terça-feira, 16 de junho de 2009

Exemplos e exemplos

Leio no ótimo blog do Alexandre Cossenza, o tenístico e imperdível Saque e Voleio, que Gustavo Kuerten age, silenciosamente, para melhorar a estrutura do tênis no país. Muito se fala sobre a ausência da Confederação de Tênis durante, e após, o reinado do catarinense. O que Guga fez para compensar essa lentidão? Arregaçou os braços e foi trabalhar. Sozinho. Sem o apoio da entidade máxima do país. A frase do tricampeão de Roland Garros é de queimar a espinha de tão bonita:

"Hoje, até na nossa empresa (Guga Kuerten Participações), a gente trabalha com esses dois aspectos bem claros. Um é o Instituto Guga Kuerten, com trabalhos sociais, filantrópicos, toda estratégia vinculada a esse lado. O outro, com abordagem em paralelo, é o desenvolvimento do tênis. O Banco do Brasil é meu principal parceiro e vem apoiando desde o último ano da minha carreira, prevendo um projeto que elaborasse esse tipo de estratégia. O que está faltando no Brasil nós estamos tentando exercer aqui. Esse evento (a "Semana Guga Kuerten") mostra para os jogadores o que é preciso para ser profissional. Valores, conhecimento, exemplos. É preciso que pessoas exerçam seus papéis, contribuam com o tênis. Enquanto isso, a Confederação vai organizando a estrutura".

Aí ficam as perguntas: por que não há Gugas no basquete brasileiro? Onde está o Oscar, maior nome da modalidade em termos de "mídia", e até bem pouco tempo com trânsito livre em todos os cantos do país? O que os antigos ídolos estão fazendo para ajudar a modalidade a crescer?

Acho melhor mudar de esporte...

13 comentários:

marcelo marques disse...

bala acho essa comparação com oscar injusta

até pq cada um é cada uma maneira de pensar,diferentes personalidades........etc

Anônimo disse...

O MARCELO TEM RAZÃO.
O GUGA PENSA NO TODO
O OSCAR, SÓ NELE
É SIMPLES.
UM É ALTRUÍSTA
O OUTRO, EGOÍSTA!

parabéns bala!

jdinis disse...

Também acho injusta a comparação. O Guga ganhou muito mais dinheiro na carreira e também teve mais exposição de mídia.

A Paula e a Janeth, pelo que sei, trabalham com crianças no desenvolvimento do basquete e li no PBF que a Hortência está lançando, com a CBB e patrocínio da Unimed, um projeto em Curitiba. Acho que o Leandrinho e o Nenê também tem algum tipo de projeto.

É muito mais difícil conseguir investimentos no basquete, esporte que está "em baixa", do que no tênis (que pela classe social que atinge dá mais retorno).

Também concordo com o comentário do Marcelo que não podemos comparar o Oscar com o Guga, pois são pessoas diferentes. O Oscar, ao seu jeito, tentou ajudar o basquete montando uma liga e comandando um time (Rio de Janeiro/Telemar).

Sds.

fábio balassiano disse...

jdinis, você é um dos caras que mais respeito dentro deste espaço, mas eu discordo veementemente do que você acabou de escrever.
o projeto da paula não é para o basquete, mas para o esporte em geral. ela está indo muito bem, aliás.
o da janeth é bom, de fato.
mas, alguns pontos:
1- dizer que é mais fácil conseguir patrocínio no tênis do que no basquete é muitoooooooo equivocado!
2- o guga teve mais exposição que o guga na mídia? roland garros não passava na globo...
tem mais, mas deixa pra lá!

abs, fábio

jdinis disse...

Fábio, vamos lá:

- Não sou especialista em marketing, portanto a minha opinião sobre facilidade de conseguir patrocínios á baseada apenas no "achismo";

- Acho que é mais difícil no basquete pois o tênis, como esporte de elite, alcança uma classe com mais poder aquisitivo e mesmo, com menor público, o retorno pode ser maior. Quanto se ganha na venda de um Rolex ou uma Mercedez? O Golfe, por exemplo, paga prêmios milionários sem ser um esporte popular;

- O basquete no Brasil, infelizmente, não é ainda um grande produto. Se dermos uma olhada no Blog do Paulo Cleto (tênis) vamos ver uma quantidade de comentários nos posts bem maior do que aqui, no Rebote, no Draft Brasil, no BasketBrasil, no Blog do Prof. Paulo Murilo, no PBF, etc. É uma pena mas é verdade - embora isso possa mudar ou estar mudando (nada contra o Paulo Cleto);

- O Oscar, em grande parte de sua fase áurea, jogava na itália e o basquete europeu não é muito divulgado no Brasil. O Guga foi expoente do esporte brasileiro na época da TV a cabo e muito maior exposição dos esportes em geral (incluindo aí a NBA);

- Como diria o Romário, "o Oscar calado é um poeta". Ele não ajuda em nada quando não está (estava) jogando;

- Não discordei de você, apenas acho que não podemos exigir demais dos nossos poucos expoentes. Acho que devemos sim exigir da CBB (o que é feito constantemente nos blogs e sites de basquete);

- Discordar de vez em quando é bastante saudável!

Abraços

fábio balassiano disse...

jdinis, discordar é sempre saudável!
o debate é mto salutar...
parabéns pelas idéias
mto legal mesmo

abs, fábio

Adriano disse...

