quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A lição do Mestre Zen

Incomodado com a facilidade encontrada por Luis Scola nos pick'n'rolls contra a defesa brasileira (ainda mais após a surra que a Lituânia aplicou nos hermanos), fui reler trechos dos livros de Phil Jackson. Lá, o então técnico do Chicago Bulls falava sobre como marcar a jogada contra Karl Malone e John Stockton (Utah Jazz). Para ele, três situações poderiam ser usadas pelo seu time.

1) PJ considerava o "menos pior" pick de Malone para Stockton nas extremidades da quadra. O deslocamento da defesa era mais rápido, e o passe de Malone tinha que percorrer "mais espaço" para chegar ao arremessador livre. Por isso, em várias vezes Phil orientava Ron Harper a deixar Stockton "solto" nas "zonas mortas" para começar as jogadas.
2) No momento da cobertura, quem dava o primeiro combate a Karl Malone, que acabara de sair do corta-luz, era Scottie Pippen. Forte e com braços longos, ele conseguia negar o passe mais rápido, mas por vezes deixava Bryon Russell livre para arremessos. De acordo com Jackson, isso fazia parte do script. Era melhor testar a mira torta de Russell do que a certeira de Malone.
3) Por fim, a solução que Phil Jackson menos gostava. Ele fazia com que sua defesa concentrasse as suas forças nos outros quatro atletas durante 42 minutos da partida - quando Malone poderia brilhar à vontade. Nos seis finais, a marcação dos Bulls voava em Malone, que, assim, passaria a bola para companheiros "frios" e sem confiança. Não à toa, Bryon Russell e Jeff Hornacek cansam de errar arremessos nos últimos três minutos.

É uma pena notar que Rubén Magnano tenha pecado tanto ao escolher a forma de parar o pick'n'roll de Pablo Prigioni e Luis Scola.

21 comentários:

Sérgio disse...

Fábio, qual o nome do livro de onde você tirou esses trechos?

Obrigado!
Sérgio

fábio balassiano disse...

sergio, de 3 deles.

"Sacred Hoops", "More than a Game" e "The Last Season: A Team in Search of Its Soul"

abs, fábio

igloureiro disse...

Fantástica as colocações sobre livro de um técnico vencedor como é o Phil Jackson!
Deveria ser livro de escrivaninha dos técnicos de basquete, e também da CBB!

Anônimo disse...

Tambem ja li o livro, mas não precisa ser nenhum Phil Jackson para saber como marcar aquele time argentino.
No mais quem tem que ler este livro sao nossos tec. de base, se e que conseguem entender o que leem

Colin disse...

Eu vi o Brasil tentando marcar o pick n roll da Argentina de 3 maneiras: dobrando, saindo no arremesso e voltando, e trocando. Nenhuma deu certo.

Nas 3 tentativas, o Brasil demorou muito na rotação defensiva, e com um passe rápido como o de Prigioni, aliado à essa lentidão, só com 10 em quadra pra parar o pick n roll.

Teve jogador brasileiro dando trombada um com o outro. Se eu tivesse a solução para esse problema, seria técnico, não jornalista, mas que ficou claríssima essa falha na rotação, ficou.

Anônimo disse...

cOLIN VC FOI PERFEITO, MAS SABE POR QUE NÃO DEU CERTO EM NENHUMA DAS TRÊS, UMA DICA, COMEÇE A VISITAR TREINOS DE CATEGORIAS DE BASE, PODE IR EM QUALQUER CLUBE, VC DESCOBRIRA QUE NOS NÃO DAMOS VALOR PARA OS FUNDAMENTOS, PRINCIPALMENTE OS DEFENSIVOS.
UM SISTEMA DEFENSIVO E IMPORTANTE, A VONTADE E POSTURA SÃO IMPORTANTES, MAS SO DA CERTO COM JOGADORES QUE SAIBAM DEFENDER, QUERER NÃO E PODER TEM QUE SABER.
OU ALGUEM ACREDITA NA VARINHA MAGICA ARGENTINA.

Anônimo disse...

Foi comentado num post anterior, que Rafael Luz não quer jogar pelo Brasil.
Gostaria que se provasse o que foi dito, chega de leviandade ou ouvi dizer,. isto e ser mediocre.
Rafael Luz e talento que não podemos queimar com mentiras, veja a dificuldade que temos para substituir Huerta.
Por favor caimbra no dedo antes de falar por falar

Anônimo disse...

Uma dica linda de como se treina no Brasil, vão a qualquer clube e vejam um treino do adulto, e uma beleza, regado a chutinhos e risadas, sem compromisso com nada, o tec. sabe-se la o que faz, e os jogadores parece que estão matando tempo, afinal treinar fundamentos pra que ja sabem tudo. E isto se repete pelo BRASIL.

Anônimo disse...

Quem disse foi o próprio Rafael ao jurar amor pela espanha para se naturalizar e ganhar o famoso transfer. Aliás, pergunta para a Helen por onde o Rafael vai jogar e observe sua respota.O Adonis fez a mesma coisa hein, mas não caiu no gosto dos gregos. O cara optou pela Grécia, simples assim.

