quinta-feira, 30 de abril de 2009
O desafio de Nocioni
O grande pesadelo

De quem, então, seria o pesadelo: de Miller ou da torcida do Bulls, que o tem como pivô? Quem sabe o rapaz não reverta o jogo nesta noite, quando, em Chicago, os vermelhos recebem os Celtics, que podem fechar o duelo em 4 a 2.
Um breve aviso
Amanhã, por aqui, falarei sobre as finais da Euroliga, que começam amanhã. Barcelona X CSKA e Olympiakos X Panathinaikos são os duelos das semifinais que a ESPN transmite nesta sexta-feira.
A caixinha está aberta para o debate.
Na falta do gigante

quarta-feira, 29 de abril de 2009
A rodada de hoje na NBA
A caixinha de comentários está aberta. Divirtam-se!
Érika pelo tri

ATUALIZAÇÃO DO POST ÀS 17:36
O Ros Casares acaba de sair na frente com impiedosos 96-56. contra o Perfumerías Avenida. Érika teve 10 pontos e 9 rebotes em 19 minutos (Amaya Valdemoro foi a cestinha com 18). Para se ter uma idéia, o primeiro tempo terminou em 58-23. Ou seja: o Ros precisou de 20 minutos para fazer mais do que o Perfumerías em 40. Incrível. Uma barbada!
O eliminado do Texas

Salmon defumado

Detalhe: em três jogos da série houve prorrogação, marca histórica na pós-temporada da NBA. Alguém arrisca um palpite para o sexto duelo?
Três pontos dos playoffs

-- O ala Courtney Lee, do Orlando Magic, saiu de quadra ontem direto para o hospital. Após choque com o companheiro Dwight Howard.
-- Dwyane Wade garantiu que jogará a quinta partida hoje em Atlanta, mesmo com lesão nas costas. Miami Heat e Hawks empatam em dois jogos. "Estarei pronto", garantiu a fera.
terça-feira, 28 de abril de 2009
Flamengo mandará jogos em Macaé
De acordo com João Henrique Areias, "os valores não podem ser divulgados, mas o acordo cobrirá duas folhas caso o time chegue às finais". A folha do Flamengo é de R$ 215 mil.
Hora da mudança

Por isso chegou a hora do grande Utah Jazz procurar um novo caminho. Dar ao excelente Deron Williams companheiros mais confiáveis é um bom começo. Renovar com o ótimo e eficiente Paul Millsap, outro. Procurar um pontuador mais decisivo, imperativo. Ousar na agência de passes livres, idem. Pode ser que um técnico com idéias diferentes e mais arejadas também não seja uma má idéia.
O fato é que com um armador como Deron Williams o Utah tem bala para muito mais do que morrer em cinco jogos contra o Lakers. Destes, em um houve disputa. Nos outros o time caiu sem a menor chance.
O Denver é grande

Nos outros duelos, o Lakers, com grande atuação de Lamar Odom, eliminou o Utah Jazz (107-96 na partida, fáceis 4 a 1 no duelo). Em Miami, o Atlanta recuperou o mando de quadra ao bater o Heat por 81-71, com surreais 12 pontos e 18 rebotes de Zaza Pachulia (sim, ele mesmo!).
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Alto-falante

Foi assim que Doc Rivers, técnico dos Celtics, reagiu a derrota de seu time ontem, contra o Chicago Bulls (121-118 e 2 a 2 na série). Seu Boston terá que voltar a Illinois para a sexta partida. Rivers, só para lembrar, nasceu e cresceu em Chicago.
Em seu lugar

Melhor do que ver o Ros na final é confirmar a ótima fase de Érika, que, ao lado de Helen, já perdeu uma final para o time salmantino há três anos quando vestia o uniforme do Barcelona - eu, que vivia na Espanha nessa época, estava na torcida do Salamanca na finalíssima.
Campeã da Copa da Rainha, líder em percentual de arremessos (62%), sexta nos rebotes (8,4) e com 14,3 pontos de média, Érika está de volta aos tempos dominantes. Quer uma notícia boa? Sua forma física está ótima. Quer outra notícia boa? Sua média não passa dos 22 minutos.
Érika, que fez falta em Pequim, bem que poderia nos dar outra notícia boa e jogar a Copa América por esta seleção tão renovada que chegará em Cuiabá sabe-se lá com que elenco. Mas que seria bom contar com uma pivô de sua capacidade, isso seria.
Quero ser grande

Esperar sempre que o apoio da torcida lhe será suficiente pode ser um erro. Derrotar o New Orleans, hoje à noite, pode ser um bom começo.
domingo, 26 de abril de 2009
Um dia após o outro

Acorda, Severino, só dá jogão nessa série!

