF.

Shammel pode jogar Mundial pelo Brasil

Conversei, na noite de quarta-feira, com o ala Shammel, do Pinheiros, e ouvi dele que o seu processo de naturalização encontra-se na reta final: "Acabei de receber o visto permanente, cara, e estou bem feliz. Com ele, agora dependo do Ministério do Trabalho para finalizar tudo. Mas este processo é mais longo, né?", conta o norte-americano de nascimento em bom português. Com isso, o rapaz pode ser uma arma importante na seleção masculina no Mundial de 2010 em uma posição, diga-se, carente no time nacional (3): "Seria fantástico pode atuar nesta competição. Ainda faltam alguns detalhes, que podem demorar três meses, seis meses ou um ano. Sei lá".

O ala, uma das principais armas do Pinheiros para o NBB que começa no domingo ("estou animado com esta segunda edição: temos mais estrangeiros, alguns nomes importantes estão de volta e meu time é bem forte"), confessa que Leandrinho (jogador do Phoenix Suns, da NBA) e um de seus melhores amigos, sempre pergunta como está a sua situação: "É, ele quer sempre saber, fica perguntando como estão os documentos, tenta me ajudar. É um grande companheiro, que diz que quer me ver jogar ao seu lado na seleção. Eu não quero ser herói de nada, mas acho que posso ajudar esta galera a conquistar uma vaga nas Olimpíadas, ir melhor em um Mundial. A receita é, sinceramente, jogar unido, e eu percebi isso na última Copa América. Torço para que continue assim", revela.

No Brasil há quase cinco anos, Shammel, por fim, vê evolução no basquete nacional de um tempo para cá: "Melhorou muito de dois anos para hoje. Desde aquela cisão entre clubes paulistas e os outros, quando o Nacional foi esfacelado, creio que todos estão na mesma página. Só assim as coisas podem melhorar. Acho, porém, que o trabalho dos técnicos podem ser melhores nas divisões de base. Não falo na categoria adulta porque é difícil você incutir na cabeça de um profissional que ele não é aquilo que ele pensa que é. Acho que o esforço tem que ser na base, com os técnicos lá debaixo mesmo", analisa o ala do Pinheiros, que não sonha em ser técnico depois de terminar a carreira: "quero mesmo é trabalhar com desenvolvimento de atletas. Ajudar a chegar ao potencial que se pode chegar. Isso é bacana. Aqui no Brasil tem muitos jogadores, e jogadores com potencial. É só uma questão de saber colocar a habilidade que eles possuem com um pouco de técnica e mais treinamentos específicos. Acho que posso ajudar nisto também".

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Triste

Está no site da CBB: "o Paysandu (PA) ganhou de WO da AE Raiz (AM), já que a equipe amazonense não contou com número suficiente de jogadores para a disputa". Isso foi ontem, em "jogo" válido pela Copa Norte.

Agora me digam: pode ser séria uma competição que conta com um clube que não disputa o torneio porque não tem "número suficiente de jogadores"? Não, né. Fico com pena do Paysandu, clube que sempre investiu na modalidade e que tenta, mesmo que sem o apoio de CBB e LNB, retornar ao basquete de primeiro nível no Brasil.

Torço para que algum dia este tipo de notícia suma do basquete brasileiro, sinceramente.

Ufa, ganhamos uma!

Com 19 pontos e 21 rebotes da monstruosa Damiris, o Brasil, ufa, foi campeão em cima da Argentina. Foi no Sul-Americano Sub-17, após vitória por 48-46 (o placar, baixo, explica-se por conta dos 30 erros e do péssimo aproveitamento nos arremessos - 34/148 ou 22,9%).

É, de fato, uma boa notícia, principalmente porque o time do técnico Borracha não contou com a lesionada Tássia. Torço para que esta vitória contra as hermanas não seja pontual, mas a demonstração de que a geração é realmente melhor que a delas.

Parabéns às meninas pela conquista, e que a CBB monitore o desenvolvimento de cada uma delas dia sim, outro também. Ah, e para ficar claro: não seria ruim se Damiris e Tássia treinassem com o time adulto, né? Ganhar "cancha" e experiência não fazem mal a ninguém.

A metamorfose de Olivinha - Parte 2

Perdeu a primeira parte? Então clique aqui antes de começar a ler o que vem por aí

Bala na Cesta: Muita gente se espanta quando vê seus números de um tempo para cá. Após sua passagem pelo México, você voltou para Uberlândia, onde fez um campeonato mediano (12,6 pontos e seis rebotes). Na estréia do NBB, suas médias praticamente dobraram (20,2 pontos, 10,3 rebotes e 23 pontos de eficiência, segunda melhor marca da competição). Como se deu essa transformação? Houve alguma mudança mais radical?
Olivinha: Esses meus números no NBB foram bons graças ao esquema de jogo do Mortari, que me adaptei muito bem. Ele já conhecia o meu potencial e quando cheguei no Pinheiros deu total liberdade dentro de quadra. E jogar desse jeito não tem coisa melhor. Cheguei, fiz o meu trabalho e consegui bons números. Não teve nenhuma mudança radical. Só tive mais liberdade dentro de quadra. Continuei fazendo o que sempre procurei fazer, que era brigar em todas as bolas, tentar pegar o maior números de rebotes, que é a minha função agora jogando como 4, e tentar ajudar o time de todas maneiras possíveis.

-- Você imagina que um bom desempenho no NBB pode carimbar o seu passaporte para o Mundial de 2010? No que você precisa melhorar para jogar a sua primeira competição de nível A com a seleção adulta?
-- Não digo que um bom desempenho no NBB vá carimbar o passaporte para o Mundial, porque a concorrência é grande, mas uma convocação para integrar o grupo pode ser que sim. Foi isso que ocorreu comigo na última temporada e espero que possa acontecer nessa também. Vou trabalhar forte para que na próxima convocação eu esteja lá. Ir ao Mundial seria uma alegria imensa e a maior conquista da carreira até agora. Acho que o ponto principal que preciso melhorar é a defesa, que por vezes ainda dou umas falhadas. Mas isso durante os treinamentos dá pra corrigir.

