domingo, 21 de dezembro de 2008

A arte da implosão

Ninguém desperdiça tanto os seus bons talentos como o basquete. Ninguém implode tanto as suas bases como o basquete. Por isso não é surpresa quando vemos que nenhum outro esporte caiu tanto quanto o basquete nos últimos 10, 15 anos. A demissão de Mila Rondon do comando das categorias de base de Americana, após 11 anos de um trabalho estupendo, merece uma reflexão, bem como a demissão de Paulo Bassul de Ourinhos. Ele, aliás, foi alçado a uma injusta fogueira após o (previsível e justificável) insucesso olímpico. Perdê-lo definitivamente, como alguns gostariam, seria péssimo para a modalidade, já que se trata de outro excepcional profissional.

Emmanuel Bomfim, Marcel de Souza (apesar dos seus funks), Ary Vidal, Maria Helena Cardoso, Vendramini, Waldir Boccardo, a própria Katia de Araujo (a descobridora de talentos de SP que preferiu largar a modalidade em busca de segurança profissional), Magic Paula, Amaury Pasos (na foto)... Enfim, nomes não faltam para essa lista.

O importante não é "se conformar" com suas ausências, mas desvendar o que os fez deixar o basquete de lado e tentar trazê-los de volta. Pedir isso a atual gestão da CBB parece loucura, mas é o mínimo que devemos esperar. Sem passado não há presente. Sem referências não há futuro. Sem ídolos o Basquete, com maiúscula, será, para sempre, este basquete que estamos vendo.

7 comentários:

Anônimo disse...

Katia de que? Pelo amor de Deus...Informe-se!

Não dá!

fábio balassiano disse...

é ela mesmo, anônimo.
pq o espanto?
abs, fábio

Anônimo disse...

Kátia, faz um trabalho excepcional, e esforçada e sempre estudou sobre o basquete, porém algumas pessoas não entendem que ela é um ser humano é tem defeitos...uma coisa (não justifica), mas a Kátia pela sua pouca idade já fez muita coisa pelo basquete do Brasil...
não sou nem de longe amigo dela, pelo contrário discordo de inúmeras coisas do seus trabalho, mas não sou burro nem cego para não perceber que algo de muito bom ela deve ter!!
abraços

Anônimo disse...

A Kátia largou a modalidade?

Ela não está dirigindo atualmente o projeto "Arremessando para o futuro" e a Universidade Anhembi Morumbi?

Abços,

fábio balassiano disse...

Mr. Hill, o Arremessando para o Futuro é uma ONG. E a Anhembi é um time universitário.
O basquete brasileiro tinha a obrigação de colocá-la em um clube. Todo mundo diz que ela transforma até uma porta em jogador de basquete.
mas tudo bem, fiquemos assim mesmo, né...

abs, fábio

Anônimo disse...

É, Fábio, concordo (em termos).

Na minha visão o sistema "clubístico" está mais do que falido. O "pulo-do-gato" que poderá ser dado pelo próximo presidente da CBB é apostar nos campeonatos escolares, colocar as escolas (públicas e particulares) para disputar festivais, torneios, ligas, e massificar a base, aumentando o campo de trabalho para os técnicos e o número de crianças disputando torneios de basquete. Essa coisa de mandar meia dúzia de talentos pro clube lapidar até os 14,15 anos eu acho pobre demais, pra um país continental como o nosso. Após concluir o colegial, aí sim,vai pra clube e universidade, mas antes disso pra q? Pra ser campeão paulista mini, mirim? Isso gera o quê? Pseudo-estrelas (Iziane) e jovens estafados com o basquete antes de completar 20 anos de idade... Basquete na escola, eu vejo um caminho por aí...

fábio balassiano disse...

Mr. Hill, essa sua sugestão seria perfeita, mas passa por uma formação escolar, e para isso o ministério do esporte deveria agir.
logo...
acho que o basquete precisa agir pelas próprias pernas, porque depender dessa gente (COB incluído) é duro demais.

abs, fábio