segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Senador confirma time em Uberlândia

Presente no ginásio Tancredo Neves, o Senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que vestia uma camisa preta com o logo do Super-Homem e o nome de Dwight Howard às costas no sábado, confirmou a volta do time de Uberlândia para a próxima temporada do NBB.

Uma novidade, porém, promete mexer com os próximos dias do basquete brasileiro: ele, proprietário do Grupo Universo, disse que o time de Brasília pode se transferir por completo para Uberlândia desde que os últimos acertos financeiros sejam concretizados (uma empresa de telefonia estaria interessada em patrocinar a nova equipe mineira). Há, ainda, a possibilidade de os dois times atuarem no NBB-2010/2011.

Salgado também confirmou que esta possibilidade já existia desde o começo da segunda temporada do NBB, mas acabou não acontecendo porque o então governador de Brasília, José Roberto Arruda, pediu para que a equipe candanga se mantivesse na capital do país em função dos 50 anos de sua fundação.

11 comentários:

Toledo disse...

É isso aí, moçada! O "tradicional" time de Ribeirão Preto, que já foi o "tradicional" time de Uberlândia e agora é o "tradicional" time de Brasília vai mudar de endereço outra vez. Com isso acaba o basquete de alto rendimento de Brasília, como já aconteceu com o goiano e o gaúcho em outras ocasiões. Menos mal que Minas terá dois times de ponta.

Com isso tudo, Franca já supera 50 anos de basquete e continua vivo, mostrando que tradição não se compra no supermercado. Enquanto isso, ainda tem gente querendo acabar com o estadual de São Paulo!

Victor Dames disse...

Não vejo problemas em mudanças dos times para outras cidades, seja por razões políticas, afetivas, comerciais... A NBA não é assim, e todo mundo aplaude quando o Okalahoma City Thunder, ex-Seatle Supersonics, consegue fazer boa campanha?

Só acho que no atual momento do basquete brasileiro, é necessário somar. Mudar o time de Brasília para Uberlândia vai ser trocar seis por meia dúzia. Que Uberlândia volte como mais uma equipe, e não em substituição ao já consolidado time de Brasília, que tem torcida e títulos que justificam seu investimento.

Fábio, queria ler um post com sua opinião sobre o assunto, já que você parece ter conversado diretamente com o controverso Senador.

Abraços!

Toledo disse...

Victor: você está absolutamente certo. Nada errado com uma franquia mudar de sede, em busca de melhores condições estruturais e financeiras. A diferença é que nos EUA existe uma infraestrutura de base, com equipes universitárias e ligas estaduais que dão a sustentação ao esporte, e que nós não temos por aqui. A mudança pura e simples da equipe do Universo para Uberlândia não modificará nada a liga nacional (NBB) e ajudará um pouco a Minas Gerais, que passará a ter dois times de ponta em seu estadual, mas certamente levará o basquete do Distrito Federal ao mesmo obscurantismo de poucos anos atrás. Isso é inevitável, tendo em vista que, apesar dos excelentes resultados obtidos pela equipe do Universo, não houve empenho eficaz no sentido de se criar uma base para o fortalecimento institucional do esporte no DF.

Toledo disse...

que legal, outro toledo por aqui, e eu achava que o meu nome era dificil de se encontrar.
a nao ser que alguem esteja escrevendo com o meu nome por aqui.....

Toledo disse...

Arquiteto, paulista criado em Ribeirão Preto, 54 anos, morador em Belo Horizonte desde 2006, ex-jogador, muito amador, torcedor de Franca desde a infância. Se lhe incomodar, posso mudar minha identificação nos comentários, mas vou sempre ter Toledo em meu nome. Abraços.

Victor Dames disse...

Caro Toledo (qualquer dos dois), concordo contigo, até porque a base não sobrevive sem o adulto e vice-versa. Uma equipe de alto rendimento que não tenha uma base para revelar jogadores fica caríssima, pois terá que contratar todo mundo fora. E um clube com escolinha de basquete que não tenha pra onde mandar seus juvenis, frustra a expectativas dos jovens jogadores. Vide o que acontece aqui no Rio, com cinco equipes disputando o estadual adulto. Imagine pra onde o Tijuca, tradicional na modalide, manda seus juvenis? Não faço idéia...

