segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Giovannoni em Brasília

O ala Guilherme Giovannoni, da seleção brasileira, acertou a sua ida para o Brasília, time dirigido por Lula Ferreira. o jogador é o maior reforço do time para o próximo NBB e a Sul-Americana.

Bira no Hall da Fama

É com orgulho que escrevo esta notícia. Leio no site da CBB que Ubiratan, o famoso Bira, campeão Mundial em 1963, acaba de ser indicado para o Hall da Fama da Fiba, que fica em Madri. É, de fato, uma grande e feliz informação!

Além dele, entram no Hall Pedro Ferrandiz e Pete Newell, dois técnicos de primeira linha.

Bira se junta a Amaury Pasos, Hortência Marcari e Togo Renan Soares, o “Kanela”. A cerimônia da classe de 2009 será no dia 20 de setembro, na Polônia, durante as finais do Europeu Masculino.

Minha vida sem Lauren

Quase nunca dá para dizer que um time com 18-11 e cinco vitórias seguidas precisa ficar atento, mas é justamente isso que acontece, agora, em Seattle, quando o Storm ficará sem Lauren Jackson por tempo indeterminado na WNBA. A pivô australiana de 19,2 pontos e sete rebotes sofreu uma fratura nas costas após o duelo contra Connecticut na última quinta.

No sábado, dois dias depois e ainda sob efeito da notícia, a craque Sue Bird, a moreninha da foto e a única craque que restou no time, teve que se desdobrar para dar a vitória ao Seattle contra o Atlanta de Iziane e Érika por 91-84 na segunda prorrogação. Anotou 24 pontos (o dobro de sua média na temporada), deu oito assistências (no torneio, tem 5,9) e viu a jovem Tanisha Wright explodir com 25 pontos (melhor marca da carreira).

O Seattle continua a ser uma equipe forte (sua dupla de pivôs agora é formada por Camille Little , que apanhou 15 rebotes no sábado, e Janell Burse, que não se fez de rogada e despachou 17 pontos e seis rebotes), mas as duas estrelas que restaram (Sue Bird e Swin Cash) sentirão muito a falta de Lauren Jackson a partir de setembro, quando os playoffs começam. De prováveis finalistas do Oeste, o duelo contra o Los Angeles Sparks de Lisa Leslie, Tina Thompson e Candace Parker começa a parecer um martírio. O melhor, neste momento, é rezar para que a australiana volte rapidinho, rapidinho.

Alto-falante de luxo

"Minha vida foi dedicada ao basquete. Não sinto falta da CBB, pois como presidente da Abasu (Associação de Basquete Sul-America) estou sempre nos torneios, envolvido com o basquete, fazendo o que gosto"

"A falta de títulos e classificação para as Olimpíadas foi o que tornou a situação delicada, pois em outras áreas fomos bem, como desenvolvimento de árbitros, consolidação do Campeonato Nacional e a assinatura de um patrocínio longo com a Eletrobrás (até 2012)"

As frases são de Gerasime Bozikis, ex-presidente da CBB e agora chefe da ABASU, em reportagem do Lancenet. Será que o basquete brasileiro sente falta do Grego? Respostas na caixinha!

domingo, 30 de agosto de 2009

Argentina vence um jogaço

Não queria mexer no blog até amanhã de manhã, mas o jogão entre Argentina e República Dominicana mudou minha idéia. Luis Scola foi um monstro (30 pontos, oito rebotes e cinco assistências), Leo Gutierrez matou bolas decisivas de três (nove pontos), Prigioni está voltando a ser Prigioni e os hermanos voltando a ser um time. Os 89-87 não deixam dúvidas: Sergio Hernandez e seus pupilos estão, mais do que nunca, na briga por uma vaga no Mundial de 2010. Valeu a pena ter ficado grudado na TV. Foi um partidaço! Com o resultado, a Venezuela está eliminada (o Panamá entra).

Um quarto

O Brasil precisou de um quarto para derrotar o Panamá esta tarde por 84-64. Fez 28-14 no terceiro período (uma sequência de onze pontos seguidos), anulou Danilo Pinnock e saiu da primeira fase da Copa América sem derrota alguma. Não foi uma grande atuação, mas a seleção tampouco forçou a barra contra um adversário fraquíssimo.

Leandrinho (foto) esteve muitíssimo bem, com 17 pontos e quatro assistências, e foi bem acompanhado por Varejão (15) e Huertas (15 e cinco passes). Não há muito o que falar de uma partida em que o time de Moncho cometeu 18 desperdícios (13 na primeira metade) e permitiu 14 rebotes ofensivos dos rivais, mas há uma observação interessante, feita pelo Jdinis, na caixinha logo aqui abaixo: como era um jogo muito fácil, caberia ao banco uma dose de tempo de quadra maior. Como a disparidade entre os que atuam e os cinco que "descansam" é imensa, coube aos "sete de Moncho" dosar a energia para a segunda etapa da competição. O hiato, de fato, é imenso.

O Brasil volta a jogar pela Copa América na terça-feira, ainda sem horário e adversário indefinidos.

Brasil e Panamá, comente aqui!

O Brasil enfrenta o Panamá às 17hs no último jogo da primeira fase da Copa América de Porto Rico. O blog acompanha tudo. Nova vitória de Leandrinho (foto) e companhia fará com que a seleção de Moncho chegue à segunda etapa da competição ainda invicta. Além dela, apenas Porto Rico segue sem tombos.

Se estiver por aqui, acompanhe com o blog mais esta partida da seleção. A caixinha estará aberta. Sportv, ESPN-Brasil, TV Esporte Interativo e Bandsports transmitem. O site da Copa América é este aqui.

No primeiro jogo da rodada, o Uruguai venceu o México por 54-49, e se classificou com apenas uma derrota para a próxima fase (não houve briga na partida, ao contrário do amistoso recente). Para quem está em crise profunda, o resultado chega a ser surpreendente. Sorte para a celeste! Os mexicanos também passam de etapa.

ATUALIZAÇÃO DO POST

O Brasil joga de maneira relaxada, mas vence por 42-36 no primeiro tempo. Leandrinho tem 11 pontos, Alex outros nove, mas o time já errou 13 vezes.

Leituras obrigatórias

-- Os argentinos quebraram tudo no vestiário após perder para o Brasil.

-- Técnico da seleção brasileira, Moncho prometeu e cumpriu: não treinou ontem por causa da falta de piso decente nos ginásios.

-- Já o Moncho de Porto Rico é bem mais simpático e alegre.

-- O Olé foi atrás dos paradeiros dos 12 campeões olímpicos argentinos. Tem gente jogando na quarta divisão da Itália. Vale a pena conferir.

A Argentina sobrevive

Tudo bem que foi contra o Panamá, mas enfim a Argentina venceu na Copa América. Ontem jogou melhor (apesar de seguir exagerando das bolas de fora - 24), errou menos (15) e fez com que sua dupla de exceção (Scola e Prigioni) jogasse em alto nível.

