segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O primeiro título da técnica Janeth

Após perder o terceiro quarto por 22-11, a seleção feminina sub-15 precisou de um heróico 18-12 no último período para fazer 56-54 e garantir, invicta, o título do Sul-Americano da categoria (13 pontos de Gabriela e 11 de Thamara). Se as seleções sub-19 e sub-16 perderam, e muito, das rivais, ao menos na sub-17 e sub-15 a freguesia argentina segue viva (ainda bem!).

De todo modo, o melhor mesmo é notar que a técnica Janeth Arcain estréia como quase sempre: conquistando títulos, e, ao menos pela estatística, jogando como manda o figurino (com apenas cinco tiros de três pontos tentados, apenas dez desperdícios e permitindo só dois rebotes ofensivos das rivais). Sei bem que títulos, principalmente em categorias de base, não garantem boa formação de atletas, mas eu sinceramente fico feliz com o começo da ex-camisa 9 da seleção.

Muita sorte para Janeth em sua nova etapa profissional. Parabéns pra ela e para as meninas pelo troféu!

Midas australiano

A vida de Tom Maher se confunde com a reviravolta do basquete australiano. Contratado em 1993 para ser o mentor da transformação da modalidade no país, Tom contou com o trabalho do Comitê Olímpico local para também colher seus frutos. Foi a partir disso que, três anos depois e ainda com uma geração que misturava veteranas talentosas (como a sua esposa, Robyn, por exemplo) a promessas, que ele conseguiu a sua primeira medalha (bronze nos Jogos de Atlanta). E assim o técnico seguiu. Outros bronze (no Mundial de 1998) e uma prata (nos Jogos de Sydney) fazem dele um dos maiores vencedores do basquete feminino. Com 57 anos e depois de passagens pelas seleções de Nova Zelândia e China (quarta colocação em Pequim, 2008), Maher agora se dedica a duas árduas missões: desenvolver jovens do Bulleen Boomers, da WNBL (a liga australiana que ele já conquistou sete vezes, que cresce a cada dia e que acaba de trazer Lauren Jackson de volta), e fazer do time da Grã-Bretanha uma seleção competitiva para os Jogos de 2012 em Londres. Por isso o Bala na Cesta o procurou: para falar de desenvolvimento de talentos, da liga local australiana, de suas experiências e muito mais. Divirta-se com Tom Maher, Hall of Famer do basquete australiano.

BALA NA CESTA: Como técnico, você é um dos maiores vencedores do basquete feminino. Entre 1993 e 2000, quando dirigiu a seleção australiana, obteve duas medalhas olímpicas (bronze em 1996 e prata em 2000) e um bronze no Mundial de 1998. Como foi a transformação da Austrália neste período?
TOM MAHER: O basquete australiano cresceu rapidamente quando soube conciliar técnicas de defesa com a já existente mentalidade que a gente já tinha em defender (sem saber direito como fazer, obviamente). Foi um processo árduo, mas quando conseguimos, vencemos e prosperamos.

-- O basquete australiano cresceu no mesmo período em que o brasileiro regrediu. Como um país sem tanta tradição se transformou em um dos maiores do mundo do basquete?
-- Acho que o basquete brasileiro tem uma tradição imensa e produziu grandes jogadoras nos últimos anos. No momento, aparentemente vejo que o Campeonato Nacional de vocês está patinando, e isso não é bom. Na Austrália temos uma vantagem: além de estarmos criando uma cultura de massificação da WNBL entre o público consumidor, há o Instituto do Esporte Australiano (AIS), que cuida dos jovens talentos de todos os esportes. Os melhores entre 16 e 17 anos já jogam na liga. É um processo completo: desde a formação de fundamentos, psicológica e de cidadania, até a “entrega” aos clubes que potencializarão as suas capacidades.

-- Você dirige o Bulleen Boomers, da WNBL (a liga local). Como é o torneio por aí? Um grande chamariz é a nova fornada de jovens que vêm surgindo, certo? Você, por exemplo, treina duas delas, Elyse Penaluna e Liz Combage. Como é este trabalho de formação?
-- A WNBL é uma liga composta por dez times de todas as regiões da Austrália. São 11 jogos dentro de casa, e outros 11 fora. Acho que ainda não somos uma liga realmente de elite, mas apenas a WNBA, a Euroliga e a Liga Russa são melhores que nós. Sofremos um pouco por causa do calendário, e por isso as nossas melhores jogadoras não atuavam por aqui. Mas isso vem mudando, porque estamos na fase de transição entre uma WNBL semi-profissional e outra profissional (futuro bem próximo). Assim sendo, aquelas que ganham muito dinheiro fora não vêm para cá atuar, e mesmo assim creio que temos um grande campeonato. Elyse e Liz jogam comigo porque temos uma filosofia de desenvolver os jogadores no Bulleen. Elas sabem que o nosso foco é na formação, e que essa é uma grande oportunidade para sejam conhecidas e em breve estar no time adulto australiano.

-- Pelo que você diz, há uma atenção imensa com a formação do atleta. Como é este trabalho neste sentido?
-- Nós, da Austrália, temos tido bons resultados nas categorias inferiores principalmente porque há uma equipe do AIS jogando na WNBL. Eles perdem muitos jogos, mas seu objetivo principal é a formação das atletas. Isso é muito claro. Nosso foco aqui na WNBL, sinceramente, não é em verificar quantas partidas o jovem atleta ganha. O lance é: temos que fazer estes talentos sustentarem seus desempenhos durante toda a carreira. Só colocar no time de cima não adianta. O correto é formá-los e dar-lhes todas as ferramentas para que possam desempenhar o melhor durante muito tempo.

