Ladeira abaixo

Com cinco derrotas nos últimos seis jogos (ontem o time ganhou do desfalcado Houston por 99-66), o Miami Heat agora tem 25-27 e está na oitava colocação do Leste. Ameaçado pelos Bucks, eles passam a ver, também, o Philadelphia 76ers (cinco vitórias consecutivas). Se eu pudesse dizer uma coisa para os torcedores do pessoal da Flórida seria: a situação vai ficar pior.

Isso porque os próximos cinco duelos serão fora de casa, e contra times de bons para razoáveis (Hawks, 76ers, o fraco New Jersey, Memphis e Dallas). E a verdade é que, além do calendário, o time tampouco ajuda. Tirando o cracaço Dwyane Wade (foto), o restante da turma é muito abaixo da crítica. Tudo bem, Michael Beasley é bom, Jermaine O'Neal, quando saudável, quebra um galho, mas, como um todo, o elenco do Miami é de doer (e pensar que a franquia foi campeã há quatro anos, hein).

Não é coincidência que o time tenha o quinto pior ataque da liga (96,5), a sétima pior defesa (96,7) e é o 27º em assistências (18,7, prova de que a armação, seja na mão de Chalmers ou de Rafer Alston, está em péssimas mãos). Além disso, a defesa também é uma peneira: nas 24 partidas que levou mais de 100 pontos, o Miami perdeu 18 (75%).

Bom, já que o post é trágico para os torcedores dos Heat, então vamos com a machadada final: qualquer que seja o resultado dessa temporada (playoff ou não), acho muito difícil que Dwyane Wade permaneça em Miami (ele pode se tornar agente livre). Um cara de seu calibre dificilmente gosta de ficar brigando "apenas" por vaga no mata-mata. Até Pat Riley, presidente da franquia, sabe que Wade tem bola para lutar por muito mais.