Luis Scola (foto) fez 20 pontos e ainda pegou seis rebotes. Prigioni, entrando em ritmo de jogo, teve 19 pontos, oito rebotes e assistências. Com o duo jogando isso tudo, fica difícil não acreditar que a Argentina começará a jogar melhor nesta segunda fase, se chegar lá, claro. Hoje os hermanos precisam vencer a República Dominicana para não depender de saldo de cestas.

Nos outros jogos, o Canadá perdeu do Uruguai, a Venezuela foi derrotada pela República Dominicana e o México bateu as Ilhas Virgens mas perdeu Romel Bleck para o resto da competição.

sábado, 29 de agosto de 2009

Os 23 mais de MJ

A ESPN.com começa a contagem regressiva para a entrada de Michael Jordan no Hall da Fama. O pessoal de lá escolheu os 23 melhores lances do cara, pediu um breve texto de pessoas que participaram de cada um dos momentos e o resultado você vê aqui. É simplesmente sensacional e imperdível!

Até onde vai?

Nunca pensei em colocar o título de qualquer texto meu com uma letra de Rogério Flausino, do Jota Quest, mas é o que me ocorreu quando pensei sobre quais seriam os próximos passos da seleção brasileira na Copa América. Derrotar os panamenhos, amanhã, parece um fato consumado, não? Pois então vamos aos próximos!

México, Uruguai e Canadá não possuem time, muito menos craque que possa, em uma noite inspirada, bater o elenco de Moncho Monsalve. Só nos restam os donos da casa, que podem fazer com que o Brasil caia na armadilha de voltar a praticar aquele basquete alucinado para, no final, nos derrotarem. Se fizer o seu "novo jogo", acho complicado que Varejão (foto) e cia. não voltem com o troféu desta Copa América, independente da torcida de Porto Rico, Ayuso e Arroyo.

E você, o que acha? Será que há algum rival para esta seleção brasileira na competição?

Temos um armador

O Brasil venceu bem a Argentina por 76-67 e se classificou para a próxima fase da Copa América. Melhor do que verificar a evolução em relação ao confronto contra a Venezuela é ver que Moncho Monsalve (ponto para ele, aliás, por escolher Alex para marcar Prigioni) também não está completamente satisfeito: o espanhol acha que o time ainda pode crescer, e isso é excelente. O nível do torneio não é classe A, e apesar de este elenco ser, sim, de classe A, ele ainda precisa ser testado em competições "top". De todo modo, os números são ótimos: 53% nos arremessos de quadra, apenas 13 erros e 75% nos lances-livres.

Mas o objetivo do texto não é esse. Em que pese a excepcional atuação de Anderson Varejão (19 pontos e nove rebotes), quem me chamou mais a atenção nesta foi Marcelinho Huertas (foto). Jogando contra Pablo Prigioni, a quem ele provavelmente substituirá em seu time na Espanha, o Baskonia, o armador brasileiro teve atuação fantástica e em certas vezes dominante diante de um rival de alto nível. Os números falam muito (18 pontos, cinco passes e sete rebotes), mas não tudo. O rapaz fez aquilo de todo "um típico": cadenciou o o ritmo quando necessário, ligou contra-ataques com precisão e segurou o ímpeto argentino no quarto período. Tudo medido e pensado.

Ouso dizer que desde Maury não temos um armador tão bom comandando a seleção brasileira masculina. Ouso dizer que, por mais que tenhamos Anderson, Splitter e Leandrinho, é pelas mãos de Huertas que passam grande parte dos bons resultados que o time nacional colherá nos próximos anos. A julgar pelo seu momento e desenvolvimento técnico, tático e físico, teremos uma série de bons resultados no próximos anos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Brasil bate a Argentina

Daqui a pouco, às 14h30, começa o duelo entre Brasil e Argentina, pela Copa América de Porto Rico. O máximo que conseguirei fazer será acompanhar pelas estatísticas. Portanto, vou ficar aqui com vocês, na caixinha, para ter alguma noção do que acontece em San Juan. Conto com os amigos!

ATUALIZAÇÃO DO POST

O Brasil venceu a Argentina por 76-67, mantendo-se invicto na Copa América. Maiores análises, mais tarde. Obrigado pela força de todos durante a partida.

Draft Brasil entrevista Ruben Magnano

O Draft Brasil realizou excelente entrevista com Ruben Magnano, técnico campeão olímpico pela Argentina em 2004. Confira aqui.

Passado, presente e futuro

Há exatos cinco anos, em Atenas, o esporte argentino vivia o dia mais glorioso de sua história: pela manhã veria Tévez comandar o time de futebol rumo ao ouro olímpico no futebol. Horas mais tarde, um gênio chamado Manu Ginóbili (19,2 pontos de média no torneio) faria o mesmo contra a Itália na final do basquete (84-69). Ouro olímpico para o técnico Ruben Magnano e aquele formidável grupo formado por Pepe Sanchez, Manu (foto), Montecchia, Oberto, Herrmann, Gabriel Fernandéz, Hugo Schonochini, Luis Scola, Leo Gutierrez, Nocioni, Delfino e Wolkowisky.

Confesso que aquele foi um momento bem emocionante que vivi. Aquele time argentino, que já havia batido na porta com o vice-camepeonato do mundo dois anos antes (em uma final para lá de contestável, em termos de arbitragem, contra a Sérvia de Bodiroga), cortou um dobrado (derrota para Espanha e a própria Itália na fase de classificação), mas chegou ao título em Atenas jogando o fino da bola unindo técnica, raça, disciplina tática e muita genialidade de seus principais jogadores (a semifinal, contra os EUA de Larry Brown, foi uma aula de basquete - 89-81 para os hermanos).

O que Luis Scola, então com 24 anos, fez naquela noite, para ficar em um exemplo, não está no gibi (25 pontos e 11 rebotes). Os números totais durante competição também impressionam: segundo nos arremessos (49,4%), líderes em dois pontos (57%), 13,8 assistências (vice no quesito), sete atuando por mais de 18 minutos e três com dígitos duplos (além de Manu e Scola, Nocioni, um monstro, fechou 10 pontos por jogo.)

Que o passado argentino inspire a seleção brasileira em Porto Rico. As duas maiores potências do basquete sul-americano medem forças, hoje, às 14:30 pela Copa América. Antes disso, delicie-se com os melhores momentos da final. A imagem não é perfeita, mas vale a pena conferir. Parabéns aos hermanos. Eles merecem!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Lapsos

Desta vez consegui ver a partida da seleção brasileira ao vivo, e não fiquei muito empolgado. Houve bons momentos, como o do segundo quarto, quando a defesa apertou e relegou os venezuelanos a seis pontos, mas no geral houve lapsos psicológicos e técnicos demais. Em jogos de alto nível, não dá. Contra a Venezuela, dá e sobra, e o placar final (87-67) denuncia. O resultado classifica o time para a segunda fase da Copa América.

