sexta-feira, 15 de maio de 2009

Um alto-falante e uma discussão

"A UNISUL, para manter uma equipe competitiva, aceitou reduzir o seu nome no uniforme dos atletas e até em placas publicitárias, e preferiu silenciar-se diante da decisão da emissora de televisão, exclusiva na retransmissão dos jogos, de omitir o seu nome na identificação da equipe. Além disso, de cinco jogos exibidos ao vivo em 2008, apenas um mereceu transmissão simultânea este ano na emissora aberta, o que contribuiu à desistência de patrocinadores, que não renovaram os seus contratos ou que propuseram a redução de valores para a nova temporada".

Esta é uma parte do comunicado da Unisul, time de vôlei masculino treinado por Giovane Gavio (foto) que fechou as portas essa semana (é o quarto caso no segundo esporte mais popular do país ao final da temporada). Parece clara a crítica da equipe à TV Globo e ao Sportv a respeito da falta de exposição dos seus patrocinadores. Mas a discussão pode, e deve, ser ampliada para todo o esporte brasileiro, e principalmente ao nosso basquete.

Por isso fica a pergunta, que rende uma boa e saudável discussão: até que ponto a LNB deve ficar refém da TV Globo, como apontou o presidente da Liga (Kouros) a este blog? Até que ponto, também, os patrocinadores investirão em uma modalidade até então desacreditada, se no maior momento de exposição as suas marcas são "esquecidas"? A caixinha é de vocês!

6 comentários:

Anônimo disse...

Bala, deixo uma pergunta para os amigos e pra UNISUL:

Quando na assinatura do Contrato, esse itens citados acima foram escondidos?

Quando querem grana eles assinam tudo e depois vem esse choro.

Tambem não concordo com diversos pontos em relação a TV Globo, mas não aceito reclamações de um contrato assinado, se não houve quebra do mesmo.

Abs

Alexandre Reis

Anônimo disse...

(Opa! Abrindo espaço para o volei agora, Sr Bala?)
É uma pena o término do contrato. Sabemos que a Tigre teria plenas condições de manter uma equipe em Joinville devencilhada da Unisul. Pobres dos torcedores do volei que agora terão que passar a se interessar pelas demais modalidades em alta na cidade - o Futsal, líder do campeonato nacional; e o basquete que vem crescendo a cada ano e por um triz não acabou a fase de classificação do NBB em terceiro.
Quanto a "omitir o seu nome (Unisul) na identificação da equipe"... Pô! Nem o noticiário local fala nome e sobrenome da equipe de basquete de Joinville, ou seja, o CISER-ARALDITE-UNIVILLE-JOINVILLE... E parece que tem mais apoiador/patrocinador por aí.
Na minha opinião, bastaria dizer "a equipe de Joinville", independente da modalidade, uma vez que se em todos os lances das partidas o locutor/narrador for cantar o nome de todos os patrocinadores do time, a transmissão viraria um pé no saco!

Eduardo.

fábio balassiano disse...

eduardo, acho que não passei bem a mensagem.
o objetivo do debate é passar o ocorrido no vôlei para o basquete.

o basquete sofre com o mesmo problema do vôlei, e tem menos grana!

abs, fábio

Pedro Trindade disse...

cara eu concordo com o Bala...

pensem pela lógica empresarial, qual o objetivo de uma empresa patrocinar/financiar o esporte se não a exibição de suas marcas ?

tem muita gente que ainda acha que a empresa entra nesse ramo porque ela é MUITO BOAZINHA ou porque ela ta MUITO PREOCUPADA com desenvolvimento do basquete (ou volei, ou hipismo ou cuspe em distância) no nosso pais....

isso é conversa do Galvão Bueno!! pelo amor de Deus amigos, tenhamos um pouco de noção do mundo real e do conto de fadas da Globo !!

Victor Dames disse...

Na minha humilde opinião, o Alexandre Reis acertou na mosca: ninguém reclama quando assina o contrato, só depois de ver os resultados.

Por acaso a UNISUL, ao assinar o contrato de patrocínio, questionou se o mesmo tinha ou não a assinatura da Globo, comprometendo-se a expor a marca da empresa, seja citando-a no nome do time, seja exibindo jogos da equipe? E se por acaso eles não tivessem chegado as fases finais, a exposição não seria ainda menor? Não há também um fator de risco envolvido?

A Globo pode ser um monte de coisas (boas e ruins), mas no fundo é uma empresa tanto quanto a UNISUL, ou qualquer outra que patrocine esporte. Só querem uma coisa: lucro. E dane-se o resto. O desenvolvimento de esporte é visto apenas como aprimoramento de produto...

Abraços!

Gabriel disse...

Fabio,realmente muito triste o rumo das coisas nesse momento,em relacao ao volei e ao basquete brasileiro.
Se existia uma equipe no Brasil que soube mobilizar uma cidade e uma instituicao,foi a UNISUL.Digo isso pois vi de perto o crescimento da equipe.Estudei na Universidade e morei em Palhoca (cidade sede) por 6 anos,antes de voltar a SP.Havia equipe de base,que viviam em um belo predio bancado pela faculdade,projeto social,com milhares de criancas frequentando o campus todos os dias e a festa com os torcedores nos jogos era garantida.Ates do surgimento da Cimed,os jogos eram mandados ginasio ocupado atualmente por Florianopolis.
Sempre encontrava com Giovane e a comissao circulando pela Universidade.Era muito estimulante a relacao estabelecida entre a a instituicao e os jovens,principalmente.
De qualquer forma,a UNISUL deve ser louvada pelas suas iniciativas.Alguem ja foi ao complexo aquatico construido por ela?Fantastico.
Uma pena mesmo,o volei e o esporte brasileiro perdem,e muito.