Na quinta-feira, na Caja Mágica de Madrid, o Real entrou em quadra classificado de forma invicta (5-0) na Euroliga, mas a partida valia muito para o Efes Pilsen, que se classificaria em caso de vitória no seu jogo e derrota do Siena, adversário dos merengues. Não ter acontecido nenhuma das duas situações não foi o problema, mas a derrota na capital espanhola revoltou Ettore Messina, que pediu demissão ainda no vestiário.
Não pelo placar (95-77 - a maior derrota de sua carreira em competições continentais), mas pela maneira como a sua equipe se comportou. De forma apática (16 erros), o vexame só não foi maior porque o último período foi vencido pelo Real por 26-17 (sim, os madridistas perdiam um jogo que valia muito para uma terceira equipe por 27 pontos após três períodos - a vantagem dos italianos chegou a surreais 31 na volta do intervalo).
Atualização do post (11:29): Hoje, sábado, Messina deu entrevista coletiva em Madrid e disse que sua saída pode ser boa para o time, que, em sua opinião, não tem maturidade para jogar em alto nível (leia aqui).
No vestiário após a partida, envergonhado pela atitude de seus atletas, o treinador pediu o boné e disse que não voltaria. Ficou ainda mais inconformado com a (falta de) reação dos atletas, que se calaram e sequer tentaram argumentar. Era o ponto final da Era Ettore Messina, um dos melhores treinadores do mundo, no Real Madrid, clube que completa 80 anos de basquete na próxima terça-feira sem muitos motivos para comemorar. O italiano havia sido contratado para trazer títulos e acabar com a hegemonia do Barcelona nos últimos anos.
Messina não conseguiu nem uma coisa nem outra mas culpá-lo, na boa, seria um erro - o time do Real Madrid é apenas razoável, o Barcelona possui um baita esquadrão e os madridistas passavam por uma fase de reconstrução. A frase final dele na capital espanhola fala muito sobre o seu sentimento: "Peço desculpas a quem veio ao ginásio, pagou o ingresso e terá que acordar cedo amanhã. Faltou respeito com os torcedores e com os adversários, e isso eu não posso admitir".
sábado, 5 de março de 2011
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3 comentários:
Tem algo errado no seu texto. Como é que um time "fraco de mais" consegue se classificar com 5 vitórias e uma derrota na Euroliga. O campeonato é muito fraco?
desculpe. troquei por "apenas razoável" fábio
O elenco do Real Madrid do ano passado era milionario e o deste ano tambem, tudo de acordo com o que impôs o Ettore Messina quando de sua contratação. E com orçamento superior ao do Barcelona. O problema mesmo foi de relacionamento, entre alguns jogadores e o tecnico. Dizem que ele não é nada facil como tecnico, e num plantel recheado de estrelas, dispensou alguns, encostou outros,e não se entendia com uma meia duzia.
Os resultados que ele prometeu quando fez o presidente Florentino Perez investir uma fortuna não vieram nem no ano passado (cairam na semifinais da ACB contra o Caja Laboral, e não conseguiram chegar aos 4 finalistas da Euroliga) nem nesta temporada, por enquanto. A equipe não decola, não encanta, como a do Barça.
Acredito que os áureos tempos de Messina como grande treinador começam a se dissipar.
O tempo dirá !
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