quinta-feira, 30 de abril de 2009

O desafio de Nocioni

Conforme o Mathias disse na caixinha de comentários aqui embaixo, Andres Nocioni deu boa entrevista ao diário argentino Olé. Vale a pena conferir clicando aqui. O "Chapu" disse que provavelmente não irá ao Pré-Mundial com a sua seleção porque, aos 29 anos, não pode ser dar ao luxo de jogar todas. Ele quer, também, fazer uma grande temporada com o Sacramento Kings e se recuperar de uma tendinite no joelho.

O grande pesadelo

Brad Miller (foto) disse a um jornal de Sacramento em 2005: "Tive um pesadelo ontem. Sonhei que voltava a atuar pelo Chicago Bulls (risos)". Além de ser uma declaração infeliz, veio de um jogador não mais que mediano. Mas o mundo dá voltas, e Brad Miller votlou ao seu "pesadelo". Na última terça-feira foi responsável direto pela derrota do Chicago contra o Boston no jogo cinco. Errou dois lances-livres que forçariam o segundo tempo extra e ainda permitiu que Kendrick Perkins capturasse 19 rebotes.

De quem, então, seria o pesadelo: de Miller ou da torcida do Bulls, que o tem como pivô? Quem sabe o rapaz não reverta o jogo nesta noite, quando, em Chicago, os vermelhos recebem os Celtics, que podem fechar o duelo em 4 a 2.

Um breve aviso

A falta de tempo é cruel com este blogueiro, mas vi, de relance, que o Atlanta ganhou do Miami em uma partida com pancadaria a torto e a direito. Fez 3 a 2 na série e pode fechar na sexta. Quem fechou, aliás, foi o Denver, com outra surra no New Orleans.

Amanhã, por aqui, falarei sobre as finais da Euroliga, que começam amanhã. Barcelona X CSKA e Olympiakos X Panathinaikos são os duelos das semifinais que a ESPN transmite nesta sexta-feira.

A caixinha está aberta para o debate.

Na falta do gigante

Dwight Howard (foto) está suspenso para o jogo seis entre Orlando e Phila após dar uma sonora cotovelada em Samuel Dalembert. Mas agora fica a questão: como reagirão Magic e Sixers (3 a 2 para os primeiros) nesta partida decisiva?

Por incrível que possa parecer, o Philadelphia também precisará fazer ajustes. Sem um "gigante" para marcar, os Sixers não precisarão dar tantos minutos ao próprio Dalembert e a Theo Ratliff. Quem agradece é o armador Louis Williams, que viu os seus pontos caírem de 12,8 na temporada regular para 8,2, justamente por causa da necessidade de se ter uma cobertura maior a D12 no garrafão. Com ele em quadra, Iguodala pode, tranquilamente, fazer a função de ala-pivô contra Rashard Lewis.

Ao Orlando não há solução. Lewis não sabe jogar de pivô, Tony Battie já é um veteraníssimo e pode recair sobre o polonês Marcin Gortat a responsabilidade de substituir ao Super-Homem. Gortat, coitado, tem média de 1,2 pontos e 2,6 pontos em nove minutos. Cheirinho de jogo sete aí, hein...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A rodada de hoje na NBA

Vai acompanhar a rodada dos playoffs da NBA esta noite? Miami e Atlanta (2-2) medem forças, assim como o Denver, que tem 3 a 1 e pode fechar o confronto contra o New Orleans Hornets.

A caixinha de comentários está aberta. Divirtam-se!

Érika pelo tri

A pivô brasileira Érika entra em quadra hoje na primeira partida das finais da Liga Espanhola. Em Valência, o Ros Casares luta pelo tricampeonato contra o time que derrotou nas últimas finais, o Perfumerías Avenida, de Salamanca. O segundo duelo da melhor de três partidas finais está marcado para sexta-feira.

