quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A metamorfose de Olivinha - Parte 1

Quem acompanha o basquete há algum tempo pode pensar que o ala Olivinha sofreu uma mutação: de jogador apenas mediano surgido no Grajaú no começo da década, o ala agora é uma das principais figuras do basquete nacional – ele foi campeão com a seleção masculina na Copa América também. Atuando pelo Pinheiros, ele possui a melhor média de eficiência no Paulista e é uma das principais armas da equipe para brilhar no NBB que começa no próximo domingo. O bate-papo, bem legal, está dividido em duas partes. A segunda você lê amanhã.

Bala na Cesta: Seu desempenho no campeonato Paulista tem sido no mínimo assustador: 25,3 pontos, 11,3 rebotes, 2,3 assistências e mais de 67% nos tiros de dois pontos – além dos 30 pontos de eficiência, melhor marca do torneio. A Copa América com a seleção parece que fez muito bem a você, não?
Olivinha: Com toda certeza a Copa América fez bem pra mim. Estava com a seleção enfrentando os melhores jogadores das Américas, convivendo com a nata do basquete, aprendi muitas coisas e gostei bastante da experiência. Espero que tenha sido a primeira de muitas outras que ainda estão por vir.

-- E a expectativa para o começo do próximo NBB? Brasília e Flamengo seguem fortes, e o Paulistano também cresceu. Além disso, Franca, Joinvile e Minas possuem tradição. Em que patamar se encaixa o Pinheiros? Como o time passou a jogar sem o Marquinhos, e com a chegada do Diego e do Shammel?
-- O Pinheiros vai entrar para brigar de igual pra igual com todo mundo. Nosso time está bem servido em todas as posições, então estou bem otimista para a segunda edição do NBB. Quanto a forma de jogar da nossa equipe, não mudou em muita coisa. O Shammel vem fazendo o papel que era do Marquinhos, e o Diego vem para ajudar a nossa equipe de todas as formas possíveis, já que ele é um jogador voluntarioso. Acho que o Pinheiros vai fazer um bom papel. Temos time para chegar em uma posição melhor do que a da última temporada.

-- Como está sendo atuar com o Claudio Mortari, técnico com um estilo bem diferente do Moncho Monsalve, seu treinador na seleção? Quais são as maiores diferenças?
-- Jogar com o Mortari sem dúvida nenhuma é uma das coisas mais fáceis que há. Ele é um cara que dá total liberdade para o jogador fazer o que quer dentro de quadra. É um cara experiente, que já dirigiu grandes equipes e aqui no Pinheiros está começando um projeto bastante ambicioso. Se eu cheguei à seleção brasileira foi graças a esse estilo de jogo que ele procura colocar nas equipes dele. Encaixei-me perfeitamente e consegui realizar um bom campeonato.

-- Este estilo de jogo do Mortari, de total liberdade, não é muito diferente do que o basquete moderno prega hoje em dia? Este desempenho "potencializado" em âmbito doméstico não pode ser ilusório para um nível internacional mais forte?
-- Rapaz, em nível internacional sinceramente eu não vejo mais esse tipo de jogo, não. São sempre placares baixo, bolas bem trabalhadas, sempre um sistema a ser respeitado. Já aqui no Pinheiros esse tipo de sistema que o Mortari prega na última temporada deu certo. Chegamos às semifinais do Paulista e no NBB pegamos logo o Flamengo de cara e ficamos nas quartas-de- final. Acho que aqui no Brasil esse tipo de jogo ainda é bastante comum, mas realmente internacionalmente fica complicado atuar desse jeito.

-- Como foi a sua experiência na seleção? Muita gente acha que você pode ser muito útil ao time na posição 3, mesmo você atuando na posição 4 em seu clube. Como você avalia essa situação, e o que você sentiu na Copa América?
-- Minha experiência na seleção foi a melhor possível. Eu estava convivendo com os melhores jogadores, então em todos os treinos e jogos eu sempre prestava bastante atenção e procurava aprender algumas coisas para tentar colocar no meu jogo. Essa questão de jogar como 3 ou 4 para mim tanto faz. Já joguei nas duas posições e consegui me sair bem, só que nas duas últimas temporadas comecei a jogar de ala-pivô, me adaptei bem e tive as minhas melhores médias da carreira. No entanto, não vejo problema em jogar de ala (3). Se tiver que ir jogando assim na seleção com certeza irei com o maior prazer. Eu quero é estar lá novamente, não importa em que posição. Na Copa América sempre que eu entrava nos jogos entrava como 4, mas procurava fazer o que faço no Pinheiros: jogava mais aberto, procurava o chute ou o corte e sempre brigava pelos rebotes, que é a minha função dentro da quadra.

