terça-feira, 23 de novembro de 2010

A paixão que move essa gente

No dia 21 de abril de 1998, a então juvenil Sandra Leão (20 anos - na foto) e Borracha (assistente-técnico) entravam no ginásio do Tijuca para a final do Nacional daquele ano. Com tricolores saindo pelo ladrão (eu estava lá), o Fluminense venceria o BCN por 101-92 (com 32 pontos de Silvinha e outros 26 da musa Vedrana) para se sagrar o primeiro campeão do torneio da CBB.

Doze anos se passaram, e a agora veterana Leão (fazendo seu segundo jogo pela Mangueira) e Borracha (técnico de São Caetano) novamente se encontraram na quadra do Tijuca - e para um jogo bem diferente. Um duelo feio (apenas uma jogadora, Jaqueline, passou dos dez pontos), cheio de erros (38 de fundamento e 24 lances-livres desperdiçados), mas pra lá de emocionante. E como bem notou Rodrigo Alves, que estava ao meu lado, com o ginásio recebendo um público razoável (cerca de 400 pessoas para uma segunda-feira às 21h - e com TV exibindo - é bom demais!) e delirando com a vitória das cariocas por 61-55 (olho em Isabela Ramona, da Mangueira, que tem uma postura defensiva sensacional!).

Após a partida, falei com Leão a respeito dos dois cenários (o de 1998, e o desta segunda-feira). Ela me confessou que na entrada do ginásio chegou a lembrar do fato, e que quando acabou o jogo, as lágrimas que vieram foram justamente devido à memória das duas situações tão distintas. Lágrimas de quem ainda acredita que o basquete feminino nacional será valorizado como essas guerreiras merecem. Sem saber o que move essa gente, dei um abraço em Leão e desejei sorte às meninas.

Elas merecem demais.

26 comentários:

Anônimo disse...

belíssimo texto
emocionante

parabèns pras menians q ainda acreditam!

Anônimo disse...

Mangueiraaaaaaa!!
Mereceram mtoo, guerreiras demais!!
Sorte pra elas!
abrçs!

Anônimo disse...

UM DOS PIORES JOGOS QUE ASSISTI NA VIDA...DEPRIMENTE...E ASSIM É O BASQUETE FEMININO ATUAL..

Basquete Brasil disse...

Fabio, seus textos se aprimoram a cada dia, e é prazeiroso lê-los. Bom trabalho. Um abraço, Paulo Murilo.

Anônimo disse...

pq sempre tem um idiota pra falar mal??

Anônimo disse...

Vim aqui justamente pra comentar sobre a parte defensiva da Ramona
e como voce frisou, que postura!!!
Precisa ainda ser lapidada, foi um pouco afoita em alguns momentos, e precisa melhorar a parte ofensiva, o que nao deve ser muito dificil pois ele tem apenas 16 anos. Abre o olho CBB.
Belo texto Fábio.
Parabéns.

Victor Dames disse...

Será que esses ingredientes também não conferiram um certo nervosismo as jogadoras também? Não é desculpa, claro, mas há tempos o descontrole emocional é uma tônica na categoria feminina, tanto nos clubes quanto na seleção. Público, tv transmitindo, último jogo do time em casa no turno... Sei lá, a Bruna de Mangueira, por exemplo, vinha com mais de 15 pontos de média, ficou hoje num 1/10 nos arremessos, com 9 pontos no jogo...

É só uma observação, talvez nem tão pertinente assim. Mas concordo, foi um jogão, emocionalmente falando...

Abraços!

Dr. Paulo Marçal disse...

Belo post. Um dos melhores que li esse ano sobre basquete. O texto curto e o tom melancólico refletem o estado de espírito do basquete feminino no Brasil.

Márcio-33 disse...

Estive no jogo de 1998 e só de lembrar arrepia, só vi coisa igual em Franca. Era uma fase fantástica do feminino lembro que as jogadoras preferiam ficar por aqui a se aventurar fora do pais e por isso eram valorizadas financeiramente. É triste ver onde agente foi parar e eu posso até imaginar o que passou pela cabeça da Sandra Leão "13 anos se passaram e eu aqui dando murro em ponta de faca"! espero que com esse recomeço do feminino as meninas encontrem um cenário melhor daqui a 13 anos!

