quarta-feira, 31 de março de 2010

Alto-falante

"Sempre me senti muito bem no San Antonio, mas quando você é um agente livre, pode escutar as ofertas, botá-las sobre a mesa e decidir. Não há nada descartado. Prefiro ficar na NBA, mas se não me oferecerem o que espero, não hesitaria em ir para o Real Madrid ou Barcelona, para uma boa equipe, um lugar que valha a pena"

A frase é de Manu Ginóbili ao canal Eurosport. Na semana passada, o Marca disse que o Real Madrid tem interesse em contratá-lo. No dia seguinte, o Barça disse que colocar o argentino e Ricky Rubio na mesma quadra seria sensacional.

E aí, será que Ginóbili sai da NBA ao final da temporada? Ainda não creio, sinceramente.

Seleção feminina sub-18 em Las Vegas

A CBB divulgou ontem que a seleção feminina sub-18 embarca nesta sexta-feira para treinar em Las Vegas (a idéia é excelente, demonstra visão de presente e futuro, e merece aplausos). Além disso, amistosos também estão previstos. Apesar de não ter conseguido junto à entidade informações a respeito do orçamento, ouvi o seguinte.

BALA NA CESTA: Quem treinará a seleção na Clínica em Las Vegas?
CBB: A equipe do Impact Basketball vai coordenar o treinamento (Nota do BNC: A Impact Basketball é uma renomada empresa que realiza treinamentos de força, habilidade e técnica para atletas de todo o mundo. Nomes como Kevin Garnett, Paul Pierce e Vince Carter já passaram por lá).

-- Qual a programação da viagem?
-- A seleção embarca nesta sexta-feira, com os treinamentos começando no sábado e terminando no dia 9 à noite. De 8h às 10h, as meninas estarão na quadra, trabalhando a parte técnica. De 10h às 11h30, participam de treinamento de força, movimentação e velocidade, além de técnicas e procedimentos de recuperação e melhoria atlética em geral. De 12h às 13h30, a equipe almoça e descansa (as refeições vão seguir o programa nutricional desenvolvido para cada atleta de acordo com as informações coletadas nas avaliações do primeiro dia). À tarde, elas voltam à quadra para treino em equipe e jogos.

-- Contra quem as meninas jogarão depois da Clínica?
-- A Impact Basketball reuniu jogadoras universitárias e do High-School para enfrentar o Brasil.

-- Como será o treinamento com os técnicos?
-- Os técnicos vão trabalhar em conjunto com os profissionais da Impact Basketball, observando e trocando informações sobre os métodos de treinamento.

-- Há alguma ação para que estes ensinamentos se estendam às demais comissões técnicas?
-- As comissões técnicas se reúnem periodicamente e todas as informações colhidas pela equipe da sub-18 feminina serão transmitidas aos técnicos que integram as demais comissões. Num futuro próximo, a CBB pretende levar as demais seleções a programas de treinamento como esse.

Pára tudo: perdemos duas vezes do Chile

Está lá no site do CBB: a seleção masculina Sub-18, comandada por Walter Roese, terminou em quarto lugar no Sul-Americano da Colômbia. Até aí, nada demais.

O problema é que em sua campanha no torneio a seleção perdeu da Argentina (rotina), do Uruguai (quase rotina nos dias atuais) e DUAS vezes do Chile. A última derrota foi na segunda-feira, na decisão da medalha de bronze, por 78-69, apesar dos 23 pontos e seis rebotes do ala Felipe Vezaro (foto). Não me lembro, sinceramente, de ver um time nacional perder dos chilenos em uma competição sul-americana.

Creio que os desfalques e as lesões de alguns atletas devam ser levadas em conta na análise fria do que aconteceu na Colômbia, mas a discussão sobre a atual fase das divisões de base do basquete nacional precisa ser ampliada. De novo: perder do Chile não pode ser encarado como algo normal para o Brasil.

terça-feira, 30 de março de 2010

Nas mãos do garoto

No começo de janeiro, tocou o telefone do croata Ante Tomic. Em Zagreb (sua cidade-natal), onde atuava pelo KK Zagreb, ele recebeu um convite singelo: "Tomic, que vir jogar no Real Madrid?". Era Ettore Messina, técnico dos merengues, chamando o rapaz de 23 anos e 2,17m para atuar na capital espanhola.

Rescisão assinada, contrato em mãos, Tomic rumou para o Madrid sem saber o que esperar. Mas o fato é claro: o gigante parece valer cada centavo investido nele. Na última semana, anotou 22 pontos (10/15), cinco rebotes e deu quatro tocos para garantir a vitória do Real por 70-63 no jogo 2 das quartas-de-final da Euroliga contra o Barcelona (melhor defesa da competição).

E é com Ante Tomic que o Real Madrid espera continuar a surpreender o Barcelona (nesta terça-feira o time tenta manter o mando de quadra e abrir 2 a 1 na série). Pode parecer loucura, mas é através de Tomic que passa a classificação do Real. Alto, forte e ainda "desconhecido", o croata pode parar o rival Fran Vázquez, garantir pontos dentro do garrafão para o time de Messina e ainda tirar o foco de Prigioni e Jaric no perímetro. Resta saber quais os antídotos que o Barcelona usará.

ATUALIZAÇÃO DA NOTÍCIA (18:23): De nada adiantaram os 23 pontos de Tomic, porque o Barça acaba de vencer o Real por 84-73 para retomar o mando de quadra nas quartas-de-final da Euroliga. Até então apagado, Navarro liderou os catalães com 24 pontos. O Barcelona agora vence o duelo por 2-1.

Alto-falante

"Quando fui visitá-lo pela primeira vez em sua casa, entrei na sala e vi que havia um quadro de um artista que era uma imagem minha jogando basquete. Foi muito emocionante para mim. Ele era um cara diferenciado, que deixou um legado para todos nós. Ele escrevia crônicas lindas que agora eu vou colocar em um quadro. Posso definir Armando Nogueira em três palavras: simplicidade, gentileza e elegância"

A declaração é de Magic Paula, no enterro do mestre Armando Nogueira na manhã de hoje no Rio de Janeiro.

Da Prancheta

34-10-10 - Estes foram os números de pontos, rebotes e assistências do alemão Dirk Nowitzki na vitória do Dallas ontem à noite contra o Denver Nuggets por 109-93. Com o triplo-duplo, o craque ajudou muito os texanos, que agora possuem 49-25 e estão isolados na segunda colocação do Oeste. Bem-marcados, Carmelo Anthony e Chauncey Billups erraram 24 de seus 30 chutes. Pivô titular, Nenê arremessou apenas quatro vezes.

