quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Toni Chakmati revelado - Parte I

Toni Chakmati saiu da toca ao assumir ser candidato (esta entrevista foi feita na última sexta-feira, antes, portanto, de seu anúncio oficial) a presidente da CBB nas próximas eleições (fato revelado aqui há quase duas semanas), marcadas para 2009. Nesta entrevista por email, o agora oposicionista fala dos seus planos para a gestão à frente da entidade, critica o mandato de Grego e revela, claramente, ser o autor do site ‘A Hora de Reconstruir’, que, segundo ele, “foi criado para angariar idéias e sugestões, mas infelizmente, alguns o desviaram para assuntos particulares”. O bate-papo com Chakmati será dividido em duas partes. A segunda sairá amanhã.

-- BALA NA CESTA: Por que o senhor não assume de vez que é candidato a presidência da CBB? O que lhe impede de fazer isso, já que o fato é cristalino?
-- TONI CHAKMATI: Já assumi faz tempo. Naquela entrevista (ao Basketbrasil) eu quis dizer que ainda não era candidato oficial, pois o registro da chapa se dará somente em janeiro.

-- O Grego acaba de ser eleito para a ABASU. Em que isso afetaria a sua gestão, caso fosse eleito, e no que isso pode ser bom para o basquete brasileiro? Aliás, como o Grego foi eleito para a nova entidade, tendo em vista o trabalho dele à frente da CBB?
-- Em primeiro lugar a ABASU (nome feio) não existe oficialmente. Falta estatuto, registro, endereço fixo... Ela foi criada para substituir a CONSUBASQUET, entidade que a FIBA América detonou porque seu presidente não queria seguir as suas determinações. Portanto essa nova organização não afeta em nada o basquete brasileiro. Grego foi eleito porque não havia outro e porque o Brasil carecia totalmente de representação internacional. Eu sou o único representante na FIBA América como presidente de uma comissão.

-- O que mudou das últimas eleições para cá, tendo em vista que o senhor foi aliado, rompeu, voltou a ser aliado e posteriormente rompeu de vez com a gestão do Grego na CBB? Quais foram os problemas?
-- Não houve esse vai e vem. Rompi em 2006 e nunca mais voltei. Os problemas foram muitos, todos referentes a maneira como o Sr. Grego passou a agir. Uma Confederação não pode ser dirigida apenas por três elementos: Grego, Bob e Luiz Antonio.

-- O basquete já foi o segundo esporte mais popular do país, e hoje não figura nem entre os cinco. O que leva o senhor a tentar ser presidente da CBB em uma situação como essas, onde até o repasse da Lei Piva diminuiu?
-- Tentar a presidência quando tudo está às mil maravilhas, com vitórias, prestígio e dinheiro, é fácil. Tentar a presidência nesta situação é se sentir em condições de mudar as coisas e evitar que afunde mais.

-- Em recente entrevista ao site Baskebrasil, o senhor disse: “O Norte e Nordeste não têm tradição porque eles não têm condições financeiras necessárias. Eles são pobres e precisam da ajuda da Confederação para fazer um basquete melhor (...).Mas ainda dá para consertar”. Como melhorar a situação por lá, sem pensar apenas na região como massa de manobra política para eleições?
-- Nunca é tarde para começar. A CBB tem por obrigação ajudar e orientar aquele povo. É preciso abrir cursos para técnicos e para árbitros. Isso não se faz em fim de semana, como é feito atualmente. É preciso realizar acampamentos para atletas das categorias de base onde eles são observados, ensinados e treinados e de onde surgirão os futuros nomes do nosso basquete maior.

-- Como reacender o fogo pela modalidade? Quais foram as principais deficiências da gestão do Grego que o senhor tentaria melhorar? Quais seriam as palavras-chave de sua gestão?
-- As grandes deficiências da gestão Grego são a mentira, prometer e não cumprir e praticar a vingança àqueles que não votaram nele. Enfim, desde o primeiro dia da sua gestão trabalhar em função da próxima eleição, não ouvir conselhos e acumular erros que permitem, por decisões esdrúxulas, ter que gastar milhões em ações judiciais que poderiam certamente ter sido evitadas.