-- Você teve um espelho muito forte dentro de casa. Como foi ter o Olívia te ensinando e mostrando o caminho das pedras, e como é o relacionamento de vocês hoje em dia?
-- Ele é o meu ídolo até hoje por tudo que ele fez no basquete. Jogando pelos clubes ou pela seleção eu o admiro bastante. Foi vendo meu irmão jogar que comecei a me interessar pelo jogo. Ele que me deu a primeira bola de basquete, e eu ficava no intervalo dos jogos dele brincando. Tive um orgulho muito grande em jogar ao lado e de ter sido campeão ao lado dele. Ele é um professor pra mim, e sempre que nos falamos, ele sempre me dá umas dicas. Tudo o que eu estou vivendo agora ele já viveu, sabe de tudo que acontece e sempre procura me ajudar em todas as ocasiões. Acho que não tem ninguém melhor que o próprio irmão pra ajudar sempre. É um orgulho muito grande pra mim ter ele como irmão.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Vai pra onde?

A temporada da NBA começou ontem, mas o New York Knicks, que fez até bonito nos amistosos (5-2), estréia hoje. Diante do Miami Heat, na Flórida, o que todo mundo quer saber é: o que será do elenco de Mike D'Antoni (foto)? Acho que nem o treinador sabe responder.

Com o mesmo sistema de jogo que fez sucesso em Phoenix, D'Antoni aposta as suas fichas na correria comandada por Chris Duhon (ele não é Steve Nash), nos arremessos de Al Harrington, Nate Robinston, Wilson Chandler e Nate Robinson, e na força de David Lee para levar novamente os Knicks aos playoffs, para onde não vai desde 2004.

Sinceramente é muito pouco, e para aumentar o drama o italiano Danilo Gallinari (foto à direita), entrando em seu segundo ano, não dá o menor sinal de que poderá se firmar em um futuro próximo (suas médias na pré-temporada ficaram em não mais que razoáveis 8,6 pontos e 30% nos arremessos).

Por isso fico querendo saber o que o New York Knicks quer ser. Se o time de agora é apenas um projeto para 2010-2011, quando a tal janela de agentes-livres será animada, tudo bem. O problema é que o presente inspira o futuro, e com este elenco a franquia da Big Apple não tem poder de sedução algum para trazer jogadores caros e que querem uma coisinha básica: um anel de campeão. Por isso é bom a turma de Nova Iorque começar a abrir o olho desde já: o fracasso nesta temporada pode significar, também, o desastre nas contratações do próximo ano.

O começo da NBA

A NBA começou ontem com:

-- Washington Wizards 102-91 no Dallas Mavericks (29 pontos e 9 passes de Gilbert Arenas - na foto)
-- Boston Celtics 95-89 no Cleveland Cavs (os verdes interromperam uma série de oito derrotas contra o rival na temporada regular
-- Portland Trail Blazers 96-87 no Houston Rockets (23 pontos de Travis Outlaw)
-- Lakers 99-92 no Los Angeles Clippers (26 pontos e 13 rebotes de Andrew Bynum)

O blog acompanha a NBA, mas não tem braço para crônicas diárias sobre os jogos da noite anterior. Então espere, aqui, mais análises e dados, e menos crônicas. O Basketbrasil, o Globoesporte.com, o Terra e o UOL fazem o dia a dia bem para caramba.

E aí, viu algum jogo? Comente na caixinha.

A metamorfose de Olivinha - Parte 1

Quem acompanha o basquete há algum tempo pode pensar que o ala Olivinha sofreu uma mutação: de jogador apenas mediano surgido no Grajaú no começo da década, o ala agora é uma das principais figuras do basquete nacional – ele foi campeão com a seleção masculina na Copa América também. Atuando pelo Pinheiros, ele possui a melhor média de eficiência no Paulista e é uma das principais armas da equipe para brilhar no NBB que começa no próximo domingo. O bate-papo, bem legal, está dividido em duas partes. A segunda você lê amanhã.

Bala na Cesta: Seu desempenho no campeonato Paulista tem sido no mínimo assustador: 25,3 pontos, 11,3 rebotes, 2,3 assistências e mais de 67% nos tiros de dois pontos – além dos 30 pontos de eficiência, melhor marca do torneio. A Copa América com a seleção parece que fez muito bem a você, não?
Olivinha: Com toda certeza a Copa América fez bem pra mim. Estava com a seleção enfrentando os melhores jogadores das Américas, convivendo com a nata do basquete, aprendi muitas coisas e gostei bastante da experiência. Espero que tenha sido a primeira de muitas outras que ainda estão por vir.

-- E a expectativa para o começo do próximo NBB? Brasília e Flamengo seguem fortes, e o Paulistano também cresceu. Além disso, Franca, Joinvile e Minas possuem tradição. Em que patamar se encaixa o Pinheiros? Como o time passou a jogar sem o Marquinhos, e com a chegada do Diego e do Shammel?
-- O Pinheiros vai entrar para brigar de igual pra igual com todo mundo. Nosso time está bem servido em todas as posições, então estou bem otimista para a segunda edição do NBB. Quanto a forma de jogar da nossa equipe, não mudou em muita coisa. O Shammel vem fazendo o papel que era do Marquinhos, e o Diego vem para ajudar a nossa equipe de todas as formas possíveis, já que ele é um jogador voluntarioso. Acho que o Pinheiros vai fazer um bom papel. Temos time para chegar em uma posição melhor do que a da última temporada.

