terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Algumas sugestões para a LNB - Parte II

Continuando o artigo de ontem.

- Por que não correr atrás das faculdades para fazer alguns projetos em conjunto com estas instituições? Se a LNB quisesse, proporia estágios supervisionados para estudantes de comunicação (jornalismo, assessoria de imprensa, fotos e até filmagens!), estatística, publicidade, marketing, nutricionismo, cinema, fisioterapia, educação física, medicina, entre outros cursos. Esta mão de obra, eficiente e qualificada no começo, pode se tornar uma mão de obra eficiente, qualificada e ESPECIALIZADA no futuro. Não seria interessante? Ah, e aqui vai, desde já, um apelo deste e de outros blogueiros: precisamos de fotos, LNB, muitas fotos!

- Ainda sobre o site: insistir nas estatísticas é fundamental e traria um diferencial para o torneio. Por que não formar uma equipe de estatísticas para possuirmos um raio-x do basquete brasileiro. Seria um serviço da LNB ao torneio e aos seus fãs, mas também um valor agregado para a própria modalidade. Se basear no site 82Games.com (http://www.82games.com/) não é nada impossível. Propor novas formas de analisar o jogo, diferentes das habituais que há no site da CBB, seria bem legal (pontos de contra-ataques, pontos em erros dos adversários e até mesmo aquele +/- por exemplo). Angariar estagiários de estatística nas cidades não me parece nada difícil. Fazer os famosos resumos dos jogos (como acontecem na NBA, Euroliga e Liga ACB por exemplo) também seria legal pacas, e fugiríamos dos clichês a que estamos acostumados.

- Criar um fundo de investimentos para contratações pode ser um passo avançado demais para este momento, mas me parece interessante e viável. A Liga reforçaria os clubes com jogadores competentes e com poder de exposição na mídia. Nomes como Sebastian Ginóbili, irmão do Manu, jovens brasileiros que pouco atuam no exterior (Marcus e Caio Torres por exemplo) ou um aloprado no estilo de Dennis Rodman seriam ótimos chamarizes para o torneio. Eu também não esqueceria das clínicas para técnicos. A LNB poderia trazer, duas vezes por ano (uma durante o final de semana do All-Star; e a outra no final da competição), treinadores renomados para transmitir conhecimento e, consequentemente, aumentar o nível da competição no futuro.

- Promover homenagens sistemáticas a ídolos da modalidade seria interessante para reconquistar a credibilidade perdida pelo basquete depois de tanto tempo e também presta um justo reconhecimento aos que tanto fizeram pelo esporte. Começar pelos campeões do mundo de 1959 seria um bom começo (será que o Wlamir entraria nessa?). Colocar ídolos como Waldir Boccardo, sempre presente ao ginásio da Gávea por exemplo, no meio da quadra, falar um pouco de sua biografia, oferecer-lhes uma placa e uma flâmula, pedir uma salva de palmas pode ser mais legal ainda.

10 comentários:

Anônimo disse...

Bala, como na primeira parte, são sugestões pertinentes e que merecem ser lidas e analisadas com cuidado. o lance das faculdades é muito interessante mesmo e é algo que já é realizado por várias equipes, é só ver que neste campeonato temos a Universo, Univates, UVV apoiando o Joinville, e antes tinhamos Ulbra também. É algo q precisa ser ampliado

Anônimo disse...

A idéia dos estágios é excelente - especialmente nas áreas de saúde e comunicação, já que são áreas com estágios obrigatórios. A LBN não tem ninguém lendo esse teus textos, Bala? Por favor, envia para eles - com recibo de recebimento, é claro. 1 abraço!

fábio balassiano disse...

osama, eu espero que o pessoal da lnb leia isso, sinceramente, e que os artigos possam ajudar em algo.
mas não acho pertinente enviar - pode parecer presunção...

de todo modo, é claro que gostaria muito que eles o lessem e até comentassem.

abs, fábio

@lisangelo disse...

Mas nem site tem... Pelo menos nao consegui encontrar via google.
Eu gostaria de um esclarecimento maior sobre essa liga. Eh um liga formada pelos clubes com apoio da CBB, quais sao as responsabilidades dos clubes e qual eh o apoio da CBB? Isso pode ser encontrado em algum lugar? Se nao existir daria um artigo interessante.

Jonas disse...

Mais uma vez excelentes sugestões. Espero, como já disseram, que os caciques da Liga leiam, discutem, aprimorem. Quem sabe estamos enganados e eles já pensaram em tudo? :-) Que venham a pública falar sobre o projeto. Por enquanto não vejo nada diferente dos campeonatos organizados pela CBB. Será que a única diferença será notinhas no Globo Esporte?

Jonas disse...

As equipes de basquete, na ânsia de melhorarem (pelo menos elas entenderam que seria assim) aceitaram qualquer acordo. O que elas devem ter em mente é que quando não for mais interessante para a emissora oficial do evento falar de basquete, a modalidade será descartada. Para eles o basquete, o vôlei, a bolinha de gude são apenas um meio de ganharem dinheiro. Infelizmente, a emissora não cobre modalidades, ela cria eventos e os torna atrativos (no apdrão deles). Pobre basquete. Será que os dirigentes são cegos ou se fingem em benefício próprio?

Anônimo disse...

Lisangelo, a Liga Nacional de Basquete tem um "hotsite" - http://www.liganacionaldebasquete.com.br - que anuncia que só entrará no ar nesta quarta, dia da abertura do campeonato. Aguardemos. Fora isso, há um blog chamado Território LNB - http://liganacionaldebasquete.com.br/blog/ - que inclui link para o Bala na Cesta; então, torçamos para que eles estejam mesmo lendo e não apenas listando o site. E como o Guilherme do Draft Brasil mostrou, o link http://www.novobasquetebrasil.com.br leva direto para a página de basquete do Globo.com. Se isso será contornado e substituído por um site de fato, não sabemos...

@lisangelo disse...

Valeu pela dica Adriano, vou acompanhar. O site realmente ta atrasado mas o blog parece promissor.

Anônimo disse...

é, pode ser que fosse mal interpretado... que pena, pq teus comentários estão ótimos e super pertinentes. Vamos esperar que alguém por lá leia todo esse material (e use-o, é claro). 1 abraço,

fábio balassiano disse...

lisangelo, daria um bom artigo mesmo, mas só se a gente soubesse quais são as atribuições de cada um, coisa que ainda não foi definida.
o que eu mais reclamo é a falta de um torneio de base em abrangência nacional!
na argentina, um jovem de 15 anos joga 50, 60 vezes por ano. aqui, no máximo umas 30, e sob as circustâncias que a gente já conhece, né...

é difícil assim!

abs, fábio