Pode ser que por saber de sua vantagem técnica assustadora a seleção de Moncho tenha relaxado e praticado um basquete menos solidário e mais antiquado que o que vínhamos vendo até pouco tempo atrás (o que é normal, diga-se de passagem). Os tiros de três voltaram a vir com força (22, contra 40 de dois), o jogo de garrafão não foi tão forte (26 pontos e poucos touches para Tiago Splitter) e 19 erros. Como disse antes, contra a Venezuela, dá. Contra times de alto nível, não.

De todo modo, foi bom termos visto em quadra todos os 12 jogadores. Amanhã, contra a Argentina, a partida será bem diferente. Os hermanos têm algumas motivações: vencer o Brasil, o que é sempre uma baita motivação, se recuperar na Copa América após a derrota para os próprios Venezuelanos e, o mais importante, celebrar os cinco anos do ouro olímpico de Atenas com uma vitória sobre seu maior rival.

Sim, amanhã, 28 de agosto de 2009, a Argentina comemora cinco anos de sua maior conquista em esportes olímpicos. Em breve um texto sobre isso no blog.

Brasil vence a Venezuela

Às 19:30, o Brasil, de Alex Garcia (foto), entra em quadra para defender a sua boa fase contra a Venezuela. Sem sofrer mais de 76 pontos por seis partidas consecutivas, Moncho Monsalve agora precisa corrigir os lapsos táticos que o time apresentou ontem. Bandsports, ESPN Brasil, SPORTV e TV Esporte Interativo transmitem a partida. O site do torneio apresenta as estatísticas aqui.

ATUALIZAÇÃO
O Brasil não jogou legal, mas venceu a Venezuela por 87-67. Em breve crônica completa.

Memphis quer Iverson

Allen Iverson recebeu, ontem, uma proposta dos Grizzlies. De acordo com o jogador, em seu Twitter, seu agente ainda está analisando. E aí, será que "A Resposta" vai desembarcar em Memphis?

Mamãe sabe tudo

Lailaa Nicole Williams deve estar orgulhosa da mamãe. Candace Parker, menos de três meses após ter a sua primeira filha, voltou a jogar demais. Empolgada com as seis vitórias seguidas do Los Angeles Sparks (o time está em terceiro no Oeste com 14-13), a ala-pivô registra espetaculares (para quem não realizou pré-temporada) 20,3 pontos, 9,3 rebotes e 60% nos arremessos nas últimas três partidas.

Ainda é pouco, eu sei, mas é difícil não ficar empolgado com o "renascimento" de CP3 na WNBA. Com ela e Lisa Leslie no garrafão as angelinas surgem como uma das favoritas ao título desta temporada.

Erros, erros, mais erros e virtudes

Pode ser que esteja sendo crítico demais com a seleção, pois faço a análise depois de ler todas as crônicas do Rodrigo na Globoesporte.com, ter visto o reprise da partida no ar condicionado de minha casa e após as peladas de futebol no bar pós-trabalho. Mas não gostei da atuação do time de Moncho Monsalve na tarde de ontem contra a República Dominicana na estréia da Copa América (vitória de 81-68).

Em que pese os míseros 68 pontos dos rivais, achei a defesa, principalmente de perímetro, bem abaixo da crítica (11-24 é muita coisa dos três pontos!). O mesmo ocorreu nas coberturas dos passes e no lado oposto (vira e mexe Francisco Garcia aparecia livre para seus chutes loucos). Além disso, a mania de arremessar de três voltou, e voltou com força (7-20), o que gerou descontentamento de Moncho.

De todo modo, houve, sim, coisas boas. Alex contribuiu com 21 pontos, quatro assistências e quatro rebotes, mostrou que a seleção ganha mais uma opção em seu elenco e, com sua força sem fim, também fez com que o time masculino, que quase sempre incorria no mesmo problema, sobrevivesse a um último quarto decisivo (24-7). Em outros tempos o Brasil teria baixado a guarda e perderia a partida. Splitter também foi bem, com 14 pontos e 10 rebotes.

Hoje tem mais, contra a Venezuela a partir das 19:30. O blog, se o trabalho deixar, acompanhará a partida desde o começo. Ontem, aliás, os venezuelanos bateram uma patética Argentina por 85-69 (23 erros e 6-24 dos três pontos). Do jeito que as coisas vão, Sergio Hernández terá que rezar e gritar bastante.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Brasil vence a República Dominicana

Diante da República Dominicana, começa em breve a saga brasileira na Copa América de Porto Rico, valendo vaga para o Mundial aos quatro primeiros colocados da competição. ESPN-Brasil, Sportv e TV Esporte Interativo transmitem a partida a partir das 17hs, mas quem, como eu, não tiver acesso a uma televisão, pode torcer para alguém depositar o link com uma TV pirada na caixinha. O máximo que posso adiantar, agora, é o site da competição.

Atualização

O site do Esporte Interativo transmite a partida. No começo, o Brasil vence por 10 a 5. O Brasil sofreu para vencer, mas bateu os dominicanos por 81-68.
Uma crônica mais completa em breve.

Da Prancheta

30 - Foi a pontuação de Iziane na vitória do Atlanta Dream ontem contra o Sacramento (103-83). A ala, que também somou quatro assistências, está em sua melhor temporada na WNBA com 13,8 pontos (50% a mais que em 2008), 43,2% nos arremessos (segunda melhor marca da carreira) e 1,8 passes. Ótimos números!

Um Toro e suas três feras

Julio Toro tem dois anos a mais que Moncho Monsalve, mas chega nesta Copa América com tanta responsabilidade quanto o espanhol que comanda a seleção brasileira. Aos 65 anos, o porto-riquenho que agora comanda a República Dominicana tem, provavelmente, a sua última chance de emplacar um trabalho de alto nível. Com os seus três jogadores da NBA (Chico Garcia, Al Horford e Charlie Villanueva), o técnico tem a missão de trazer um mínimo de conjunto e espírito coletivo para manter esse trio afinado com o resto do elenco, que é, diga-se de passagem, bem fraquinho.

Além dos três acima citados, Luis Flores, armador de rápida e discreta passagem pela NBA, e o ala Ricardo Greer podem ser apontados como destaques. Nenhum dos dois, porém, trazem aquilo que a República Dominicana sempre precisou e, pelo visto, continuará a precisar: defesa, liderança e um senso tático apurado para puxar o freio de um jogo que, como o de Porto Rico, não dá mais resultado internacional.

