No contato com as meninas que foram às Olimpíadas, me surpreendi com uma suposta “frieza” sobre como seria ir aos Jogos. Não é frieza. É “natural” e profissional a parada. Como será jogar lá em Pequim, perguntava eu. “Legal, normal”, diziam. Não sei se feliz ou infelizmente, mas é assim que a maioria dos atletas lida quando seus corpo$ estão em jogo. Não temos um Manu Ginóbili por aqui. Não temos um Dirk Nowitzki. Não temos um Luis Scola.
Mesmo assim há alguns ruídos aí. Os atletas brasileiros, principalmente os da NBA (eu sei, Nenê teve câncer!), poderiam jogar aberto, explicar as suas razões. Mas não: preferem a desfaçatez do silêncio, algo muito comum aos jogadores de futebol de hoje em dia. Não querer jogar pelo seu país para se preservar para aquele que o paga é, sim, lícito, justo, faz parte do jogo. Não jogar porque a Confederação é péssima, também. Mas desde que se posicionem e digam isso abertamente, como foi no caso do Guga com a CBT.
O suposto problema no abdômen de Leandrinho, agora relatado pelo Arizona Republic, é sintomático. Com dor ou sem dor, ele joga por um Phoenix eliminado, e correndo como sempre correu. Todo atleta de ponta tem alguma dor. Qual será o legado que o papai Barbosa deixará para seu filho que logo irá nascer? O que dirá Anderson Varejão às suas futuras gerações? Contratos milionários não têm riqueza ética e moral, muito menos ensinamentos. O que eles dirão quando seus rebentos um dia perguntarem o porquê de suas atitudes?
Pode ser ridículo, emocional, mas eu continuo não entendendo o que leva uma pessoa a não querer defender a camisa do seu país. Não é ufanismo, patriotada à Oscar Schmidt. É simples: na minha cabeça de menino de 10 anos, achava que o auge da carreira de um atleta seria jogar na seleção brasileira. Com 25 eu continuo pensando assim. Se eles não acham isso, sinceramente, azar o deles.
Mesmo assim há alguns ruídos aí. Os atletas brasileiros, principalmente os da NBA (eu sei, Nenê teve câncer!), poderiam jogar aberto, explicar as suas razões. Mas não: preferem a desfaçatez do silêncio, algo muito comum aos jogadores de futebol de hoje em dia. Não querer jogar pelo seu país para se preservar para aquele que o paga é, sim, lícito, justo, faz parte do jogo. Não jogar porque a Confederação é péssima, também. Mas desde que se posicionem e digam isso abertamente, como foi no caso do Guga com a CBT.
O suposto problema no abdômen de Leandrinho, agora relatado pelo Arizona Republic, é sintomático. Com dor ou sem dor, ele joga por um Phoenix eliminado, e correndo como sempre correu. Todo atleta de ponta tem alguma dor. Qual será o legado que o papai Barbosa deixará para seu filho que logo irá nascer? O que dirá Anderson Varejão às suas futuras gerações? Contratos milionários não têm riqueza ética e moral, muito menos ensinamentos. O que eles dirão quando seus rebentos um dia perguntarem o porquê de suas atitudes?
Pode ser ridículo, emocional, mas eu continuo não entendendo o que leva uma pessoa a não querer defender a camisa do seu país. Não é ufanismo, patriotada à Oscar Schmidt. É simples: na minha cabeça de menino de 10 anos, achava que o auge da carreira de um atleta seria jogar na seleção brasileira. Com 25 eu continuo pensando assim. Se eles não acham isso, sinceramente, azar o deles.
11 comentários:
Fabio, não sou a favor da patriotada e acho justo quando não se quer defender um pais.
Mas concordo com vc quanto a clareza, acho que como eles são os maiores nomes do nosso esporte. deveriam se posicionar, e isso com clareza.
O exemplo do Guga que vc citou é perfeito, venha a publico e diga:
Não vou pois quero descansar e não quero jogar pela CBB. Ai sim eles teriam o respeito e admiração dos torcedores.
