
O que eu vi naquele começo foi uma pelada de dar dó. Passes no ataque? Esqueçam, isso não existe por aqui. Pressão na bola? Esqueçam, isso não existe por aqui. Jogo com os pivôs? Esqueçam, isso não existe por aqui. Jogo sem profusão de bolas de três? Esqueçam, isso não existe por aqui. Foi por isso que, apesar do amor pelo jogo, eu desisti. E acho que fiz bem.
Da academia, com o telão ligado na minha frente mas sem mirá-lo com afinco, atendi o telefonema do meu amigo Bruno Lima, que vociferou palavras pouco educadas a respeito do nível da peleja. Na boa, está cada vez mais complicado assistir a uma partida do basquete brasileiro. A qualidade técnica a que estamos sendo apresentados é terrível. Depois não podemos reclamar dos resultados internacionais. Ah, a partida seguinte, entre Flamengo e Lajeado, eu também me arrisquei, por cinco minutos, a ver. Desisti depois disso.