O Brasil tem mais time que os dominicanos, mas precisará defender muito se quiser vencer. Se o fizer, não terá tanta dificuldade assim. O trio da foto ao lado é bom, mas Leandrinho, Varejão e Splitter, sem citarmos o Huertas, são melhores - e sem nada de ufanismo barato aqui. Vamos ver o que Moncho Monsalve reserva para seu oponente e amigo Julio Toro nesta tarde em Porto Rico.

O início da caminhada

Começa hoje a Copa América masculina, que vale quatro vagas para o Mundial de 2010 da Turquia. Ao lado de Leandrinho, Huertas e Anderson Varejão, cinco estreantes neste torneio estarão sob o comando de Moncho Monsalve (JP Batista, Jonathan Tavernari, Diego, Duga e Olivinha, todos na foto aliás).

O primeiro duelo, nesta quarta-feira às 17hs, será contra a República Dominicana, anabolizada com as forças de Charlie Villanueva, Al Horford e Francisco Garcia - defender bem, como vem fazendo, parece imperativo contra este time, que parece ser o mais perigoso da competição. O blog acompanha o duelo, mas não como gostaria. Por conta do trabalho, o máximo que conseguirei será analisar as estatísticas. De todo modo, a caixinha estará aberta por aqui, minutos antes da partida, para que o debate seja quente. Sorte para a seleção.

E vocês, o que acham que acontecerá na Copa América? Seu arremesso direto na caixinha!

Rodrigo direto de San Juan

O amigo Rodrigo Alves está em San Juan para acompanhar o Pré-Olímpico. Quem quiser acompanhar a sua saga pode acompanhá-lo pelo Rebote ou pela seção de basquete na Globoesporte.com. Vale a pena!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Imperdível Rainha

"A minha maneira de pensar é a seguinte: eu acho que Deus te dá o dom de você ser um jornalista e eu [para] ser uma jogadora de basquete, mas você tem que aprimorar esse dom. Não adianta nada ele te dar o dom e você, realmente, não aproveitar esse dom que ele te deu. Então, além desse dom, eu treino bastante para isso. É a mesma coisa que um diamante: você tem que lapidar para ele ficar bonito, senão não adianta. Então eu treino muito, eu adoro treinar, eu sou viciada em treinamento, adoro treinar! Eu acho que eu consegui isso que eu consegui hoje porque eu batalhei bastante para isso".

A resposta acima é de Hortência (não parece, mas é ela ali na foto), no Programa Roda Vida de 1987. A transcrição da entrevista completa encontra aqui. Vale a pena conferir. O papo é longo, mas bastante esclarecedor. Eu só fico pensando se existe, hoje em dia, essa fome de treinamento que a eterna Rainha retratou há quase 22 anos.

Gigantes de mudança

O Paulistano, empolgado com o seu elenco reforçado para esta temporada, viveu dias agitados desde sábado. Perdeu o ótimo pivô Bruno Fiorotto (Tenerife, da segunda divisão espanhola) e o ala Betinho (Panionios, da Grécia), mas trouxe o gigante Baby (foto), ex-Flamengo.

Outro que está de mudança é Rafael Mineiro. O bom ala-pivô que jogou o NBB pelo Paulistano assinou com São José para a disputa do Paulista. Time que já conta com Renato, os rapazes comandados por Régis Marrelli prometem brigar com mais vigor no melhor torneio regional do país. É só aguardar para vermos.

Rehab

"O que meu filho está passando é apenas uma colisão na estrada da vida. Só peço que rezem por ele". A frase é de Michael Beasley Sr., pai de Michael Beasley Jr., ala do Miami que acaba de se internar em uma clínica de reabilitação em Houston. Promessa dos Heat, o número dois do Draft do ano passado já havia sido multado em US$ 50 mil pela NBA em setembro de 2008 por porte de maconha e uma noite animada com duas mulheres e os amigos Mario Chalmers e Darrell Arthur.

A situação do rapaz é triste, lamentável, merece cuidados que vão além do esporte, mas escancara mais uma vez um lado importante do esporte americano: a educação universitária, vista como uma das benesses da sociedade norte-americana, é boa, excelente, rende frutos, mas tem lá seus buracos. Beasley sempre foi um dos mais relapsos alunos da Universidade de Kansas State e só cursou um ano de sua faculdade, sempre mimado por professores e blindado por seus colegas.

Só que tudo tem um preço. Um dia, quando a vida o chama para um contato mais profundo e delicado, a casa cai. O seu pai pede uma reza. A sociedade americana deveria pedir mais cuidado.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Deu no NY Times

O NY Times de ontem fez uma reverência ao talento de Lisa Leslie, pivô do Los Angeles Sparks. A matéria, excelente, conta com depoimentos de Sue Bird ("andar com a Lisa em um aeroporto é impossível. Quando olham para ela, enxergam o basquete feminino americano, a WNBA"), Donna Orender, presidente da WNBA, ("acredito que não exista atleta, seja profissional ou das categorias de base, que não se inspire em Leslie ou a veja como um ícone desta modalidade") e evidentemente da própria pivô, que infelizmente parece não querer mudar de idéia sobre a aposentadoria que se aproxima.

Um dos motivos é a filhota da foto ao lado (Lauren, de dois anos). Quem quiser conferir a reportagem é só clicar aqui. O título, aliás, é bem sugestivo e serve para mostrar quão dura é a vida de um atleta após a sua carreira no esporte: "Lisa Leslie, a cara da WNBA, se prepara para a vida após o basquete".

O pedido da Ovelha

“Prigioni está bárbaro, melhor do que eu esperava. Não há rastros de sua lesão na planta do pé, e isso ajudou muito a mudarmos nosso ânimo, o nosso jogo e nossa confiança. É óbvio que necessitávamos dele. Os armadores jovens não têm experiência neste nível de competição, e não poderíamos exigir isso deles em tão pouco tempo”.

“Jogamos os torneios preparatórios muito mal e de maneira patética. Isso acabou se convertendo em uma atitude defensiva terrível. Em este nível, contra equipes latinas, se arremessa de maneira errada, não converterá os os chutes, perderá bolas e te matarão em quadra aberta (contra ataque)”.

As frases são de Sergio Hernandez, técnico da Argentina, ao Diário Olé. O Ovelha, seu apelido por lá, está esperançoso de que a chegada de Pablo Prigioni (foto) faça a diferença para o seu time, que levou surras e mais surras na preparação para a Copa América que começa nesta quarta-feira.

E aí, você confia na Argentina de Prigioni e Luis Scola, ou será que um mico ao som de Tango vem aí?

Uma homenagem ao MVP

O ala Kobe Bryant completou 31 aninhos ontem. MVP e campeão da NBA na última temporada, o cracaço recebeu recentemente uma homenagem do rapper Lil Wayne. A letra da música você lê aqui. O vídeo está logo aqui abaixo. Vale a pena conferir.

domingo, 23 de agosto de 2009

Briga caliente

Conforme o Marcelo Marques disse na caixinha de comentários ali embaixo, México e Uruguai faziam um amistoso antes da Copa América em Veracruz. Após discussão entre Taboada e Romel Beck, os nervos ficaram, digamos, mais apimentados. Empurrões, socos e cadeiras voaram. Lamentável. As imagens que você vê abaixo são estarrecedoras. O pior, porém, é imaginar como será o confronto das duas seleções na competição. O duelo, ou próximo assalto, acontece no dia 30 de agosto.

