quarta-feira, 27 de abril de 2011

Como administrar o caos

Divulguei aqui embaixo o balanço de 2010 da Confederação Brasileira de Basketball. Como se vê, há muitas perguntas, poucas respostas e uma única certeza: a CBB continua sendo bizarramente mal administrada. Quanto a isso não há contestação, certo?

Já são dois anos da Era Carlos Nunes à frente da entidade, e vícios que deveriam ser extirpados do basquete brasileiro parecem querer se eternizar na entidade máxima. Eu não sei quanto a vocês, mas eu aprendi que não posso ter custo anual maior do que os meus rendimentos neste período. A regrinha básica é solenemente esquecida pela entidade há dois anos (pelo menos), e os tais empréstimos (contraídos junto aos bancos Itaú e Bradesco) são a melhor prova de como a administração dos recursos da CBB é feita de maneira mambembe. Se todo o campo econômico não fosse o bastante, o "apreço" dado a parte técnica também chama a atenção. Em 2009, foram gastos mais de R$ 235 mil com Clínicas Técnicas. Em 2010, míseros R$ 91 mil. Quanta diferença, não?

Ler o balanço da Confederação Brasileira não foi desanimador, porque eu em nenhum momento esperava o contrário (a notícia do empréstimo contraído pela entidade já pipocava na caixinha e no e-mail há séculos), mas é bem triste saber que a capacidade administrava desta "nova" gestão continua sendo muito ruim. E aí não adianta surgir Lucas Bebês, Izabellas Sangallis, Francieles ou Raulzinhos. Enquanto o alicerce principal for ruim, nunca o basquete nacional terá sucesso. É uma pena, mas enquanto os dirigentes forem ruins não há a menor chance de a modalidade encontrar o caminho do crescimento.

9 comentários:

Carlos Alex Soares disse...

Perfeito! Gestão. Organização. Planejamento. Transparência. Tudo isso falta no esporte brasileiro e no basquete, então...

Agora, com tudo isso, como vamos chorar com a opção do Eike Batista de apostar no volei com R$ 12 milhões?

Acabamos todos prejudicados por quem gere a CBB e as Federações, em alguns casos - eu acho que hoje faltam coisas na FGB, mas esta MIL vezes melhor que antes.

Daniel Alves disse...

Fabio tá dando no UOL hein?!

http://blogdojuca.uol.com.br/2011/04/dinheiro-publico-paga-juros-de-emprestimos-bancarios-da-confederacao-de-basquete/

Anônimo disse...

JOPS-SP

Bala,

CBB = Continuam Brincando de Basquete.

Quando que a CBB será profissionalizada?
Quando as "coisas" serão transparentes?
Centro de treinamento? quanto custa?
Treinar na Impact-USA? quanto custa?

Que Deus nos proteja.

Anônimo disse...

eh Bala,....o pior é que é noticia velha....

Anônimo disse...

Que isso ein Bala, merecendo elogios e sendo citado pelo Grande Juca Kfouri.

Parabéns, que vc paute a sua carreira sempre desta forma que a esta começando.

Alexandre Reis

fábio balassiano disse...

valeu, pessoal!
valeu, alexandre
fiquei feliz com o post e com o email que recebi do juca e do josé cruz, duas referências jornalísticas pra mim.
hoje é um dia feliz pra mim.

Abs, fábio

Fábio Carvalho disse...

Bela maneira de jogar dinheiro público (subsídios) no lixo!
Uma pena!
Parabéns pelo post, Bala!

rhaí rocha disse...

único, paeabéns bala!

Anônimo disse...

Bala, o mais legal é:

não temos respostas !

O dinheiro é público, de todos nós e não temos respostas.

É sempre o ''deixa pra lá'' que move todos estes dirigentes sem vergonha e que não sabem o que fazem.

Lamentável né ?

Cabide de emprego. Mas era o esperado, uma pena mesmo.

Agora, o TCU vai esperar até que dia para fazer algo ?

Abração.