quarta-feira, 25 de março de 2009

Plim Plim

Fiquei sabendo no sábado, da boca do próprio Wlamir Marques. No domingo consultei o Kouros, presidente da LNB, que negou veementemente que o veto ocorrera. Preferi não divulgar portanto. Mas agora, em texto do Orkut republicado no Draft Brasil, vejo as palavras de Wlamir. E aí não há o que mais esconder.

É absolutamente ridículo que a Rede Globo tenha vetado a participação de Wlamir como jurado no torneio de enterradas do NBB no último domingo (só porque ele é comentarista da ESPN-Brasil, rapaziada!). Gosto da análise raivosa de Guilherme, no mesmo site, e sinceramente não consigo entender algumas coisas: não era a TV Globo que dizia querer "ajudar o basquete neste momento de reconstrução"?; não era a TV Globo que, em seus programas jornalísticos de cunho absolutamente duvidosos, diz que devemos preservar os ídolos deste país?

Agora, vamos combinar: o maior dos equivocados é a LNB, que vende os direitos de transmissão à emissora, e também a alma, esquecendo-se dos valores básicos e daquilo que Wlamir fez pela modalidade. Até onde sei, "direitos de transmissão" permitem que um canal de TV exiba um evento. Não que o tome como seu, e decida os rumos de tudo - desde horários das partidas, ações de marketing, jurados.

Ah, e Wlamir Marques não precisa de solidariedade, na boa. Não será a Rede Globo que aumentará, ou diminuirá, suas conquistas.

18 comentários:

Anônimo disse...

O Basquete do Brasil estava MORTO - sem interesse nenhum das tv´s abertas (Band, Rede TV, SBT nunca se interessaram por transmitir) - só tendo cobertura das tv´s fechadas (o que é insignificante, seja sportv, seja ESPN) - e vem a Globo dando uma cobertura decente no campeonato.

Qual deveria ser a reação do público do basquete?
Alegria. Afinal, a maior emissora do país comprou um produto sem valor algum, pra faze-lo cresecer.

Mas no basquete tudo é o contrário.

Pelo amor de Deus, esse fato sem dúvida foi chato e mal-educado, mas não é pra levantar uma teoria da conspiração.

VAMOS APOIAR O BASQUETE!!!!! Chega de perder tempo com besteira.

obs: hj no globoesporte local mostrou aqui em Aracaju um grupo de garotos jogando basquete e eles disseram que estavam incentivados pela criação da nbb.

Falhas ocorrem, e muitas, mão não pra fazer uma tempestade em copo d´água.

Anônimo disse...

e quem ta falando aqui não é nenhum alienado não. muito ao contrário.

O que eu quero dizer é que temos que ser RAZOÁVEIS.

Na vida vc aprende que tudo tem o seu ÒNUS E BÔNUS.

Quando o bônus é maior ta valendo a pena. E é o que ta acontecendo na parceria nbb e globo.

fábio balassiano disse...

como é que é, leo?
quando o bônus supera o ônus você esquece de seus valores e de suas "certezas"?
não concordo com isso não, rapaz...

abraços, fábio

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Meu Deus .... ler isso aí é de doer.

Não precisa nem comentar ...


Enfim, da Globo se espera tudo .. principalmente as coisas mais ridiculas.


Mas, o MUNDO DO BASQUETEBOL está feliz uma vez que apareceu 10 minutos em um domingo qualquer ... quanta ignorância e como deve ser triste viver de esmolas da Globo, como está ..

É estamos no fundo do poço e cavando para ir um pouco além ...

Anônimo disse...

Mas Fábio que valor?

Substituir uma pessoa que vai dar uma nota em umas enterradas vai contra que valores?

Gratidão ao mestre Wlamir?

Fou um gesto mal educado, dispensável, mas nada mais do que isso.

E quero deixar claro que sou fã de Wlamir e tenho o maior respeito por ele. E gratidão.