-- Você treinou grandes jogadoras, grandes times e em grandes torneios. Quando você se recorda destes momentos, qual é o maior deles?
-- Cara, eu tenho tantas memórias, e grandes memórias, mas uma me chama mais atenção: foi quando treinei a minha esposa (Robyn Maher, na foto ao lado) como capitã do time em Atlanta, 1996. Foi realmente emocionante. De todo modo, não gosto de colocar apenas um momento como o melhor, porque tive ótimas experiências na China, nos Jogos de Atenas com a Nova Zelândia e também com meus sete títulos na WNBL. São muitas emoções, né?

domingo, 29 de novembro de 2009

A força de Joinvile

Só existem duas equipes invictas no NBB até agora: o Brasília (previsível, né) e o Joinvile, time comandado pelo bom Alberto Bial e que hoje derrotou, em São Paulo, o forte time do Pinheiros com 28 pontos (quatro bolas de três pontos) e três passes de Manteiguinha (foto) por 91-88 (Olivinha fez 24 + oito rebotes).

Semifinalista nas duas últimas edições (Nacional + NBB), o Joinvile conta com um bom elenco e pode ir mais longe na edição do NBB deste ano. Se quiser obter êxito, é bom manter o ritmo, como vem fazendo e garantir o mando de quadra. Por enquanto, nota 10 para a turma de Bial.

Sobre o 23

O debate na caixinha a respeito da manutenção, ou não, da camisa 23 de Michael Jordan foi ótimo. E eu fico com a maioria: não faz o menor sentido a liga aposentar, em todas as franquias, o número. Simplesmente porque, se MJ é o maior, há "outros jogadores fenomenais na história", como ele mesmo disse aliás.

Daí seria uma confusão dos diabos. Tira o 32 de Magic Johnson. O 11 de Isiah Thomas. O 33 de Larry Bird. O 8 ou 24 de Kobe Bryant daqui a alguns anos. O 34 de Hakeem Olajuwon, e por aí vai, até chegar o momento em que não haverá mais números para a futura geração atuar.

Além do mais, eu fico com o lado "juvenil" da coisa: toda criança sonha em jogar futebol com a 10 do Pelé, basquete com a 23 do Michael Jordan, vôlei com a 7 (é 7 mesmo?) do Giba. Tirar essa possibilidade é ruim até por esta razão. Por isso, David Stern, não faça nada: deixa o 23 para quase todo mundo usar e estamos conversados - quase, claro, porque em Chicago não se pode mais.

sábado, 28 de novembro de 2009

Da Prancheta

48,8% - Este é o aproveitamento de Kobe Bryant nos arremessos na temporada 2009-2010, simplesmente o melhor de toda a sua carreira. Aos 31 anos, Kobe é a principal arma do Los Angeles Lakers (11-3), que enfrenta o Golden State neste sábado antes de começar uma série de cinco jogos em casa (Hornets, Heat, Suns, Jazz e Wolves).

Mais relações perigosas

Leio no Correio Braziliense que Fernando Souza de Mello (foto), presidente da Federação Brasiliense de Basquete, terá que devolver mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos por falta de prestação de contas no uso de verbas repassadas pelo Ministério do Esporte (mais de R$ 636 mil para desenvolver o projeto Segundo Tempo, do Ministério do Esporte). Transcrevo um trecho da ótima matéria:

"Além de uma multa de R$ 100 mil. Mello é acusado de receber, gastar e não dar nenhum tipo de explicação quanto às verbas repassadas pelo Ministério do Esporte entre 22 de março de 2006 a 17 de junho de 2007. Na época, ele administrava 15 núcleos do programa Segundo Tempo espalhados pelo DF".

Só para a gente pensar: Fernando é figura constante no site da CBB (veja aqui, aqui e aqui). Ele esteve, por exemplo, na reunião recente com o não menos duvidoso senador Delcidio Amaral para a possível realização do Pré-Olímpico de 2011 em solo nacional. Pergunta: até quando veremos isso com o basquete, hein?

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Mamá de volta a Ourinhos

Mamá está de volta a Ourinhos, clube que defendeu na temporada passada, sendo campeã Nacional. A pivô havia deixado a equipe para tentar outros caminhos, mas, sem sucesso, ela regressa ao time no domingo, quando será iniciará os treinamentos para readquirir a forma física ideal.

Ótimo reforço para Ourinhos, que agora conta com Mamá, Karina Jacob, Kelly e Tati para o jogo de garrafão. Será que o hexa vem aí?

Olho nele

Augusto Cesar Lima está longe de ser o brasileiro mais badalado da Europa. Mas é bom começar a olhar o rapaz de 18 anos e 2,06m que desponta no Unicaja Málaga. Na rodada da semana na Euroliga, ele, que vem sendo escalado por Aíto Garcia (que não cansa de elogiá-lo), conseguiu dez pontos e quatro rebotes em 18 minutos, sendo um dos destaques da equipe na vitória de 91-84 contra o Lietuvos Rytas. Na Liga ACB, aliás, Augusto já fez quatro jogos, com média de 14 minutos, seis pontos e 4,3 rebotes.