Nos EUA, há uma relação independente da base (colegial e universitário) com o profissional (NBA) devido ao draft. Aqui, a relação tem que ser mais depedente, intrínseca mesmo. Mais um motivo para não haver uma simples mudança de endereço entre Brasília e Uberlândia. Que os mineiros sejam talvez uma sucursal, quem sabe...

Abraços!

Alonso BH disse...

Sei não, Victor. Acho melhor a matriz ficar em Uberlândia, pois pelo menos provocará um campeonato estadual mais disputado, na disputa com o Minas Tênis. Além do mais, tanto Uberlândia como o Minas possuem escolinhas de base e têm condições de consolidarem-se como propulsores do esporte, diferente de Brasília.

Aliás, você citou um estadual Carioca com 5 clubes. Nota-se a distância astronômica entre o Flamengo e os outros 4, que parece que foram "convocados" para disputar o campeonato. O Brasiliense beirou ainda mais o ridículo, com o Universo disputando a final com um "catadão" da PUC. Só não posso dizer quantas equipes disputaram o campeonato, pois o site da Federação Brasiliense é simplesmente indecifrável.

Abraços.

Toledo BH disse...

Correção: não é PUC, mas Universidade Católica de Brasília, desculpem-me.

Victor Dames disse...

É Alonso, mas você está olhando só a sua grama, e não a do vizinho, né? Hehehe...

Na verdade, falei filial mais pela ordem cronológica. O ideal é que as equipes sejam independentes, ainda que tenham o mesmo dono.

Quanto ao estadual do Rio, é isso mesmo, lamentavelmente. A final foi mais ou menos como a que você descreveu do brasiliense, uma disputa entre uma equipe de alto rendimento e um "catadão" de jogadroes da Marinha representando o Municipal. Que saudades das disputas do Fla com Vasco, Flu, Botafogo, Tijuca, Grajaú...

Abraços!

Anônimo disse...

Toledo
Sao Paulo possui um parque basquetebolistco de dar inveja a qualquer estado.
Porém aFPB esta acabando com isso.
Os poucos que restaram fazendo base estão terminando suas atividades e o Paulista adulto esta de da do.
Somente pq a final teve gente ? E o ano todo?
Desmotivacao total.
Pq COC acabou?Limeira?Mogi?Sírio?Monte Líbano?Palmeiras?Corintians?Rio Claro?mais um monte q não me lembro agora.
A Federacao suga o q pode e depois joga no lixo.
FPB o câncer do basquete brasileiro.

Toledo MG disse...

Caro Anônimo: se você não quiser colocar seu nome, por favor, use um pseudônimo, pois não dialogo com anônimos.

Caso fosse oferecer-lhe uma resposta, diria que não caio de amores pela FPB, mas o Paulista está bem longe do que você colocou, inclusive quanto à motivação. O COC acabou porque acabou o patrocínio, e o time se mudou para Uberlândia e depois para Brasília. Infelizmente, era um time de bons profissionais, mas sem categorias de base, e não deixou vestígios em Ribeirão Preto. Agora, Franca continua forte, assim como Assis, Bauru, Araraquara, São José e outras mais, inclusive nas categorias de base. Já o Sírio, Palmeiras, Corínthians, São Paulo, Monte Líbano, Pinheiros, Paulistano e outros clubes, sempre mantiveram, em menor ou maior grau, as categorias de base, que representam o verdadeiro criadouro de atletas. Podem por um momento se auseusentar dos campeonatos de ponta, mas nunca abriram mão do basquete.
Não nos esqueçamos que as Federações são, em última instância, órgãos representativos das agremiações. Não existe (ou não deveria existir) uma Federação forte sem times representados por ela. O absurdo é que no Brasil as Federações que não representam nada acabam tendo o mesmo peso que uma FPB na hora de votar para a formação da Confederação, mas isso é matéria para outra ocasião.