
BALA NA CESTA: Quem é a jogadora Joseane?
JOSEANE: Alguém que dá o sangue para favorecer o seu time.
-- Como foi a sua trajetória no basquete?
-- Comecei a jogar depois que vi na televisão uma cesta que a Janeth fez do meio da quadra (nas Olimpíadas de Sydney, 2000), e queria porque queria fazer uma igual. Perturbei meu pai

-- Em 2008 você jogou o Brasileiro de seleções e o JEBS. Conseguiu ver como está o nível do basquete no Brasil, e onde ele é "melhor"?
-- Há uma disparidade enorme entre o time de São Paulo e o resto do Brasil. No Brasileiro o Rio ficou entre os quatro primeiros, e a experiência não foi das melhores porque não houve disputa de terceiro lugar por causa das chuvas que ocorreram em Santa Catarina. O JEBS foi perfeito mesmo a gente ficando em terceiro lugar. Foi um time batalhador, que lutou até o último segundo em todos os jogos. E lá fui considerada a melhor jogadora do campeonato.
-- Você está indo jogar em Jundiaí, sob o comando do Tarallo, seu técnico na seleção sub-18. Por que decidiu sair do RJ?
-- Para sair da 'rotina'. Para enfrentar novos desafios, ter que disputar uma vaga na equipe, para tentar crescer como pessoa - não só como jogadora . Mas a falta de estrutura foi o principal fator que me fez mudar de cidade. No Rio o basquete não é valorizado, os campeonatos não são disputados, há poucos times. O resultado é que as meninas saem do estado ou param de jogar.

-- Foi ótima e ao mesmo tempo 'traumatizante'. Travei de um jeito que nem sei porque, o que fez com que eu não soubesse aproveitar o momento. Deu pra perceber como é o nível do basquete lá fora, e que tenho que suar bastante para chegar onde quero. As meninas foram maravilhosas, me ajudaram, passaram tranquilidade e não foi tão difícil me entrosar. Fiquei muito amiga de algumas delas.
-- Em um mundo de sonhos, onde você quer estar daqui a cinco anos?
-- Não quero muito - formada em engenharia química e jogando na Espanha com minha família morando lá também. Por que não?!
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JOGO RÁPIDO
Ídolo: Candace Parker
Livro: ‘O caso dos dez negrinhos’, de Agatha Christie e ‘Anjos e Demônios’, de Dan Brown

Uma referência fora das quadras: Minha mãe
Uma bola que eu arremessei e caiu: Foi no Jebs do ano passado. O Santa Mônica estava perdendo de dois pontos para o Dom Bosco (Maranhão), a dois segundos do final do jogo, com o lateral a nosso favor. Só deu tempo de pegar a bola , virar e chutar – na prorrogação e nós ganhamos. O jogo nos classificou para a semifinal.
Uma bola que eu arremessei e não caiu: Foram tantas (risos)
Uma palavra que eu amo: Felicidade
Uma palavra que odeio: Falsidade
Filme: Sete Vidas
Música: Undiscovered, do James Morrison
Um(a) amigo(a): meu poodle
Um sonho: Ser feliz em todos os sentidos.
Meu jogo inesquecível e por quê: Esse que eu citei ali cima e o da Copa América entre Brasil e Argentina. Foi disputado o tempo todo e a Tassinha (Tássia) fez a bola que empatou o jogo no final - na prorrogação nós ganhamos.
Uma comida: Lasanha
Um(a) técnico(a): Os meus primeiros: Eduardo Aviles e Gustavo Cabelo.
Minha maior qualidade em quadra: Antecipação, roubada de bola e contra-ataque.
Onde eu preciso melhorar: Na defesa, no aproveitamento dos meus arremessos, nas habilidades... Em tudo.
Uma frase: A que um amigo vive me dizendo: "enquanto você dorme ou descansa, tem alguém treinando", do Michael Jordan.
3 comentários:
Parabens Jose e boa sorte nessa nova empreitada , realmente foi sensacional aquela bola la em joao pessoa no segundo final
só quem viu aquele jogo sabe o quanto aquela bola merecia cair
bjs
Bruno Peri
Muito lúcida a menina.
Gostei muito.
'Um(a) técnico(a): Os meus primeiros: Eduardo Aviles e Gustavo Cabelo.'
É, Jose...
Você nem imagina que nossa maior recompensa, depois de tanto esforço - de todos nós - é ver que aquele início láááááá atrás, realmente deu lindos frutos!
=)
Beijos, sorte e sucesso!
Gustavo KBLO ('cabelo') Montenegro
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