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto Fabio. Eu tembém estava no tijuca naquele jogo histórico em 1998, uma das melhores finais que já vi. Fluminense jogava com: Jaqueline, Silvinha, Vedrana, Vick Bullet e Marta Sobral, Técnico Vendramini. BCN/Osasco: Claudinha, Helena, Albena, Ruth, Técnica Maria Helena, com 2 elencos desse na mão dos 2 melhores técnicos do Brasil só podia ser um jogaço.

Flavia Bueno disse...

Muito legal o seu texto, fico muito feliz de ver que ainda há pessoas que acreditam no basquete feminino, como eu, você e as meninas. É muito importante o que você faz nesse blog, não podemos desistir e mostrar que o esporte, independente da modalidade, é importante para a nossa sociedade.

fábio balassiano disse...

valeu, pessoal, valeu pela força.
agradeço imensamente.

legal que vocês entenderam o espírito do texto. e viva a leão, a ramona, e essas meninas guerreiras!

Abs, Fábio

Anônimo disse...

Com uma boa assessoria de marketing e mais alguns reforços para o time (bastaria trazer de volta as atletas formadas no projeto) os jogos da Mangueira poderiam ser transformados em verdadeiros espetáculos para o público.

O potencial para ações de promoção do basquete feminino no Rio de Janeiro é fantástico.

Abre o olho CBB e LBF!

Anônimo disse...

Pioor jogo que eu assisti! quantos erros meu Deus, bolas precepitadas, quantas cestas de 3 desperdiçadas pela Mangueira

Anônimo disse...

Foi um jogo muito nervoso, com muitos erros, mas também foi equilibrado, com as meninas jogando com muita vontade, foi emocionante, por isso agradou a maioria dos que assitiram.

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto....mas não podemos deixar de registrar o festival de horrores que foram os últimos 2 minutos de partida...

Anônimo disse...

Bala excelente texto. Realmente emocionante. Pena que em alguns momentos foram horriveis.

Anônimo disse...

Bala excelente texto. Realmente emocionante. Pena que em alguns momentos foram horriveis.

Anônimo disse...

Meu deus, ontem assisti o jogo entre mangueira e são caetano, e tive a clara visão de como anda mal da s pernas o basquete brasiliro.
Assisti a um horror show. não sabia se era boxe, ou qualqur outra coisa, menos basquete.
Uma coisa era certa, a garra, a determinação e a vontade de vencer era visível em ambas equipes.
Mas e a técnica meus deus, aonde ela anda?
Tudo bem as as duas equipes são jovens, e inexperientes, mas, izabela errar 4 lances livres seguidos a menos de 1 minutos para acabar o jogo, e concretar a derrota da sua euipe, é uma surpesa. Apesar de nova, ela á bastante experiente.
As equipes são precipitadíssimas, e como disse ontem o cometarista, não valorizam a posse de bola, chegam e aremessam de qualquer jeito. Um horror!
Mas valeu pela garra, o time da mangueira vem surpreendendo, com a experiente Leão, que dá um gás a mais para a equipe.
E que as duas equipes possam evoluir durante o campeonato. SORTE!
E ficaremos de olho na milena, acho que é isso. 18 anos, 1,91 uma baita jogadora. Tem o estilo de jogo da Érika, mas tá bem crua ainda. Tem de sr trabalhada com atenção, hein guilherme.

Glauco Nascimento disse...

REalmente Bala, o jogo valeu mais pela luta delas do que pelo nível técnico! Quem estava lá deve ter adorado ver a equipe carioca saindo com a vitória. Assisti ao jogo de casa e, assim como vc e Rodrigo, se maravilharam com a atuação de Ramona! Ver a SPORTV falando um pouco dos projetos da Mangueira tbm foi bom. Ver no final do jogo Gulherme Voz, Samuel e o presidente da FBERJ comemorando deu pra notar que não foi só uma vitória pra Mangueira, mas uma vitória pro Rio!! Pena só ter uma equipe carioca disputando a liga!

Parabens pela matéria!!
Abraço!

Torcedor de longe... disse...

