sábado, 3 de outubro de 2009

A melhor aposta

Uma das primeiras coisas que pensei quando o Rio de Janeiro ganhou a eleição do COI foi: quem poderá jogar até lá? No masculino, Leandrinho, Huertas, Splitter e Varejão já terão mais de 30 anos, mas provavelmente atuarão em quadras cariocas.

Na feminina, a julgar pelo time da Copa América, a situação é mais complicada. Craques reconhecidas, Helen, Alessandra e Adrianinha já terão encerrado suas carreiras. Da geração vice-campeã mundial sub-21, Karen, Fernanda e Silvia até terão idade (entre 32 e 34 anos), mas sabe-se lá em que condições físicas chegarão. Por isso, o mais cristalino, hoje, é apostar na jovem e talentosa Franciele (foto), de apenas 21 anos e que até lá já terá atuado em duas Olimpíadas (2008 e 2012).

Veloz, técnica, com experiência e já com fundamentos sedimentados, Franciele ainda é banco de Paulo Bassul na seleção feminina. Tudo bem que é importante tratar com cuidado e carinho as nossas maiores promessas, mas acho que não custa nada começar a olhar para 2016 com um olhar menos cauteloso.

Começar a bancar Franciele, testá-la desde o começo contra grandes adversários e mostrar a sua importância para a modalidade me parece muito básico. A menina de Jacarezinho tem cabeça boa, parece disposta a aprender e pode render bons frutos.

Se já não fazia sentido para mim que seguíssemos apostando em veteranas que nunca renderão nada em terreno internacional, agora menos ainda. Já classificados para 2016, chegou a hora de começarmos a lapidar as nossas maiores jóias. Franciele é uma delas.

10 comentários:

leo aracaju disse...

Espero que a CBB perceba que Londres e Rio são projetos plenamente conciliáveis.

Anônimo disse...

Fabio vc esqueceu da Erika e Iziane ... acha que podem ter idade e fisico pra 2016?

fábio balassiano disse...

anônimo, é verdade.
as duas são de 1982.
teriam, portanto, 34 anos.
daria para jogarem.
abs

marcelo marques disse...

com relação as olimpiadas no brasil

eu creio q poderemos ter uma surpresa já q acredito q a copa será um grande fracasso o q levará o coi a mudar a sede do brasil


enquanto isso só o povo sofre nesse país inacreditavel

jdinis disse...

Acho que apostar SÓ na Franciele é MUITO, mas MUITO pouco se queremos que o basquete feminino brasileiro tenha algum sucesso em 2012 e, principalmente, em 2016. Temos que investir na massificação do esporte, qualificação dos profissionais, desenvolvimento da estrutura de apoio e captação de investimentos. Assim poderemos ter outras "Franceles".

"Pegando carona" no comentário do marcelo marques, acho que 2 eventos do porte de Copa do Mundo e Olimpíadas em sequência vão obrigar o Brasil a mostrar o que quer de seu futuro (no esporte e como um nação). Ou começamos a fazer as coisas minimamente corretas ou admitimos que "o Brasil não é um país sério".

Sds.

fábio balassiano disse...

jdinis, isso eu disse no começo do texto daqui de baixo.
neste, digo que a franciele faz parte do começo.
só isso.

abs, fábio

Anônimo disse...

Fran com cabeça, chega a ser engraçado!!! só se for cabeça influenciado por outros!!

Anônimo disse...

Acho que o trabalho para 2016 tem que comecar ja.
Se querem levar uma seleção veterana para o mundial 2010, pelo menos se monte outra seleção com as possiveis jogadoras de 2016 ate com outro treinador. E rodar o mundo.
Planejar em media 20 a 30 jogos por ano.

Anônimo disse...

Espero que com a vitória do Rio para sediar as Olimpíadas em 2016, a CBB comece finalmente um trabalho de renovação visando num primeiro momento às Olimpíadas de Londres, já que muitas das atletas que estiveram na disputa da Copa América não estarão mais atuando em 2012. E praticamente nada tem sido feito para preparar peças de reposição na equipe.

Será que da geração juvenil e sub-21 de 2007 e agora da geração juvenil de 2009, não existe nenhuma investimento mais interessante que Palmira ou Mamá. Kelly e Micaela, apesar do excelente histórico, não estão num bom momento então porque não investir no futuro?

Para Franciele garantir seu lugar no grupo teve que fazer 23 pontos, pegar 10 rebotes e decidir uma partida amistosa contra a argentina. Se não fosse isso, alguém duvida que ela seria cortada?

Mesmo assim não teve tanto tempo de quadra quanto merecia, durante a Copa América.

E como vamos saber o que poderia ter rendido Izabela, Mariana Camargo ou Nádia?

Talvez o mesmo ou até mais do que a Alessandra rendia quando tinha 20 anos, mas se não colocamos essas meninas para jogar nem numa competição de baixo nível como a Copa América, como vamos saber?


Que medo de renovar é esse?

Anônimo disse...

Fabio tbm temos a Tassia.