Eu só não acho que por causa desse fato vale a pena dizer que a "liga vendeu a alma", transformando a questão como se fosse uma luta entre o "bem" e o "mal".

é ´so a minha opinião.

E digo: A NBB precisa muito mais da Globo do que o inverso. Negar isso é não encarar a verdade.

fábio balassiano disse...

eu não discuto o valor da globo, leo. eu, inclusive, sou um dos poucos que reconhece o valor da nave mãe. é só ler os meus comentários aqui. o lauria, do draft brasil e que deve estar lendo tudo isso aqui,fica maluco comigo quando defendo a rede globo.

mas o que ela fez é ridículo. você não pode imaginar o que seria, para um iniciante, saber quem foi o wlamir marques. nem que fosse como jurado.

a audiência estimada do jogo das estrelas seria um grande prêmio a memória deste grande esportista. mas a globo preferiu relegá-lo.
é uma coisa muito baixa ao meu ver.

abraços, fábio

Anônimo disse...

Que nem eu disse Fábio, foi um gesto mal educado.

Mas com certeza isso partiu de um burocrata que não entende nada de basquete que associou a imagem dele com a da ESPN.

Ai quer dizer, desqualificar uma empresa por um ato de um gestor despreparado - que tenho certeza que nem fez de má-fé (ele não deve ter idéia do que significaria aquilo) - eu acho um pouco demais.

Eu fico é com pena do Kouros (que nem conheço é bom que se diga) que deve ter ralado um monte pra fechar uma parceira difícil como essa e só recebe pancada, hehehehe.

Abraço.

Anônimo disse...

A Globo censurou a participação do cara.

Anônimo disse...

Estao armando uma grande jogada!!!,e o "ingenuo" Wlamir escreveu uma carta aberta a todos e diz que nao tem problema, nao esta chateado, por que nao falou na cara do Kourus?Ele sabe muito bem que o mundo da tv é assim.Seria a mesma coisa que convidar o Oscar que esta na Record.
Por que fez uma carta aberta?
O pessoal do outro canal deve estar dando risada desta polemica lançada por eles.
O wlamir vive no mundo da TV, deveria ter declinado o convite, pois so criticou o pessoal da LNB no sabado, inclusive desvalorizando o titulo do Flamengo na cara dura.
Vamos parar de ser pau mandado e vamos ajudar a melhorar o basquete brasileiro.

Anônimo disse...

De fato, Fábio. O Wlamir não precisa de solidariedade. Homenagens não são necessárias para que se ateste sua importância. Ele simplesmente é fundamental para o esporte pelo que fez e segue sendo pelo que diz. O que fica do episódio é que não resta claro, ao menos para mim, que ao se acertar com a Globo, o basquete brasileiro não buscou uma parceira que lhe ajudasse na sua reconstrução, mas sim um ente que o "salvasse", submetendo-se assim a todos os interesses da emissora. Desse modo, me parece que a "revolução" ocorrida nesse ano se assemelha à revolução cubana: saímos de uma ditadura para os braços de outra.

Anônimo disse...

A Globo fez o que sempre faz e fará enquanto for encarada como o poder supremo: exerceu esse poder que a audiência lhe dá, definindo quem para ela seria melhor aparecer na telinha, independente da representatividade que se tenha no meio do basquete. Se a Globo joga com os horários até mesmo do futebol, marcando as partidas para depois da novela, alguém se espanta com o veto ao Wlamir? É um absurdo? É lógico que é, é um disparate brutal, uma ofensa ao esporte. Mas discordo da afirmação de que o maior dos equivocados seja a LNB. É uma ingenuidade se achar que vai se negociar com a Globo e vai se fazer tudo como se quer fazer. É óbvio que o Kouros quando fechou esse negócio, sabia que teria que engolir uma penca de sapos. E esse foi um sapão que vai ter que se digerir. E se quiser se contar com a Globo, outros batráqueos virão, é ela quem dita as regras, essa é a realidade nua e crua. Mas a crítica, o pau, é na Globo. A LNB fez o seu papel, e não deve ter sido fácil botar a Globo transmitindo basquete. Isso é mérito para a LNB! Desanquemos pois com a Globo, que exerceu o seu habitual atributo de ser nojenta. Mas mesmo assim levou o basquete a milhões de pessoas. Essa parte é mérito da LNB.
Um abraço
Igor

Anônimo disse...