O time da Mangueira não é profissional,ninguem vive exclusivamente de basquete,treina dois periodos ou tema academia no clube

Foi nitida a felicidade de quem tenta manter vivo o basquete feminino mesmo com um nivel tecnico não tão bom qto gostariamos

As atletas são jovens e tem talento para viverem do basquete mas não é isso que acontece agora

Parabens as duas equipes que conseguem manter em atividade, atletas recem formadas e muitas ainda em formação, como Monica, Leidi, Ramona

Recentemente o Flamengo fez um jogo horroroso contra o Guarani, para fugir do rebaixamento e nem por isso a torcida deixou de assitir na tv, lotar o estadio e ao terminar, vibrar como numa conquista de campeonato mas não faltou disposição e empenho

Esporte tbm é paixão e tem espaço nese cenário para um time como a Mangueira, tentar melhorar sua qualidade tecnica mas deu gosto de ver um time guerreiro e vibrante como bem conheço o jeito do seu treinador

Melhores dias virão para o basquete feminino, estamos todos torcendo por isso

Anônimo disse...

Realmente este jogo da Mangueira contra São Caetano abriu o que se espera seja uma nova fase no basquete feminino. O agradecimento do Guilherme Vos no final agradecendo as pessoas da comunidade que ajudavam pegando as bolas, o envolvimento da comunidade enfim traça um panorama novo e dá vontade enorme de ajudar o basquete de base. A Isabela Ramona foi uma gratíssima supresa( é da geração de 94), e marcou com uma agressividade que raramente se vê no basquete brasileiro. O Guilherme não sei se voluntariamente ou não abriu com um time baixo e veterano e aí deu a vez a garotada apresentando além da Isabela uma bela dupla de jovens pivôs além da Ramona. Além disso acho que devemos prestar atenção na Ivana que tem uma ótima condução de bola e um corte para dentro e bandeja que não se vê mais no basquete feminino brasileiro. E tem 22/23anos!

Anônimo disse...

FABINHO

PARABÉNS,SAMUEL,GUILHERME E TORCIDA CARIOCA.QUIZERA QUE TIVESEMOS MAIS PROJETOS COMO ESTE NO RIO DE JANEIRO,POTENCIAL DE JOGADORAS EXISTE,MAS A POLITICA ESPORTIVA,MAS O COB,MAS A CBB...
VAMOS AO JOGO,IZABELA JÁ ESTA CIRCULANDO EM SELEÇÕES BRASILEIRAS DESDE A BASE,E ATÉ AGORA NADA!JAQUELINE iDEM!O BORRACHA DESDE QUE ESTA EN S.CAETANO,NADA DE NADA,É OUTRO QUE SÕ SERVIU PARA A.TECNICO.
ESTE É O RETRATO DO BF BRASILEIRO,COM ESTA FRACASSADA,RIDICULA,ARROGANTE FIGURA HORTENCIA,E SUA TROUPE,CARLOS NUNES,ANDRÉ ALVES,L.FELIPE,PAULO VILAS BOAS,WANDERLEI,E O CHEFE DA INCOMPETENCIA MÓR BRUNORO,O ÍNSIPIDO,INCOLOR,INODORO!
OLHA SÓ NO TEMPO DO GREGO NÃO TINHA TANTA GENTE PARA CRITICAR ERA SÓ ELE E O MANTEIGA,AGORA QUE TIMAÇO!!!

Anônimo disse...

Hortência fracassada? hahahahah

Cada uma que se lê por aqui!!!

Anônimo disse...

A Ivana é uma armadora excepcionalmente habilidosa, a Camila e Bruna são boas alas também, o restante do elenco é jovem e muito promissor. O basquete carioca está mostrando sua força, agora imaginem a Mangueira reforçada com as cariocas que jogam em São Paulo: Micaela, Karina Jacob, Clarissa, mais a Joice para dar o mesmo gas da Ramona no time.
Jogaríamos de igual para igual com os grandes paulistas.

Viva o basquete carioca!!!

Anônimo disse...

" Aos 16, ela mandou mal no ataque e errou seus quatro arremessos, mas foi o motor de uma marcação por pressão que sufocou São Caetano no segundo tempo. E isso aí não aparece nas estatísticas. "

Texto de Rodrigo Alves.

Vcs fazem textos (criticas) muitas vezes olhando as estatísticas.