-- Como está sendo atuar com o Claudio Mortari, técnico com um estilo bem diferente do Moncho Monsalve, seu treinador na seleção? Quais são as maiores diferenças?
-- Jogar com o Mortari sem dúvida nenhuma é uma das coisas mais fáceis que há. Ele é um cara que dá total liberdade para o jogador fazer o que quer dentro de quadra. É um cara experiente, que já dirigiu grandes equipes e aqui no Pinheiros está começando um projeto bastante ambicioso. Se eu cheguei à seleção brasileira foi graças a esse estilo de jogo que ele procura colocar nas equipes dele. Encaixei-me perfeitamente e consegui realizar um bom campeonato.

-- Este estilo de jogo do Mortari, de total liberdade, não é muito diferente do que o basquete moderno prega hoje em dia? Este desempenho "potencializado" em âmbito doméstico não pode ser ilusório para um nível internacional mais forte?
-- Rapaz, em nível internacional sinceramente eu não vejo mais esse tipo de jogo, não. São sempre placares baixo, bolas bem trabalhadas, sempre um sistema a ser respeitado. Já aqui no Pinheiros esse tipo de sistema que o Mortari prega na última temporada deu certo. Chegamos às semifinais do Paulista e no NBB pegamos logo o Flamengo de cara e ficamos nas quartas-de- final. Acho que aqui no Brasil esse tipo de jogo ainda é bastante comum, mas realmente internacionalmente fica complicado atuar desse jeito.

-- Como foi a sua experiência na seleção? Muita gente acha que você pode ser muito útil ao time na posição 3, mesmo você atuando na posição 4 em seu clube. Como você avalia essa situação, e o que você sentiu na Copa América?
-- Minha experiência na seleção foi a melhor possível. Eu estava convivendo com os melhores jogadores, então em todos os treinos e jogos eu sempre prestava bastante atenção e procurava aprender algumas coisas para tentar colocar no meu jogo. Essa questão de jogar como 3 ou 4 para mim tanto faz. Já joguei nas duas posições e consegui me sair bem, só que nas duas últimas temporadas comecei a jogar de ala-pivô, me adaptei bem e tive as minhas melhores médias da carreira. No entanto, não vejo problema em jogar de ala (3). Se tiver que ir jogando assim na seleção com certeza irei com o maior prazer. Eu quero é estar lá novamente, não importa em que posição. Na Copa América sempre que eu entrava nos jogos entrava como 4, mas procurava fazer o que faço no Pinheiros: jogava mais aberto, procurava o chute ou o corte e sempre brigava pelos rebotes, que é a minha função dentro da quadra.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mas já?

A coluna "Panorama Esportivo" do Jornal O Globo de sábado divulgou que o basquete do Flamengo está entrando em seu terceiro mês de atraso nos salários (os prêmios pelo título da Sul-Americana e NBB não foram pagos tampouco). No site Cesta Certa, leio que o Londrina, novo integrante da Liga que começa no domingo, já enfrenta problemas financeiros.

Para uma liga que começa no domingo, não é nada bom que os times entrem na competição com a corda no pescoço. Além disso, acho inadmissível que em um mundo onde se cobram profissionalismo e comprometimento, clubes ainda tenham o péssimo hábito de não pagar aos seus empregados.

Acho que já passou da hora de os responsáveis começarem a fiscalizar os times neste sentido. A LNB deve, sim, tomar medidas para que a sua imagem não fique manchada por problemas tão bobos como estes dos clubes. Se a receita do Flamengo não chega a R$ 230 mil por mês, sua folha salarial não pode (NÃO PODE!) ser de R$ 230 mil mensais. E não precisa ser nenhum gênio da matemática para saber disso, né?

Os palpitões da temporada da NBA

Assim como fiz no ano passado, convoco os leitores a darem os palpites sobre a temporada da NBA que começa hoje. A caixinha, portanto, está aberta para o debate, que promete ser quente. Acredito que sete times brigarão, de fato pelo título (no Oeste Lakers, Spurs, Mavs e Denver, e no Leste temos Celtics, Magic e Cavs). Para quem quiser saber mais sobre o campeonato, sugiro o excepcional trabalho que a ESPN americana fez. Agora vamos aos "ganhadores":

FINAL DO LESTE: Cleveland Cavs e Boston Celtics
FINAL DO OESTE: Los Angeles Lakers e San Antonio Spurs (em dez dos últimos 11 anos eles ganharam a conferência)
FINAL DA NBA: Spurs e Boston (Spurs campeão)
MVP: LeBron James
MELHOR DEFENSOR: Dwight Howard (foto)
SURPRESA DA TEMPORADA: Allen Iverson
JOGADOR DECEPÇÃO: Greg Oden
CALOURO DO ANO: Blake Griffin
QUINTETO IDEAL: Chris Paul, Kobe Bryant, LeBron James, Tim Duncan e Dwight Howard.
TIME REVELAÇÃO: Washington Wizards
TIME DECEPÇÃO: Houston Rockets
MELHOR TÉCNICO: Flip Saunders (Washington Wizards)
MALA DO ANO: Mark Cuban
PRIMEIRA CONFUSÃO DE RON ARTEST: Não haverá confusão de Artest (ai meu Deus...)

Agora, amigos, é com vocês!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Alto-falante

"Minha motivação é seguir melhorando. Encontrar (motivação) para mim nunca foi difícil, né. Não jogo pelos títulos, mas porque simplesmente amo basquete. Terei que desafiar a mim mesma para me tornar uma atleta melhor a cada dia"

A frase é da craque Diana Taurasi, MVP da última temporada da WNBA, em entrevista ao NY Times. A ala revela que após três títulos universitários, dois da WNBA e duas medalhas de ouro quer desenvolver o seu jogo. Legal, né?