Augusto é tão novo, mas tão novo no mainstream europeu, que até o site da Euroliga confunde a idade do rapaz: nascido em 17 de setembro de 1991, a Euro diz que seria em 25 de abril de 1988.

O blog acompanhará os passos de Augusto, que promete ser mais uma das promessas brasileiras a vingar no velho continente. Sorte para ele!

O dia D de Moncho Monsalve

O presidente da CBB, Carlos Nunes, e o técnico Moncho Monsalve (foto) se reúnem hoje, em Múrcia, para chegar a uma conclusão sobre a permanência, ou não, do treinador da seleção masculina.

Sem ter informação privilegiada, a minha opinião (apenas opinião mesmo) é: mesmo sendo injusto, Moncho Monsalve não permanecerá como técnico para o Mundial de 2010 na Turquia. Para a alta cúpula da CBB, Moncho é brigão, turrão, vive reclamando, o que não é bom para o novo momento da entidade, e, além disso tudo, não teria a possibilidade de permanecer no país por 10 meses/ano, desejo dos dirigentes.

Enfim, vamos aguardar os acontecimentos de Murcia. Mas a caixinha já está aberta para saber a sua opinião: após o encontro na Espanha, Carlos Nunes manterá Moncho Monsalve como técnico da seleção masculina? O que você, se fosse o presidente da CBB, faria?

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Surpresa no blog

Na próxima segunda-feira, o Bala na Cesta traz uma entrevista exclusiva com um dos maiores vencedores do basquete mundial nos últimos tempos. Posso garantir: o papo ficou bem legal. E dou uma dica: a fera é estrangeira - e mais não digo.

E aí, se arrisca a adivinhar quem será o próximo entrevistado do Bala na Cesta? A caixinha pode ajudar...

Jogão na Geórgia

Que jogão hoje na Geórgia, hein? Atlanta Hawks e Orlando Magic se enfrentam em duelo que vale, ao menos por ora, a liderança do Leste. Com campanhas semelhantes (11-3 e 11-4, respectivamente), ambos estão em ótimos momentos: os donos da casa, apesar da derrota na rodada passada diante do New Orleans, venceram oito de seus últimos nove duelos. Além disso, possuem o quinto ataque mais positivo (105,5) mesmo sendo o que menos erra (12,5).

Em que pese a derrota de ontem em casa contra o Miami Heat, o Orlando, que conta com Rashard Lewis ainda em busca de seu melhor ritmo (pós-suspensão, ele fará seu sexto jogo), possui seis jogadores pontuando em digítos duplos (e Mickael Pietrus tem 9,9), mas atuará sem seu armador titular (Jameer Nelson, lesionado, dá lugar ao talentoso-porém-irregular Jason Williams).

Mais do que disputar a liderança momentânea do Leste, Atlanta e Orlando lutam para saber em que estágio os dois times estão. Dos Hawks é preciso saber se o grupo é realmente confiável para dar o próximo passo para ir às finais de conferência. Dos Magic, para sedimentar ainda mais a imagem de um dos melhores elencos da NBA.

Tem algum palpite para hoje à noite? Então arremessa na caixinha e vamos trocar uma idéia! A partida promete!

O fim de Allen Iverson

Ao que parece, chegou ao fim a carreira de Allen Iverson na NBA. Em comunicado publicado no site de Stephen A. Smith (leia aqui também), o eterno camisa 3 do Philadelphia 76ers colocou um ponto final em sua brilhante vida de 13 anos dedicados à liga. Aos torcedores do Phila, aliás, Iverson deixou uma mensagem especial: "Tenho ótimas lembranças com este uniforme. Obrigado a vocês. Suas vozes sempre serão música para meus ouvidos".

Sinceramente fico triste com a notícia - muito triste aliás. Acho Allen Iverson um gênio, com tudo o que essa palavra carrega (genioso, "maluquete", cerebral...), e creio que ele, que ainda tem 34 anos, poderia jogar por mais duas ou três temporadas. De todo modo, seu comportamento nos últimos anos, em que se negava a começar no banco de reservas, mostra um certo "cansaço" com esta vida que deve ser desgastante demais psicologicamente.

E aí, o que você achou da notícia da provável aposentadoria de Allen Iverson? A caixinha está aberta!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A tal percepção

"Ah, eu até gosto de basquete, acho um esporte bem mais emocionante. Mas quando minha mãe viu que eu estava crescendo, ganhando corpo, ela só tinha uma escolinha do Viva o Vôlei perto da minha casa. Decidiu me colocar lá, e passei a amar o esporte. Ah, e o vôlei dá mais projeção que o basquete, né? Tenho amigas que falam que mal há times para se jogar o ano todo. Aí é ruim, o senhor não acha?"

"Comei a praticar esporte na escola. Jogava basquete, e jogava bem. Cheguei à seleção carioca, mas decidi trocar pelo vôlei quando vi o Giba ser campeão olímpico (2004). Desde então amo este esporte. E vejo com tristeza que o basquete só cai. Minhas amigas que atuavam pela seleção carioca tiveram que parar porque não tem campeonato por aqui. O senhor queria que eu continuasse mesmo no basquete?"

Ouvi os dois depoimentos no sábado à tarde, no Botafogo. O primeiro foi de uma linda morena de 1,89m, atacante do Fluminense que destruiu a partida. Erica (se não me engano) poderia ser uma ala-pivô das melhores, mas trocou a bola laranja pela de vôlei por conta das condições. O segundo foi da oposto do Botafogo, que trocou um esporte pelo outro por causa de um ídolo.

