15 - Este foi o tempo de quadra de Germán Gabriel, o atleta que menos jogou no Unicaja Málaga, do excepcional treinador Aíto Garcia, medalha de prata com a Espanha em Pequim. Adepto do sistema de rotação constante no elenco, o técnico assumiu a equipe e ainda está invicto após duas rodadas da Liga ACB. Todos os seus 12 jogadores entraram em quadra e dez deles tiveram mais de 10 pontos de eficiência na vitória contra o Cajasol/Sevilla por 91-60. Na partida anterior (triunfo diante do Real Madrid), nove atletas atuaram por mais de 10 minutos.
E agora, como é que fica? Substituir bastante é bom ou ruim? A discussão é boa, e a caixinha de comentários está aberta!
5 comentários:
Meu caro Balassiano, sou Prof de basquete colegial e estudante de basquetebol. Uma coisa posso te garantir: Essa maneira de utilizar uma equipe, com alterações constantes, é maravilhosa e extremamente proveitosa, uma vez que, além de estarem sempre descansados, os atletas também percebem que fazem parte da equipe e que devem estar sempre atentos à partida, o que evita tédio ou brincadeiras em demasia no banco. Porém, que fique claro: para que o atleta possa jogar dessa forma, ele deve ser preparado desde as categorias de base, no início de sua formação. Não esqueçam que a Espanha possui uma forma única de jogo, desde o Mini-basquete. Entonces, o problema não é a rotação, mas sim como e quando ela deve ser utilizada. E essa é uma situação que os técnicos brasileiros, por mais que digam o contrário, desconhecem. Ou vocês já viram algum jogo colegial?! Os iniciantes, ou mais fraquinhos tecnicamente, não passam de meros espectadores do jogo. No más, evoluamos Brasil, porque nossa situação beira o ridículo...
Abraços,
Silvio Dias Jr. (Gaúcho)
Silvio, interessante que diga isso, pois é algo que já li antes em uma entrevista com um dos principais formadores de talento do futebol argentino, não lembro o nome... Ele dizia que, em divisões de base, o importante é desenvolver talentos, não vencer jogos, que parece ser a mentalidade brasileira: queremos vencer sempre, às vezes às custas do desenvolvimento a longo prazo, e isso resulta no q vc disse, de manter os "fraquinhos" no banco olhando e explorar ao máximo os melhores.
é claro que é importante acostumar os garotos desde cedo a uma cultura de vitórias e a lidar com pressões de momentos decisivos, mas ainda mais importante é isso q vc disse, q os jogadores sejam preparados desde cedo para a coletividade e a rotação constante
na minha humilde opinião, não sou técnico nem tenho nenhuma formação, acho essa rotação constante muito saudável e até estranho q não seja mais usada no Brasil, pois é perfeita para manter os atletas descansados para nosso estilo preferido de velocidade no ataque e transição
Caro Fabio:
Estejam a vontade para ir a algum jogo das categorias mirim e infanto desse ano, que a Profa. Thelma é tecnica nas duas categorias. E vcs verão que ela continua utilizando essa situação de jogo, inclusive bem antes do filho dela Jonathan Tavernari jogar. Ela faz isso no minimo a uns 20 anos. Se alguem quizer verificar, só procurar no site da FPB e ver a programação de jogos dessas categorias no ou do Pinheiros. Esteja a gosto, mesmo em outubro.
abs.
Galera, fico feliz com o alto nível dos comentários por aqui. E concordo inteiramente com o Adriano e com o Gaúcho. Acho que o argentino que disse isso, adriano, foi o Huevo Sanchez, o "descobridor" do Manu Ginóbili.
Papamano, sou fã do trabalho da Thelma há séculos, e quando estiver em são paulo irei vê-la em ação!
abs, fábio balassiano
Quando vc tem no time principal jogadores em alto nível que não deixam o nível da equipe cair durante as partidas com certeza a rotatividade é extremamente bem vinda, na base isso deveria ser regra em todas as categorias todos os atletas deveriam jogar pelo menos 5 minutos, reforçando o que já foi dito, a base serve para revelar atletas e formar cidadãos o que menos interessa é ganhar, talves esteja ai a chave do fracasso do nosso basquete essa míopia que o mais importante é ganhar sempre desde o mini-mirim.
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