Mais do mesmo

Há quanto tempo você ouve que o Chicago Bulls só não decola porque não possui um garrafão de primeiro nível? Muito, né. E parece que a situação não deve mudar muito nesta temporada, não. Sem reforços e apenas com os calouros Taj Gibson e James Johnson como caras novas na área pintada, a turma de Illinois confia, novamente e unicamente, no seu projeto de craque: Derrick Rose (na foto).

Os jovens Tyrus Thomas e Joakim Noah evoluíram, mas ainda é muito pouco para o Chicago sonhar com algo grande. O que mais espanta é que o time poderia, sim, pensar alto caso tivesse um pontuador confiável de dentro do garrafão. Caso quisesse arriscar, o time poderia tentar uma troca por Luol Deng, Kirk Hinrich ou até mesmo John Salmons.

Mas não foi isso que a diretoria dos Bulls fez. Ela ainda prefere ver o que Thomas e Noah podem fazer. Deste canto eu só fico com medo de a paciência de Derrick Rose acabar antes da hora. Alucinado por desafios e conquistas (John Calipari foi seu técnico em Memphis e diz nunca ter visto ninguém parecido neste sentido), acho muito provável que o Chicago não tenha que recorrer ao mercado para cercar a sua maior estrela com companheiros confiáveis em um futuro bem próximo. Isso, claro, se quiser voltar a ser grande como foi há algum tempo.

O Eterno Retorno

Infeliz em Chicago e encostado em Cleveland, Ben Wallace foi despachado para o Phoenix Suns, que rescindiu o seu contrato imediatamente. Aquele que poderia ser o ato final de uma carreira pra lá de vitoriosa teve um adendo repentino, porém: Big Ben (agora com a camisa seis) voltaria ao lugar onde desenvolveu o seu melhor basquete. Com um telefonema do novo técnico John Kuester ("tarado" por sistemas defensivos), o pivô de 35 anos parece disposto a encarar o desafio: ser o cadeado do novo Detroit Pistons, time que agora aposta no ataque para vencer.

Com médias de 5,5 rebotes em 16 minutos nos seis jogos da pré-temporada, Wallace tem papel fundamental nos Pistons desta temporada: com o jogo "migrado" para fora do garrafão, onde pontuarão os armadores Rodney Stuckey, Will Bynum e Ben Gordon, além dos alas Charlie Villanueva, Tayshaun Prince e Rip Hamilton, todo mundo sabe que apenas as migalhas do ataque sobrarão para o garrafão. E isso só traz recordações boas a Wallace: o rapaz nunca registrou mais de dez pontos por partida, e devido a isso que em Detroit a sua capacidade defensiva ficou mais evidente.

É com ele que o Detroit Pistons conta para não repetir o mico da temporada passada, quando foi eliminado e varrido pelo Cleveland na primeira rodada dos playoffs (se somarmos os três jogos do final da temporada regular, a turma de Michigan soma sete derrotas consecutivas, aliás). Os rebotes, pelo que se vê, estão garantidos.

domingo, 25 de outubro de 2009

Sem piedade

Ricky Rubio (foto) enfrentou ontem pela primeira vez o seu ex-time, o DKV Joventut. Sem fazer cerimônia, o armador do Barcelona comandou as ações de seu time, que em casa arrasou os rivais por 92-59. Em 21 minutos, Rubio anotou seis pontos, deu dez assistências, roubou cinco bolas, apanhou quatro rebotes e terminou a partida com 25 de eficiência (melhor marca do duelo). O cestinha foi Juan Carlos Navarro com 23 pontos.

Se alguém ainda tem dúvidas da força deste timaço do Barcelona, é bom começar a ficar atento. Além de ser um ótimo comandante das jogadas, Rubio traz o balanço necessário nos ajustes defensivos para suprir a carência de Navarro neste sentido, conforme o próprio técnico Xavier Pascual, também promissor (37 anos), disse no começo da temporada. O garoto, que completou 19 anos nesta semana, está cada vez melhor. Veja abaixo os melhores momentos de Ricky.

Alto-falante

"LeBron James pode ser o melhor jogador da história. Michael Jordan disputa com ele esta honra, mas LeBron ainda tem muita coisa para pintar em sua obra. E eu não tenho nenhuma dúvida que a imagem final vai ser linda. Ele não ganhou nada ainda, mas não tenho dúvida de que ele pode ser o melhor jogador de sempre a descer a este planeta. É um prazer vê-lo jogar. Ele é um grande garoto e um grande jogador"

O mimo é de David Stern, comissário-geral da NBA, em Lebron James, talvez o melhor jogador da liga em atividade. A declaração foi dada nesta sexta-feira, em entrevista coletiva. Stern ainda disse que espera que LeBron não saia de Cleveland tão cedo.

E aí, concorda com Stern?

sábado, 24 de outubro de 2009

Recomendo a leitura

Rodrigo Alves escreveu excepcional texto a respeito da possível candidatura do Brasil a cidade-sede do Pré-Olímpico de basquete de 2011. A aliança com o polêmico (para ser educado) senador Delcidio Amaral (cuja currículo não é muito animador) mereceu ótima análise do editor do Rebote. Clique aqui e confira.

O calouro contra a sina

Mais uma temporada da NBA começa com a mesma pergunta: será que o Los Angeles Clippers deixará de ser o eterno freguês da liga? Com a adição do calouro Blake Briffin (na foto), número 1 do Draft e com médias de 14,7 pontos e 8,5 rebotes nos amistosos, vejo com bons olhos o que a turma da Califórnia pode aprontar.

Não tanto por Griffin, mas pelo conjunto. Ao seu lado no garrafão estarão Marcus Camby e Chris Kamman, além de DeAndre Jordan. De fora da área pintada o time do técnico Mike Dunleavy tem Baron Davis, craque tão talentoso como disperso, e o jovem Eric Gordon (16,3 pontos e 53% nos arremessos na pré-temporada), além dos razoáveis Ricky Davis, Al Thornton, Rasual Butler e Sebastian Telfair, outra jovem promessa que ainda busca lugar ao sol.