Alto-falante

"Eu acordei inspirado, com o pé direito. Queria jogar bem e acabei conseguindo esse triplo-duplo. Na edição do ano passado, já tinha chegado perto, mas fiquei sem a marca por causa de três rebotes"

A frase, dada ao Globoesporte.com, é de Fernando Penna, autor do primeiro triplo-duplo da história do NBB. No último domingo, o armador do Paulistano comemorou o nascimento da sua filha (Maria Fernanda veio ao mundo na sexta-feira) com 23 pontos, dez rebotes e 11 assistências na vitória sobre o Palmeiras/Araraquara por 110-106 na segunda prorrogação.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Adeus ao grande ídolo

Nunca havia falado com Armando Nogueira até 2003, quando, ainda estudante de jornalismo, fui a uma palestra sua. Tímido ao extremo, levei os sete livros que tinha e pedi um autógrafo em "Na Grande Área". Assustado, Armando disse: "Rapaz, você é tão novo e anda lendo esses rabiscos antigos. Não faça isso". Sorri para o mestre, mas a resposta era óbvia: qualquer coisa escrita por Armando Nogueira era uma obra-prima. E obras-primas são atemporais, como ele mesmo ensinou.

Hoje de manhã Armando Nogueira faleceu em sua casa aos 83 anos. Fico triste, mas ao mesmo tempo sei que Garrincha, Ayrton Senna e outros terão mais um cronista de mão cheia ao lado a partir de agora.

Quem é quem

Denver e Dallas fazem hoje uma partida que pode significar muito em termos de classificação, e muito mais em termos de futuro. Praticamente empatados na tabela, os times procuram terminar a fase de classificação em segundo lugar e conseguir o mando de quadra nos playoffs até a semifinal do Oeste. Ao que parece, o Los Angeles Lakers tem a primeira colocação encaminhada.

Na última sexta-feira vi o Denver Nuggets atuar contra o Toronto, e apesar da vitória com cesta decisiva de Carmelo Anthony não gostei da atuação da equipe. A reclamação de Nenê (de que os pivôs pouco recebem bola) tem total razão de ser. Entra ano, sai ano, e o jogo dos Nuggets continua o mesmo: bola nas mãos de Carmelo, JR Smith e Billups, e pimba. Com isso, o sistema ofensivo fica muito "periférico", e joga-se muito pouco perto da cesta. Para uma pós-temporada, onde marcações apertam e os arremessadores têm seus aproveitamentos reduzidos, é forca na certa.

O Dallas, por sua vez, perdeu três dos últimos cinco jogos, mas parece ter encontrado uma maneira de jogar com Caron Butler, Shawn Marion e Dirk Nowitzki. Todos sob a batuta de Jason Kidd, que tem atuado como nos velhos tempos. Além disso, o banco da equipe parece mais sólido com Jason Terry comandando os reservas.

Se eu tivesse que apostar, hoje colocaria o Dallas Mavericks como maior rival dos Lakers pelo título do Oeste. E você, o que acha? A caixinha está aberta!

Tarallo fala

Luiz Claudio Tarallo é um dos mais contestados técnicos de seleções do país. Por isso o blog decidiu escutá-lo em uma conversa franca e dura após o título nos Jogos Sul-Americanos. Tarallo falou sobre a competição, sobre as meninas que estão surgindo e, claro, sobre as críticas que sofre.

BALA NA CESTA: Como foi o torneio de um modo geral, e a final contra a Argentina em particular?
LUIZ CLAUDIO TARALLO: As equipes já se conheciam da Sub-17 e com isso todas se prepararam melhor para esta competição. O Brasil também mudou com a vinda de três jogadoras que não haviam participado no ano passado (Tássia, Joice e Milena). Na primeira fase não tivemos grandes problemas com Equador e Venezuela, mas contra a Colômbia foi um teste muito bom para as meninas, que jogaram diante de uma torcida de aproximadamente 7.000 pessoas – muito importante para o crescimento delas. Na semifinal contra o Chile, a equipe conseguiu superar as dificuldades encontradas – as chilenas evoluíram muito desde os amistosos no Brasil, perdendo por uma diferença de 17 pontos para nós e de 11 para a Argentina. Para a final contra a Argentina, estudamos demais a equipe delas, procurando anular seus grandes diferenciais - o arremesso de três pontos e o jogo cadenciado. Além disso, realizamos uma forte marcação nas principais jogadoras.

-- Muita gente, inclusive eu, lhe critica muito por conta dos seus resultados passados (o Mundial Sub-19 não foi muito bom). Este título vem em boa hora, não? Alguma coisa em seu método de trabalho mudou? Fica ainda uma outra pergunta: como é seu método de estudo, análise das atletas e dos adversários?
-- Creio que as críticas aconteçam pelo fato de não conhecerem realmente os resultados passados e também pela distância no acompanhamento do trabalho. Não consigo entender uma crítica baseada somente em estatísticas ou pelo fato de escutar uma ou outra pessoa. A pergunta citou o Mundial Sub-19 sem saber o que aconteceu na preparação, sem analisar se a participação na Lusofonia foi importante, se a equipe teve problemas de lesão, de saúde ou de adaptação. Enfim, não estiveram presentes para saber se o nível das demais equipes era próximo ao do Brasil. Apenas analisaram o placar final. O título sempre é bom e vem em boa hora, mas não mudei a maneira de pensar sobre o basquete e nem a metodologia, embora sempre estejamos adaptando a filosofia e a estratégia de jogo em função das jogadoras presentes na seleção e nas adversárias da competição em questão. (Neste momento, Tarallo começa a citar o seu currículo, que você encontra aqui). Sobre meu modo de trabalho: procuro sempre acompanhar tudo de novo em termos de métodos defensivos e ofensivos, sobre as diferentes escolas de basquete, além de livros, artigos e jogos nacionais e internacionais. Sobre as atletas, procuro sempre observá-las acompanhando os jogos e conversando com outros técnicos. Sobre os campeonatos brasileiros, temos o acompanhamento, hoje, da Janeth, que analisa e indica atletas de outros estados.