Gustavo

Anônimo disse...

fala bala td blz ?
é o bruno beno de jundiai ok ok
pra vc se o nene estivesse em quadra a defesa serioa melhor em cima do scola? e revendo o jogo não entendi pq o marcelinho machado não jogou mais tempo e pq em vez de marquinhos em quadra não ter posto ele !!!1

marcelo marques disse...

é o rafael pelo q vejo é um caso perdido mesmo agora é procurar outros atletas


com respeito ao phil acho as dicas boas e aceitaveis mais acho o basket fiba bem diferente ao nba
e como de time a time e jogador a jogador não sei se essas dicas cabem a scola e prigione

Marçal de Lima Hokama disse...

Legal Fabio a sua comparação de situações do jogo do BrasilxArgentina com BullsxJazz, só que temos algumas coisas a considerar:

1- Na temporada regular da NBA esses times se enfrentam diversas vezes e no playoff são pelo menos 3 ou 4 partidas, então tinha possibilidade de testar várias formações e idéias para encaixar a marcação correta (a série final em 1997 foi 4x2, ou seja, mesmo assim, o Bulls perderam dois jogos), e o jogo do Brasil foi um só. Como o Colin comentou acima, pelo menos 3 variações o Magnano usou no Scola.

2- só faltou o Magnano ter o Scottie Pipen (jogador fantástico!) para marcar o Scola, hehehe!

fábio balassiano disse...

Chizu, o Brasil tentou e errou tudo contra o scola. Só uma coisa: acho q a Lituânia nao tem o pippen, e tampouco jogou seis vezes antes de deter o cara hj!

Bruno, o nenê não estava lá. Infelizmente não dá para falar sob hipótese. E o magnano errou, independente de jogadores que estavam lá.
A Lituânia mostrou como se faz...

Abs, fabio

Anônimo disse...

É muito fácil arrumar "soluções" geniais depois das vitórias e colocá-las à venda num livro.

Se Jasen não acerta aquelas 2 cestas de 3 pontos com marcação em cima, e o Brasil vence, de repente falaríamos que Magnano foi genial por "deixar" Scola pontuar, deixando os demais frios.

O grande feito genial do PJ contra o Jazz foi ter Michael Jordan em seu time...

Anônimo disse...

E nessas horas todo mundo esquece que o Splitter perdeu 2 semanas da já apertada preparação, e ainda por cima se machucou perdendo os primeiros jogos preparatórios.

Será que isso não ajudou um pouquinho o trabalho do Scola, principalmente na hora de voltar na troca de marcação?

raul disse...

O bala esta certíssimo galera o jogo da Argentina é o mais obvio de todos, bola pro Scola e Pick´n Roll que digamos de passagem, para quem comentou acima sobre o Brasil não ter um Pipen, Scola e Prigione estão anos luz de distância atrás de Malone e Stockton.
O Magnano errou mesmo e errou feio, comprometeu a campanha do Brasil com essa bola fora.
O Brasil teria boas chances contra a Lituania e até agora foi o único time que fez frente aos EUA.
Essa derrota eu não credito nem ao Leandrinho nem a a Scola ser um monstro de 7 cabeças que não é.
Credito ao Magno que passou 40 minutos levando ponto da mesma forma sem ao menos tentar outras variações táticas, como uma defesa match up ou box and one, nem uma foza descente foi tentada na verdade...

raul disse...

retificando onde esta escrito foza leia-se zona!!

Anônimo disse...

Caro Bala,gostaria de saber se tem algum fundamento a acusacao de que varios atletas da NBA (de todos os paises que tem jogadores la.)nao foram ao mundial por usarem uma substancia dopante(assim q se fala?).Isso me foi passado por um colega(jornalista tbem).Segundo ele,tirado de um site americano.Sei q eh muito vago e serio para achismo.Mas gostaria de saber se vc acha q tem algum fundamento.
abrs paulo

Anônimo disse...

Bala
Nenhuma defesa,nenhum livro conseguira segurar a bola de três!!!
Chega de jogar em baixo com pivôs,este Mundial acabou com os que criticam as bolas de 3, e melhor ainda se for forcada como os da Lituânia.

Jose , o troll

fábio balassiano disse...

Paulo, não tenho essa informação. Não posso julgar. Abs, fabio

Marçal de Lima Hokama disse...

Ok, Fábio, a Lituânia conseguiu parar a Argentina (e depois não parou os EUA), mas é um jogo completamente diferente. A Argentina acertou 61% das bolas de 3 contra o Brasil e 19% contra a Lituânia. Tá certo que a defesa da Lituânia é bem melhor que a do Brasil, mas Scola e cia perderam muitas bolas em ótimas condições de arremesso, o que não aconteceu contra o Brasil. E sobre o Brasil não ter um Scottie Pippen, foi apenas uma alusão à técnica do Phil Jackson. Ele tinha Varejão, JP, Murilo e Guilherme Giovanonni para marcar o Scola e não queimar o Splitter de faltas. Deu no que deu... Acho que até o Alex com a diferença de altura conseguiria marcar o Scola melhor...