O professor Moncho Monsalve

Em preparação para a Copa América, o espanhol Moncho Monsalve participou, como palestrante, de uma clínica para 50 treinadores de Porto Rico. Seria muito bom se a CBB também começasse a prever atividades assim. Só capacitando os nossos técnicos, principalmente os da base, conseguiremos ter algum sucesso.

Mil milhas

Veja a situação deste cidadão Quentin Richardson nos últmos dois meses: seu time em 2008-2009, o New York Knicks, o mandou para o Memphis Grizzlies na noite do Draft (25 de junho). Em 17 de julho, o Memphis o despachou para os Clippers, que três dias depois o enviou para Minnesota.

Pensa que é só? Quando já se acostumava com a idéia, o rapaz, que teve média de 10 pontos e 4,8 rebotes no último campeonato, foi trocado, na última sexta-feira, para o Miami Heat, aonde jogará ao lado de Dwyane Wade. Minimizando a situação de ser sempre moeda de troca, Quentin declarou ao USA Today: "Realmente no papel parece uma loucura. Mas, no final das contas, eu acabei trocando os Knicks pelo Miami, aonde jogarei a próxima temporada".

Eu se fosse ele não ficaria assim tão seguro. Parafraseando o slogan de uma rádio carioca, "com Quentin tudo pode mudar em 20 minutos".

sábado, 22 de agosto de 2009

Chuca cortada

A ala Chuca, de Ourinhos, foi cortada da seleção feminina que treina em Barueri rumo a Copa América. Agora restam 14 meninas sob a batuta de Paulo Bassul, além de Érika, que provavelmente não virá, devido a provável classificação de seu time na WNBA.

Armadoras: Adrianinha, Helen e Natalia
Alas-Armadoras: Palmira e Karen
Alas: Micaela, Fernanda Beling e Silvia
Alas-pivôs: Karina Jacob, Franciele e Mamá
Pivôs: Nádia, Kelly e Alessandra (Érika)

E aí, quem você manteria no grupo que disputa uma vaga no Mundial?

O melhor de Carlos Nunes

Explica-se a temporária ausência de Carlos Nunes (foto) com a seleção masculina que luta por vaga no Mundial. O presidente da CBB, que já mudou a legislação para não permitir reeleições eternas (ponto para ele!), esteve ontem com o Ministro dos Esportes (Orlando Silva) ao lado de Hortência, Paulo Schmitt, Marcelo Dória (marketing) e do diretor da Federação do Distrito Federal (Ricardo Oliveira) para uma conversa sobre os novos rumos da instituição e o novo momento do basquete.

Esta é a melhor faceta de Carlos Nunes como presidente da entidade máxima do basquetebol brasileiro. O gaúcho é mestre em fazer alianças, conversar com pessoas influentes e trazer todos para a mesma página. A pena é que só isso não é suficiente para fazer com que a modalidade volte a crescer.

Ainda seguimos na espera por soluções imediatas para as categorias de base (capacitação de técnicos?), por uma estrutura melhor (centro de treinamento?) e por um calendário decente para o Nacional Feminino (começa quando, hein?). Isso, infelizmente, o lado cativante e político de Nunes não é capaz de fazer.

Não pára, Lisa

O Los Angeles Sparks tem um dos melhores quintetos da WNBA: Kristi Harrower, Tina Thompson, Delisha Milton-Jones, Candace Parker (que voltou depois de se tornar mamãe) e Lisa Leslie. Com tanto talento, surpreendia a campanha que a equipe vinha fazendo: até o dia 14 de agosto apresentava 8-13 na tabela, em penúltimo do Oeste. A solução para a reação, que agora marca quatro vitórias seguidas (a última, ontem, com 67-66 contra o San Antonio, no Texas) e 12-13 para as terceiras colocadas de conferência veio principalmente por causa de sua maior referência: Lisa Leslie.

Com aposentadoria marcada para o final da temporada, parece que uma das melhores pivôs de todos os tempos não quer sair de cena com gosto amargo. Mesmo com as piores médias de sua carreira (15,2 pontos e 6,8 rebotes), o que é compreensível devido aos seus 37 anos, foi nas vitórias contra Sacramento, Washington, Minnesota e agora San Antonio que ela ligou a sua máquina de volta: médias de 18,5 pontos, 6,7 rebotes e incríveis 59% de aproveitamento nos arremessos.

Com o time quase encaminhado para obter vaga nos playoffs (após partida contra o Atlanta neste domingo os Sparks fazem seis de seus últimos oito jogos da fase regular em Los Angeles), só nos resta sonhar para que Lisa Leslie adie a sua aposentadoria. Se com 37 anos ela ainda é capaz de fazer isso tudo, não há motivo algum para vê-la longe do basquete de alto nível. Que Lauren Jolie Lockwood, sua filha, me perdoe, mas o lugar da mamãe Lisa ainda é na quadra.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Da Prancheta

3/34 - Três é o número de vitórias consecutivas do Atlanta Dream, agora com 14-11 e na vice-liderança do Leste da WNBA. O últmo triunfo foi ontem diante do San Antonio Silver Stars (93-87). As duas brasileiras (Érika e Iziane) até que estiveram bem, mas quem arrebentou mesmo foi a caloura-número-um Angel McCoughtry (foto ao lado), que anotou 34 pontos (maior marca de sua curta carreira).

Allen Iverson em três tempos

"Meus agentes disseram que estamos próximos de um acerto. Pedi para me avisarem apenas quando estiver tudo certo. Estou muito pronto no momento"

"Nunca fiquei tão ansioso desde a noite anterior ao Draft de 1996. Naquele dia sabia para onde iria. Agora quero saber"

"Fui abençoado por ganhar muito dinheiro na NBA. Agora a questão não é essa. A questão é voltar a jogar e atuar em cada partida como se fosse a última"

As declarações são de Allen Iverson em seu Twitter. Comenta-se que Charlotte, Knicks e Miami estão querendo o eterno camisa 3 dos Sixers. Em quem você, querido leitor, aposta como futuro time do rapaz?

Moncho e a defesa

Após o bicampeonato do Tuto Marchand, chegou a hora da verdade: vem aí a Copa América (estréia na quarta-feira contra a República Dominicana, às 17hs) e com ela uma esperança que o Brasil repita as suas boas atuações da fase preparatória. Com os 87-69 sobre os canadenses nesta quinta-feira, Moncho Monsalve (foto) consegue fazer com que um time nacional não leve mais do que 76 pontos por cinco partidas seguidas. O nível não é dos melhores, mas a atitude e a mentalidade, são. E isso, neste momento, é o que mais importa.