ATUALIZAÇÃO DO POST ÀS 17:36

O Ros Casares acaba de sair na frente com impiedosos 96-56. contra o Perfumerías Avenida. Érika teve 10 pontos e 9 rebotes em 19 minutos (Amaya Valdemoro foi a cestinha com 18). Para se ter uma idéia, o primeiro tempo terminou em 58-23. Ou seja: o Ros precisou de 20 minutos para fazer mais do que o Perfumerías em 40. Incrível. Uma barbada!

O eliminado do Texas

O Houston perdeu do Portland ontem (88-77, com 50 pontos da dupla Aldridge-Roy), mas pode fechar o duelo na próxima quinta, quando enfrentará, no Texas, os Blazers para cravar os 4 a 2. Na Flórida, o Orlando parece querer mesmo espantar a zebra. Bateram os Sixers por 91-78 com 24 pontos e 24 rebotes de Dwight Howard. Está 3 a 2 para os Magic.

Mas o resultado que chama, mesmo, a atenção é a eliminação do San Antonio Spurs. Ginóbili está fora, ok, tudo bem, mas tomar 4 a 1 do Dallas Mavericks me parece estranho. Há exatos nove anos a franquia não perdia no primeiro round dos playoffs, e pela segunda vez desde que Tim Duncan por lá chegou ela é eliminada em casa na pós-temporada - a primeira foi justamente contra os Mavs, naquele sétimo jogo histórico em 2006. Ontem, os comandados de Rick Carlisle bateram os de Gregg Popovich por 106-93. Dirk Nowitzki anotou 31 pontos e viu o seu time conter as outras armas dos Spurs (Duncan e Parker somaram 56 pontos, mas os outros apenas 37).

Salmon defumado

John Salmons até que vinha fazendo um bom trabalho na marcação a Paul Pierce. Até o quarto período, o camisa 34 do Boston Celtics tinha apenas 11 pontos e uma atuação discreta. Para completar, Ray Allen tinha saído com seis faltas e Kevin Garnett, como você sabe, está machucado. Pra quê, né. O rapaz acordou a tempo e fez da vida de Salmons um inferno. Matou uma bola a dez segundos do final do tempo normal para levar a partida a prorrogação, outros três arremessos decisivos nos 77 segundos finais do tempo-extra e terminou com 26. Ou seja: quando o bichou pegou, Pierce defumou Salmons, anotou 15 pontos e levou o Boston Celtics a vitória por 106-104 e 3 a 2 na série contra o Chicago Bulls.

Detalhe: em três jogos da série houve prorrogação, marca histórica na pós-temporada da NBA. Alguém arrisca um palpite para o sexto duelo?

Três pontos dos playoffs

-- Doc Rivers (Boston), Rick Adelman (Houston) e Nate McMillan (Portland) foram multados em US$ 25 mil por críticas aos árbitros.

-- O ala Courtney Lee, do Orlando Magic, saiu de quadra ontem direto para o hospital. Após choque com o companheiro Dwight Howard.

-- Dwyane Wade garantiu que jogará a quinta partida hoje em Atlanta, mesmo com lesão nas costas. Miami Heat e Hawks empatam em dois jogos. "Estarei pronto", garantiu a fera.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Flamengo mandará jogos em Macaé

Acabo de receber, em primeiríssima mão, a informação que o Flamengo vendeu os direitos de seus jogos do NBB para a cidade de Macaé, no interior do Rio de Janeiro. O acordo valerá a partir do dia 13 de maio, quando o rubro-negro recebe o Minas. Os playoffs também serão jogados por lá.

De acordo com João Henrique Areias, "os valores não podem ser divulgados, mas o acordo cobrirá duas folhas caso o time chegue às finais". A folha do Flamengo é de R$ 215 mil.

Hora da mudança

Não deve existir momento mais propício para uma mudança em Utah. Larry Miller, sócio da franquia, faleceu há poucos meses. Hot Rod Hundley, a voz do Jazz no ginásio, anunciou aposentadoria. Carlos Boozer, o cara com a toalha nos ombros na foto ao lado, será um agente livre em julho. E Jerry Sloan é um técnico há 21 temporadas na mesma equipe.