Houve seis atletas com mais de 20 pontos em quadra (Ben Gordon, Derrick Rose e John Salmons pelos Bulls; e Paul Pierce, Ray Allen e Rajon Rondo pelos Celtics), cinco duplos-duplos (Rondo ainda fez um triplo-duplo), só 25 arremessos de três pontos em 58 minutos (alô, Brasil!) e todos os jogadores do Chicago que entraram em quadra pontuaram em digítos-duplos. Como se vê, um partidaço!
Triste, Detroit, muito triste

Que tristeza, hein, Detroit? Joe Dumars, gerente-geral da equipe, pensou que teria um time em condições de ser campeão com Allen Iverson nas mãos e com Billups bem longe. Agora seu time está eliminado, e o antigo comandante pode levar os Nuggets às finais da conferência Oeste. Mandou "bem pacas" o Dumars. Ao lado de Steve Kerr ele concorre, certamente, ao prêmio de pior diretor de franquias da temporada.
Giovannoni campeão


Os heróis de sábado
-- O New Orleans diminuiu a vantagem do Denver para 2 a 1 com atuação destacada de Chris Paul (32 pontos, 12 assistências e 5 rebotes). Grande vitória por 95-93.
-- Tony Parker anotou 31 pontos no primeiro tempo (43 no total), Tim Duncan entrou com outros 25, mas os Spurs viram suas outras armas fazerem apenas 22 (6-22 nos chutes). É pouco, e o Dallas, balanceado e arrumadinho, venceu por 99-90, abriu 3 a 1 na série e pode eliminar os papões na próxima partida.
-- Dwyane Wade voltou a brilhar (29 pontos, oito passes, sete rebotes e quatro tocos), o Miami surrou o Atlanta (107-78) e abriu 2 a 1 na série. Pode ser a primeira surpresa dos playoffs pintando.
-- Por fim, Kobe Bryant voltou a ser Kobe Bryant com 38 pontos (16-24 nos chutes) e os Lakers venceram o Utah por 108-94 e abriram 3 a 1 na série. Difícil os angelinos não fecharem em casa no próximo duelo.
Olha a vassoura

Nesta "animada" mini-temporada de insucessos, os Pistons viram seus rivais anotarem mais de 90 pontos em seis delas. Ué, e o que quero dizer com isso? Que aquele time maravilhoso do começo da década, que encantava e alucinava os rivais com a sua defesa, deve tentar fazer isso para frear o Cleveland nesta tarde. O ataque, com o errático Rodney Stuckey na armação, não vai a lugar algum mesmo. Fechar os espaços parece ser a única saída.
sábado, 25 de abril de 2009
Dois bons links

-- No mesmo LA Times, o ótimo Bill Plaschke faz coluna sobre o momento de Kobe Bryant no mesmo Lakers. Para ele, o camisa 24 pode estar "perdendo a noção" entre ser facilitador e ser o pontuador máximo do Lakers. Pode ser mesmo. Hoje os angelinos visitam o Utah novamente, às 22hs, e Phil Jackson pode colocar Lamar Odom entre os titulares no lugar de Andrew Bynum.
Surpresa, decepção e estratégia na sexta

Leandrinho no Maracanãzinho

O ala do Phoenix Suns alega que a distensão abdominal que o acometeu no final da temporada pode tirá-lo da seleção na Copa América. Dois pontinhos apenas: sua esposa está grávida de sete meses, e os treinos para a competição começam no final de junho (coincidentemente a do nascimento da menina do casal); será que a lesão que não o impediu de jogar pelo eliminado Phoenix o impedirá de jogar pela seleção?
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Boa notícia da Itália

Na decisão que acontecerá domingo em Bolonha, o Virtus, em casa, enfrentará o Cholet Basket, da França.
A rodada de quinta-feira na NBA

