quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Alto-falante

"No Mundial da República Tcheca (2010), quero que a seleção feminina tenha pelo menos metade de suas jogadoras com no máximo 24 anos de idade. A Espanha não pode viver só de suas veteranas. Talvez seja uma decisão arriscada a curto prazo, mas temos que dar oportunidades às jovens, porque não fazer isso poderia colocar em perigo o futuro destas (jovens) jogadoras"

A declaração é de José Luís Sáez, presidente da Federação Espanhola de Basquete ao site Encancha. Lá ele fala sobre a renovação forçada a que sua seleção feminina passará para os próximos anos - principalmente para não "matar" suas futuras gerações.

Por aqui, Paulo Bassul segue apostando em suas "balzaquianas" (Mamá, Chuca, Adrianinha...). O Bert também escreveu sobre isso, aliás. Talvez isso explique o tamanho da diferença entre o que se pensa e se faz sobre basquete, planejamento e cuidado com as categorias de base entre Brasil e Espanha. São dois mundos muito distantes, não?

6 comentários:

Anônimo disse...

A grande diferença é que as seleções espanholas estão ganhando os europeus de base e conseguindo medalhas nos mundiais e as nossas ou nem se classificam ou ficam fora dos 8 finalistas.
É fácil falar em renovação quando se tem vários talentos surgindo pela organização profissional que a federação espanhola teve na última década.
Não adianta o Bassul trocar jogadoras maduras que ainda estão atuando bem, somente para diminuir a média de idade da seleção, lançando meninas sem nenhum potencial para jogar internacionalmente.
Para renovar de verdade precisamos primeiro melhorar o trabalho na base e descobrir talentos que mereçam o investimento e possam realmente defender a seleção principal no futuro.
Temos pouquíssimas meninas com qualidade e potencial para isso atualmente.
Vejo o Bassul numa encruzilhada porque sabe que algumas das atletas hj na seleção são apenas medianas, mas olha para as gerações que estão subindo e não vê boas opções para ocupar este espaço.
Temos que sem mais racionais nas análises e deixar o coração de lado...
Se todas estas meninas (Clarissa, Izabela, Mariana) que são colocadas aqui como a solução para os nossos problemas fossem realmente boas assim, já teriam sido levadas por "olheiros" de grandes equipes européias ou estariam desequilibrando nos nossos combalidos campeonatos locais, e elas ainda não conseguiram nem uma coisa nem outra.

Anônimo disse...

Espanha corretíssima: primeiro se organizou e investiu vários anos para ter resultados nas seleções de base e agora quer forçar a renovação (o mesmo processo que passou o nosso volei).
Vocês querem que o Bassul caia na armadilha de fazer o oposto. Primeiro dê espaço para quem ainda não conseguiu nenhum resultado, só pelo fato de ser novinha e acham que isso vai motivá-las e aí ficarão boas de uma hora para outra.

Paulinho disse...

Enquanto a Espanha quer jogar com metade do time renovado no Campeonato Mundial, nós vamos jogar enfrentar adversários como Porto Rico, República Dominicana, Venezuela e Chile, com uma equipe formada por dez jogadoras veteranas e apenas duas abaixo dos 24 anos.

Que diferença de mentalidade, não?

Paulinho disse...

Alguém dúvida que a Espanha se tornará a 4.ª potência do basquete feminino mundial, nos próximos anos?


E o Brasil que há algum tempo ocupa essa posição, onde vai parar?

chicof disse...

Alias por pouco tempo, a Espanha no feminino está a um ponto atrás do Brasil.

Henrique disse...

Entendo mesmo a colocação de alguns.

E Bala - o nivel melhorou muito desde a sua chamada na moderação -


A Espanha se organizou para chegar neste ponto.

Aqui, nós nao conseguimos organizar a entidade, la dentro ... o que dirá massafica-lo e criar talentos.

Espanha de parabens e nos, remando pelo caminho mais dificil, como de costume.