é verdade, discordar é sempre saudável, e esse debate de vcs dois foi muito interessante. eu também sou mais ou menos achista, mas pegar patrocínio no Brasil é difícil mesmo em qqr esporte, em qqr atividade. e temos q exigir sempre da CBB mesmo, assim como os tenistas têm de exigir sempre da CBT tbm. Mas nesse caso, nao custa nem faz mal admirar e aplaudir um ídolo que faz mais do que sua obrigação, como é o caso de Guga. Oscar, Paula, Hortência, Wlamir, Sérgio Macarrão, Marcel, Janeth, Marquinhos, todos estão fazendo algo às suas maneiras, ou tentaram alguma coisa. Apenas talvez nenhum deles tenha tido ainda a sacação ou a boa companhia que Guga teve e tem. ainda há tempo para eles

PauloRJ disse...

Muito bonito o projeto do Guga!

Alguns nascem para liderar, outros para serem liderados...

O Guga é um líder nato, e está mostrando que é campeão também fora das quadras...

Paulinho disse...

Eu tbm sou achista e adoro questionar, quem sabe isso não ajude o basquete de alguma forma.

Eu acho que alguns atletas do basquete contribuem como podem, seja através de projetos sociais e, em casos mais raros em funções administrativas. Paula e Hortência, por exemplo tiveram boas oportunidades e estão fazendo juz até agora, mas o foco é sempre as categorias de base, que realmente é fundamental para o surgimento de novos talentos, mas o que as pessoas esquecem é que estamos vivendo um momento onde não existem referências que sirvam de vitrine para inspirar e motivar quem está começando no basquete.

Eu acredito que os ídolos do passado poderiam emprestar sua imagem para captação de patrocínio e formação de grandes times. Assim, teríamos uma Liga Nacional de alto nível e o basquete poderia voltar a ter o destaque que já teve um dia.

O basquete brasileiro ainda não encontrou um modelo ideal para criar uma Liga Nacional forte, competitiva e estruturada.

A NBB é um esboço de organização, mas ainda carecemos de times que sirvam de referência para o torcedor.

Outros grupos poderiam se espelhar no exemplo do Flamengo, afinal os clubes de futebol são nossas "franquias" mais populares. Sabemos que o modelo de times como franquias é um dos segredo do sucesso da NBA, por isso eu acho que poderíamos adaptá-lo a realidade brasileira e buscar em clubes como Corinthias, Palmeiras, Fluminense, Botafogo, por exemplo, uma identidade forte para progetar o basquete na grande mídia.

Percebe-se, em pequenas iniciativas dos próprios clubes de futebol, que existe abertura para parcerias com o basquete, mas os nossos dirigentes e empresários ainda não souberam aproveitar esse grande filão.

Que empresa não gostaria de patrocionar uma forte equipe de basquete, mantendo um projeto social para atender jovens carentes, apadrinhado por um grande ídolo do esporte, sendo tudo isso vinculado as grandes marcas dos times de futebol?

Faltam leis para regulamentar esse tipo de parceria e um grupo de empreendedores interessados em explorar esse nicho e construir algo novo dentro basquete.

Precisamos de união e visão empreeendedora para parcerias de sucesso!

Anônimo disse...

O problema é que a maioria desses ícones do basquete quando fazem algo é para levar algum...

A Hortência fez um projeto no Paraná, foi campeã nacional e qual foi o legado que ficou por lá ?

Depois trouxe o time para o RJ... Passou a vestir a camisa do Fluminense também foi campeã... qual foi o legado que ficou ??

No caso do Flu só teve basquete feminino até 2007 pq o grande técnico Guilherme Vos bancava tudo.

Enfim, não ficou nada para os clubes e nem para a cidade...

O Oscar montou um time muito caro e uma liga conturbada...

Qual foi o projeto do Marcel ? Eu sei que ele fez um Funk e cadê o projeto ?

Se alguém souber por favor me diga...

O único que vejo dando resultado e o da Janeth pq ao contrário dos outros dá importância a base... Não é time adulto caça níquel.

Se estamos falando de projetos o do Tênis é muito mais caro e o público não é a elite... pelo o que entendi é para crianças, enfim, um público de baixa renda o que o torna mais difícil do que o basquete.

O Guga Tem uma imagem de herói consagrado assim como o Oscar tem o que difere é a maneira de pensar e agir...

Se o Oscar com o nome que tem não conseguir uma empresa forte como parceira eu vou desistir do meu projeto pq nunca vou conseguir nada...

O que falta é força de vontade e pensar primeiro na classe e depois no bolso, interesses próprios...

O Basquete está tão desorganizado que até quem tem nome e história na modalidade acaba caindo em descrédito na hora de buscar parceiros.

Anônimo disse...

Não estou acusando ninguém... derrepente todos os ícones do basquete já correram atrás, mas quando fui concluindo a minha postagem foi que percebi...

O Basquete está tão desorganizado que até quem tem nome e história na modalidade acaba caindo em descrédito na hora de buscar parceiros.

Fica difícil falar de alguém, logo peço desculpas por algumas coisas...

Anônimo disse...

Que o Guga é um fenômeno isso é fato

Anônimo disse...

Que o Guga é um fenômeno isso é fato