-- No Oeste, o Utah evitou uma possível varrida ao bater os Lakers por 88-86 com um arremesso de Deron Williams a dois segundos do final. Kobe Bryant ainda teve a chance de decidir com um tiro de três, mas a bola apenas roçou o aro. Kobe, aliás, teve uma noite bizarra: 19 erros em 24 chutes tentados. Do lado dos Jazz, quem também brilhou foi Carlos Boozer, com 23 pontos e 22 rebotes - marca que só Malone tinha feito no uniforme da franquia de Salt Lake City. Agora, Lakers 2 a 1 contra o Jazz. O próximo duelo é no sábado, com transmissão da ESPN (22hs).
-- Foram 67 pontos do San Antonio contra o Dallas ontem - pior marca da franquia. E assim não há como vencer em playoff, né? Tim Duncan também teve o pior desempenho de sua carreira em pós-temporada. E assim o Dallas Mavericks abriu 2 a 1 com fáceis 88-67 e 20 pontos de Dirk Nowitzki. O quarto jogo promete.
Contagem regressiva

quinta-feira, 23 de abril de 2009
A rodada da NBA

Um pouco de luz

Mas mostra, sinceramente, uma mudança de filosofia necessária ao esporte brasileiro. Mais profissional, mais voltado para o público (consumidor) e para aqueles que precisam entender que as coisas mudaram. Areias traz luz ao Flamengo, e espero que seu trabalho, previsto para durar três meses, não termine no final de abril. As águas de maio prometem ser ainda melhores caso o trabalho continue.
Ah, e o Flamengo bateu o Saldanha da Gama ontem por 99-49 também.
O primeiro grande clássico

Deste canto, a gente só lamenta que não teremos acesso às informações. A televisão não transmite, e o site da Federação Paulista não tem nem as estatísticas.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Ele estará na NBA em 2009-2010

Rubio é fera já construída, e sinceramente não estranharia se ele fosse escolhido como número 1. Eu traria o garoto de olhos fechados.
Promoção do Flamengo

Será que desta vez o ginásio terá um público razoável? Marcelinho, que hoje completa 100 jogos com a camisa rubro-negra, e o restante do elenco merecem. O camisa 4, aliás, merece aplausos pela marca.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Opa, achei o Moncho de novo!

O espanhol elogiou a clínica de Knight: "me impressionaram os conceitos tão claros e originais que ele apresentou por aqui", disse. Por um lado fico feliz que o treinador esteja se reciclando com palestras e novidades na modalidade. Por outro, não entendo o porquê de Paulo Bassul, técnico da feminina, não participar das mesmas iniciativas.
Alto-falante

A frase é do polêmico Bob Knight, que no final de semana ministrou uma clínica em Bilbao para 200 treinadores espanhóis. A íntegra do papo está na edição eletrônica do El Pais. Vale a pena conferir. E vale, também, pensarmos numa maneira mais ampla sobre esporte no Brasil: com exceção do vôlei, estamos parados há quanto tempo?
Mais uma lição

Boa do Bert
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Ele apareceu
A véspera de um feriado na CBB

Alguém consegue me explicar como é que em plena segunda-feira útil não há ninguém na CBB? Alguém consegue me explicar como é que em plena segunda-feira útil a menos de três meses de competições entre as seleções nacionais não há ninguém na CBB?
Hoje também é segunda-feira na Espanha, e já troquei seis emails com a Federação local. Na boa, o basquete brasileiro não é sério.
Mike Brown é o técnico do ano

Agora vamos ver o que acontece, pois o troféu é uma espécie de pé-frio da liga. Além de ter "feito" demissões em série (Avery Johnson e Sam Mitchell), o técnico que vence a categoria não leva o anel de campeão desde 2002-2003, quando o Spur Gregg Popovich abocanhou ambos. Brown foi eleito com 355 pontos. Rick Adelman, do Houston, teve 151 e Stan Van Gundy, do Orlando, 150.
Os playoffs da NBA em pílulas

-- O Miami começou muito mal nos playoffs. Levou uma sapecada do Atlanta de 90-64, chutando medíocres 90-64. Dwyane Wade e Udonis Haslem decreteraram "o fim das saídas noturnas" na Geórgia, mas é bom eles liberarem a galera. Parece que presos os garotos não jogam...
Da prancheta

O coração do campeão

A tarefa não será fácil, mas sinceramente, com Garnett ou sem ele o Boston tem mais time. É um time pior sem o craque, mas ainda é um time melhor que o Chicago. Cabe o campeão mostrar a mesma raça que o fez derrotar os Lakers na final da temporada passada. Do contrário, ficarão lamentando como os angelinos faziam com a ausência de Bynum no mesmo confronto. Os Celtics não têm saída: é entrar na quadra hoje e superar os Bulls. Chorar não resolve nada.
Iguodala é o cara
domingo, 19 de abril de 2009
A vez do Oeste