Será que a CBB consegue ter noção do que as duas meninas querem dizer com os depoimentos acima?

Alto-falante

"Foi uma atitude legal a do LeBron James (em querer que meu número 23 seja aposentado por todos). Entendo totalmente isso, mas digo que nenhum jogador deve ter essa deferência sozinho. Magic Johnson, Larry Bird, Bill Russell, todos esses caras deveriam ter seus números retirados também. Apenas faço parte do mesmo grupo. É um complemento. Entendo e agradeço ao LeBron, mas é assim que penso"

A frase é de Michael Jordan ao programa NBA TV. O astro rechaça completamente a idéia de que a NBA aposente o número 23 de todos os times da liga. E você, querido leitor, o que acha? Concorda com o camisa 9 da foto? Depois eu dou a minha opinião nessa história toda.

Sorte no sorteio

Aconteceu ontem o sorteio para o Mundial de 2010 feminino, que será realizado na República Checa. Foi, sem dúvida, um sorteio de sorte. O Brasil está no Grupo C, ao lado de Espanha, Coréia do Sul e Mali. Os três primeiros avançam para enfrentar um trio formado por Rússia, República Tcheca e Argentina ou Japão. No outro lado estão Austrália, China, Bielorrússia e Canadá (Grupo A), e EUA, França, Grécia e Senegal (B).

Apesar da sorte no sorteio, o Brasil precisa se concentrar desde já. Em 2006, no Mundial de São Paulo, derrota para a Espanha de Valdemoro. Dois anos depois, na estréia das Olimpíadas de Pequim, revés diante das sul-coreanas na prorrogação. Caso passe inivcto do estágio inicial, as chances de ficar entre os quatro primeiros aumentam. Na segunda fase, duelos difíceis contra Checas e Argentinas, e um muito complicado contra a Rússia. Para isso, e pensando lá na frente, é necessário avançar às quartas-de-final no mínimo na segunda colocação, evitando, assim, duelo contra Estados Unidos ou Austrália (primeiro e segundo do outro lado, provavelmente).

E aí, gostou do sorteio? Dá para projetar alguma coisa? Então a caixinha está aberta!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A comissão técnica invisível

Entrei ontem no site da CBB para procurar informações do Nacional Feminino. Fiquei surpreso quando vi que no espaço destinado à comissão técnica do Botafogo há um espaço vazio. O mesmo espaço vazio que as estatísticas da entidade deixavam para descrever a 12 de Catanduva (Fernanda Bibiano).

Reitero: reformas estruturais complexas em nosso basquete demorarão muito, e isso eu entendo, mas com relação às básicas não há desculpa. Deixar espaço em branco no lugar do nome dos profissionais é feio demais. Vamos ver quando isso muda.

Muito prazer, Alana Silva

A jovem Alana, de 14 anos e 1,62m, é uma das armas da seleção Sub-15 de Janeth, que estréia hoje no Sul-Americano da categoria no Equador. Fruto do ótimo trabalho social/esportivo realizado em São Bernardo do Campo (SP) pela técnica Sônia Regina, a armadora também recebe elogios de sua atual treinadora: “A Alana subiu muito de produção durante os treinamentos. Ela não é alta, mas compensa na velocidade. Sabe liderar, aprendeu bem os movimentos e joga com inteligência”, diz Janeth. Por isso, o blog conversa com ela na seção "Muito Prazer".

BALA NA CESTA: Como você começou a jogar basquete? Conte um pouco de sua trajetória até chegar a São Bernardo do Campo.
ALANA: Comecei por vontade própria, mas minha mãe deu um empurrãozinho. Só queria crescer quando comecei a jogar, pois era muito baixinha. Comecei no SESI de Diadema, e fiquei um ano e meio por lá. Depois fui jogar no centro esportivo Ayrton Senna, onde desenvolvi realmente as habilidades. Fiquei quase dois anos, e depois vim aqui para São Bernardo.

-- Como é o projeto de São Bernardo do Campo?
-- É um projeto social que atende a várias crianças - carentes ou não - com vários núcleos espalhados pela cidade. É um projeto bem legal, que atende a crianças e adolescentes de 6 a 18 anos. Por aqui não há apenas como meta formar grandes atletas, mas também bons cidadãos.

-- Você faz parte da seleção sub-15 que começa, hoje, a jogar o Sul-Americano. Como está sendo essa experiência, e como é ser treinada pela Janeth, um dos maiores nomes da modalidade?
-- Está sendo muito boa a experiência - estou aprendo bastante também. A Janeth é uma ótima técnica. Foi uma excelente jogadora, e antes e depois de todos os treinos ela conversa conosco e sempre passa um pouco da sua imensa experiência. Também passa muita energia positiva,e quando ela fala com a gente dá mais vontade de jogar, de melhorar, e de ser uma grande jogadora.

-- O que você pensa para a sua carreira? Participando de um projeto social tão eficiente como o de São Bernardo, você chega a pensar em alguma coisa relacionada a isso para o seu futuro, ou ainda é cedo?
-- Quero sempre superar meus limites, me tornar melhor, ajudar o meu time a ser o melhor, jogar na seleção brasileira adulta e atuar na WNBA. Quando parar de atuar profissionalmente quero ser técnica, e quero trabalhar com um projeto tão grandioso como o de São Bernardo. Desejo, também, sempre estar do lado da minha família e dos amigos, que sempre me ajudam muito também. Por fim, almejo conquistar todos os títulos que puder pela seleção brasileira e participar das Olimpíadas.