Fabio, o gesto não foi educado e isso eu concordo.

Mas não é justo questionar as normas de uma empresa que está pagando a conta. Se o Wlamir trabalha em uma empresa concorrente é direito da Globo não querer que ele participe de um produto em que ela é a maior parceira.

E nesse ponto, sou a favor de quem vetou, pois o grande problema no Brasil é sermos permissivos demais (famoso jeitinho).

Hoje seria o Wlamir com suas glorias e merecimento.
Mas quem seria amanhã?
E com qual argumento essa outra pessoa seria vetada?
Ou ainda e se o Wlamir for pra Rede Record e quiser ser jurado no ano que vem, como veta-lo?

Enfim, na minha opinião, algum executivo somente seguiu a regra de empresa que ele trabalha.

Mesmo sendo um gesto horrivel e mal educado.

Abs

Alexandre Reis

fábio balassiano disse...

Peraí, galera, acho que a questão está sendo desvirtuada e lida de forma incorreta.

A lógica está sendo invertida. O Wlamir nao é comentarista da espn-brasil e bicampeão do mundo. Ele é bicampeão do mundo e, por isso, comentarista.

tratá-lo como um comentarista, apenas, é, aí sim, diminuir seus feitos. uma coisa não tem nd a ver com a outra.

o magic johnson comenta jogos na espn e nem por isso deixa de aparecer na abc, cbs ou hbo americana. O Jeff Van Gundy comenta na ESPN, assina crônicas no NY Times e dá palestra aos jornalistas da CBS...

é só uma questão de "perpetuação da memória esportiva", algo que a globo diz que adora fazer.

na prática, porém, negócios são negócios. isso, ao meu ver, merece ser criticado, mesmo que se trate de uma diretriz da emissora.

abraços, fábio

Anônimo disse...

o pior de tudo será que a globo pagou a conta do evento jogo das estrelas sozinha ou teve mais patrocinadores?... outra coisa agora está proibido trabalhar em outra empresa de comunicação, se árbitros, mesários, estatisticos e representantes trabalharem em outra empresa de comunicação não vão poder trabalhar nos jogos da NBB, como fica Sr. Kouros? (O mais duro é que a ação é apenas um sintoma do quão entregue está o nosso esporte à poderosa emissora - as lamentáveis respostas às boas perguntas de Fábio Balassiano em seu blog mostram o quanto a concepção servil de Kouros o incapacita de olhar para além do contrato de vassalagem que a modalidade que amamos estabeleceu com a Globo.)....abraços

Anônimo disse...

Fabio, agora entendi o seu ponto de vista e respeito, mas continuo não concordando com a excessão. Regra é Regra.

Eu tb odeio quando ela (Globo) chama o time pelo nome da cidade ao invés de chamar pelo nome do patrocinador.
Fico puto quando ela chama as equipes de F1 de RBR e STR ao inves do nome correto.
Mas são fatos que devem ser discutidos na assinatura dos contratos, justamente quando ela impõe todo seu poder.

Quanto aos exemplos americanos, é simples assim: Cultura diferente, empresas diferentes e respeito ao esporte.

Abs e continue assim, pois mesmo comentando pouco estou sempre por aqui.

Alexandre Reis

Anônimo disse...

Só pra complementar, deixarei uma pergunta:

O que seria da Rede Globo se ela desse mole aos nossos "HONESTOS" dirigentes?

Abs

Alexandre Reis

Anônimo disse...

Só há uma palavra para isso: baixaria. E baixaria não tem defesa nem argumento.