A Hora da Estrela

Foi ótimo ter revisto "Kobe Doin' Work" antes. No documentário de Spike Lee, o armador de Los Angeles diz: "Agora eu sei que não preciso chutar alucinadamente desde o começo. Quando vejo que precisam de mim, apareço". Foi o que ele fez nesta noite, no primeiro jogo das finais. Doze de seus 40 pontos saíram no segundo quarto, quando o Lakers marcou muito bem e fez os 31-19 que foram fundamentais para a vitória inicial da decisão por 100-75 (isso sem falar nos 36 dos 51 pontos dentro do garrafão na etapa inicial).

Na volta ao segundo tempo, quando poderia se esperar uma reação dos Magic, Kobe despejou outros 18 pontos, e aí ficou impossível para a turma da Flórida. Ao Orlando, fica, mais do que nunca o aviso: sem defesa ninguém ganha título (reflexo disso é que seu ataque murchou na outra ponta!). Se isso não bastasse, Dwight Howard esteve apagado (apenas seis arremessos para 12 pontos), Lewis também (2-10 e oito pontos) e Mickael Pietrus, como qualquer outro mortal, não conseguiu parar Kobe. Do outro lado, o contrário: Odom esteve fantástico (11 pontos e 14 rebotes) e Gasol soberbo na defesa (além dos 16 pontos e 8 rebotes).

Mal no começo de jogo, o Lakers usou a inspiração de Bryant no ataque para defender e abrir vantagem na segunda etapa - chegou a 28 pontos a vantagem. Meio letárgico, apesar da volta de Jameer Nelson (6 pontos em 22 minutos), o Orlando tentava reagir, mas sua pontaria de longe, certeira contra o Cleveland, estava meio descalibrada (8-23 dos três pontos). Ah, e só para constar: o tal Kobe terminou, além dos 40 pontos, com 8 rebotes, 8 assistências e um erro. Começo razoável de final, não?

Mas que ninguém se engane: essa final não será mole para o Lakers. Ou alguém aí na caixinha acha isso?