BATE BOLA
Uma palavra que amo: basquete
Uma palavra que odeio: desistir
Minha maior virtude dentro de quadra: meu modo de organizar o jogo
Um ídolo: Michael Jordan.
Um sonho: me tornar a melhor jogadora.
Uma cidade: Paris ("quero conhecer!").
Um lugar: quadra de basquete.
Uma comida: lasanha.
Um livro: Nunca deixe de tentar
Um filme: Grandes pequenos astros
Uma música: Vem aqui (Cine)
Um(a) amigo(a): Thais Cristina da silva.
Uma bola que chutei e caiu: Em 2006 contra Guarulhos eu joguei a bola para trás e caiu!
Uma bola que chutei e não caiu: contra Osasco chutei uma bola que eu jurava que ia cair e não entrou. Diminuiria a diferença para 2 pontos.
Um momento triste: Quando estou sem treinar.
Um momento feliz: Quando estou em quadra ou com a minha família e amigos.
Um técnico: Sonia Regina Baptista (de São Bernardo).
Uma frase: “Nunca desista dos seus sonhos”.
Bruna Severo está de volta. Após longo e tenebroso verão carioca, ou argentino, a menina traz o "Fora da Cesta" novamente para os leitores do Bala na Cesta. Aproveitem para rir um pouco com a menina!

Fora da Cesta - O baloncesto argentino

Por Bruna Severo

Após uma breve – ok, não tão breve assim – lua de mel em Buenos Aires, retorno ao meu querido espaço “Fora da Cesta”. Sim, casei e acho que isso é uma boa desculpa para minha ausência no último mês. Afinal, não sou o marido da Sandy que acha melhor escrever no blog em vez de aproveitar os momentos a dois. Ah, e para quem não acredita que eu existo, a foto deste post é minha.

Mas a verdade é que eu comentei sobre a lua de mel não só para dar uma desculpa pela minha ausência neste blog, mas porque ela me inspirou para este post. Nada disso... nada de detalhes íntimos. O que me inspirou foi a paixão que os argentinos têm pelo basquete. Com a mesma ênfase que eles destacam um Boca x River, fazem a chamada para os jogos da NBA. E isso na TV Aberta.

Por que isso não acontece por aqui é óbvio. Sabemos o que qualquer esporte, a exceção do futebol, passa no Brasil. Mas eu sei que há demanda para isso. Vocês que estão aqui são a maior prova disso.

Poxa, em cinco minutos na Argentina descobri quem é Emanuel Ginóbili, ou, como eles chamam, Manu ou Gino. Aqui, parei no tempo do Oscar e da Hortência, meu Deus! Há pouquíssima informação: a cobertura dos campeonatos é capenga na TV e nos jornais, o site da CBB é uma baixaria de ruim... Só resta a internet, com os blogs e twitters da vida. Aí fica complicado para seres alheios ou avessos ao basquete, como eu, terem um interesse mínimo pelo esporte.

Um desabafo à la Fábio Balassiano, mas achei importante. Stock Car domingo de manhã? Ah, corta essa, Galvão.

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Bruna Severo é jornalista e não entende nada de basquete. No Bala na Cesta ela se aventura com incursões no esporte da bola laranja, pois sua intenção é passar a entender da modalidade. Será que ela consegue?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

E a vencedora da promoção é...

A grande vencedora da promoção cujo prêmio é o uniforme completo de Assis é Raquel Jalantonio, de São Carlos (SP). Ela foi a agraciada pelo sorteio do Bala na Cesta, que contou com a auditoria da Balassiano's Young and Family e com a presença de uma ilustre amiga do blog, que escolheu seu antigo número da camiseta para determinar o ganhador.

Parabéns, Raquel!

Bom jogo em Minas

Franca conseguiu um excepcional 30-12 no terceiro período e estava pronto para vencer o Minas sem tantos sustos ontem. O quarto derradeiro veio, e o equilíbrio voltou. Mas o armador Tony Stockman (ótimo jogador!) fez 28 pontos e cravou a vitória francana por 106-101 na prorrogação. Os únicos invictos do NBB são Joinvile, que passou pelo São José por 71-60 com 24 pontos de Jefferson Sobral, e Brasília, que atropelou o Palmeiras (96-75).

E aí, acompanhando o NBB? Comente na caixinha!

Às escuras

Saí do ônibus e vi um canteiro de obras. Um canteiro de obras com moradores de rua dormindo nele. Era o Botafogo (clube) no sábado à tarde, quando fui acompanhar a partida entre as alvinegras e o São Caetano. Entre um tapume e outro, entre uma viga solta e outra, entre um cheiro de tinta e outro, cheguei ao ginásio. Ginásio este com uma partida de vôlei sendo disputada. Ela atrasaria a de basquete em cerca de 25 minutos. "Faz parte", dizem os organizadores de um evento sem promoção e atrativo algum.

Chamou-me a atenção a forma física das atletas do Botafogo. Kelly Cota e Alice estão, brincando, com dez quilos acima do peso. Suellen, com uns cinco abaixo. Além delas, Camila voltou a apresentar inconsistências em seu jogo após uma temporada em Ourinhos.

Pelo São Caetano, Nádia (foto acima) está realmente voando, mas é pouco municiada pela armadora Roberta, que prende demais a bola. Jaqueline, que precisava de ritmo de jogo, começou bem, diminuiu no meio e caiu completamente no final. Djane, a eterna promessa, continua com problemas para atuar debaixo da cesta e sem recursos técnicos para jogar na ala.