12 comentários:

Anônimo disse...

Por mim, o Murilo nunca mais seria parte da seleção. O Olivinha é um jogador com muito mais recursos.

Bert disse...

Admirável sinceridade na penúltima resposta.

RAO* disse...

Admirável sinceridade na penúltima resposta. [2]

HOJE eu acho o Olivinha mais jogador que o Murilo também... de fato, ele evoluiu muito, lembro dele no Flamengo anos atrás, jogava um basquete muito pior que o de hoje... ta de parábens, eu não esperava tamanha evolução... vcs sabem qual é q altura dele? ele não me parece ser muito alto, por isso achei que ele não era utilizado na seleção...

Anônimo disse...

verdade RAO....Fabio, quanto tem de altura o Olivinha?
Por favor responda ai...

Cassiano disse...

Tem 2,02 de altura...realmente baixo...tem que abrir para posição 3 mesmo...em nível internacional né...aqui no Brasil já vi ele jogar até de cincão (5)...rs

Anônimo disse...

Não se pode comparar o Olivinha com o Murilo gente. Acho que o Olivinha atravessa um momento fantastico, e quem acompanhou o ultimo NBB vai se lembrar que o Murilo sobrou no garrafão do minas (ainda mais com o estilo de jogo concentrado no pivo do Flavio Davis, e as assistencias de Suckatski)Olivinha é um "3" que joga de "4" por ser alto e ter mais agilidade que os demais "4". Nem ele marca o murilo e nem o murilo consegue marcá-lo. Então não cabe comparação. O que cabe é discutir se o moncho vai convocá-lo ou não. E se vai dar a mesma confiança e liberdade que o Mortari lhe da! Porque se não ele vai pra seleção e não tem o mesmo desempenho e os mesmos que pediram sua inclusão vão chamalo de afinado! Reflitam sobre isso! heheh...abraxxx

leo aracaju disse...

Muito boa a entrevista.

Principalmente na parte que falou do estilo Mortari, na verdade de todos os técnicos brasileiros de jogar.

Até quando vamos ter que aturar essa pelada??????????

Jogo organizado não doi não treinadores. podem adotar

Anônimo disse...

Leaozinho,
Pelada???
NBA man.
Nao gosto do estilo europeu,chato,sem emoçao,parado.
gosto da transiçao, tiro de 3, dunk, meio anarquista mesmo,mumba meu boi,criatividade,sem medo.
por isso leo amapa, desça para o sudeste para ver ao vivo na quadra este estilo.
cuidado pois ficar paradao na varanda tricotando vc ira preferir xadrez daqui a pouco.
aproveite,se libere,abra sua mente, vc vai gostar de assistir um jogo mais loco.

leo aracaju disse...

huahuahuahauahuahauahauahauahua

Filho do Mortari detectado.

kkkkkkkkkkkkkkkk

Além dos nossos treinadores serem DEFASADOS eles estão assessorados por pessoas que claramente faltaram a aulas de geografia, kkkkkkkkkkkkk.

Discutir o que com um "anônimo" desse, eheheheheheh????????

obs: só pra constar que o próprio Olivinha disse que esse jogo não funciona internacionalmente.

Anônimo disse...

Essa foi boa mesmo. Esse anônimo sem conhecimentos de Geografia (e de basquete?) é um brincalhão.

Apesar de tudo, sempre torço pela derrota do Pinheiros. Justamente por conta do Mortari. Nunca fala nada de útil nos tempos que pede. Foi um fiasco no paulista do ano passado, com um timaço nas mãos. E é claro que ele vai ser adorado pelos jogadores... deixava inclusive o Marquinhos armar o time...

Olivinha, admiro seu basquete eficiente!

Um abraço,

Luigi

Anônimo disse...

O Pior é o anonimo achar que a NBA é um peladão sem esquemas. rsssss

Anônimo disse...

O Pior é o anonimo achar que a NBA é um peladão sem esquemas. rsssss