Abs
Alexandre Reis
Também acho que a questão é o motivo de não jogar.
Não faz o menor sentido pra mim, Leandrinho machucado continuar jogando pelo Suns que nao tem nada a vencer na temporada mais.
Enfim, ainda assim, se o problema é o basquetebol no Brasil,
nossos mandos e desmandos, esses atletas tem muito poder mas não sabem usar.
Uma pena !
Nessa hora que estudar, ler, ter cultura pesa demais. E nisso, os brasileiros, em sua grande maioria, tem muito pouco.
E completando, me assusta como não temos um LÍDER nessa geração.
Tanto no masculino quanto no feminino.
Fabio, infelizmente não concordo com você com relação ao auge da carreira do jogador ser defender a seleção....isso era no tempo do esporte amador.
Atualmente os jogadores são profissionais, e precisam agir como tal. Se ele tiver o "sonho de menino" de defender a seleção que o faça e assuma as consequencias (como o Manu), caso contrário que seja sincero e diga que prefere descansar...só não tente enganar o público, que não é burro...
Como efeito de comparação, muitos dos jogadores profissionais americanos também não defendem a seleção, preferem descansar...só mudou depois que eles perderam seguidamente a olímpiada e o mundial.
É isso justamente Fábio. O que mais me revolta é o fato deles não serem honestos. Assumam. Sejam homens em dizer a verdade.
Isso é o mínimo o que eles poderiam fazer.
Fico imaginando o 'clima' de uma selecao brasileira em que todos comparecessem. Seria varias panelas e cada um pro seu lado.
Uma chance de limpar tudo e comecar do zero seria uma nova diretoria na confederacao, mas vai demorar.
Esse negocio de patriotismo é muito relativo. Nao adianta ficar botando boca nos caras, cobrando presenca na selecao como dever civico e ao mesmo tempo, quando for no bar da esquina nao exigir nota fiscal, sonegar imposto. Enfim, é uma discussao pra muitas cervejas.
Mas concordo com a maioria, se nao quiser aceitar a convocacao, que deixe claro o porque. Como o Nene fez tempos atras, e depois decidiu voltar. Alias, se existe um jogador que possa aglutinar gregos e troianos eh ele.
Acho que não precisa nem puxar pro lado dos hermanos.
Talvez faltasse um Ricardinho do volei no basquete brasileiro.
Maicon
O auge da carreira de um jogador é chegar a ser um ídolo, em qualquer tempo. Que maneira melhor de chegar a tanto que se destacar na seleção de seu país?
A NBA é um Olimpo, especialmente para brasileiros. Quantos torcedores do Brasil podem ter a chance de conferir ao vivo um jogo da Liga com brasileiros em quadra? Mal temos o NBA Sem Fronteiras aqui, que dirá um jogo de exibição...
Novamente acho que o blog esquece de ressalvar o Nenê: ele fez isso há algum tempo atrás, dizendo que não jogaria devido a divergência com a direção da CBB. E que me lembre, não voltou a jogar desde então. Acho que essa postura acabou ofuscada pelo drama do câncer.
Abraços!
como comentei no Rebote, não custa nada ser honesto e dizer que não está a fim por isso e aquilo. Ok, a vida é do cara e pronto. Mas assume - até pq se todos os jogadores de alto rendimento do Brasil se recusarem a jogar pela seleção pq não concordam com o atual quadro do basquete brasileiro, isso já seria um passo a mais em direção à mudança...
Eu acho que atleta que não convive com dor, nao pode ser atleta!!
mas acho certo da parte de jogar aberto nao com a confederação, mas sim com os fans brasileiros de basquete.
Tem gente ainda que se inspira neles para jogar. Crianças tem eles como ídolos por estarem na NBA, por favor, honre o Brasil e seus fans!!!
eu admiro muito eles e espero que possam defender o Brasil!!
O que desanima é esse descomprometimento com a seleção!
por que é aquilo, se for pra vir meia bomba é melhor nao vir!!
Larga de ser bobo Fabio!!!
Esquece esses caras...
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