segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Muito prazer, Izabella Sangalli

Alta para os padrões normais de uma menina de dez anos de idade, Izabella Sangalli foi procurar uma quadra de vôlei . Entrou e perguntou se poderia treinar, mas teve que voltar para casa pensando em outro esporte pois não havia sido aceita devido à idade. Conversou com a mãe, a ex-jogadora de basquete Tânia, e decidiu tentar a sorte no projeto da sua cidade natal (Americana). De lá para cá, Izabella, cujos dois irmãos (um menino e uma menina) também atuam nas categorias de base de Americana, ganhou altura (agora tem 1,78m), uma maturidade incomum (em nossas conversas pelo MSN, o número de livros lidos e filmes vistos que ela cita chega a assustar) e passou a ser uma das maiores esperanças da modalidade. Na semana passada, a educada e carinhosa Iza, como é conhecida, voltou do Uruguai com o bicampeonato do Sul-Americano Sub-15, e o Bala na Cesta foi conversar com ela.

BALA NA CESTA: Como foi o Sul-Americano do Uruguai, em que você se tornou bicampeã e ainda abocanhou o troféu de MVP?
IZABELLA SANGALLI: O campeonato foi disputado por bons times, exigindo o nosso melhor em todos os jogos (não tivemos vitória fácil). Foi bom também porque o time estava bem entrosado e conseguimos usar as qualidades de todas para vencer. E no troféu que ganhei tem um pouco de tudo, das meninas do time, do meu clube, dos técnicos e de todos que sempre me apóiam.

-- Você teve ótimas médias de pontos (14), rebotes (8,5), tocos (1,2) e roubadas (3,4), o que faz com que as pessoas que não viram os jogos tenham a percepção de que você é uma atleta completa. Passa por aí mesmo a sua idéia de basquete?
-- Bom, para ser uma boa atleta tenho que tentar ser o mais completa possível, então, sim, eu acho que o basquete é bonito por causa de todos os fundamentos, e sempre vou tentar ir bem neles.

-- De todo modo, seu aproveitamento nos arremessos de três pontos (15,4%) não foi dos melhores. Os tiros longos são seu maior ponto a melhorar?
-- São, os arremessos de três são muito importantes, e meu aproveitamento baixo mostra que tenho que melhorar - sem contar alguns passes, dribles... um pouco de tudo.

-- Nas duas seleções em que você foi campeã, sua técnica foi a Janeth, uma lenda viva do basquete nacional. O que ela te passa de mais importante, e como é ter um ídolo à beira da quadra dando instrução para você?
-- Ela sempre nos incentiva a querer mais, a dar o nosso melhor, a ter raça, vontade, muita determinação e união. É interessante saber que sua técnica já conseguiu títulos muito importantes e que agora está passando o seu conhecimento para nós. Sempre que estou na seleção tento aproveitar ao máximo para aprender mais, porque além de tudo ela pode nos ajudar a chegar lá também nos ensinando o que ela sabe.

-- Já parou para pensar que em 2016 você terá 21 anos, e que poderá fazer a sua estreia em competições internacionais pela seleção adulta nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro? Isso passa pela sua cabeça?
-- Sim, gostaria muito de representar o meu país em uma Olimpíada, ainda mais sendo no próprio Brasil. Seria um sonho se realizando, mas o caminho é muito longo. Serei muito jovem ainda e haverá muitas meninas excelentes também - e com mais experiência. Mas vou me dedicar, para quem sabe, conseguir chegar lá.

-- Se você conseguisse descrever o mundo ideal para a sua carreira dentro de cinco anos, como ele seria?
-- Teria que ter um incentivo maior ao basquete e ao esporte no país, pois é a base para qualquer carreira de um atleta. Mas pessoalmente falando, gostaria de estar bem em meu clube, e já na seleção brasileira. Outra coisa que eu gostaria muito é de estar na WNBA. Sei que com 21 anos será complicado, porque ainda serei muito nova, mas algum dia eu quero chegar lá.

BATE BOLA
Uma palavra que amo:
Basquete
Uma palavra que odeio: Provas
Minha maior virtude dentro de quadra: Determinação
Um ponto que tenho que melhorar em quadra: TODOS
Uma qualidade fora da quadra: Responsável
Um defeito: Teimosa
Uma mania: Organização
Um sonho: Ser uma jogadora profissional
Uma cidade: Americana
Um ídolo: Michael Jordan
Um lugar: Las Vegas
Uma comida: Lasanha
Um livro: “Eu sou o mensageiro”
Um filme: Harry Potter
Uma música: Do lado de cá (Chimarruts)
Um(a) amigo(a): Minha mãe (Tânia)
Uma bola que chutei e caiu: Em 2009, no jogo contra São José, acertei uma pouco depois do meio da quadra
Um momento triste: Morte do meu avô
Um momento feliz: Campeã Paulista 2010 e Sul-americana
Um(a) técnico(a): Anne de Freitas Sabatini (sua técnica desde os dez anos)
Uma frase: “Eu sou o senhor do meu destino, eu sou o capitão da minha alma” - Nelson Mandela

10 comentários:

Anônimo disse...

Essa menina eh tudo de bom!! com certeza será uma grande atleta. Parece cedo falar assim, mas quem a conhece sabe do que estou falando. Iza, continue sendo essa menina amável com todos e consciente do que vc quer...

Anônimo disse...

Bala..no site da Federação Gaúcha tem uma matéria bem interessante com o Rubem Magnano quando ele esteve no Brasileiro Sub 17...vale a pena..abçs Júlio

Anônimo disse...

edu
muito legal bala!
a menina parece ser muito madura, e já vi jogando em americana. muito talentosa.

parabéns iza. e sucesso

Leo dinov disse...

Aeeeeeeeeeeee Iza.....Abraços do seu PERSONAL FÃ hahahahhaha
Bela entrevista Bala....
Abrasssssssssssss

Anônimo disse...

grande entrevista, grande menina

tudo de bom, iza! você merece.

sandra

Anônimo disse...

vou me mudar pra americana,so tem menina bonita

Anônimo disse...

A Iza é talentosa, determinada, carismática, bonita e inteligente, tem tudo para se tornar um grande ídolo do nosso esporte.

Vamos torcer desde já!!!

Unknown disse...

e isso ai tem q ter vontade pra siguir em frente e vencer todos os nossos obistaculos um abraço alanzinho d belém do para jogo basket e gosto muito

Anônimo disse...

Fábio, vc saberia me dizer quais atletas foram convocadas para a seleção paulista, visando o campeonato brasileiro, com início em 13 de dezembro?

fábio balassiano disse...

Ainda não tenho essa info (site da cbb não informa)

Abs, Fábio