Ah, quanto foi o jogo? O site da CBB diz que São Caetano ganhou por 50-47. Do ginásio de General Severiano era impossível saber disso. Por quê? Simplesmente porque as luzes do placar eletrônico estavam pifadas. Sim, pifadas. Para se ter uma idéia, no final o Botafogo não sabia quanto estava a partida, quando deveria fazer faltas para parar o cronômetro e em que ocasião pedir tempo para sair do meio da quadra. Quer mais? No duro piso do ginásio, um adesivo da Eurofarma cobre a linha de lance-livre em um garrafão. No outro lado? Nada.

Hoje o Botafogo enfrenta Ourinhos, pentacampeão nacional, neste mesmo cenário. O basquete feminino está definitivamente às escuras.

domingo, 22 de novembro de 2009

Olha quem estava lá...

O Quimsa bateu o Libertad por 87-77 e foi campeão da Liga Sul-Americana, com Roman Gonzalez (foto) e companhia, e fez a festa de sua torcida, que encheu o ginásio em Santiago del Estero. Mas olhe bem na foto abaixo, querido leitor. Quem estava ao lado de Roman é... Grego, ex-presidente da CBB e agora dirigente da ABASU (deve ser muito bom ser dirigente esportivo...). Na outra foto, a festa dos torcedores.


Mais um que se vai

Chegou ao fim a história de mais uma franquia da WNBA. O Sacramento Monarchs decidiu fechar as suas portas alegando problemas financeiros. Joe Maloof, proprietário também dos Kings, da NBA, disse que "isso faz parte do jogo dos negócios".

O que não deveria fazer parte, para a liga feminina, é esse jogo louco de troca de cidades que vem ocorrendo nos últimos anos. Desde que a WNBA foi fundada, em 1997, houve um sem número de mudanças e das oito franquias originais, apenas três ainda resistem (Los Angeles Sparks, Phoenix Mercury e New York Liberty). E tem mais: o Sacramento foi campeão em 2005, e assim como o Detroit Shock, ganhador em 2006 e 2008, não estará no próximo campeonato.

A história da WNBA se assemelha e muito à da NBA, que sofreu um bocado para se estabelecer nos Estados Unidos. Há um lado otimista e um pessimista nisso. O otimista: a liga dos marmanjos, quase 50 anos depois, é o maior campeonato de basquete do mundo e tem uma imagem consolidada. O pessimista: que a WNBA surgiu em uma época de "boom" na modalidade, com nomes de peso (Leslie, Cooper, Swoopes, Lauren Jackson...) e em plena era das transformações digitais (globalização), e até hoje não conseguiu criar uma identidade - deixando, assim, a dúvida de que isso realmente ocorra em um futuro próximo.

sábado, 21 de novembro de 2009

Nacional feminino

Acabo de voltar da partida entre Botafogo e São Caetano (50-47 para as visitantes), e escrevo com mais calma para vocês na segunda-feira ou amanhã à noite. Hoje Americana atropelou São Bernardo fora de casa (120-46), e Santo André conseguiu a proeza de vencer Catanduva, que atuava em casa, por 81-76, com monstruosos 34 pontos da cubana Ariadna. Depois volto.

Boa iniciativa de Assis

O time de Assis esteve, na última quinta-feira, na Fundação Casa (antiga FEBEM), na unidade com sede na cidade de Marília. O técnico Marco Antonio Aga e seus atletas contaram as suas experiências de vida e terminaram o dia jogando uma partida de confraternização com os internos. A iniciativa é bem legal.

Vanderlei nega contato com argentinos

Conversei, na quinta-feira, com Vanderlei, que cuida do departamento masculino da CBB. Em seu apartamento em São Paulo, ele negou veementemente a hipótese de que a entidade esteja negociando com outro treinador neste momento, como vem sendo ventilado no meio:

"Temos uma reunião com o Moncho Monsalve no final do mês, na Espanha, e só depois iremos decidir o que fazer. Precisamos ouvir como está a sua situação de saúde. Depois avaliaremos. Por ora, é isso mesmo. Não há contatos, e muito menos viagens, para procurar argentinos ou qualquer treinador que seja. Nossa prioridade é o Moncho", revela Vanderlei.

Ao que parece, só no final do mês é que teremos a definição da situação do comandante da seleção masculina. O blog acompanha.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Promoção - Ganhe um uniforme de Assis

Quer ganhar o uniforme de Assis? Então é só enviar um e-mail para fabio.balassiano@gmail.com até sexta-feira e começar a rezar. O departamento de comunicação do clube topou a empreitada e ajudou o Bala na Cesta nessa (obrigado!). Então aperta o botão, e envie seus dados completos: nome, endereço, CEP e nome do santo...

A volta da liga do busão

O release do dia 17 de setembro era bem claro: "Pautados na transparência que marca a nova gestão da CBB, explicamos o que a entidade pode oferecer aos clubes. A Confederação se responsabilizará pelas despesas de transporte das equipes, metade dos custos de quadra (arbitragem, representante, mesário e estatística), além das 12 bolas para treino".