-- De todo modo, o título não é o máximo de vocês neste ano, já que há a Copa América em junho. Quais as expectativas para a competição, e quais os erros cometidos na Colômbia que precisarão ser corrigidos até lá?
-- Realmente o objetivo principal este ano é a Copa América. Estamos numa chave difícil, já que temos que disputar duas vagas contra EUA, Argentina e Porto Rico. Sabemos das dificuldades, estamos trabalhando muito forte e a CBB não está medindo esforços para proporcionar uma ótima preparação para a Copa América (Tarallo, aí, cita as duas fases de treinamento, os amistosos contra o Chile, o intercâmbio em Las Vegas e outros amistosos antes da competição). Vamos trabalhar para surpreender os adversários, para aprimorar e evoluir ainda mais o sistema ofensivo e acrescentar mais variações defensivas, já que um dos adversários é a Argentina e com certeza ela também estará nos estudando.

-- Esta geração parece estar desenhando o surgimento de três grandes atletas para o Brasil: Damiris, Tássia e Joice. Você poderia falar um pouco dela, e até onde elas podem chegar?
-- Realmente são três grandes jogadoras que estão surgindo, muito fundamentadas e que estão evoluindo a cada ano. Por serem novas, precisam continuar se esforçando nos treinamentos e jogos, mas acredito muito que em breve já estarão representando o Brasil na seleção principal.

domingo, 28 de março de 2010

Duke, sempre Duke

Duke acaba de bater Baylor por 78-71 para se tornar a única equipe ranqueada como número 1 a chegar ao Final Four. Com 29 pontos de Nolan Smith, o técnico Mike Krzyzewski coloca a universidade pela primeira vez entre as quatro melhores desde 2004 (o último título foi em 2001, mas esta será a 11ª vez de Coach K no Final Four). Por vaga na final, os azuis enfrentam West Virginia.

A primeira vez a gente nunca esquece

O rapaz da foto se chama Brad Stevens, de 34 anos. Ele é o maior responsável por levar a Universidade de Butler ao Final Four pela primeira vez em sua história. Ontem, após aula de defesa, jogo coletivo e controle mental, seus comandados fizeram 63-56 em Kansas State (individualmente, o ala Gordon Hayward, com 22 pontos e oito rebotes, brilhou). Para se ter uma idéia, quando faltavam três minutos Kansas empatou em 54, e depois pontuou apenas no estouro do cronômetro, quando os rapazes de Butler já comemoravam em quadra.

Sob o comando de Brad Stevens, cuja marca registrada é a força defensiva (Clemente e Pullen, estrelas de Kansas, anotaram 32 pontos, mas erraram 19 de seus 30 chutes e desperdiçaram seis bolas), Butler registra 88 vitórias em 102 partidas (aproveitamento de 86,2%) em três temporadas (em todas o time participou do torneio da NCAA - em 2008, foi ao segundo round; e ano passado perdeu na primeira rodada). No Final Four, jogando praticamente em casa (em Indianápolis), eles enfrentam o vencedor de Michigan State e Tennessee, que medem forças neste domingo.

Da Prancheta

8-1 - Este é o retrospecto do técnico Bob Huggins (foto), de West Virginia (ele nasceu por lá, aliás), contra John Calipari, de Kentucky. A última veio ontem, e foi a mais importante de todas.

Huggins usou ótima tática (fechou o garrafão, abriu pro chute, viu os rivais errarem 28 dos 32 dos três pontos e ainda desperdiçarem 16 bolas) para vencer pela oitava vez em nove duelos contra Calipari, visivelmente insatisfeito com a sua equipe. Com isso, West Virginia avança ao Final Four pela primeira vez desde 1959, quando o mito Jerry West atuava por lá.

O grande destaque da partida foi Joe Mazzulla, armador de West Virginia que até então havia feito cinco pontos como melhor marca na temporada. Sem alarde, o rapaz anotou 17 pontos e deu três passes. West Virginia aguarda o vencedor de Duke e Baylor.

sábado, 27 de março de 2010

Vale a pena ler

A estudiosa técnica Kátia de Araujo teve um artigo sobre liderança publicado na Revista Administração em Diálogo. Com o título de "O EXERCÍCIO DA LIDERANÇA POR MEIO DO ESTILO COACHING NA GESTÃO DE EQUIPES", o texto se encontra aqui, e vale a pena ler. O material é extenso, mas bem legal, bem legal mesmo. As referências vão de Phil Jackson a Bernardinho. Clique aqui e leia.

Mau começo

Não está sendo bom o começo do trabalho do técnico Walter Roese na seleção sub-18. Não tanto pelos resultados no Sul-Americano da Colômbia (derrotas para Chile, Uruguai e Argentina - a contra os hermanos veio nesta sexta-feira por 68-46), mas pelo que isso pode representar para a Copa América (Pré-Mundial) de junho.

O lado otimista pode alegar que este é o começo da preparação de Roese, e que o tempo de trabalho foi curto (os treinamentos começaram no dia 14 de março). Antes da Copa América, os rapazes ainda viajarão para a Alemanha, onde participarão do Torneio Albert Schweitzer de 3 a 10 de abril. Se quisermos ser mais otimistas ainda, é possível dizer que os "estrangeiros" ainda não chegaram, e com a vinda de Bebê, Aguirre, Olintho e Ícaro (Rafael Luz é praticamente carta fora do baralho) para a segunda fase de treinos, o time, muito cru, ganha em força física e experiência.

Por isso duas coisas incomodam um pouco: entre o torneio na Alemanha (3 de abril) e a segunda fase de treinamentos (começo em 23 de maio), haverá um mês sem que os atletas estejam sob o comando de Walter Roese (veja mais aqui). Para quem já começou a preparação perdendo para rivais que com pouca tradição (o Uruguai, aliás, será o segundo adversário do Brasil na Copa América), parece-me claro que este período poderia ser melhor aproveitado (de todo modo, sei que a liberação com os clubes não é nada fácil).

sexta-feira, 26 de março de 2010

Bert e as meninas

O Bert comentou um pouco sobre a conquista da seleção sub-18 no Sul-Americano. Vale a pena dar uma lida clicando aqui.

Tijuca está de volta

Tradicional clube da Zona Norte do Rio de Janeiro, o Tijuca Tênis Clube voltará a possuir uma equipe adulta de basquete masculina. A informação foi confirmada por Leonardo Baideck, coordenador do novo projeto. O clube jogará o Carioca (torneio preparatório para as competições do ano) e o Estadual. De acordo com Baideck, os nomes do técnico e dos jogadores serão divulgados dentro de pouco tempo.

Ótima notícia para o combalido basquete do Rio de Janeiro em particular, e mais um sinal de recuperação do basquete de um modo geral. Tomara que mais pólos e clubes surjam com força no país.