CONTINUA AMANHÃ

8 comentários:

Anônimo disse...

"orientar aquele povo"

igual a GREGO, vai fazer é porra nenhuma pelo nordeste... aiaiai... é trocar um pelo outro... como sempre... dá em porra nenhuma...

Anônimo disse...

Fora grego, fora toni, pelo amor de deus fica na fpb e indica outro candidato, nao é possível que os clubes paulistas continuem apoiando a decadencia do basquete paulista

Luiz Melo disse...

Realmente a expressão "aquele povo" foi, para falar o mínimo, inadequada. Além disso não consigo ver quais seriam as mudanças, em termos de política e gestão, decorrentes da eleição do Sr. Chakmati. Ainda mais quando lembro da censura aplicada no já "famoso" site A Hora de Reconstruir.

Anônimo disse...

Parece político, mas quero ver se faz na hora que for eleito.
Como assim "aquele povo"? Aquele povo é o mesmo do Brasil todo. Amantes do basquete. Porque nao falar os conterraneos do norte - nordeste?

E se ele for eleito, quero ver se ele tentará elevar mesmo o nivel e a imagem do nosso basquete, fazendo campeonatos de bases descentes, espalhando pelo Brasil todo, escolas de arbitragem e de tecnicos.

Vamos ver, pois falar é facil, dificil é cumprir o que fala.

Anônimo disse...

Sabem por que o Toni fala assim?
Porque é exatamente assim que ele age e pensa. O norte-nordeste não precisa de dinheiro para fazer times adultos, precisa de vagas na competições.E mais não são as pessoas que sofrem com seca ou moram em áreas com escassez de oportunidades ou seja, os pobres, quem fazem o basket. Ou ele acha que o povo daquelas regiões está na rua morrendo de fome?
Já gostaria de adiantar que a candidatura do Chakmati não é bem vista por " aquele povo ", como ele mesmo diz e que dificilmente vinga, pois ele tem um péssimo relacionamento com os presidentes " pobres".
E meu caro Toni, só tenho a lhe dizer que nós temos muito basket formado utilizado amplamente em seu estado e sua federação sempre usou os nossos atletas nas seleções paulistas para ser campeão brasileiro. Viaje um pouco mais e verá que o problema dos times que não existem e dos times que fecham, inclusive em São Paulo , vão mais além de motivos como a pobreza de uma região.
E você foi administrador da CBB até bem pouco tempo, durante quase todos os anos da gestão Grego. Você também é responsável por tudo o que aconteceu. Não tire o corpo fora, pois se beneficiou durante anos a fio e agora quer dar uma de redentor.
um nordestino indignado

Anônimo disse...

"Aquele Povo" que cara mais racista, mais um que pensa que o problema do Brasil é o nordeste. E desculpe candidato nos brasileiros,os nordestinos, não precisamos de orientação mas sim de oportunidade.

Anônimo disse...

A frase AQUELE POVO, é totalmente discriminatória com o povo nordestino e nortista, aliá o basquete paulista discrimina o resto do país, sabendo desta discriminação que os presidentes do nordeste e norte tem a maior rejeição ao Tony.Fiquem tranquilos ele não ganha as eleições, hoje arrisco a dizer nem que componha com o teatro armado com ex-inimigo que não acredito que seja um teatrinho de momento.
Li a entrevista não diz nada de novo é o mesmo que todos vão dizer menos o Grego que vai usar aquele chavão minha proposta é o trabalho que fiz no basquete do país ou seja nada de bom.
Fernanda Dizzi

Anônimo disse...

Pessoal recebi um e-mail sobre o questionamento que um tal de Alcir fez a CBB e logo depois recebi um com a resposta do Grego, respondendo de forma politica e deixando que as vaias que recebeu foram de menos importância feita por um grupinho de pessoas e que a maioria o ovacionou quando falou,seria bom que alguem comprovasse isto.
João Paulo