quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Muito Prazer, Rodrigo Freitas

O basquete masculino carioca não tem produzido bons jogadores com freqüência. Armadores, então, nem se fala. Mas desde que vi Rodrigo Freitas, atleta do Fluminense, um fio de esperança apareceu. E com inteira justiça. Com ótima visão de jogo (ótima mesmo!), bom raciocínio em quadra, espírito de liderança, maturidade e boa variação de “golpes” no ataque, ele ainda precisa evoluir na defesa, na parte física e na seleção de seus arremessos (utilizar mais das infiltrações pode ser uma boa pedida) mas já tem credenciais para se tornar um profissional de alto nível em um futuro próximo. Com média de 19 pontos e duas assistências no Brasileiro sub-18 deste ano, este menino educado e dedicado de 1,85m é o primeiro entrevistado da “Muito Prazer” de 2009. Confira!

BALA NA CESTA: Quem é o armador Rodrigo Freitas?
RODRIGO: Tenho 17 anos, sempre gostei de competir e jogo basquete desde pequeno pelo Fluminense. Sou também muito exigente comigo mesmo e é por isso que por um lado sempre fui muito dedicado nesse esporte e por outro já fiquei muito abalado com frustrações ao longo da carreira. Apesar de tudo tenho um grande sonho: virar jogador profissional de basquete.

--De onde surgiu a chama para jogar basquete, e quem é sua maior inspiração?
-- Sempre gostei de assistir a jogos de basquete. Aos 10 anos, resolvi começar a jogar no colégio e daí não parei mais. Gostei tanto que acabei entrando para a equipe do Fluminense, onde jogo até hoje. Minha maior inspiração é o Oscar, uma pessoa que teve uma carreira brilhante simplesmente porque sempre treinou mais do que qualquer um.

-- Até que ponto o mau momento da modalidade afeta na sua cabeça para seguir jogando? Como fazer para que esta instabilidade não influencie no seu rendimento, nem na maneira como você enxerga o seu futuro?
-- Por mais que o basquete esteja em um mau momento no Brasil, acredito que se eu continuar treinando forte conseguirei chegar em um patamar mais alto. É por isso que a atual conjuntura do basquete brasileiro não me afeta. Penso sempre na minha melhora individual, pois um grande jogador pode atuar também fora do Brasil, onde a situação do esporte está melhor.

-- Em um mundo ideal, onde você quer estar, em termos profissionais, daqui a cinco anos?
-- Daqui a cinco anos, em um mundo ideal, gostaria de ser um grande jogador de basquete, atuando até fora do Brasil e também estar sendo efetivo da seleção brasileira adulta.

-- Jogar no Rio de Janeiro acaba lhe “prejudicando” de alguma maneira, devido a falta de estrutura local?
-- Já tive a oportunidade de jogar torneios fora do Rio e vi a tamanha falta de estrutura em que o nosso Estado se encontra. Essa falta de estrutura acaba afetando todo o basquete de base do RJ, sim, e é por isso sempre pensei em treinar muito forte para que essa falta de estrutura local me prejudique menos.

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JOGO RÁPIDO
Maior emoção dentro de quadra: Última partida da final do Campeonato Estadual Juvenil 2008, jogo que ganhamos por dois pontos nos segundos finais
Uma frustração: O vice campeonato Infanto-Juvenil 2008
Uma referência no basquete: Michael Jordan.
Atleta que mais lhe marcou ao longo da carreira e por que: Oscar, devido a força de vontade desse jogador em treinar inúmeras horas por dia
Uma mania: Roer unhas
Uma comida: Culinária japonesa
Um livro: Cestas Sagradas (Phil Jackson)
Um amigo: Minha família
Uma inspiração fora de quadra: Meu avô
Uma música: Mais uma vez (Legião Urbana)
Um filme: Coach Carter
A bola que eu vi chutarem e caiu: Robert Horry contra o Sacramento Kings nos playoffs de 2002 (aqui)
A bola que eu vi chutarem e não caiu: Michael Jordan errando a última bola do jogo nos playoffs contra o Orlando Magic (1995).
Jogo inesquecível: Jogo da Final de conferência em 2002 entre Lakers e Kings
A minha principal virtude em quadra: Não desistir nunca antes do final da partida
O meu maior defeito em quadra: Me abalar excessivamente com meus erros durante o jogo
Um grande rival: Eu mesmo
O melhor técnico que já vi: Phil Jackson
Um sonho: Ganhar muito dinheiro jogando basquete
Uma frase: “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”

4 comentários:

Anônimo disse...

Um sonho: Ganhar muito dinheiro jogando basquete

Que campeonato é??

um grande jogador pode atuar também fora do Brasil, onde a situação do esporte está melhor.

Economicamnte né??

I'm sorry but is amazing for me.

Bala pesquisa Augusto Cesar Lima

Anônimo disse...

o garoto é bom mesmo, o vi jogando o Carioca adulto e ele foi um dos meninos que se destacou. foi elogiado por todo mundo q falou comigo durante o campeonato. a liga bem que podia dar certo para que haja um jeito de segurá-lo no Brasil um tempo, em vez de vê-lo seguir para fora cedo como ele deseja

Anônimo disse...

Grande pessoa e tem tudo para se tornar um grande jogador, gosta muito de treinar e tem um excelente arremesso. Meu "adversário" aqui no Rio sempre nos deu muito trabalho mass também tive o prazer de trabalhar com ele em duas seleções cariocas aonde sempre foi um dos líderes do time.

Unknown disse...

Rodrigo tem um belo caminho no basquetebol nacional,principalmente pelo sua força interior e sua liderança,eu tive a oportunidade de inicia-lo na Escolinha do Colégio Cruzeiro -Centro e logo na sequência sinalizei para familia um clube . Sempre profetizei seu futuro para sua mãe Yvone que ele tem tudo para ser um jogador de seleção isso eu já falo desde 2001.
Assim espero que ele continue com a famosa chineleta da Humidade e valorizando a familia que sempre apoia na alegria e na tristeza .
parabéns pela reportagem.
Valeu
Zero (23 anos na formação de Atleta)