A hora da retomada

Brasília enfrenta hoje o Joinvile em casa (19hs, com transmissão do Sportv) não apenas para tentar retomar a liderança do NBB (o Flamengo enfrenta o Bauru, em São Paulo), mas também para tentar reencontrar o basquete que por ora parece perdido.

Com quatro derrotas nas últimas sete partidas (inclusive a última, surpreendente, para o Saldanha da Gama), cabe ao time comandado por Lula Ferreira demonstrar a sua força nesta reta final do campeonato. Além do duelo contra Joinvile, no domingo os candangos, de Alex (foto) medem forças com Londrina (casa), São José (fora) e Flamengo (também na capital federal - a partida provavelmente define o líder da fase regular).

Elenco, o Brasília tem de sobra. Então é hora de colocar a cabeça no lugar e pisar no acelerador para chegar firme aos playoffs, porque é assim que Franca, Minas e Flamengo estão fazendo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Bye, Bye Syracuse

Syracuse acaba de ser eliminada do torneio da NCAA. Com derrota de 63-59 para Butler (17 pontos e cinco rebotes do bom Gordon Hayward), os laranjas, cabeças-de-chave 1 na região Oeste, estão fora (18 erros, contra apenas sete dos adversários). No outro jogo, West Virginia bateu George Washington por 69-56, com 18 pontos e sete rebotes de Kevin Jones.

Olho nelas, Colinas

Não dá para dizer, ainda, que Tássia e Damiris (as duas na foto) formam a nova dupla do barulho do basquete brasileiro (ao lado de Joice, elas foram as principais responsáveis pelo título do Sul-Americano conquistado ontem na Colômbia). Seria injusto e colocaria uma pressão enorme em meninas que nem 20 anos possuem.

De todo modo, não creio que seja exagero pedir que Carlos Colinas convoque as meninas para PARTICIPAR dos treinamentos da seleção feminino (antes, elas já teriam participado da Copa América/ Pré-Mundial em Colorado Springs). Tássia e Damiris vivenciariam o dia a dia ao lado das mais experientes, aprenderiam com o espanhol e seriam avaliadas ainda mais de perto pela comissão técnica. Se é para desenvolvê-las, que se aproveite o bom momento, não?

Fica a idéia.

A chance do Real

O Real Madrid perdeu para o Barcelona na primeira partida das quartas-de-final da Euroliga na terça-feira. Como todo mundo esperava, Ettore Messina armou bem a defesa, conteve Rubio (quatro erros, três assistências apenas) e Navarro (0/6 dos três pontos) e tornou a tarefa do Barça bem mais complicada. Hoje, no Jogo 2 (também na Catalunha), a missão de Messina é fazer o Real Madrid vencer. Voltar para a capital espanhola com um 0-2 é quase a certeza de eliminação.

Por isso nunca uma derrota foi tão bem vista por Messina e seus comandados. Na terça-feira eles viram que podem, sim, vencer o Barcelona. Se não fossem os arremessos salvadores de Pete Mickeal no final, a história poderia ser. Hoje o Real Madrid pode começar a escrever a sua.

Brasil campeão do Sul-Americano

O Brasil acaba de vencer a Argentina por 63-49 e se sagrou campeão Sul-Americano na Colômbia (bom, ao menos é o que me diz a estatística do site da competição).

O UOL publica uma galeria de fotos bem legal

O time contou mais uma vez com uma monstruosa atuação de Damiris (foto), que obteve 16 pontos e 19 rebotes, nova boa performance de Joice (15 pontos e quatro rebotes) e a segurança de Tássia (13 pontos).

Parabéns às meninas e à comissão comandada por Luiz Claudio Tarallo.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Da Prancheta

US$ 400 milhões - Este será, de acordo com o diretor-geral David Stern, o prejuízo total das franquias na temporada 2009-2010 ("o grande problema da NBA são os altos salários pagos aos jogadores", diz). Stern afirmou que 25 das 30 equipes da liga finalizarão o campeonato no vermelho, ainda que o desempenho seja melhor que o do torneio passado - este sim bem trágico.

A cartada de David Stern é clara: ao final da temporada, a liga e a associação de atletas (Derek Fisher é o líder do grupo) sentarão à mesa para tentar discutir se a folha salarial dos clubes reduz ou não.

Luz no fim do túnel

Apesar de não entender por que a disciplina "Marketing Pessoal" faz parte do conteúdo programático, não deixa de ser louvável o lançamento do curso de Pós-Graduação em Basquete que acontecerá aqui no Rio de Janeiro neste começo de 2010 (para saber mais, clique aqui). Serão dois sábados por mês (8 às 18hs), com aulas dos professores Fábio Ganime, Byra Bello, entre outros.

Também me chamou a atenção o email que recebi do pessoal do Flabasquete. Ontem, o técnico Paulo Chupeta (foto) convidou o ex-jogador Beegu para dar um treino aos atletas na HSBC Arena. Beegu atuou pelo clube nas década de 80 e 90, e é conhecido também por sua amizade com Phil Jackson. Sobre Sistema de Triângulos, talvez não existe alguém tão capacitado no assunto no país.

São duas iniciativas que valem o registro, e que fazem a gente crer em uma luz no fim do túnel para o basquete brasileiro.

Ação entre amigos

A CBB ainda não anunciou, mas Demétrius será o técnico da seleção brasileira masculina Sub-16. Ao que me consta, a única experiência do ex-armador de 36 anos fora das quadras foi como assistente-técnico de Zanon em Limeira. Espantado com o anúncio, faço algumas perguntas:

1) Como uma pessoa sem a menor experiência na função de técnico é colocado para treinar uma seleção de base, cujos rapazes precisam de fundamento e orientação?
2) Será que a amizade com Sandro Varejão, irmão de Anderson (o ala do Cleveland é um dos "papas" nessa nova gestão da CBB), influenciou na decisão da entidade?
3) O que a CBB espera com a mensagem que acaba de passar aos milhares de técnicos do país? Até quando a entidade tratará as seleções de base (formação, meu Deus!) com tanto desleixo?
4) Qual a bagagem que Demétrius traz consigo para assumir um cargo tão importante?
5) A comparação com Janeth, também crua para a função na Sub-15, é inevitável. Não que eu concorde, mas ao menos pesam a favor da ex-jogadora o fato de ela possuir títulos na WNBA, medalhas olímpicas, um título Mundial e a experiência com seu Centro de Formação de Atletas. Demétrius possui o quê?
6) Até quando a CBB continuará a ser gerenciada como uma grande confraria, e não como uma entidade profissional?

