Não dá para falar muito sobre organização quando leio no Globoesporte.com que a pivô Alessandra agora vai jogar pela seleção feminina (uma semana antes ela havia enviado um email pedindo a sua dispensa). Sinceramente, não teço mais nenhum comentário a este respeito.
De todo modo, continua a preparação da seleção feminina em Barueri. Mantendo-se fiel ao seu estilo de não renovar o time e rezando na cartilha que lhe valeu o "ótimo" 11º lugar em Pequim, o técnico Paulo Bassul cortou, nesta sexta-feira, a ótima ala Izabela (22 anos) e Tayara (26). Com isso, das 24 atletas que o treinador havia convocado inicialmente, duas não se apresentaram (a "rebelde" Iziane e Érika, que joga na WNBA e ainda tem chances de atuar com a camisa amarela), uma saiu por lesão (Flavia Luiza), três já haviam sido cortadas (Clarissa, de 21 anos, Jaqueline, de 23, e Mariana, de 24) e outras duas saíram ontem. Restam, portanto, 17 para 12 vagas.
Chegamos, assim, a um genioso pensamento do nosso treinador: das 12 meninas que estiveram em Pequim, apenas Grazi (machucada), Êga e Claudinha (aposentada da seleção) não deverão disputar a Copa América. Nove "olímpicas", portanto, têm chances viajar a Cuiabá (Franciele, Karla, Karen, Chuca, Mamá, Beling, Adrianinha, Kelly e Micaela) e as duas veteranas se juntarão ao grupo (Helen e Alessandra) evidentemente. Sobrariam, assim, duas vagas. Nadia (foto à direita), Natalia, Karina Jacob, Silvia Gustavo e Palmira correm contra o tempo, e contra a tesoura cega de Bassul.
Aí sou eu que faço uma pergunta: se as jovens atletas do Brasil não podem ganhar experiência e tempo de quadra enfrentando "potências" como Chile, Venezuela, República Dominicana e Canadá, quando é que elas atuarão em jogos internacionais pela seleção? Com 45 anos de idade e na categoria Masters? Que fase, hein, Bassul!
11 comentários:
Vc também tem acompanhado os treinos da feminina Bala?
Ja ta mais q claro q o problema é o Bassul. Precisamos de um tecnico estrangeiro com urgencia, ou se não da uma oportunidade pra brasileiro q é assistente de uma equipe la da NCAA...qual o nome dele mesmo Fábio ??
oi, anônimo.
sua pergunta é pertinente, de fato.
eu não tenho acompanhado os treinos, pois moro no rj e os mesmos são em sp. qdo eles forem no rj, eu irei, tenha a absoluta certeza.
não discuto os cortes, mas a filosofia (ou a falta dela) que (não) vem sendo implantada.
desde o início disse aqui no que iria dar. bassul, a quem tanto defendi, jamais cortaria, por exemplo, uma veterana para manter uma iniciante, mantendo uma base que nunca dará resultados internacionais à altura do que considero aceitável.
a izabela, por exemplo, pode não estar bem, mas ao menos tem o benefício da dúvida para um dia ser uma boa jogadora - e eu acredito fortemente nisso.
por isso eu sempre defendi a mescla, a mistura, e não a manutenção de uma base experiente, porém sem "sal". e tem mais: para ganhar uma vaga na copa américa não é preciso nenhum esquadrão!
veja só:
Leva a helen, mas leva a natalia
leva a karen, mas leva a mariana camargo
leva a silvinha gustavo e micaela, mas leva a iza
leva a fran e kelly, mas leva a karina jacob
leva a érika e a alessandra, mas leva a nadia
é isso que discuto.
não é questão de trocar a mais velha pela mais nova, pois não acredito que renovação se faça assim, mas trocar uma geração que não tem nada para nos dar em termos de resultado por uma que quem sabe um dia dará. veja aí a sub19, que já sofre horrores porque não tem experiência internacional.
se a gente não mudar o disco imediatamente, aí sim é que estaremos "quebrados" no futuro.
quantos jogos internacionais terá a karina jacob até o Mundial-2010? E a Karen, quanto tempo de quadra terá até o ano que vem?
cada um com a sua filosofia, eu respeito e sou educado para aceitar uma escolha, mas eu não concordo.
abs, fábio
helton, creio que você esteja falando do Julio Pacheco, que é assistente em Arkansas Tech University
http://rebote.blogspot.com/2007/10/um-sonho-de-liberdade.html
pode ser um bom nome para compor a comissão técnica mesmo, mas não sei se técnico principal.
abs, fábio.
Será que alguém, além da comissão técnica, está vendo os treinos e pode informar se:
- A Nádia Colhado está indo bem?
- A Mariana Camargo merecia o corte?
Sds.
Sim Fabio é desse q eu falo sim. Sei lá viu acho q valeria a pena da uma oportunidade e ele sim, ja q o Bassul infelizmente não sabe o q faz .
mariana e clarissa(mesmo gorda) não deveriam ser cortadas
concordo com o texto em tudo
Fábio é verdade que a Karla tbm foi cortada ?
Jdinis, eu tenho acompanhado os treinos sim. agora um pouco menos do que no começo.
Respondo tuas perguntas
A nadia nao vai bem não, na minha visao ou ela foi muito mal trabalhada na Base, ou ela começou a jogar basquete muito tarde.
A Mariana nao merecia o corte, tava treinando bem, fundamentos apurados, arremessos calibrados, rapida e agil. Podia até nao colaborar com a Seleção agora, mas podera fazer num futuro bem proximo (assim espero, se o Bassul permitir)
O Brasil tem uma cultura de preparar sus atletas para olimpiadas muito proximo da competiçao. Na minha opinião deveriamos dar uma chance para estas jogadoras novas agora, na copa America, ou em torneios de menor expressão, para que elas ja ganhassem uma experiência. Ou será que em 2012 ou 2016 as nossas atletas seram as mesmas atletas do 11 lugar de Pequim? Ai recoremos a Clarissa, Mariana e Cia e será que elas estaram tão bem preparadas para disputar.
Enquanto nao mudarmos esta cultura, sofreremos. Mas eu tenho fé.
Obrigado, Dennis.
Então, se a Mariana estava bem, já são dois absurdos na minha opinião: o corte dela e da Clarissa (a não ser que esteja com uma contusão, como alguns disseram).
É como o Dennis falou e o Fábio colocou em tópico posterior a este: falta investir no futuro.
Sds.
Essa opção em formar uma seleção com praticamente todas atletas na casa dos 30 anos é de um pensamente tão medíocre. O que será da seleção brasileira depois que elas decidirem se aposentar?
Pode ser que elas não estejam mais autando na Olímpiada de 2012 e algumas nem no próximo Mundial, a Alessandra e Helen que estarâo na casa dos 37 anos, por exemplo. A Copa América, que é uma competição fraca tecnicamente, deveria ser utilizada para dar bagagem a novos talentos que ainda não se firmaram na seleção como Franciele e a própria Erika, além de testar as poucas promessas convocadas, que poderiam ser úteis nesse ciclo olímpico, mas infelizmente foram as primeiras a serem cortadas (Mariana Camargo, Izabela, Clarissa). Parece que a preocupação de renovar não passa pela cabeça do Bassul e da Hortência. Para eles todos os jogos da Copa América deverão ser de vida ou morte. Então vamos jogar com nossas melhores veteranas. Nosso futuro é duvidoso, viu...
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