quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Quando a vitória não muda nada

É óbvio que derrotar hoje (13h) a República Tcheca no Mundial feminino seria bem legal. Por mais que signifique apenas uma sobrevida com data de eliminação marcada (contra Austrália ou EUA na sexta-feira), o time de Carlos Colinas teria a chance de, ao menos, terminar entre os cinco primeiros, o que, vamos combinar, seria um baita lucro para o basquete que este grupo apresentou.

De todo modo, a avaliação mais racional não pode se ater ao resultado de hoje, nem ao das quartas-de-final. O que se viu na República Tcheca foi um arremedo de time, erros de fundamento que reprovam a formação das jogadoras brasileiras, atletas fora de forma (se cuida, Kelly...) e um técnico que não possui a menor tarimba para dirigir uma equipe profissional.

Torço para a seleção vencer nesta tarde, mas ficaria muito mais feliz se, independente do resultado, a avaliação da CBB fosse precisa, exata, cirúrgica. Já passou da hora de o basquete feminino "discutir a sua relação". Clubes, federações, técnicos, atletas e ex-jogadoras precisam sentar e conversar. Que a Confederação promova este debate para que o futuro não seja tão sombrio como está sendo o presente.

12 comentários:

Victor Dames disse...

Meu medo, caro Fábio, é o impacto do resultado, qualquer seja ele. Se negativo, será um abalo ao grupo de jogadoras, psicologicamente instável e despreparado para lidar com a pressão sofrida de todos os lados, vide as declarações e lágrimas pós-jogos, nas vitórias ou derrotas. Se positivo, mascara a falta de planejamento e decisões erradas tomadas pela direção da CBB. Como torcedor, ficarei na torcida por uma vitória, é claro, mas como entusiasta da modalidade, acho que uma derrota escancara mais nossos problemas... Que dilema! Abraços!

Anônimo disse...

Sera que a Helen pode ser aproveitada pela CBB depois do mundial o vamos a jogar no lixo 25 anos de experiência?

fábio balassiano disse...

Victor, por isso escrevi o texto. O certo é não mudar em nada! Mas...

Sobre a helen, tanto ela quanto a Alessandra devem ser utilizadas!

Abs, fabio

Anônimo disse...

Bala acho que agora muda sim , pois fomos muito no fundo dessa vez.Acho que até os patrocinadores vão meter uma pressão.

fábio balassiano disse...

anônimo, quis dizer que torço para que a cbb não mude em nada o seu julgamento após o jogo de hoje.
tomara que, como você disse, realmente mude, e mude muito!

Abs, Fábio

Anônimo disse...

O que temos que como torcedores cobrar e rezar, e que a CBB pare de fazer so marketing, quer usar grandes nomes como Hortência, Janeth e Paula, tudo bem, mas a use da forma correta como incentivadoras e motivadoras, não as queime em cargos administrativos ou exija delas que sejam coodenadoras, assistentes ou tecnicas, para não dar no que deu.
A discussão que a CBB tem que fazer, e a seguinte, como melhorar o nivel de nossos atletas, isso se começa la aos doze anos do atleta, isso se começa la na formação de professores e tecnicos de base.
O que se pode fazer hoje, a nivel de seleção, começar um trabalho serio, com comissão tecnic séria; a nivel de basquete nacional, mudar a apresentação dos grandes jogos, tentar transforma-los num grande espetaculo, como ocorre em outros paises, sinceramente acho dificil, mas tem que tentar.
Uma coisa triste de constatar, e o nivel das seleções neste mundial, e horrivel, não temos sequer três grandes seleções, vcs imaginaram se fosse como no masculino aonde a competitividade e maior, e a CBB perdeu a chance de fazer seu marketing da melhor forma que existe, vencendo!
Mas sou torcedor, venceremos hoje, e continuaremos vencendo até a final, mas se esta minha utopia acontecer, espero que não esqueçam os erros cometidos.

BASE

Henrique Lima disse...

O que vai mudar ?!

A Hortência mandar embora o juvenil espanhol e colocar a Janeth.

Depois, teremos outras piadas sem graças da Hortência.

Temos que lembrar que, lugar de palhaço é no circo e não em confederações.