A caixinha está aberta para as respostas.

terça-feira, 23 de março de 2010

Meninas na final

Com 19 pontos de Tássia, as meninas sub-18 do Brasil venceram o Chile por 65-48 e passaram à final do Sul-Americano da Colômbia. Na decisão de amanhã, às 22hs e com transmissão da Record News (por que diabos o site da CBB ignora uma emissora que está transmitindo o evento), o time de Tarallo enfrenta a Argentina. Sorte para elas!

As quartas-de-final da Euroliga

Começam hoje as quartas-de-final da Euroliga (mata-mata em melhor de cinco jogos). Para abrir os trabalhos, o Barcelona recebe o Real Madrid na Catalunha (o segundo duelo acontece na quinta-feira, também no Palau Blaugrana). Ricky Rubio, o menino da foto, estará sendo analisado pelos dirigentes do Minnesota, aliás.

Os outros duelos também prometem: o Maccabi x Partizan, CSKA x Caja Laboral (Splitter e Huertas confirmados) e Olympiacos x Prokom.

Algum palpite para os confrontos?

Olho nelas

A seleção sub-18 venceu ontem a Colômbia por 60-42 e faz a semifinal dos Jogos Sul-Americano hoje, às 19hs, contra o Chile. Invicta na competição, a equipe contou ontem com 15 pontos e 13 rebotes de Aline (foto), além de outros dez pontos de Tássia.

Na outra semifinal, Argentina e Colômbia se enfrentam.

Ele está de volta - Parte 2

Perdeu a primeira parte da entrevista com Marcel? Então clique aqui e leia.

BALA NA CESTA: Uma das grandes críticas que se faz a você é sobre o sistema de triângulos – que você adota. Como você reage a isso? É possível, mesmo, utilizá-lo no Brasil, com jogadores menos hábeis que os da NBA?
MARCEL: Em palestra que dou sobre o ST (Sistema de Triângulos) eu desenvolvi uma fórmula matemática que explica, aos indivíduos lógicos e concretos, essa maneira de jogar. Nessa fórmula aplico uma constante que denomino TW (em homenagem a Tex Winter, é claro), que representa o nível técnico individual de cada jogador. Quanto maior a TW dos jogadores em quadra, maior o nível técnico da equipe e melhor é jogado o ST. Isso não quer dizer que o ST não possa ser jogado em qualquer nível, mas que é muito mais fácil utilizá-lo na NBA, ou na nossa seleção, do que noutro lugar qualquer. O ST libera a criatividade e o instinto do jogador de basquete brasileiro dentro de um padrão de jogo que é praticamente indecifrável pelo adversário e isso é uma arma que desprezamos quando tentamos “imitar” espanhóis, argentinos e afins apenas porque atualmente estão na nossa frente. Interiormente o brasileiro sempre foi um incorporador e transformador de culturas. Todos os que nos tentaram colonizar se deram mal por insistir em incorporar suas tradições entre nós. Assim vimos espanhóis, franceses e holandeses, entre outros, chegarem e partirem sem nos deixar vestígios. Só os portugueses, que se misturaram conosco, sobreviveram como cultura, se é que nessa mistura entre português, indígenas e negros possamos identificar traços básicos da cultura portuguesa, o que sempre foi uma grande vantagem para nós em qualquer lugar do mundo. No basquete, entretanto, caminhamos no sentido da aculturação reversa, onde nos anulamos como indivíduos criativos e instintivos em busca da imitação de um resultado conseguido por países de outra cultura e personalidade. Nos intimidamos pelos resultados dos outros e nos limitamos, ao invés de transformarmos os conceitos de nossos adversários dentro nossa cultura, como fazemos há mais de quinhentos anos.

-- Outra crítica que te fazem é sobre você ser um pouco “alheio” ao que acontece nos seus times, adotando uma postura menos participativa do que a que um técnico sugere. Como você reage a isso?
-- Os anônimos de plantão, que escrevem na sua caixinha, são excelentes fontes de inspiração, que nos fazem pensar se estamos no caminho certo, ou não. Quero agradecê-los pelas críticas e dizer-lhes que sei muito bem separar o ranço que trazem consigo das opiniões que emitem, pois só reconhecemos nos outros o que temos dentro da gente. De qualquer maneira não deixa de ser uma grande homenagem ver que minhas atividades são comentadas por muitas pessoas, enquanto outras notícias, entrevistas e fatos passam batidos. Obrigado a todos. Mas, voltando à pergunta, quem joga o jogo é o jogador. Por mais redundante que isso possa parecer, o técnico não pode ser como um jogador de vídeo game, com cinco joysticks e três botões (um para cada ação): passe, drible e arremesso. Às vezes os jogadores querem soluções liofilizadas ou consagradas pelo uso às suas dúvidas e nos fazem perguntas que vão do “e se acontecer isso, o que eu faço?” até o tradicional “daqui eu vou prá onde?”. Os técnicos, portanto, sentem-se no direito de interferir em todas as decisões dos seus jogadores e a minha recusa em fazê-lo causa espécie e comentários desse tipo, pois a grande maioria deseja ser controlado por, ou controlar um joystick com seus botões. Todo poder circula e é melhor ser um conselheiro do que um ditador das quadras. Ora, eu sou a favor do ensino diferenciado do entendimento e da leitura do jogo e isso significa, entre outras coisas, dar autonomia total aos jogadores no jogo. Sei que tal escolha não é fácil, e com certeza passa por uma impressão “alheia e menos participativa ao jogo”, mas sou seguro que é a solução mais apropriada para o desenvolvimento pleno do nosso basquete.

-- Por fim: seu projeto de ser técnico da seleção brasileira ainda está de pé, não?
-- “Los sueños, sueños son”, mas depois dos últimos acontecimentos políticos, começo a acreditar que o basquete brasileiro está cada vez mais fora das quadras, onde realmente eu tenho muito que aprender.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Da Prancheta

130-50 - É este o desempenho dos 18 melhores times da NBA nas últimas dez rodadas (os oito mais bem classificados do Leste e Oeste, além de Houston Rockets e Memphis Grizzlies - que ainda brigam por vaga). O aproveitamento médio é de 72% (com direito a 9-1 de Orlando e Cleveland). Destas equipes, apenas o Toronto Raptors perdeu mais do que ganhou na sequência (3-7).