Eu não sei o que a entidade entende por transporte, mas até onde se imaginava, seria de avião que as meninas viajariam (e nem vou entrar na questão das bolas, que chegaram aos clubes quando restavam dois dias para começar o torneio). Até a reunião final, aliás, era isso que os dirigentes dos clubes pensavam. Mas não é o que vem acontecendo. Assim como ocorreu nos últimos Nacionais masculinos, pré-criação do NBB, as moças viajam, no Nacional de 2009, de busão mesmo.

Quer ter uma noção do drama? Ourinhos, cuja cidade fica a 350km da capital paulista e a 800km do Rio de Janeiro, pega a estrada neste sábado de madrugada para o duelo contra o Botafogo na segunda-feira. Vencida a partida, as atuais pentacampeãs do país rumam para Blumenau, a cerca de 1080km da capital carioca. Acha que terminou? Não, não. Com três jogadoras que ganharam a Copa América recentemente, as comandadas de Urubatan desembarcam em sua cidade na sexta, e no dia seguinte enfrentam o forte time de Americana. Dois dias depois, outro difícil duelo (Catanduva), e em menos de 48 horas, outro jogo (São Caetano).

E aí, será que dá para levar a sério um Nacional que faz um time viajar mais de 2000km em seis dias, e com três partidas no calendário em menos de cinco dias? Não, né. Sejamos bem-vindos à nova versão da Liga do Busão da CBB. Muito mais sádica, diga-se de passagem.

Quem ganhou o jogo?

Diga aí, amigo leitor, quem foi que ganhou o jogo entre Minas e Juventud Sionista, pela Liga Sul-Americana? O título da matéria no site da CBB diz que foi o time brasileiro. A reportagem, propriamente dita, conta que foram os argentinos (72-70). Por via das dúvidas, fui checar pelo site da competição. Os hermanos levaram mais uma. Que beleza, hein...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Los Hermanos

O Minas começou mal na briga pelo título da Liga Sul-Americana. Após perder para o Quimsa por 88-71 na terça-feira, ontem o time foi derrotado novamente: 84-70 para o Libertad. Hoje o time pega o Juventud Sionista.

O que isso quer dizer, no final das contas? Que o único time brasileiro que conseguiu chegar às finais corre o risco de perder para os três rivais argentinos que lá estão. Será reflexo do momento da modalidade? A caixinha está aberta!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Foto do leitor - João Pedro Graciolli Silva

Entre os dias 14 e 17 de outubro aconteceu a 5ª Copa Minas Tênis Clube. João Pedro Graciolli Silva, o Tonhão, de 16 anos, é atleta do CETAF e resolveu enviar as suas fotos: "Na minha categoria (16/17 anos) participaram 7 times: Minas, Cetaf, Fluminense, Sport Recife, Siglo XII(Argentina), Joinville e Brasília", disse o rapaz.


Gostou? Então o que está esperando para enviar a sua foto para fabio.balassiano@gmail.com ?

terça-feira, 17 de novembro de 2009

De novo a 12 de Catanduva

Ontem aconteceu a segunda rodada do Nacional feminino, e mais uma vez as estatísticas da CBB ignoram a camisa 12 de Catanduva, a pivô Fernanda Bibiano (veja a imagem). Na partida em que a sua equipe atropelou o Botafogo por 79-48, o site da entidade de novo deixou um traço ao lado de seu nome. Lamentável.

Nos outros duelos, Ourinhos contou com 13 pontos de Karen para vencer, no ABC, o Santo André por 59-48 (45 erros na disputa, hein!) e São Caetano passou por São Bernardo por 74-57 com boa atuação da pivô Nádia Colhado: 18 pontos e 10 rebotes. A armadora Roberta, tão promissora quanto irregular, também foi bem: 21 pontos e dois passes.

Siga o seu líder

Em casa, no dia 3 de novembro, o Indiana levou um sacode do Denver Nuggets (111-93) e irritou o seu craque: "Meu Deus, o que está acontecendo? Não estamos atacando, não estamos defendendo. Nada mudou, né", disse Danny Granger (foto) ao jornal IndyStar. Parece que a "bronca" surtiu efeito.

A partir dali, com 21, 22, 29 e 31 pontos de seu craque, o Indiana não perdeu mais. Vitórias sobre Knicks, Washington, Golden State e Boston colocam os Pacers pela primeira vez com mais vitórias que derrotas em quase três anos. A solução, além do desempenho de Granger, veio de duas outras fontes: na estréia do calouro Tyler Hansbrough (10 pontos, quatro rebotes e uma disposição defensiva anormal) e no bom desempenho do subestimado Dahntay Jones, ala que anota 16 pontos por partida.

Não é que com eles o Indiana, que hoje enfrenta o fraco New Jersey Nets, seja um bom time, porque ainda não é. Mas com o pivô Roy Hibbert pegando os rebotes e com mais gente ajudando, fica mais fácil para Danny Granger tentar fazer aquilo que prometeu no começo da temporada: levar os Pacers aos playoffs.

Muito Prazer, Leila Zabani

Leila Zabani é uma exceção. Tão bonita quanto talentosa e estudiosa, a ala que nasceu em Americana há 18 anos une características bem raras quando falamos de jovens valores no esporte brasileiro. Estudante de Ciências do Esporte na UNICAMP, Leila, um doce de pessoa, é uma das mais promissoras alas da nova geração. Com técnica refinada e média de nove pontos e 3,6 rebotes no Mundial Sub-19 da Tailândia, ela possui um senso crítico apurado para analisar o momento da modalidade e traçar planos para a sua carreira. No último sábado, aliás, ela esteve em quadra para defender o time de sua cidade na estréia do Nacional contra o Botafogo (dois pontos em sete minutos). Por isso o blog decidiu ouvi-la na seção “Muito Prazer”. Com vocês, Leila Zabani.