Outra coisa, quando a Hortência vai ser digna de responder que não, não valeu a pena trazer a Iziane de volta para apresentar este basquetebol abaixo da crítica. Ou seja, ela também caiu no conto da estrela imposta.

Enfim, eu dúvido muito de melhoras a curto prazo, mesmo na adm da cbb. Dúvido muito. E torço para que queime a língua.

Um abraço, Fábio.

Anônimo disse...

Hortência e Janeth deveriam ser conselheiras, consultoras ou outro cargo auxiliar, JAMAIS diretora executiva com carta branca ou treinadora.

A experiência dentro de quadra é importante, mas deve ser valorizada de outra forma, pois para se assumir um cargo técnico ou administrativo é preciso preciso capacitação, qualificação e experiência na função.

Infelizmente, nossas brilhantes ex-atletas, não estão dispostas a estudar e não tem experiência suficiente para assumir funções tão complexas, como as que exercem na CBB atualmente.

Os fatos estão aí diante de nossos olhos, não tem como abafar o caso, está sendo transmitido em rede nacional.


O amadorismo do basquete feminino é evidente e gravíssimo.



Luis

Anônimo disse...

Não concordo com o título:

"A vitória que não muda nada"


Acho que muda muita coisa.

Não é bom que a seleção brasileira perca completamente o respeito no cenário mundial ficando de fora do grupo das 8 melhores equipes da competição, nem acho que isso seja merecido em comparação aos nossos adversários e pelos valores individuais que temos, também não é bom termos um grupo de atletas sem auto-estima, sem falar no efeito negativo causado para as meninas que estão começando a jogar a basquete, a falta de interesse dos patricinadores, queda do prestígio dentro da CBB, etc.

Enfim, não concordo com a teoria de quanto pior melhor para provar que é necessário mudar o rumo. Até porque ficamos em penúltimo lugar nas Olimpíadas e agora estamos nessa situação.

Porém, concordo totalmente com o post, uma possível vitória sobre as embaladas donas da casa, vão dar moral para nossas meninas, o que é mais que merecido pois elas se dedicaram e estão lá dando o seu melhor, mas isso não pode de jeito nenhum servir para varrer a sujeira para debaixo do tapete.

Os equivocos de falta de uma gestão profissional no Departamento Feminino, contratação de Comissão Técnica, planejamento, convocação, preparação, etc, etc, etc... precisam ser encarados, assumidos e corrigidos imediatamente após o encerramento do Mundial.


Vamos vencer hoje e lutar até o final.


Depois do final é hora de sentar e corrigir muita coisa, mas muita coisa mesmo.



Marco Antônio

Anônimo disse...

A Helen poderia ser aproveitada para que a mesma ajude a melhorar a cabecinha do seu irmão Rafael Luz para que o mesmo defenda a seleção brasileira e não a espanhola.

Márcio-33 disse...

Bala
concordo com o fato do Colinas ter ficado dentro da expectativa geral, ou seja, muito mal no comando da equipe. Confesso que quando da contratação dele achei que seria uma boa opção por se tratar de um técnico, apesar de ser da base espanhola, que poderia trazer novos ares para o nosso defasado basquete. Infelizmente isso se provou apenas um sonho.
Já sobre a vitória de ontem, acredito que possa trazer um novo animo para o abatido grupo brasileiro, apesar de as japonesas nao passarem de 1,85m, a Erika mostrou que o jogo interno é a chave para abrir qualquer defesa liberando as alas para chutes concientes e infiltrações. Torço para que as meninas se imponham como equipe e possam seguir o mais longe possível!

Abraxxx

Anônimo disse...

Um comentario sobre as ultimas declarações da Hortência, - falta de vontade, garra e postura, e a primeira frase que tecnico incompetente usa. depois vem: - perdems nos detalhes, mas a equipe foi melhor do que eu esperava, - podiamos jogar até amanha que não ganhariamos.
A Hortência ja usou uma frase e meia destas.
Outra coisa que acho engraçado e tecnico que fica gritando do banco, -vai,vai - chuta, chuta - postura, postura. Pelo menos as duas primeiras volta e meia o Colinas usa, que os resultados nos alegrem, eu rezo, pois no resto.

Base