A volta do Boomshakalaka

A EA Sports programa para dezembro deste ano a volta de um dos jogos mais legais (ao menos para este blogueiro, que parou no Super-Nintendo): o NBA Jam. Agora em trio (antes era uma dupla por time), o site da empresa termina hoje as votações para o público, que elegeu os três melhores de cada franquia da NBA.

É muito legal ver que aquele jogo que animava tanto as tardes no começo da década de 90 voltará. Vem aí mais um sucesso da EA Sports. Pode ser que nesse até eu arrisque a compra...

Ele está de volta - Parte 1

Marcel de Souza está de volta. No comando de Barueri, que começou vencendo a Liga Sorocabana pelo Torneio Novo Milênio no sábado (84-78 na prorrogação) e com chances de participar do próximo NBB, o eterno craque da seleção brasileira está com muitos planos. O blog decidiu ouvi-lo. Como o papo ficou bom, porém extenso, será dividido em duas partes. E como Marcel tampouco precisa de maiores apresentações, vamos logo ao que interessa.

BALA NA CESTA: Como está sendo este começo de trabalho em Barueri?
MARCEL: Excelente. O mais curioso é que tudo partiu de uma clínica que ministrei em Osasco, que por acaso teve que ser feita em Barueri. Lá encontrei um amigo dos tempos de administrador do estádio Pacaembu, Fares, que me levou até o secretário de esportes Kalil, outro amigo dos tempos do EC Sírio. Conversa vai, conversa vem, e eles me falaram sobre as perspectivas e condições de trabalho em Barueri, pensando que as mesmas eram insuficientes para a manutenção de uma equipe de basquete. Mas logo percebi que era tudo o que eu precisava para voltar a dirigir uma equipe. Planejamos e conseguimos montar essa equipe que disputará o Torneio Novo Milênio, mas já temos grandes sonhos em andamento. Não preciso dizer sobre as condições que a cidade possui para abrigar e manter o funcionamento ideal de uma equipe de alto rendimento. Basta dizer que as nossas seleções nacionais de basquete e vôlei já treinaram lá. O Sportville, centro de treinamento do excelente treinador José Roberto Guimarães, foi arrendado pela secretaria de esportes e abriga várias equipes competitivas que lá encontram plenas condições de desenvolver o potencial de seus atletas. Os ginásios e o departamento médico são de primeiro mundo, e capacitados como os do futebol profissional. Enfim, temos grande potencial de obter o sucesso em várias modalidades e tenho certeza que o nosso basquete será um grande começo de uma nova fase no cenário esportivo nacional.

-- Você sempre foi um dos maiores críticos do sistema de treinamento no país. Como está sendo o seu dia a dia por aí, e como é a sua carga de exercícios com os atletas? Poderia nos explicar?
-- Treinamos como todas as equipes. Eu apenas deixo para os preparadores físicos o controle da carga de treinamento e procuro tirar o máximo dos jogadores. Isso me parece óbvio, mas o exercício desta proposta é muito complicado para os que fazem questão de ter o controle do treinamento. Sempre disse que no cenário esportivo nacional, o papel do preparador físico basicamente era o de alongar, esquentar, esfriar e novamente alongar os atletas e qualquer tentativa de mudar a esta ordem das coisas era não só boicotada, como sabotada por técnicos, jogadores, dirigentes, atletas e pais de atletas, interessados apenas nos resultados dos jogos, mas não na maneira apropriada de consegui-los. Não só o basquete, mas todo o esporte nacional deve passar por uma análise profunda para decidir o que realmente interessa para o Brasil, já que temos uma Olimpíada em 2016 pela frente. Será que os resultados imediatos serão mais importantes do que a preparação ideal de um evento desse calibre, ou ganhar campeonatos de categorias menores é o que sempre interessará a todos?

-- Por ser muito crítico, e bem fundamentado, muita gente acha que apenas a sua teoria é boa. Chegou a hora de mostrar que, na prática, a teoria que você sempre fala pode, sim, ser aplicada no basquete brasileiro?
-- As teorias que defendo não foram criadas por mim. Eu simplesmente estudo basquete todos os dias, assisto a jogos todos os dias e constato as diferenças entre o nosso basquete e o praticado fora daqui. A prática por aqui é bem diferente disso e querer fazer o que se faz no mundo inteiro pode parecer chover no molhado, mas no Brasil é dar murro em ponta de faca. Muita gente pratica o “achismo”, que é comentar os fatos depois que eles aconteceram. Não preciso provar nada, pois o que prego está escarrado em qualquer jogo da NBA, NCAA ou Euroliga. É só ligar a TV e constatar que o nosso basquete é mais lento, fisicamente mais fraco e pula menos que nessas ligas que acabei de citar. Como sempre disse, o gogó impera dentro e fora das quadras e é mais fácil pressionar juízes e dirigentes do que treinar apropriadamente uma equipe. Esse gogó simplesmente inexiste nas grandes competições internacionais, onde é difícil de entender porque nossos atletas fazem sucesso na NBA e Europa, mas sucumbem em Mundiais e Pré-Olímpicos. Como entender uma mudança tão drástica em alguns meses de treino tupiniquim, senão pela falta do treinamento apropriado?

domingo, 21 de março de 2010

Flamengo na frente

Marcelinho anotou 34 pontos, o Flamengo venceu o Araraquara por 98-71 (11ª vitória seguida) e contou com derrotas de Franca (para São José) e Brasília (para o Saldanha da Gama) para assumir a liderança isolada (18 triunfos em 22 duelos) do NBB.

Chama atenção a queda de rendimento do Brasília na fase final da fase regular. Por outro lado, o Flamengo tem jogado como no ano passado.

Da Prancheta

24 + 21 - Começou assim, com 24 pontos e 21 rebotes, a participação de Damiris no Sul-Americano Sub-18 da Colômbia. A seleção feminina fez 93-48, passou pelo Equador e hoje enfrenta a Venezuela.

6 - Será, no mínimo, o número de jogos que o pivô Andrew Bynum, do Los Angeles Lakers, perderá após lesão no pé tendão de Aquiles. Eles se lesionou na sexta-feira, durante a partida contra o Minnesota Timberwolves. Esta não é a primeira lesão do rapaz de apenas 22 anos.

Pintou a zebra

Os analistas americanos acreditavam que Wake Forest fosse dar trabalho ao time de Kentucky. Não foi o que aconteceu. Com quatro titulares acima dos 13 pontos, os comandados de John Calipari não deram sopa pro azar e fizeram fáceis 90-60.

