Acho que pelo número de comentários dá para sentir o que foi a decisão da Copa América masculina, né? Depois de um começo vacilante, a seleção brasileira protagonizou (arrisco-me a dizer) uma das maiores atuações de um time nacional de rapazes (em todas as categorias!) nos últimos anos (desde o Pan-87?). Perdeu, por 81-78 (com chance de empatar no último arremesso!), é verdade, mas perdeu para uma seleção americana cujos valores individuais são considerados os melhores das últimas gerações do país (Irving e Rivers, com 40 pontos somados, deverão ser top-5 nos Drafts da NBA dos próximos anos). E não tem muito mais a ser dito, tem? Tem, tem sim. Vamos em tópicos.-- O que Walter Roese fez com este time é extraordinário, sublime, fantástico. O time foi organizado, corajoso, atrevido... Deu gosto de ver. Apenas 13 bolas perdidas (seis no primeiro período), 8/21 dos três pontos (71 tentadas de dois pontos) e quatro atletas em dígitos-duplos. Queríamos um time "moderno"? Temos um técnico antenado, e um time moderno então!

-- Lucas Bebê (foto à direita) parecia um veterano no meio de meninos de 18 anos. O pivô, pouco acionado no final da partida (uma pena!), terminou com anormais 22 pontos, 14 rebotes, três tocos e uma fúria defensiva assustadora. Os olheiros da NBA devem ter adorado...
-- Raulzinho errou demais (5), mas foi ele quem impulsionou a reação brasileira no final. Terminou com 11 pontos, mas sua atuação foi melhor do que isso. Temos um armador para os próximos dez anos. É rápido, tem ótimo corte, cadencia bem a partida e um arremesso promissor. Olho nele!
-- Felipe Vezaro (foto à esquerda) pode ser o ala que tanto desejamos há séculos. Seguro, sem forçar arremessos, forte e decidido, ele fechou a decisão com 17 pontos e uma pontaria ótima.-- Vale destacar a atuação de Gabriel Aguirre também. Apagado até então no torneio, somou 11 pontos e três rebotes. Foi muito bem na marcação!
Na boa, eu sei que o post pode ser exagerado, que devemos ter calma com os meninos que no próximo ano disputam o Mundial da categoria, mas o que vimos hoje foi espetacular. Uma seleção aguerrida, atrevida, "raçuda" mesmo, e sobretudo com todos os predicados técnicos e táticos dos grandes times. Que eles continuem assim. Nesta noite, deu orgulho de ver uma seleção brasileira em quadra!

















Atual campeão da WNBA, o Phoenix Mercury vive uma crise de identidade na temporada 2010. Apesar de estar na terceira colocação do Oeste, a campanha com oito derrotas em 13 jogos não é boa e não é digna de um time vencedor. A razão para isso ter acontecido tem nome, sobrenome e número: Cappie Pondexter, a camisa 23 que levou a franquia a dois títulos, não está mais lá.

Quem também brilhou foi o time de Tarallo. A seleção feminina sub-18 superou a falta de pontaria dos três pontos (5/25) e venceu o Canadá por 50-49 depois de um quarto período brilhante (22-9) para chegar à decisão da Copa América contra os EUA (a vaga ao Mundial já havia sido garantida). A final será neste domingo.









Noves fora a eliminação da Itália na Copa, o assunto esportivo que mais me chamou a atenção nesta semana foi a vitória de John Isner sobre Nicolas Mahut no torneio de Wimbledon. Explico: foram absurdas 11 horas e cinco minutos de uma partida que precisou de três dias para ser completada.







Eu não sei exatamente o que se passa na cabeça dos técnicos da NBA, mas é muito estranho que um sistema ofensivo que rendeu 11 títulos no últimos 20 anos seja praticamente ignorado pelas franquias da liga. No Brasil, o mesmo raciocínio se aplica, obviamente.