San Antonio Spurs 4 x Dallas Mavericks 3 - Sem Ginóbili, todas as tarefas do San Antonio ficarão mais difícil. Decidir jogos ficará mais difícil. Roubar bolas? Mais difícil. Cavar faltas de ataque dos adversários? Mais difícil. Mesmo assim, acredito que a dupla Parker e Duncan levará a melhor sobre o instável Dallas, o time menos confiável dos oito do Oeste. De todo modo, é bom não duvidar de Dirk Nowitzki.
Portland Trail Blazers 4 x Houston Rockers 3 - Brandon Roy terá trabalho dobrado contra Ron Artest, mas o Portland, com o seu ótimo elenco e espetacular técnico (Nate McMillan), tem boas armas para deter Yao Ming e Luis Scola (Greg Oden inclusive) e avançará às semifinais de conferência pela primeira vez em quase uma década.
Muito Prazer, Raulzinho

BALA NA CESTA: Como foi jogar no Garden no Jordan Classic?
RAULZINHO: Cara, foi demais, sensacional! Quase não treinamos, mas valeu a pena. Na quadra todo mundo se entende sempre. O ginásio é fora de série, maravilhoso. Não existe coisa parecida no Brasil! É tudo muito impressionante, e por vezes ficava olhando para o teto, para saber se estava acordado. Não sei quantos pontos eu fiz nem quantos minutos joguei, mas tudo está sensacional (foram quatro, na derrota de seu time por 88-84).
-- Já encontrou o Michael Jordan por aí? E como tem sido o contato com os outros meninos?
-- Ainda não, mas ele deve aparecer por aqui em poucos minutos. Estou olhando para os lados o tempo todo para ver se o cara chega, mas até agora nada. Mas o Jordan vem (como demonstra a foto abaixo), tenho certeza, até porque o filho dele (Marcus) vai jogar na partida principal. Sobre os outros jogadores, tem sido muito divertido, apesar de não nos comunicarmos muito bem. Mas com italiano que divide quarto comigo (Marco Lagana, armador do Regiana) até que nos entendemos. Todos são gente boa.

-- E como tem sido fora das quadras? Muitas fotos? Pelo que eu soube, hoje (ontem) vai ter show do Akon, né?
-- Cara, me amarro no Akon. Vai ser muito maneiro ver o show dele aqui. Ele é fera! Estou bem ansioso. Tirei muitas fotos, mas no primeiro dia, quando recebemos uma mochila e uma medalha com a logo do Michael Jordan, acredita que eu esqueci a máquina (risos)? Mas hoje eu compensei e tirei um monte. Está sendo maravilhoso aqui.
-- E os planos? Consegue se imaginar jogando aí novamente?
-- Poxa, todo mundo sonha em vir jogar nos EUA, e na NBA consequentemente, né? Sou novo, ainda não decidi o que quero fazer, mas uma universidade norte-americana pode ser um bom caminho.
sábado, 18 de abril de 2009
Rose e os espinhos

Uma série espetacular
1) Nós chutamos muito?
2) Nós somos bons mesmo?
3) Os motivos do exagero
4) O impacto na seleção
Genial o trabalho de Rodrigo Alves! Parabéns!
Palpitões: o Leste primeiro


Orlando Magic 4 x Philadelphia 76ers 2 - Os dois Andres do Phila (Iguodala e Miller) são excelentes, mas basicamente os 76ers só têm a dupla. E o pior: não há ninguém que consiga diminuir a capacidade de Dwight Howard, provavelmente o jogador mais dominante da liga no garrafão. Rashard Lewis também leva muita vantagem sobre Reggie Evans, e o Phila vai morrer mais cedo do que poderia.
Os meus e os deles
Meu quinteto titular ficaria com Chris Paul, Dwyane Wade, LeBron James, Tim Duncan e Dwight Howard. O reserva com Billups, Kobe Bryant, Brandon Roy, Pau Gasol e Yao Ming.
Cabem menções elogiosas, também, ao comportamento de Ron Artest, a evolução de Nenê, ao técnico Stan Van Gundy (Orlando) e a Anderson Varejão, agora titular do Cleveland. Vale, por outro lado, um pito no Phoenix Suns, outro em Steve Kerr (seu gerente-geral), em Joe Dumars (e no seu Pistons), em Allen Iverson e em David Stern (as arenas estiveram 14% mais vazias em relação à temporada passada).
E aí, concorda? Faltou alguém? A caixinha é sua!
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Promessa de bom jogo

Em busca do primeiro anel

BALA NA CESTA: Apesar de já ter jogado uma final, nesta temporada parece que o Cleveland está mais “pronto” para ser campeão da NBA. Você concorda?
ANDERSON VAREJÃO: Sim. Hoje o Cleveland é uma equipe mais madura, mais preparada. Isso é resultado do trabalho que estamos fazendo e, claro, do fato que a base da equipe permanece a mesma. Mudamos poucas peças nos últimos anos e mudamos para melhor. A equipe vem crescendo e isso está se refletindo em números. Estamos muito confiantes, muito focados e vamos brigar muito para conquistar esse título.
-- Ao final da fase regular você superou os 23 jogos em que foi titular em toda a sua carreira – foram 42 dos 81 disputados. Sua média de pontos aumentou, o número de duplos-duplos também (foram nove) e seu tempo de quadra é bom (28,5). Quais são as diferenças daquele Anderson que chegou na NBA há quatro temporadas, para este?