O mesmo não se pode dizer de Kansas (número um do país), eliminado neste sábado para o desconhecido time de Northern Iowa. Derrota por 69-67 com 16 pontos de Ali Farokhmanesh (autor de uma cesta de três sensaiconal no final da partida). Pelo lado de Kansas, grande decepção no desempenho do veterano Sherron Collins (média de quase 16 pontos na temporada), que obteve apenas 10 pontos (4/15).

Já a BYU, de Jonathan Tavernari (7 pontos, 3/10 nos chutes), está eliminada. Perdeu para Kansas State (primeira ida ao Sweet 16 desde 1988), do ótimo armador Jacob Pullen (34 pontos, sete bolas de três e 11 lances-livres cometidos sem erro algum!).

sábado, 20 de março de 2010

Começa o Paulista Feminino

Hoje começa o Paulista feminino: reforçado por Grazi, Karina Jacob, Karen e Mamá, Americana mede forças com São Caetano no ABC (Renatinha, ex-Americana, pode formar boa dupla com Nádia Colhado), enquanto Ourinhos (Fernanda Beling e Flávia são os destaques) enfrenta o jovem time de Jundiaí (olho em Tatiane Pacheco). Amanhã é a vez de Araçatuba, que volta ao cenário nacional (boa sorte!) contra Catanduva, atual campeão Nacional e que conta com a volta da armadora Natália (na foto).

Boa sorte às meninas, e eu espero sinceramente que o novo técnico da seleção, Carlos Colinas, dê uma passadinha por aqui.

A décima

Com 26 pontos de Marcelinho (foto), o Flamengo usou uma arma que não costuma mostrar nos jogos do NBB: a defesa. Permitindo apenas 70 pontos ao time de Franca (Benite, com 19 pontos, foi o único que se deu bem), os rubro-negros somaram 78, bateram os rivais diretos, conquistaram a décima vitória seguida e se mantiveram empatados na ponta com Brasília, que passou pelo Via Velha (92-85).

Vale dar uma olhada no que houve nesta sexta-feira na HSBC Arena, pois o Flamengo fez justamente aquilo que Franca mais utiliza: apertou a defesa, obrigou o chute fora da zona de conforto do rival (11/27 dos dois pontos) e diminuiu as posses de bola do adversário (apenas 67). Ótima lição para os rubro-negros.

E aí, viu algum jogo do NBB? A caixinha está aberta!

Deu a louca na NBA

Que semana alucinada na NBA, hein. Primeiro o Phoenix Suns anota 152 pontos no Minnesota (a segunda pior defesa) como se não houvesse amanhã. Eis que na noite de sexta-feira os Spurs sapecam 147-116 no pobre Golden State Warriors (a pior). Todos os 12 jogadores do time texano pontuaram, e oito fizeram mais de dez (Ginóbili fez 23 pontos e 11 assistências).

Para se ter uma idéia, o San Antonio tinha 121 pontos ao final do terceiro período. A média da equipe na competição (em 48 minutos) é de 100,5. Os 147 também são a maior marca dos Spurs desde que Gregg Popovich assumiu o time em 1996, e a maior da franquia desde 1991 (vitória por 140-91 contra o Dallas). O recorde anterior de Popovich havia sido de 136, em uma partida com prorrogação dupla contra... o próprio Golden State Warriors.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Barueri quer entrar no NBB 2010-2011

Leio no Globoesporte.com que o time de Barueri (na foto, o time que será comandado por Marcel de Souza no torneio Novo Milênio que começa amanhã) e a Ulbra (detentora de uma franquia da LNB) firmaram parceria.

Com isso, são boas as possibilidades de Barueri jogar a próxima edição do NBB. Marcel de Souza, aliás, é o entrevistado do blog na próxima segunda-feira. Posso dizer que o papo ficou bem legal.

Alto-falante

"Quando ele é o Manu Ginóbili, somos um time muito melhor. E ele tem sido o Manu que conhecemos no último mês"

O elogio é de Gregg Popovich, técnico do San Antonio, ao momento do argentino Manu Ginóbili - novamente titular do time.

É bom ficar de olho nos Spurs(40-26): o time acumula oito vitórias nos últimos dez jogos, e Manu Ginóbili voltou a ditar as cartas por lá (19,4 pontos, 52% no aproveitamento de arremessos e 5,4 assistências nesta sequência). Hoje os texanos enfrentam o Golden State Warriors em casa, mas os cinco próximos jogos são de lascar: Hawks e Thunder fora de casa, Lakers e Cleveland no Texas e Celtics, em Boston.

Pela liderança

Promete ser empolgante o final de semana do NBB. Iguais na classificação (16 vitórias em 20 partidas), o primeiro colocado Brasília e o vice Flamengo têm duelos difíceis. Por isso, a liderança da competição pode trocar de mãos.

No Rio de Janeiro (19hs e com transmissão do Sportv), o Flamengo mede forças justamente com Franca (terceiro colocado e também com chances de ficar na liderança). No turno, vitória francana por 72-71. No domingo, outro duelo interessante, contra Araraquara. Caso vença as duas partidas, o rubro-negro dependerá de um tropeço do Brasília, que enfrenta o Vila Velha e o Saldanha da Gama no Espírito Santo.

O que você acha que acontece neste final de semana do NBB? Será que a liderança muda de mãos? A caixinha é toda sua!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Foto do Leitor - Cristiano Vargas

O amigo Cristiano Vargas esteve nos EUA recentemente e visitou o Madame Tussauds (museu de cera) em Nova Iorque. Com seu filho (Rafael) no colo, ele tirou uma foto ao lado de Michael Jordan.

Tem foto legal? Envie para o fabio.balassiano@gmail.com que o Bala na Cesta publica.

Loucura de março

Começa nesta quinta-feira o NCAA Tournament. Em mata-mata, as 64 melhores equipes universitárias do país se enfrentam até o dia 5 de abril, quando, na cidade de Indianápolis, o mundo conhecerá o campeão do ano. Kentucky, do ótimo armador John Wall e do técnico John Calipari, surge como a grande favorita, mas é bom não descartar Duke, Kansas e Villanova.

O brasileiro Jonathan Tavernari (foto), da BYU, será o único representante do país (hoje ele enfrenta a Flórida). Ontem, aliás, a ESPN fez seu bolão anual com um convidado especial: o presidente Barack Obama (veja aqui e leia aqui).

