Li no Painel da Folha de São Paulo: "Gerente de marketing da Confederação Brasileira de Basquete, José Carlos Brunoro (foto) se reunirá com a Eletrobrás para tentar acordo de patrocínio para o Nacional feminino. Um dos trunfos de Brunoro é o fato de que a liga terá dez times, sete de São Paulo, maior mercado publicitário do país. Times do Rio, de Santa Catarina e do Nordeste completarão o torneio". Apenas como informação antes de começar a escrever o que quero escrever, digo que a Mangueira, time carioca citado pela matéria, não deve jogar o Nacional.
Bem, vamos lá. De novo repito que a nova gestão da CBB está começando o seu trabalho, e que merece crédito nesta etapa inicial. Mesmo assim, me causa desapontamento ver que o Nacional feminino, único campeonato de ponta dirigido pela entidade, segue os mesmos passos da antiga presidência. O torneio, ora bolas, nada mais é do que um Paulistão com agregados.
Bem, vamos lá. De novo repito que a nova gestão da CBB está começando o seu trabalho, e que merece crédito nesta etapa inicial. Mesmo assim, me causa desapontamento ver que o Nacional feminino, único campeonato de ponta dirigido pela entidade, segue os mesmos passos da antiga presidência. O torneio, ora bolas, nada mais é do que um Paulistão com agregados.
Brunoro e Hortência (na foto à direita ao lado do presidente Carlos Nunes), dois dos gestores do campeonato, deveriam buscar incentivos às cidades de outros pólos, potencializando assim o crescimento do basquete nestas regiões. De nada adianta vermos times de basquete feminino apenas em São Paulo. A modalidade fica centralizada, não apresenta crescimento algum em termos nacionais e, ao contrário do que o o gerente de marketing da CBB diz, se restringe demais ao usar o termo "Nacional" quando, na verdade, é "regional" - o mercado publicitário não é bobo, né.
O ideal seria que fosse criada uma liga feminina nos moldes da LNB masculina. Como o ideal ainda não existe para as moças, o certo seria que a CBB pensasse de maneira inovadora e pouco centralizada. Do jeito que está, o basquete feminino caminha a passos largos para se tornar uma modalidade regional, tirando do Brasil aquilo que ele sempre trouxe de melhor: a sua pluralidade, a sua capacidade de se inventar em cada uma de suas regiões de acordo com as suas características próprias. Talvez um estudo mais apurado sobre isso seja um bom começo para a entidade.
7 comentários:
Meu querido Fabio.Sou torcedor fanatico do basquete feminino conheço bem os seus problemas e posso lhe afirmar que o maior problema mesmo é a falta de recursos que deveriam vir do Ministerio dos Esportes,diretamente para os clubes formadores ois esses não tem como trabalhar por falta de dinheiro.Acho que em vez de criarmos elefantes brancos em varios estados brasileiros as verbas teriam que ser direcionadas para aqueles que realmente trabalham.As formulas essas sim deveriam partir das CBB.
anônimo, acho legal o seu comentário.
é verdade que, por exemplo, americana e santo andré deveriam receber uma grana pesada do ministério dos esportes.
meu argumento, porém, é mais relacionado à CBB do que ao Orlando Silva.
Acho, sim, que a CBB deveria investir pesado em outros estados. A sempre citada FEB bancou times em Murcia, nas Canárias, até em Ibiza, nos anos 80, para sedimentar o basquete por lá.
No começo dos anos 90, falava-se muito em Rafa Pascual, jogador de vôlei, por lá. Hoje em dia, ninguém mais sabe quem é ele. Já o Pau Gasol...
abs, fábio balassiano.
Fábio, é lógico que a descentralização é o caminho para a retomada do basquete feminino no Brasil. E a Liga é o melhor caminho para isso. Foi discurso do Nunes na fase eleitoral. Mas eles já ressaltavam que não haveria condições imediatas de uma iniciativa assim, mesma opinião da direção da LNB. E você mesmo ressaltou isso no seu post.
Minha opinião é que o Campeonato Nacional não pode ser abandonado, tem que ser realizado mesmo que não nos moldes adequados, como estes concentrados nos times paulistas, um verdadeiro paulista "turbinado". Mas acho que a CBB poderia investir paralelamente em pólos regionais, como você sugere. Os frutos desse investimento poderiam ser revertidos ao Nacional nos anos vindouros, formando um campeonato descentralizado.
Abraços!
TB acho que está começando errado! Na situação que o basquete feminino se encontra, sem dinheiro e com nível técnico abaixo da crítica, não adianta continuar assim. O que deveria ser feito é procurar clubes e times interessados em todo o país e dividir fatias do bolo para eles. Tenho certeza que há muitas agremiações interessadas, que só precisam de ajuda financeira! É hora de agregar!!!
Infelizmente, e espero estar muito errado, não vejo na CBB preocupação com essa expansão do nosso basquete para outros estados fora São Paulo. Ainda mais com a influência do presidente da FPB na Conferderação.
É triste ver isso. Mas se pensarmos bem, o próprio basquete masculino nao é muito diferente. É uma pena, quem se destaca na base no norte e nordeste do país ou vai pra Sao Paulo ou exterior ou simplesmente nao joga mais basquete. Espero ansiosamente pelo dia em que as dimensoes continentais do nosso páis nao sejam mais um problema, mas uma grande vantagem para o nosso esporte. No entanto, para isso deve-se comecar um trabalho sério, desde a escola até os dirigentes e técnicos de formacao nos clubes, PÔ.
eu gostaria muito de saber quantos clubes disputam a liga nacional de voleibol masculino e feminino.Quem chega na final.No feminino penso que por 4 anos seguidos só existiam o rexona e o finasa.Ora vamos parar de só fazer criticas ao basquete feminino. E. olha que o dinheiro no volei rola solto, quem será que está sempre por traz disso?
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