-- Trabalhei muito na pré-temporada, e isso vem dando resultado. Além da parte física e da parte de quadra, do sistema de jogo, da minha função, que sempre foi mais de marcação, de defesa, comecei a treinar mais os arremessos de média distância, um pouco mais de velocidade também, e estou conseguindo colocar isso em prática. Todos me passam muita confiança, o (técnico) Mike Brown também está me dando muito suporte, e isso faz com que eu tenha tranquilidade para entrar e jogar bem.
-- Você recentemente entrou em litígio com seu clube por conta de um contrato que julgava ser justo, e que acabou conseguindo. Mesmo sendo um jogador eminentemente de defesa, seus rendimentos são altos. Você poderia dizer como essa ação é valorizada aí nos EUA?
-- Aqui o trabalho começa pela defesa. Há vários exemplos de excelentes equipes, formadas por jogadores de grande qualidade, que não chegaram a lugar algum porque não sabiam defender. Nós estamos tentando fazer isso: atacar com volume, sim, mas defendendo com intensidade. Você precisa ter um ataque forte para ser vitorioso, mas tem que haver equilíbrio. Ter uma boa defesa, hoje, saber como se posicionar e diminuir os espaços, é um grande passo para se conquistar as vitórias.
-- Por outro lado, seu jogo ofensivo já apresenta melhoras, mas seu técnico vive cobrando ainda mais evolução. Quais são suas metas para os próximos anos, onde você pode melhorar e como é o trabalho da comissão técnica do Cleveland neste sentido?
-- Eles me passam muita confiança, tranquilidade, sabem que posso evoluir ainda mais. E sei disso também. Estou feliz porque o meu jogo está aparecendo este ano e estou conseguindo ajudar o Cleveland. Mas, com certeza, nos próximos anos serei um jogador ainda mais eficiente.

-- Para mim? Ele é o MVP, sem dúvidas. Já poderia escolhê-lo por ser o meu companheiro, claro, mas, sendo imparcial, o que LeBron mostrou e está mostrando neste ano é mais do que suficiente para que ele fique com o troféu. Indiscutível também é a qualidade do Kobe, um jogador impressionante, mas esse ano é do LeBron. Sobre me perguntarem sobre ele, não há problemas. Ruim seria ter que enfrentá-lo, mas como está no meu time...
-- No livro “Michael Jordan: História de um Campeão e o Mundo que Ele Criou”, de David Halberstam, o autor conta que os companheiros de Chicago se incomodavam com o fato de Jordan não ser “um deles”, mas um astro que vivia em um mundo diferente. Jordan mudou isso aos poucos. Isso acontece ou acontecia com LeBron?
-- Não, LeBron é uma estrela, sim, tem consciência e todos sabemos disso, mas não é um ET. Ele tenta ser, na medida do possível, uma pessoa normal. Temos uma conversa sempre muito aberta, muito franca, há um diálogo fácil dentro do nosso grupo e ninguém é melhor do que ninguém. O LeBron é o primeiro a falar isso. Sabemos dividir bem os momentos de descontração e a coisa séria, embora, muitas vezes, ele extrapole e transforme uma conversa mais tática numa grande risada, provocando alguém ou falando alguma besteira. A maioria das brincadeiras tem a mão dele. Ele faz bem para o grupo dentro e fora da quadra. O problema é que ele se acha bonito...

-- E falando em seleção, você, que teve problemas para defender o time recentemente, sendo criticado pelo Moncho e pelo Oscar Schmidt, pensa em voltar?
-- Pois é, tive problemas, sim, primeiro por conta do meu contrato, pois, sem ele, não poderia ser feito o seguro para que jogasse, e, segundo, de ordem médica, contusões que me fizeram, inclusive, perder as férias. Conversei com o Moncho e ele viu que eu realmente não tinha condições de jogo. A CBB estava a par de tudo, fiquei três meses depois do fim da temporada me recuperando aqui em Cleveland e estou, como sempre estive, à disposição do meu país.