E você, consegue arriscar o campeão? A caixinha está aberta!

O dilema do quinteto ideal

Faltando menos de 20 jogos para o final da fase regular da NBA, me peguei pensando nos prêmios que a liga distribui . E foi aí que visualizei uma situação no mínimo curiosa: entre Dwyane Wade, Kobe Bryant, Kevin Durant, Dirk Nowitzki e LeBron James, alguém vai ficar de fora do quinteto ideal (o pivô Dwight Howard, do Orlando, é peça garantida).

Uma alternativa para atenuar isso seria escalar o quinteto ideal sem armador de ofício (Nash, Billups, Deron Williams...). Mesmo assim, com a posição de Howard garantida, restariam quatro vagas para os cinco craques da foto.

Por isso o blog pergunta: como seria o seu quinteto ideal da NBA nesta temporada? A caixinha está aberta!

quarta-feira, 17 de março de 2010

O futuro na quadra

A seleção feminina sub-18 embarca hoje para o Sul-Americano sub-18 da Colômbia. O torneio serve de preparação para a Copa América/ Pré-Mundial de junho (esta competição vale vaga para o Mundial da categoria em 2011). Além da animadora média de altura (1,79m), dois nomes chamam a atenção no grupo de Luiz Claudio Tarallo: Damiris (foto) e Tássia.

As duas são revelações do basquete brasileiro, e merecem atenção especial da comissão técnica e do alto comando da CBB. Com 1,90m, a ala-pivô Damiris possui bom chute de média distância, mas ainda pode ganhar mais massa muscular. Dedicada, a talentosa ala-armadora Tássia tenta recuperar sua melhor forma após lesão no joelho.

Independente do que aconteça na Colômbia, um acompanhamento detalhado das duas se faz necessário. Que a CBB não bobeie, porque a fonte do basquete feminino, que parece inesgotável na formação de excelentes jogadoras, acaba de produzir mais duas jovens brilhantes.

Da Prancheta

152 - Foram os pontos que o Phoenix Suns fez na partida de ontem contra o Minnesota - maior marca desta temporada. A vitória sobre o rival (152-114) contou com 37 assistências, 15 bolas de três pontos e oito jogadores com mais de dez pontos. A partida também marcou a volta de Leandrinho (16 minutos, sete pontos).

As grandes surpresas

O que dizer de Milwaukee Bucks e Oklahoma City Thunder nesta temporada? A caminho da classificação para os playoffs, as duas franquias possuem desempenho brilhante nos últimos dois meses.

O Oklahoma, que hoje enfrenta o não menos embalado Charlotte, possui 17 vitórias nos últimos 20 jogos. Após perder três direto no final de janeiro, Kevin Durant (foto à esquerda) liderou seu time para vitórias importantes e contra adversários de peso (Utah, Atlanta, Dallas, Denver e Phoenix, por exemplo). Com 41-24, Durant (29,8 pontos, 48% nos arremessos e 7,5 rebotes) se candidata ao título de MVP, e Scott Brooks ao troféu de técnico do ano. O time, que vem de cinco triunfos, melhorou a defesa (44% dos tiros adversários caem - terceira melhor marca da liga) e deve garantir vaga na pós-temporada caso a média de idade (25 anos) não pese na reta final.

Tão incrível e surpreendente quantos os Thunder são os Bucks. Sem Michael Redd, seria aceitável que os desempenho da equipe caísse. Não foi o que aconteceu, já que Andrew Bogut (foto à direita), Carlos Delfino (o argentino tem jogado o fino - com o perdão do infame trocadilho), Brandon Jennings e John Salmons têm segurado o rojão de maneira brilhante. Com seis vitórias consecutivas, o time de Scott Skiles (injustiçado em sua demissão nos Bulls, ele deu a volta por cima) ganhou 18 de seus últimos 22 duelos (triunfos contra Cleveland, Boston e Utah na última semana).

Oklahoma e Milwaukee não devem ser adversários para Lakers ou Dallas (no Oeste) e Cleveland ou Orlando (no Leste), mas o desempenho da dupla surpreende por ora, e anima para um futuro ainda mais brilhante. A questão, no momento, é tentar descobrir qual o limite da dupla. A caixinha está aberta para o debate!

terça-feira, 16 de março de 2010

O time da década na Euroliga

A Euroliga divulgou a lista dos dez melhores jogadores que passaram pela competição na última década. A lista inclui os seguintes nomes: Dejan Bodiroga (na foto), Dimitris Diamantidis, J.R. Holden, Sarunas Jasikevicius, Trajan Langdon, Juan Carlos Navarro, Theo Papaloukas, Anthony Parker, Ramunas Siskauskas e Nikola Vujcic.

O brasileiro Tiago Splitter foi um dos candidatos, mas não entrou na lista final da votação que contou com mais de 1,3 milhões de votos (a eleição foi mesclada entre as opiniões dos jornalistas e do público - peso de 75% para os primeiros).

Os dez integrantes da lista somam 21 títulos da Euroliga (todos ganharam pelo menos um caneco), 42 participações em Final Four e cinco deles foram MVP da temporada regular da competição.

E você, gostou da lista? Diga na caixinha!

À espanhola

No final de semana das estrelas em Uberlândia, comentei com os membros da Escola de Treinadores que por trás da idéia da associação deveria existir uma espécie de fórum, para que os técnicos pudessem trocar informações. Um site, disse, seria uma idéia bem plausível e interessante, principalmente para que profissionais de regiões mais afastadas dos grandes centros se atualizem.

Há quase um ano, aliás, escrevi aqui que o site da CBB deveria dar uma repaginada em sua seção Departamento Técnico, e nada mudou. Não há, por exemplo, indicação de livros, vídeos e palestras, restringindo demais o estudo (que já é pequeno) dos nossos técnicos. Ao invés de estimular, a Confederação faz o contrário: não fornece insumos para os treinadores se atualizarem. Para uma entidade que deveria ser fomentadora, é um péssimo sinal.

Por isso vale a pena dar uma olhada no "Club del Entrenador", que a Federação Espanhola disponibiliza em seu site (imagem da página inicial abaixo). Há notícias, artigos, conteúdo exclusivo para os técnicos, dicas para a formação de atletas, análises táticas, blogs e muito mais. Tudo, portanto, que profissionais que precisam se capacitar procuram.

Se quisermos começar a capacitar os técnicos daqui, seria muito bom se a CBB, que tanto se espelha na FEB, adotasse um sistema parecido.