Bala na Cesta: Ano passado você jogou duas partidas no Nacional (Sport e Mangueira). Qual a expectativa para a competição deste ano?
Leila Zabani: O time conta com atletas de alto nível e a meta é o título. As jogadoras são bem experientes, o que é ótimo pra nós que somos mais novas aprendemos muito. Nos jogos acabo não entrando tanto, então toda oportunidade tem que ser aproveitada da melhor maneira possível pra ir ganhando mais confiança e naturalidade no adulto também.

-- Você foi formada no ótimo projeto das divisões de base de Americana. Natural da própria cidade, como é para você seguir jogando no local onde nasceu?
-- A maioria das jogadoras sai de casa cedo para jogar, mas eu tive a sorte de poder atuar na cidade em que nasci e cresci. Estou perto da minha família e dos amigos que sempre me deram força. Tenho orgulho de defender a minha cidade e esse projeto. Cresci junto com ele e gosto muito do que faço. Aqui a gente tem desde a escolinha até o time adulto, e me formei vendo os times de Americana jogar. Hoje sinto orgulho de fazer parte do grupo que representa a minha cidade.

-- Como uma menina de 18 anos pensa em se desenvolver em um time que conta com atletas experientes (Karla, Natália, Babi, Adriana, Cintia, etc.) e que precisam de tempo de quadra?
-- É justamente pelo fato de poder treinar e jogar com essas atletas que a gente se desenvolve. Não é todo mundo que tem essa oportunidade. É claro que em relação a tempo de quadra acabo não jogando tanto no adulto, mas o fato de estar lá aprendendo no dia a dia faz com que eu me torne uma jogadora melhor para no futuro estar mais preparada e ir conquistando meu espaço.

-- Uma das coisas que mais preocupa quem acompanha basquete é a falta de uma competição que dure o ano todo. O Nacional deste ano, por exemplo, terá menos de três meses. Como fica a cabeça de uma jovem que, começando a carreira, precisa jogar contra as mais velhas para crescer profissionalmente? Sair do país é uma possibilidade que você já chegou a pensar? O que o basquete brasileiro precisa fazer para transformar todo o potencial de suas atletas em resultado?
-- O campeonato realmente é curto, mas ao longo do ano disputamos outros campeonatos, como o Paulista Juvenil e o próprio Paulista, que nos dão essa oportunidade também. Um campeonato como o Nacional, com mais jogos e maior tempo de duração, proporcionaria, no entanto, mais tempo de jogo pra nós que estamos começando. Tenho vontade de sair do país, mas não agora. Acho que é muito cedo e ainda tenho muito o que aprender por aqui. Pensando em atletas jovens, eu acredito que deveriam ser dadas mais oportunidades, tais como jogos internacionais ou mesmo contra equipes mais experientes para que essas atletas adquirissem mais ‘bagagem’ e experiência, amadurecendo mais rápido e estando preparadas para desafios maiores.

-- Apesar do desempenho irregular no Mundial Sub-19, você foi a segunda cestinha (9 pontos) e a segunda que mais assistências deu (1,3). Como foi a experiência na Tailândia, e o que explica a nona colocação do Brasil na competição?
-- Apesar do resultado não ter sido o esperado, a experiência foi muito válida. Estar entre as melhores seleções da categoria proporciona um crescimento enorme. Aprendemos muito jogando e observando as características dos diferentes países, enfrentando situações difíceis nos jogos e lutando sempre. Tudo isso acrescentou muito ao jogo de todas nós. Fizemos uma boa campanha nos Jogos da Lusofonia, ganhamos o amistoso contra a Rússia e começamos bem o Mundial. Porém o time deu uma caída muito grande no momento que não podia e depois já era tarde para uma recuperação em termos de resultado.

-- Você é estudante de Ciências do Esporte na Unicamp. O que você aprende na universidade que pode lhe trazer benefícios em seu dia a dia nas quadras?
-- Eu estou no primeiro ano e algumas matérias ainda são bem gerais, mas já comecei a aprender sobre a estrutura do corpo, como ele se comporta durante o exercício, os músculos e articulações, características do movimento do corpo, entre outras coisas. A universidade é um investimento a longo prazo: quando parar de jogar quero continuar trabalhando com o basquete. Para isso, tenho que me preparar desde já.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Em cinco linhas

O Memphis Grizzlies rescindiu o contrato de Allen Iverson após três jogos (aliás, o Charlotte Bobcats trocou Raja Bell e Vlad Radmanovic por Acie Law e Stephen Jackson, do Golden State Warriors). O que será do camisa 3 agora? Apostentadoria? Europa? NBB? Outro fiasco na NBA? A caixinha está aberta!

Foto do leitor - PauloRJ

Um dos mais atuantes leitores do blog, PauloRJ pegou um avião e foi até os Estados Unidos. Viu, em Orlando, a partida entre Magic e Cleveland ("o jogo acabou sendo muito fácil para o Cleveland, que chegou a estar 22 pontos na frente", diz ele), e enviou as fotos para nós (lá embaixo). Vitória dos Cavs, fora de casa, por 102-93.

Mandou bem, PauloRJ. E você, amigo leitor, tem fotos na quadra de basquete? Sim, né. Então envie para fabio.balassiano@gmail.com que o blog publica.