domingo, 9 de agosto de 2009

O valor da organização

Voltei há pouco tempo do Maracanãzinho, onde vi o Basketshow, jogo beneficente promovido por Anderson Varejão e Leandrinho (o time deste venceu o duelo por 116-110). Além da presença do simpático Mike Brown, vale a pena destacar a organização da festa. Muita animação, presença de atletas de outras modalidades (Emanuel, do vôlei, Diego e Danielle Hipólito, da ginástica, e Buru, do futebol de areia) e o sistema de som funcionando a todo vapor. Sinceramente: eu não me lembro de ter visto um evento tão bem organizado como estes em terra nacional.

Creio que estamos entrando em uma nova era por aqui em termos de organização de evento e respeito aos fãs. Na sexta-feira, no primeiro dia do Super Four de seleções, já havia notado a mesma tendência, e é bom notar que a CBB também anda se preocupando com isso. Muita preocupação com os detalhes que parecem bobos (entrada dos torcedores, área de imprensa, sanitários, etc.), prêmios para o público e animação. Não tem jeito: se o objetivo é trazer de volta um público que o basquete perdeu, que passemos a tratar os já consumidores e os consumidores em potencial com carinho e respeito. Eles são tão importantes quanto as enterradas de Varejão e os tiros de Leandrinho.

12 comentários:

peter schiling disse...

comentários ainda moderados?

bom, concordo mais uma vez. parabéns por saber elogiar quando se tem que elogiar. aposto que ganhou mais alguns pontos com vários leitores.

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto e também parabéns ao Anderson e Leandrinho, que fizeram uma festa beneficiente, é sempre bom ajudar os que tem menos.

Enfim, valeu muito por isso !

Leoni disse...

Uma coisa me chamou a atenção, estava meio vazio não estava não?

Qual foi o público?

Um vento desses seria melhor aproveitado se fosse as 18/17 horas (minha humilde opinião).

fábio balassiano disse...

leoni, cerca de mil pessoas deviam estar no ginásio.
o público foi, realmente, abaixo do esperado, mas temos que levar em conta alguns fatores:
- preço do ingresso
- dia dos pais
- domingo de muito sol
- horário ruim (11hs)
- Basquete como produto ainda não é lá essas coisas

concorda comigo?
de todo modo, só encheremos o ginásio se tivermos continuidade nas ações... se parar, desistir, piora!

abs, fábio.

jdinis disse...

Acrescento dois fatores para o Ginásio não estar cheio:

- os jogadores NBA não eram estrelas de 1ª grandeza;

- eu, por exemplo, não gosto desse tipo de evento. Acho que basquete sem compromisso de vitória e em tom de festa não tem graça. O próprio All Star Game não é grandes coisas como basquete, embora apresente jogadas "malabarísticas" (o que não era o caso).

De qualquer forma acho válido o evento e reparei duas coisas:

- O Varejão joga sério mesmo jogo festivo (O Moncho também).

- O Duda consegue se destacar como "peladeiro" mesmo em uma "pelada".

Sds.

Thiago Anselmo... disse...

Eu curti o evento. Queria ter ido ao Rio, mas nao deu. Vi pela TV mesmo.

Varejao e Leandrinho fizeram um belo trabalho. Gostei de tudo que vi, ou melhor, quase tudo. Moncho queria ganhar de qualquer jeito. Que isso. Deveria pedir pra deixar empatar pra ter prorrogação. No mais, tudo perfeito.

--Como assim estrelas de 1º grandeza? Shawn Marion até um tempo atras estava entre os mais bem pagos da NBA (nao sei se continua ainda). O tecnico do Cavs, uma lenda. E os outros NBA's players. Pode nao ser um Kobe, mas tem sua importancia no time. Nao é qualquer coadjuvante.

Seria legal se o Shaq tivesse sido convidado. Ja pensou que bagunça

jdinis disse...

Caro Thiago Anselmo,

Como você mesmo escreveu, Kobe e Shaq são estrelas de 1ª grandeza.

Shawn Marion é um grande jogador, mas possui um estilo mais "eficiente" do que "espetacular". Para esse tipo de jogo festivo não é o mais adequado.

OBS.: Podíamos fazer um apelo coletivo para o Fábio liberar a moderação.

Sds.

Anônimo disse...

Parabéns também a CBB pela bela organização do Super 4. Como disse o Bala, o público, consumidor do basquete, foi muito bem tratado.

PauloRJ disse...

Bala, eu estive no maracanazinho com a família e fiquei com muita pena de ver o ginásio vazio. Sem público pode ser que o evento não ocorra de novo.

Gostei muito do evento e da organização, e, com relação ao preço, ficou a minha única percepção negativa, pois no site do evento estavam anunciando um ingresso família por R$ 120,00, para até 4 pessoas, mas na bilheteria não existia esse ingresso e o valor para uma família com 2 adultos e 2 crianças era o dobro. :((

Criar uma expectativa e não cumprir é insatisfação certa....por muito pouco não desisti do evento.

Com relação aos jogadores convidados, tínhamos o Granger que foi o MIP e all star nessa temporada, e o Marion...pena que o Nash não veio...os outros eram role players (Gooden, Bogans, Amir Jonhson) e a presença em massa da seleção brasileira...achei muito legal...só não gostei da expectativa do preço...muito caro para um jogo que poderia ter assistido pela TV sem pagar nada.

PauloRJ disse...

Bala, gostei muito do evento, apesar de não ter nenhum "franchise player", contaram com jogadores bons como Marion, Granger (all star e MIP nessa temporada), com a maioria da seleção brasileira, alguns role players da NBA (Gooden, Amir Johnson e Bogans), e 1 aspirante a conseguir ficar na NBA (Coby Karl).

Por incrível que pareça até consegui ver algumas tentativas de defesa (Varejão principalmente)...

Achei a organização boa mas pecaram não só pelo preço alto, mas por criar expectativas erradas, pois no site estavam anunciando um ingresso familia por R$ 120,00 para até 4 pessoas, e esse ingresso simplesmente não existia na bilheteria e o valor saia o dobro para 2 adultos e 2 crianças...

Infelizmente não teve muito público, acho que faltou divulgação (só descobri por causa do seu blog), além dos outros motivos que você mencionou...

IURI disse...

Eu discordo, comprei ingresso pra pista, e quando cheguei, simplismente NINGUÉM sabia por onde eu entraria, aliás, os caras da alfaseg não sabiam nem quem deixaria entrar no portão, cada um dizendo uma coisa, eu andei o maracanãnzinho todo, sendo encaminhado pra outras entradas, cheguei a sair do maracanãnzinho pra dar a volta por fora, pra eu poder entrar,isso foi uma desorganização tremenda, e onde fiquei, apesar estar muito próximo aos jogadores, fiquei incomodado com o cara de colete laranja, que não sentava ( só depois de reclamar muito ele sentou) e a garota do gaytorade, ela ficou em pé o tempo todo, ela podia ficar muito bem sentada e levantar quando pedirem o gaytorade, e ainda me irritei com o chefe de segurança, me ameaçou a tirar só porque me aproximei da quadra, quando o jogo tinha acabado, mas fora isso valeu a pena, fiquei muito perto dos jogadores, falei com a maioria, e me diverti muito com o jogo.

Antonio Carlos disse...

Acho que a sua matéria diz tudo. Todos os esportes "amadores" devem seguir esse caminho e mostrarem que são profissionais. Acho que essa é a tendência, o flamengo fez essas ações durante todo o NBB, com músicos, dança, interatividade com o público. A diferença que eles no fla conseguiram fazer sem grana nenhuma de investimento.