Com 27 pontos, Leandrinho comandou a festa brasileira nesta quinta-feira, com boa companhia de Marcelinho (13 pontos, oito rebotes, cinco assistências e novamente uma atuação comedida nos arremessos e empolgante no global) e Tiago Splitter (16 pontos e oito rebotes).

A preparação acabou, e além de um ataque bem distribuído e balanceado temos, ao que parece e como há muito não víamos, uma defesa em que podemos confiar. Se já tínhamos um ataque "infernal", agora podemos olhar para o outro extremo e confiar da mesma maneira. O basquete, como manda o figurino, se define dos dois lados da quadra.

Se o que falta à seleção é regularidade, confiança para os jogos de alto nível e poder de fogo, teremos na quarta-feira uma boa dose de como somos fortes - ou fracos. Os dominicanos, anabolizados com os "NBA" Al Horford, Francisco Garcia e Charlie Villanueva, serão um ótimo termômetro. Tomara que a nossa defesa consiga responder à altura do que temos visto até aqui.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Brasil é campeão

Pelo troféu do torneio Tuto Marchand, o Brasil enfrenta, a partir das 19hs, o Canadá. Se vencer, Marcelinho (foto) poderá se tornar bicampeão da competição (em 2007 ele levou até o MVP, lembram?). Links na caixinha, e em breve estarei por aqui para me juntar aos amigos.

ATUALIZAÇÃO

O link ao vivo para o jogo está aqui. As estatísticas, aqui. O Brasil vence por 12 a 9 em menos de seis minutos jogados.

O Brasil acaba de bater o Canadá por 87-69 e se sagrar bicampeão do torneio Tuto Marchand. Em breve uma crônica mais azeitada sobre a conquista, e o que vem por aí na Copa América. Leandrinho sobrou na turma com 27 pontos.

O basquete, Wellington Salgado e Sarney

Como vocês devem saber, o Conselho de Ética do Senado arquivou ontem a investigação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - uma alegria, evidentemente. Um dos nove votos que inocentaram o "amapaense-maranhense" foi de Wellington Salgado de Oliveira (PMDB-MG), que, entre outras barbaridades, defende cidadãos idôneos como Renan Calheiros.

Para quem não sabe, Wellington, cujo apelido no meio basqueteiro é "Boró", é um dos donos da Universidade Salgado de Oliveira, a Universo, que patrocina, entre outras equipes, o Brasília, atual vice-campeão do NBB (Wellington bancava o projeto de Uberlândia também).

Para uma modalidade cujos antecedentes não são nada bons (escrevi sobre a ligação dos Sarney com a CBB), fica ainda pior que ela esteja, mesmo que indiretamente, ligada a um dos fatos mais lamentáveis da história recente da política brasileira. Que a nova direção da entidade máxima do basquete se mantenha longe de Brasília.

Muito Prazer, Tatiane Pacheco

A calada-porém-alegre-e-sorridente Tatiane Pacheco foi uma das poucas que se salvou no Mundial Sub19 da Tailândia. Com a nona colocação, a ala de Jundiaí somou 12,8 pontos (a melhor brasileira), 3,8 rebotes e 1,6 roubadas. Além disso, talvez represente fielmente o modelo brasileiro de se fazer basquete: talentosíssima, Tatiane obteve 3,8 erros na competição, possui um potencial físico inacreditável (braços longos e ótima explosão!) e, aos 18 anos, não deverá jogar o Nacional (seu clube, o Jundiaí, não participa de competições no adulto). Confira o papo com mais uma das promessas do basquete na seção Muito Prazer.

BALA NA CESTA: Como foi o Mundial para você? O que aconteceu com a seleção, que vinha tão bem na primeira fase, mas que despencou a partir da segunda etapa?
TATIANE PACHECO: Não foi como nós queríamos, mas foi um bom Mundial (deu para aprender muitas coisas com as diversas situações que encontramos durante a competição). Acho que depois da derrota pra Lituânia o time perdeu um pouco da confiança e não jogamos as partidas seguintes com a mesma alegria. Não soubemos lidar com esta derrota e isso abateu bastante a equipe.

-- Individualmente, a competição foi boa. Seus números foram ótimos, e você teve papel fundamental no time. Mas seus erros foram grandes (3,75 por jogo). Há alguma explicação para isso? O treinamento aqui no Brasil ainda é muito deficiente em relação aos fundamentos?
-- Me cobro bastante e me preocupo demais com os meus erros. Por isso tento corrigir os mínimos detalhes nos treinos. Este foi o meu primeiro Mundial, que é uma competição de altíssimo nível, e acho que a ansiedade me atrapalhou um pouco e contribuiu para meu número de erros. Não acho que o cuidado com os fundamentos seja muito deficiente por aqui. Acho que é uma parte do treinamento que todos, ou pelo menos a maioria, se preocupa bastante. Mas ainda precisamos melhorar em muitos deles (fundamentos).

-- Ainda sobre o Mundial, o que poderia ser feito para que você e as outras meninas desta geração desenvolvessem todo o potencial que mostraram no início do Mundial no basquete adulto?
-- Essa geração tem boas jogadoras, mas que precisam de muita atenção e cuidados. Todas têm potencial físico e técnico, mas também temos muito o que aprender e a evoluir. Acho que o que poderia ser feito é dar um pouco mais de bagagem - principalmente internacional. Acho que essa foi uma das coisas que faltaram em alguns momentos desse Mundial. Faltou um pouco de intercâmbio com outras escolas de basquete.

-- Aos 19 anos, você poderia ser um dos principais destaques do Nacional Feminino que está por vir. Entretanto, seu time, o Jundiaí, não deve disputar a competição. Como uma atleta como você, que precisa jogar em alto nível para se desenvolver, analisa essa situação?
-- Participar do Nacional seria uma oportunidade de crescer como jogadora e ganhar um pouco mais de experiência. Eu vivenciaria situações que em um campeonato juvenil não existem ou são totalmente diferentes. Com certeza seria ótimo para mim. Será uma pena se o Divino/Jundiaí não participar.

-- Quais são os planos para a sua carreira? Permanecer no Brasil deixa de ser uma prioridade quando as condições apresentadas por aqui são tão pouco atrativas?
-- Penso em jogar pelo menos mais um ano aqui no Brasil. Gosto do meu país e do basquete brasileiro. Mas se surgir algo interessante no exterior, não vejo porque não ir. Morar fora do Brasil traz uma experiência boa não só por ter contato com um basquete diferente como com uma cultura diferente. Acho que aprender um novo idioma e se adaptar a novos costumes seria interessante para meu crescimento pessoal também.