Parece claro que peças para brilhar o Los Angeles Clippers tem. Calouros de outros tempos já encontraram um cenário bem pior do que este de Blake Griffin. O único problema dos Clippers ainda fica na síndrome de ser um time perdedor. Com relação a isso, só há um remédio: o grupo pisar no acelerador desde o começo, conquistar um punhado de vitórias e garantir, desde cedo, o respeito de seus demais concorrentes do Oeste. Seria um bom cartão de visitas.

E aí, será que os Clippers conseguem se livrar da sina de time pequeno? Vote na caixinha!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Marcelinho é suspenso - em amistosos

No primeiro julgamento do STJD da CBB, o ala Marcelinho, do Flamengo, foi suspenso em cinco jogos (só amistosos), e seu time em R$ 10 mil. Shilton, ala do Joinvile, pegou gancho de apenas uma partida (também amistosa).

- Parecia final de campeonato. Foi a primeira vez que eu participei de um julgamento. Fiquei nervoso porque não sabia o que poderia acontecer. Fico feliz por agora existir um tribunal para defender o basquete Na minha carreira toda, eu nunca ofendi um árbitro. Tenho a noção de que sou um cara chato, que luta pelo meu time, mas nunca ofendi nenhum deles - disse Marcelinho ao Globoesporte.com.

E aí, gostou do primeiro julgamento do STJD do basquete brasileiro? Diga na caixinha!

Sem magia

Tem vezes que me pergunto por que diabos as pessoas fazem algumas coisas. Ontem repeti a indagação ao ver que o pré-lançamento do livro de Magic Johnson e Larry Bird (When the Game Was Ours) já está dando uma polêmica danada.

Isso porque Magic espinafra Isiah Thomas (ambos na foto) em um dos capítulos. Diz que o ex-armador do Detroit Pistons não participou do Dream Team de 1992 porque ninguém o queria por lá. Ouviu, de volta, que até o ano passado ele, Isiah, saía para jantar com o ex-jogador do Lakers e que preferia ter ouvido isso tudo cara a cara - e não em um livro para todo mundo (leia aqui).

Magic Johnson é um dos meus ídolos de infância. Um dos momentos mais emocionantes do basquete, para mim, foi aquele All-Star Game de 1992, em que ele, Magic, jogou e levou quase todo mundo às lágrimas. Além disso, seu livro inicial, "My Life", é uma aula de superação e de perseverança. Por isso eu não entendo porque diabos o eterno camisa 32 de Los Angeles tenta enterrar de vez o já desacreditado Isiah Thomas com uma citação dessas em sua nova obra.

Ah, apenas para citar: o objetivo de "When the game was ours" era falar da rivalidade entre Lakers e Celtics na década de 80 - Isiah, na verdade, era o estraga-prazeres dos dois times quando vencia o Boston no Leste ou o LAL nas finais da NBA. De todo modo, parece que ninguém mais quer saber disso, né?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Duas boas do Bert

O Bert colocou em seu PBF dois textos muito legais. O primeiro sobre a volta da jovem Tássia ao time de Americana. O segundo, um exemplo de como a Austrália se tornou a potência que se tornou no basquete. Vale a pena conferir.

Bye, bye Detroit

Uma das cidades de maior tradição na WNBA, Detroit ficará sem time para torcer na próxima temporada. Isso porque a liga anunciou nesta semana que Tulsa passará a abrigar os Shock a partir de 2010. O técnico e diretor-técnico é este aí da foto: Nolan Richardson, figuraça conhecida pelo seu título com Arkansas e pela participação no elenco da Texas Western de 1965 (o primeiro apenas com negros a se sagrar campeão da NCAA).

É, sem dúvida, uma medida impactante nos rumos da WNBA. Detroit possui uma das torcidas mais fanáticas e apaixonadas pelo basquete feminino nos Estados Unidos. Isso, porém, não garante rentabilidade financeira para o negócio, e é exatamente isso que a liga está buscando em Tulsa, paradoxalmente a segunda menor cidade do país a ter um time na competição do próximo ano (Connecticut é a primeira).

Alto-falante

"Sei que não vai dar em nada isso. Não tem a menor chance de eu ficar fora do NBB. É apenas mais uma tentativa do Joinville para ganhar espaço na mídia e prejudicar o Flamengo de alguma maneira. Em vez de pensar grande pelo basquete, vem com um monte de acusação. A única certeza que eu tenho é que não poderei ir no treino de sexta-feira, para comparecer ao tribunal. Fora isso, não muda nada"

A declaração é de Marcelinho Machado ao Globoesporte.com. O ala do Flamengo será julgado nesta sexta-feira no novo tribunal da CBB por causa da confusão no recente torneio de Joinvile.

E aí, concorda com Marcelinho? Será que o julgamento não dará em nada mesmo? O que você, se fosse do tribunal da CBB, faria?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O começo da Euroleague

Apesar de um jogo já ter ocorrido (o Maccabi bateu o Union Olimpija na semana passada por 85-65), hoje começa oficialmente a Euroliga masculina, segundo maior torneio do mundo. Com o Panathinaikos (atual campeão) e com o CSKA ainda muito fortes, vale também ficar de olho no desempenho dos clubes espanhóis.

Além do Caja Laboral dos brasileiro Marcelinho Huertas e Tiago Splitter (foto), é bom ficar de olho no Real Madrid do técnico Ettore Messina e no sempre forte Barcelona (atual campeão local), que conta com o trio Ricky Rubio, Juan Carlos Navarro e Erazem Lorbek.

O Final-Four será em Paris, em 2010, e até lá uma boa maneira de acompanhar o torneio é pelo site da Euroleague. Clique aqui, veja a formatação dos grupos e diga na caixinha: quem será o campeão?

