"A minha maneira de pensar é a seguinte: eu acho que Deus te dá o dom de você ser um jornalista e eu [para] ser uma jogadora de basquete, mas você tem que aprimorar esse dom. Não adianta nada ele te dar o dom e você, realmente, não aproveitar esse dom que ele te deu. Então, além desse dom, eu treino bastante para isso. É a mesma coisa que um diamante: você tem que lapidar para ele ficar bonito, senão não adianta. Então eu treino muito, eu adoro treinar, eu sou viciada em treinamento, adoro treinar! Eu acho que eu consegui isso que eu consegui hoje porque eu batalhei bastante para isso".
A resposta acima é de Hortência (não parece, mas é ela ali na foto), no Programa Roda Vida de 1987. A transcrição da entrevista completa encontra aqui. Vale a pena conferir. O papo é longo, mas bastante esclarecedor. Eu só fico pensando se existe, hoje em dia, essa fome de treinamento que a eterna Rainha retratou há quase 22 anos.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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4 comentários:
Não existe, infelizmente. E a Copa América, Fábio. Será que dessa vez vai?
Ainda existe sim fábio...Normalmente essa fome de treinamento acontece com atletas mais baixas. No Brasil as atletas altas jogam basquete porque são altas, iniciam a carreira esportiva quase que obrigadas. A Hortencia também era uma atleta baixinha, e se aparecesse hoje para o Basquetebol provavelmente seria podada pelos técnicos e não teria a minima chance...Técnicos de Basquete, principalmente nas categorias de base da CBB, buscam atletas nos moldes das encontradas na Europa. O problema é que na Europa o modo de seleção e triagem desses atletas é completamente diferente daqui. As "Hortencias" no Brasil acabam parando muito cedo, e percebendo que aquela "fome" de treino não adianta de nada. Olhe o Exemplo da Seleção feminina Sub-16...As atletas que jogam a mais tempo e possuem melhores condições para disputar acabam ficando de fora, perdendo o lugar pra atletas altas, mas que ainda precisam ser trabalhadas para atuarem em competições importantes. Porém acabam perdendo para um time de anãs do nosso pais vizinho por uma diferença grande de pontos!Tudo bem...Se o objetivo não for resultado imediato, vale o investimento, dando experiencias para essas jogadoras, porém não é oque acontece. Saimos daqui com discursos de classificação e voltamos cheios de disculpas.
Vamos dar mais chances aquelas atletas que tem patriotismo, "fome" de treino, e gana de vencer. Que assim como a Hortencia, joguem com raça e determinação!!
Leigo
Vale conferir a entrevista que ela deu para o Jô Soares.
Sinceramente, é incrível como a entrevista dela, concedida 22 anos atrás, é absurdamente atual:os mesmso temas esportivos, falta de preparação a médio/longo prazo, como não há investimento nas categorias de base,briga geração Wlamir x geração do Oscar, políticos brasileiros zombando do ovo (e Sarney sempre presente),etc.
A entrevista mostra que o Brasil em termos esportivos avançou pouco ou nada em 20 anos, e o basquete andou 10 km para trás, infelizmente!
Mas vamos a Copa América!!!!
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