BATE BOLA
Uma palavra que amo: Felicidade
Uma palavra que odeio: Falsidade
Minha maior virtude dentro de quadra: Meu corte
Uma mania: Roer unha
Um ídolo: Michael Jordan/Minha mãe
Um sonho: Disputar uma Olimpíada
Uma cidade: São Paulo
Um lugar: Meu quarto
Uma comida: Arroz, bife e batata frita
Um livro: Nunca deixe de tentar (Michael Jordan)
Um filme: Griffin & Phoenix - O Amor Pode Dar Certo
Uma música: Decode - Paramore
Um(a) amigo(a): Franciele e Michele
Uma bola que chutei e caiu: A primeira bola do meio da quadra que eu chutei em um jogo.
Uma bola que chutei e não caiu: Várias (risos)
Um jogo inesquecível: Contra a Argentina na Copa América de 2008.Ganhamos na casa delas.
Um momento triste: Quando fui cortada da seleção em 2007
Um momento feliz: Meu primeiro título paulista
Um técnico: Kátia de Araújo
Uma frase: "Nunca desista dos seus sonhos"

Varejão comanda novo triunfo

Sem ver, não dá para traçar análise da vitória brasileira sobre Porto Rico (80-70) na segunda rodada do Tuto Marchand (aliás, a Argentina hoje perdeu do Canadá por 86-72). Mas é fácil ver que Anderson Varejão jogou demais: o capixaba anotou 27 pontos (18 na segunda etapa!), 12 rebotes e quatro tocos. Fácil, também, ver que a defesa, que sofreu para marcar os tiros de três dos rivais na primeira etapa (7/13), se acertou nos 20 minutos finais (3/16). E como é bom ver que Marcelinho, em quadra por 27 minutos, voltou a usar a cabeça para jogar (cinco assistências e apenas dois arremessos de longe tentados).

No mais, não entendo o porquê de Moncho Monsalve rodar tão pouco o elenco (Duda não entrou, Tavernari esteve em quadra por dois minutos e Olivinha e Diego, por outros dez somados) e fico temeroso em relação aos lances-livres (64% em 23/36). De todo modo, é mais uma vitória, aparentemente mais uma boa exibição (36 bolas de dois e 10 de fora do arco) e a renovação na esperança de que a evolução siga em boa toada. A toada espanhola de Moncho, que consegue fazer com que o Brasil não leve mais do que 76 pontos por quatro partidas seguidas (há quanto tempo isso não acontecia?), sinal de que a defesa anda bem melhor do que nos últimos anos! Nesta quinta-feira, contra o Canadá, a seleção busca o bicampeonato da competição.

Moncho não é Phil Jackson ou Ettore Messina, mas mostra que um pouco de estudo e bagagem não fazem mal a ninguém. Que os técnicos brasileiros sigam este modelo. O resultado é muito claro.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Brasil vence de novo

Brasil e Porto Rico começam às 21hs o segundo jogo no Torneio Tuto Marchand. As duas seleções venceram na primeira rodada, e ficam perto do título com a vitória nesta noite. Comente na caixinha! Estarei por aqui.

ATUALIZAÇÃO

O jogo começa com 7 a 0 para o Brasil, mas eu nada vejo. As estatísticas estão aqui. Comente no blog! No meio do segundo quarto, 35-30 para o Brasil. Porto Rico, como sempre, abusando dos três pontos (7/13).
Ao final do primeiro tempo, o Brasil vence por 44-43, com 11 pontos de Leandrinho e Tiago Splitter. Pelos rivais, Ricardo Sosa tem 12.

O Brasil volta bem e vence por 54-47. Leandrinho já tem 15. Faltam cinco e o time de Moncho vence por 71-59. Pelos números, está jogando legal! Brasil acaba de vencer por 80-70! Outro título de preparação vem aí. Que troféus em torneios de nível venham a reboque também! Em breve novo texto...

Meu duelo com a Gatorade

Depois que divulguei que a Gatorade americana havia lançado garrafas comemorativas em homenagem ao Michael Jordan, fui correr atrás de informações da empresa. Primeiro, ouvi que não seriam lançadas no Brasil. Justo, ok, muito bem. Depois, fui além e perguntei se seria possível adquirir o material (pagando, evidentemente). Ainda não fui atendido.

Confiram abaixo o que aconteceu. Minha sugestão é simples: inundar a caixa de mensagens da Gatorade Brasil exigindo não as garrafinhas, mas uma resposta.

-----
2009/8/14 Gatorade (OP) gatorade@ambev.com.br
Olá Fabio,

Informamos que o material solicitado, não tem a sua distribuição ou venda no Brasil e não temos a previsão ou informações referente à lançamentos no Brasil.

Contamos com a sua compreensão.
Atenciosamente,

Ítala Nádia
Serviço ao Consumidor Gatorade
gatorade@ambev.com.br
0800-725-0005
--------------

De: Fábio Balassiano [mailto:fabio.balassiano@gmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 14 de agosto de 2009 11:24
Para: Gatorade (OP)
Assunto: Re: Outros

obrigado, ítala.
como eu faço para adquirir esses modelos? posso pagar por isso!
sou fã do jordan, e do gatorade também!
------------

2009/8/17 Gatorade (OP)
Olá Fábio,
Agradecemos o seu contato, ele é muito importante para nós!

Recebemos o seu e-mail com muita atenção, porém o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) não tem acesso as informações solicitadas.
Caso queira, entre em contato conosco através do telefone 0800 725 0005, estamos a sua inteira disposição.
Mantenha sempre contato, estamos a sua disposição.

Atenciosamente,
Érica Silva
Serviço ao Consumidor Gatorade
gatorade@ambev.com.br
0800-725-0005
-------------

De: Fábio Balassiano [mailto:fabio.balassiano@gmail.com]
Enviada em: segunda-feira, 17 de agosto de 2009 14:38
Para: patrocinio@ambev.com.br
Assunto: Re: Outros

Prezado senhor, tudo bem?
Conforme email abaixo, gostaria de saber como faço para adquirir as garrafas em homenagem ao Michael Jordan.
Tenho um blog de basquete, e gostaria muito de consegui-las.
obrigado, fábio balassiano

-----
2009/8/18 Patrocinio (OP)
Olá Fábio,

Agradecemos o seu contato, ele é muito importante para nós!
Recebemos o seu e-mail com muita atenção, porém como já informado pela Gatorade não temos informações sobre esta garrafa..