A voz de Tiago Splitter

"Estamos tentando levantar o basquete no Brasil, e nós precisávamos ganhar a Copa América para isso. Nosso país estava muito desapontado porque não se classificou para os últimos Jogos Olímpicos e este foi o primeiro passo para a os próximos, em Londres. Nossa equipe tem muita união, e essa é a melhor fórmula para o sucesso"

"Dediquei esta medalha (da Copa América) para a minha irmã Michelle (falecida no começo de 2009), assim como fiz com a vitória do Tau/Ceramica na última temporada da Copa do Rei. Tudo o que eu ganhar a partir de agora será para ela. Penso sempre em como ela sofreu e lutou para viver, e isso é uma inspiração para mim. Agora e sempre, ela é minha inspiração"

"Temos muita tradição, com certeza. Acho, porém, que o basquete no resto do mundo evoluiu mais do que no Brasil por algum tempo. Nós ficamos estagnados por 20 anos ou mais, e acho que temos que crescer muito.Temos que nos tornar consistentes e continuar crescendo, como o resto do mundo faz. Tivemos a Era do Oscar Schmidt, e nós não crescemos depois disso. Agora, precisamos evoluir e ser parte de basquetebol moderno. Com certeza, temos um grande futuro"

As declarações são de Tiago Splitter ao site da Euroliga. Legais, não?

Da Prancheta

143 - Foi a pontuação do Phoenix Suns na vitória de ontem contra o Sacramento Kings (contra 128 do rival) em jogo válido pela pré-temporada da NBA. Como se vê, o pessoal do Arizona vai correr e anotar muitos pontos de novo. Channing Frye fez 29 pontos, Amaré Stoudemire outros 21 e Gordan Dragic somou 21 - Leandrinho teve 16. A má notícia é que Steve Nash (tornozelo) saiu lesionado.

Mau exemplo

Se o campeonato carioca adulto já é de um nível técnico sofrível (só o Flamengo tem uma equipe de verdade), imagine, caro leitor, o que acontece nas categorias de base aqui no Rio de Janeiro.

Na verdade, acho que você nem imagina. Em partida da categoria infanto entre Tijuca e Flamengo, o jogador Pará (camisa 15 do Tijuca) perdeu a compostura e agrediu, com um soco, o árbitro Luiz Claudio após não concordar com uma falta assinalada.

O vídeo, deprimente e triste, você assiste abaixo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A opção

Escrevi aqui há quase seis meses que, em minha opinião, o Utah Jazz precisava de uma mudança de rota. O que se viu, no entanto, foi a manutenção da espinha dorsal da equipe. Com menos de uma semana para começar a NBA, estão por lá (e na foto) Mehmet Okur, Deron Williams (um cracaço de bola!) e este mala chamado Carlos Boozer, que pede dia sim, outro também, para ser trocado de Salt Lake City.

É evidente que Jerry Sloan, técnico da franquia há 389 temporadas (brincadeira, há 22), entende bem mais do Utah do que eu, mas achei que o time seria modificado para este campeonato. Os Jazz precisam de um arremessador de longa distância. Ronnie Brewer é bom, mas não é ótimo, e Andrei Kirilenko defende muito, mas não possui chute confiável. O resultado é que Deron Williams, armador da equipe, precisa comandar as ações no ataque e, quase sempre, decidir de longe quando o cronômetro aperta.

Ao invés de se livrar de Boozer para promover Paul Millsap e trazer um bom ala-armador, o Utah Jazz apostou na manutenção do elenco eliminado em cinco jogos pelo Lakers na temporada passada - pior: não contratou nenhum reforço de peso. Como disse há seis meses, um time que possui Deron Williams tem todo o direito de sonhar com mais.

Botafogo pode jogar o Nacional feminino

O Nacional feminino ainda não tem data para começar, mas um time pode entrar na competição: é o Botafogo, do diretor Miguel Ângelo da Luz (na foto). O clube alvinegro procura dois parceiros comerciais antes de decidir se joga, ou não, o torneio em 2009. A decisão deve sair até amanhã, quarta-feira.

"Realmente estamos tentando montar um time para o Nacional feminino. Nosso objetivo é fazer com que o ótimo trabalho das divisões de base do clube seja mesclado com a experiência de atletas de ponta. Para isso, estamos buscando patrocinadores e em breve teremos uma resposta", admite o esperançoso Miguel.

O dirigente confirma, inclusive, o interesse em Mamá (foto à esquerda) e Êga, jogadoras que atuaram nas Olimpíadas de Pequim: "São atletas que interessam, sim, mas antes de contatá-las de modo oficial preciso saber quanto terei no orçamento para investir em contratações".

Vamos ver o que acontece até quarta-feira, mas as possibilidades de o Botafogo disputar o Nacional feminino são boas. Trago novas notícias em breve.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Vinte e dois

Vejo no site do Burgos que Franciele, uma das maiores revelações do basquete brasileiro, completa hoje 22 anos. No sábado, em nova vitória de seu time (71-62 sobre o Pio XII), a ala-pivô anotou 17 pontos e cinco rebotes.

Muito sucesso para ela. O Bala na Cesta deseja parabéns, saúde, sucesso e muitas cestas.

Um mimo não faz mal

Em mais uma vitória de seu time, o Ros Casares (84-70 sobre o Soller), Érika foi o destaque: 23 pontos, 16 rebotes e três tocos em 30 minutos.

Parece claro, portanto, que é na Espanha que Hortência, diretora do departamento feminino da CBB, deve mirar as suas atenções. Depois de uma cansativa temporada na WNBA, Érika teve menos de 15 dias para descansar. Foi logo para Valência, apresentou-se ao Ros Casares e logo entrou em quadra.

Sem férias há um bom tempo, parece claro que em algum momento o corpo da brasileira pedirá arrego. Se fosse da CBB, eu ficaria preocupado que esta data de férias seja em 2010, na época do Mundial da República Checa. Não é simplesmente uma questão de "amor à camisa x profissionalismo", mas uma questão de saúde física e mental mesmo.

Argumentos nacionalistas não colam mais nesta época de profissionalismo exacerbado. Que Érika seja tratada como ela realmente merece: como a melhor jogadora do basquete nacional. Um mimo não faz mal.

Melhores

Odeio fazer projeção sobre a NBA baseando-me nos jogos da pré-temporada. Acho cruel e ilusório ao mesmo tempo. Por isso, esta provavelmente será a única vez que você isso por aqui.

O fato é que andei olhando os números de Andrew Bynum nos amistosos do Los Angeles Lakers até aqui: 20,5 pontos, seis rebotes e 62% de aproveitamento nos arremessos. Mas a estatística mais importante é: o quase-sempre-lesionado-pivô angelino registra, até aqui, 30 minutos por partida, e parece que nenhuma lesão.

Com ele, os Lakers são ainda mais fortes do que o time campeão na temporada passada. Se é verdade que Bynum estava lá para garantir o anel com Kobe Bryant, também é justo dizer que o camisa 17 não estava em perfeitas condições físicas e técnicas. Pau Gasol e Lamar Odom, quase sempre sacrificados por Phil Jackson para atenuar a ausência do gigante, agradecem. A torcida de Los Angeles também.

domingo, 18 de outubro de 2009

Tortilla espanhola

Tem cara de menino este camisa 17 aí da foto, não tem? E ele é um menino, mas não um menino comum. Javier Marín, de apenas 15 anos (nasceu em 12 de abril de 1994 e tem 1,92m de altura), voltava de um torneio com a seleção sub-16 espanhola ao seu clube, o Zaragoza, quando recebeu o convite de José Luis Abós, técnico do time adulto: para fazer a pré-temporada com o elenco que disputaria a LEB Oro (Segunda divisão local).

"Javi passou toda a pré-temporada conosco e isso é um prêmio para ele. Tomara que sirva de estímulo para trabalhar mais e seguir evoluindo", disse Abós. Na noite de sexta-feira, Marín entrou em quadra por menos de 8o segundos (77 para ser exato), errou uma vez e cometeu uma falta para se converter no mais novo jogador da história da LEB Oro (seu time, o Zaragoza, bateu o Cáceres por fáceis 78-59 com 19 pontos do argentino Paolo Quinteros).

Como se vê, a fornada espanhola de boas revelações não tem limite.

Duas vezes Olimpíadas

Vi no Globoesporte.com que a CBB pleiteou a candidatura do Pré-Olímpico de 2011 (ainda sem definição se do masculino ou do feminino). A investida de Carlos Nunes tem razão de ser: com as vagas de 2016 já em sua manga, a entidade pode garantir um ciclo olímpico de oito anos (seria inteligente, melhor para o planejamento e renderia bons dividendos em termos de investimento, diga-se de passagem) com Londres e Rio de Janeiro.

A questão, agora, é saber como a Confederação está se estruturando para isso. Conseguir abiscoitar o Pré-Olímpico parece muito mais uma questão política do que um mérito esportivo - se fosse apenas por este quesito, a Argentina, que quer realizar o evento para uma eventual despedida de Manu Ginóbili, tem muito mais resultados internacionais recentes do que nós. Por isso, vale a pena tentar agregar ao tal "cunho político" da campanha um quê de melhorias na modalidade.

Um plano de expansão do basquete, o início da escola de treinadores e a criação de um Centro de Treinamento para as seleções de base seria um bom começo. A FIBA, que deve escolher a cidade das competições em junho de 2010, gostaria bastante.

sábado, 17 de outubro de 2009

O primeiro israelense na NBA

Omri Casspi (foto) é o primeiro israelense a jogar por na NBA. Ala de 22 anos (nasceu na belíssima cidade de Yavne) e 2,05m revelado pelo Maccabi Tel-Aviv (médias de 8,8 pontos e 3,1 rebotes na última Euroliga), ele chega ao Sacramento Kings (23ª escolha no Draft) impressionando menos pelo seu basquete e muito pela sua história de vida.

Casspi serviu ao obrigatório serviço do exército de seu país por três anos, o que em muito explica a sua não-explosão basqueteiramente falando. Perguntado sobre sua experiência por lá, o rapaz não titubeou: "Não fui atirador de elite como o Scotty (Sterling, diretor de scout do Sacramento) falou. Fiz apenas os trabalhos básicos, mas, sim, já pratiquei muito com as armas. E atirei bastante com elas".

A bala que Omri tem que atirar, agora, é outra. Com o apoio dos judeus de Sacramento (estima-se que a comunidade local seja de cerca de 30 mil pessoas), ele é uma das esperanças dos Kings para reconstruir a franquia. Os torcedores de Israel torcem por ele também.

Marbury solta o verbo

Stephon Marbury resolveu falar ao New York Post. Veja no que deu:

"Estou falando como um torcedor e um nova-iorquino que cresceu amando os Knicks: por que eu daria o meu dinheiro para ver este time? Isso é uma atrocidade. Os caras correndo a quadra e só arremessando de três pontos de qualquer lugar. Os técnicos são horríveis. Que tipo de caras eles (os técnicos) são? Se no jogo eles chutam assim, você pode imaginar como eles arremessam nos treinamentos. Os nova-iorquinos merecem decisões melhores dos diretores. O resultado é: a cidade agora tem que lidar com essa bagunça".

"LeBron (James) não virá para um time em reconstrução. Por que ele viria para um time assim? Não faz o menor sentido. Esta franquia foi feita para ganhar títulos ou fazer dinheiro? As pessoas falam que eu não paro de arremessar, que arremesso o tempo todo. Mas o que Nate Robinson faz então?".