Contamos com a sua compreensão.
Mantenha sempre contato, estamos a sua disposição.
Atenciosamente,

Daniele Martineli Sttuqui
Serviço ao Consumidor AmBev
faleconosco@ambev.com.br
0800-725-0001
--------------

De: Fábio Balassiano [mailto:fabio.balassiano@gmail.com]
Enviada em: terça-feira, 18 de agosto de 2009 11:30
Para: Patrocinio (OP)
Assunto: Re: Outros

Daniele, me perdoe insistir, mas como assim a Gatorade/Ambev/Inbev não possui informação sobre esta garrafa?
Isso saiu no release da Gatorade USA, as garrafas estão sendo vendidas por lá, um comercial está sendo veiculado nas televisões norte-americanas e até um mosaico com garrafas do Gatorade em homenagem ao Jordan foi feito.
http://balanacesta.blogspot.com/2009/08/gatorade-lanca-jordan-series.html

Não existe nenhuma interface da Gatorade Brasil e os EUA?
Desculpe a insistência, mas a resposta não foi satisfatória - ainda.
abraços e obrigado, fábio balassiano.
----------

2009/8/19 Patrocinio (OP)
Olá Fábio,
Agradecemos o seu contato, ele é muito importante para nós!

Recebemos o seu e-mail com muita atenção, porém como já informado pela Gatorade não temos informações sobre esta garrafa.
Contamos com a sua compreensão.
Mantenha sempre contato, estamos a sua disposição.
Atenciosamente,
Daniele Martineli Sttuqui
Serviço ao Consumidor AmBev
faleconosco@ambev.com.br
0800-725-0001
--------
From: Fábio Balassiano
Date: 2009/8/19
Subject: Re: Outros
To: "Patrocinio (OP)"

Daniele, já que você me respondeu pela terceira vez com a mesma mensagem, vou repetir o teor do meu texto:

"Daniele, me perdoe insistir, mas como assim a Gatorade/Ambev/Inbev não possui informação sobre esta garrafa?
Isso saiu no release da Gatorade USA, as garrafas estão sendo vendidas por lá, um comercial está sendo veiculado nas televisões norte-americanas e até um mosaico com garrafas do Gatorade em homenagem ao Jordan foi feito.
http://balanacesta.blogspot.com/2009/08/gatorade-lanca-jordan-series.html

Não existe nenhuma interface da Gatorade Brasil e os EUA?

Desculpe a insistência, mas a resposta não foi satisfatória - ainda.
abraços e obrigado, fábio balassiano".

AGUARDO ANSIOSAMENTE UMA RESPOSTA DIFERENTE.
Eu, como cliente, não fico muito satisfeito com respostas-padrão.
Agradeço imensamente pelo apoio, e, pode confiar, sou bem insistente!
----------

Os emails para lotarmos a caixa do SAC do Gatorade são: patrocinio@ambev.com.br e gatorade@ambev.com.br
Eu ainda acho que consigo uma respostinha. Da garrafa eu já desisti.

Sem atual campeão, começa o Paulista

Começa hoje o Paulista Masculino. A data não é a ideal, principalmente por causa da seleção masculina na ativa, mas o principal torneio regional do país promete grandes duelos entre Paulistano (reforçado com Fiorotto, Betinho, Edu, André Bambu e Felipe), Franca (dos recém-chegados Benite e Ricardo Probst) e Pinheiros (Shamell, Diego e Luiz Fernando). Outro senão fica por conta de Limeira (foto), que repetindo Franca em 2006, não poderá defender o seu título porque fechou as suas portas recentemente.

Vale destacar, também, a presença do Palmeiras/Araraquara, a formação mais forte do São José (Renato, Matheus e Wanderson estarão por lá) e a volta de Americana à elite do Paulistão.

E aí, vai acompanhar o Paulista? Quais são suas apostas? É só arremessar na caixinha!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mais um passo

É evidente que uma Argentina sem o armador Pablo Prigioni é uma Argentina pior. É evidente, também, que é uma Argentina muito pior quando o seu pivô, Roman González, é expulso (justamente) após agredir Anderson Varejão (foto). É evidente, ainda, que não se pode tecer tantas loas a um time que há dois anos venceu o mesmo Tuto Marchand para, logo em seguida, cair diante dos mesmos hermanos no Pré-Olímpico de Las Vegas. Diante disso, vamos lá: o Brasil jogou muitíssimo bem hoje à noite na estréia em Porto Rico e surrou os rivais sul-americanos por 91-76. O time de Sergio Hernandez, aliás, não jogou bulhufas, e há muito eu não via uma camisa azul e branca tentando tanta bola de longe sem a menor necessidade (4/25).

É verdade que o aproveitamento de lances-livres segue deficiente (24/36), que a rotação não foi das melhores (sete jogadores ficaram em quadra por mais de 19 minutos), que os erros foram demasiados para uma partida que se apresentava fácil (12) e que a estabilidade emocional de novo voltou a nos pregar peças (a diferença oscilou demais quando o Brasil poderia ter fechado o caixão logo no terceiro período). Mas vimos uma defesa excelente em determinados pontos da partida, 42 pontos no garrafão (quase a metade dos 91, portanto), quatro jogadores em dígitos duplos (Leandrinho, com 18 pontos e sete rebotes, esteve fantástico!), uma variação ofensiva de dar gosto e um armador estupendo (Huertas soube dosar velocidade, audácia no momento certo e um tanto de cadência quando os hermanos tentavam se recuperar).

Na boa, sem querer ser mais otimista que o otimismo e sempre lembrando que o Brasil, recentemente, vem se transformando no bicho-papão dos torneios de preparação, devo dizer o seguinte: hoje deu gosto de ver a seleção masculina atuar. Há muito tempo eu não conseguia dizer algo assim, e isso é sensacional. Que Moncho Monsalve siga o seu caminho com seus comandados, pois hoje foi mais um passo rumo a uma vaga no Mundial e a um passo que parece estar sendo dado aos poucos: o passo rumo ao primeiro escalão do basquete mundial. Se mantiver essa toada, terá boas chances para tal.

Brasil e Argentina no Tuto Marchand

A partir das 19hs, o Brasil, de Huertas (foto), enfrenta a Argentina na Copa Tuto Marchand, último torneio de preparação visando a Copa América. O blog acompanha o duelo a partir das 19hs, e com uma novidade: a caixinha de comentários ficará aberta de agora até o final da competição que vale vaga até o Mundial (sem moderação, portanto). Quem tiver links (com estatísticas e ou imagens), é só avisar!

ATUALIZAÇÃO

O Brasil comanda o jogo diante de uma Argentina patética. São 16 pontos de frente faltando menos de 7 minutos por jogar (72-56). Leandrinho, com 18 pontos, e Scola, com 22, comandam os cestinhas dos dois países.

Alto-falante

"A minha companheira de quarto era a Hortência. Na primeira fase, em Lauceston, tivemos uma derrota. Acho que foi para a Eslováquia. Nesse dia, ela ficou muito nervosa, agitada e não conseguia dormir. Aí a mané aqui tinha que ficar acordada também, jogando baralho com ela até eu cair de sono em cima das cartas"

A declaração, referente a uma passagem do Mundial de 1994, na Austrália, é de Adriana Santos, em entrevista ao Bert, no PBF. É imperdível!