"Estou descansando, fazendo o que Michael Jordan fez. Curtindo a vida, fazendo coisas que nunca fiz nos últimos 16 anos, construindo meu império. Não iria para Boston por aquele dinheiro (US$ 1.3 milhões por temporada). Acho que foi uma decisão prudente tirar este ano para sair fora".

"As pessoas podem dizer o que quiserem e agirem como Deus. Daqui a um ano, não dá para saber como eu serei. Posso ir para onde eu quiser".

Podem falar o que quiser, mas Stephon Marbury, armador dispensado pelo New York Knicks e com breve passagem pelo Boston Celtics na temporada passada, tem personalidade. O rapaz decidiu tirar um ano sabático para descansar e provavelmente voltar em 2010 para encerrar a sua carreira na NBA.

E aí, o que você achou das declarações do armador? A caixinha está aberta!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Tuiú em Americana

Campeã mundial em 1994, a pivô Cintia Tuiú deve ser anunciada como novo reforço de Americana, informa o Bert em seu PBF. O time, aliás, contará com duas do time de 1994: além de Cintia, Adriana Santos se encontra no elenco dirigido pelo técnico Zanon.

E o Nacional Feminino, hein?

No dia 7 de outubro de 2008 começava o Nacional feminino: a Mangueira perderia para o Florianópolis em seu ginásio (estava lá ao lado do amigo Rodrigo Alves) na estréia daquele que foi o mais rápido e menos atraente dos torneios organizados pela CBB desde 1998.

Mas como tudo que é ruim pode piorar, temos uma novidade: passado um ano, o Nacional Feminino não tem data para começar, patrocinadores para o evento, site pronto e nem número de clubes definidos.

Como se vê, está difícil a situação do basquete feminino no Brasil. Com o Mundial a menos de um ano, fica impossível ser otimista com uma boa classificação no torneio da República Checa. Além disso, eu só fico imaginando como as jovens promessas deste país algum dia chegarão a jogar em alto nível com tão pouca estrutura interna.

Adeus, Emil

Para quem tem menos de 30 anos, como eu, Emil Rached sempre foi aquele gigante de 2,20m que brincava com Didi e Dedé nos filmes dos Trapalhões. Ria barbaridade com suas palhaçadas. Anos depois é que vim a conhecer a sua história como jogador de basquete.

Emil, 66 anos, faleceu ontem após infecção generalizada. Com a seleção brasileira, ele foi medalha de bronze no Campeonato Mundial do Uruguai (1967), ouro nos Jogos Pan-Americanos de Cáli (1971) e vice no Sul-Americano de 1966.

Perdemos uma grande figura. Uma pena.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Da Prancheta

548.000 - Esta foi a média de telespectadores nos cinco jogos finais da WNBA de acordo com o Nielsen (o IBOPE americano). A ESPN, que transmitiu as partidas, está feliz da vida já que o índice é 73% maior que os 316.000 de 2008. Se isso não bastasse, os 13 duelos exibidos pela emissora registraram 435 mil de audiência por noite, 54% a mais que os 282 do último ano.

Pode ser que este seja o passo que a WNBA estivesse precisando para dar o seu salto de qualidade. Com o público literalmente comprando a idéia de sua competição, a liga só tem a crescer.

NBA no Space

Canal do grupo Turner, o mesmo da TNT, o Space, presente na Sky, Via Embratel, Oi Tv, TVA (canal 78) e Telefônica, irá transmitir a temporada 2009-2010 da NBA. Os jogos serão às quintas-feiras, por volta das 23hs (horário de Brasília). Para esquentar os tamborins, a emissora exibe Lakers e Nuggets no próximo dia 22, ainda na fase de amistosos da liga. A narração ficará a cargo de Marcos César. Os comentários, com João Bosco Tureta (leia mais aqui). Boa notícia, hein?

Que tipo de jogador Artest quer ser?

"Ei, deixe-me ser absolutamente claro: você não pode bagunçar esta temporada. Se você falhar, nunca mais resgatará a sua carreira. Arruinar este time significa o final de sua vida no basquete. Você conhece a nossa história, o nosso basquete, e posso te dizer o seguinte: ganhe um título, e será um Hall da Fama. Perca, e nunca mais verá este nível de paixão como a nossa".

Foi assim que um torcedor se dirigiu a Ron Artest no primeiro treino aberto do Los Angeles Lakers na pré-temporada. Maior incógnita do campeonato, o ala do time de Phil Jackson chega com o mesmo ponto de interrogação que Dennis Rodman chegou ao Chicago Bulls há mais de uma década.

A escolha é bem simples, como o torcedor do Lakers explicou por lá. Caso jogue o seu basquete, Artest só tem a ajudar Kobe Bryant e seus novos companheiros. Ron nunca atuou em um time tão forte, e seu grau de competitividade sempre foi alto. Um anel o colocaria em um patamar bem mais justo do que a atual classificação de "talentoso-porém-doidinho".

O problema é que em se tratando do rapaz nem sempre a lógica ajuda muito. O camisa 37 do Lakers pode aprontar todas em menos de um mês, destruir a química que tanto custou a chegar aos angelinos e arruinar a fórmula mágica do atual campeão da NBA. Isso, sem dúvida, seria uma tragédia em Los Angeles.

Se tivesse que opinar, diria que Artest será tão angelical quanto foi Dennis Rodman em seus tempos de Chicago. Tal qual Michael Jordan, o craque Kobe Bryant não permite presepadas, e o técnico de Ron é o mesmo do rapaz que pintava o cabelo. E todos sabemos que lidar com estrelas não muito ortodoxas talvez seja a maior das 249 qualidades de Phil Jackson.

E aí, você acha o quê? Ron Artest ajudará ou arruinará o Los Angeles Lakers nesta temporada? A caixinha está abertíssima para o debate!