Por isso chegou a hora do grande Utah Jazz procurar um novo caminho. Dar ao excelente Deron Williams companheiros mais confiáveis é um bom começo. Renovar com o ótimo e eficiente Paul Millsap, outro. Procurar um pontuador mais decisivo, imperativo. Ousar na agência de passes livres, idem. Pode ser que um técnico com idéias diferentes e mais arejadas também não seja uma má idéia.

O fato é que com um armador como Deron Williams o Utah tem bala para muito mais do que morrer em cinco jogos contra o Lakers. Destes, em um houve disputa. Nos outros o time caiu sem a menor chance.

A foto e a pergunta

Presidente da Federação Gaúcha e candidato à presidência da CBB, Carlos Nunes, à esquerda na foto, esteve ontem na festa de premiação da Federação Paulista. Será que o paulista Antonio Chakmati votará na "oposição"?

O Denver é grande

Vencer uma partida de playoff por mais de 50 pontos não é para qualquer um. Na verdade, apenas três times fizeram isso até ontem (o Lakers de 1956 e de 1973 e o Bucks de 1971). Os dois últimos saíram campeões. E é com esta esperança que o Denver, que ontem trudicou o New Orleans fora de casa por 121-63 (58 de diferença, recorde na pós-temporada), surge no Oeste. Sete jogadores pontuaram em dígitos duplos, abriu 3 a 1 e deve fechar o duelo contra os Hornets, dos desapontados James Posey e Chris Paul (foto).

Nos outros duelos, o Lakers, com grande atuação de Lamar Odom, eliminou o Utah Jazz (107-96 na partida, fáceis 4 a 1 no duelo). Em Miami, o Atlanta recuperou o mando de quadra ao bater o Heat por 81-71, com surreais 12 pontos e 18 rebotes de Zaza Pachulia (sim, ele mesmo!).

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Alto-falante

"Talvez nós gostemos demais de Chicago. Talvez nós quiséssemos voltar para cá. A pizza daqui é sensacional"

Foi assim que Doc Rivers, técnico dos Celtics, reagiu a derrota de seu time ontem, contra o Chicago Bulls (121-118 e 2 a 2 na série). Seu Boston terá que voltar a Illinois para a sexta partida. Rivers, só para lembrar, nasceu e cresceu em Chicago.

Em seu lugar

Havia lido no blog do Bert que o San Jose, adversário do Ros Casares na semifinal da Liga Espanhola, estava "louco" para parar a brasileira Érika. As meninas do San José não conseguiram, perderam o duelo por 2 a 0 e verão as rivais, favoritíssimas ao título, medir forças contra o Perfumerías Avenidas (de Salamanca), que bateu o Rivas por 75-61 no terceiro duelo.

Melhor do que ver o Ros na final é confirmar a ótima fase de Érika, que, ao lado de Helen, já perdeu uma final para o time salmantino há três anos quando vestia o uniforme do Barcelona - eu, que vivia na Espanha nessa época, estava na torcida do Salamanca na finalíssima.

Campeã da Copa da Rainha, líder em percentual de arremessos (62%), sexta nos rebotes (8,4) e com 14,3 pontos de média, Érika está de volta aos tempos dominantes. Quer uma notícia boa? Sua forma física está ótima. Quer outra notícia boa? Sua média não passa dos 22 minutos.

Érika, que fez falta em Pequim, bem que poderia nos dar outra notícia boa e jogar a Copa América por esta seleção tão renovada que chegará em Cuiabá sabe-se lá com que elenco. Mas que seria bom contar com uma pivô de sua capacidade, isso seria.

Quero ser grande

O Denver Nuggets entra em quadra hoje para tentar encurtar o seu caminho rumo às semifinais - com 2 a 1 no duelo, se bater os Hornets em New Orleans ficará a apenas uma vitória de sua meta. Parece fácil, e uma mera "questão" de vencer um rival que não parece no melhor da forma. Mas não é só isso.

Vencer fora de casa, principalmente nos playoffs, é sinal de grandeza, maturidade e mostraria a força de um elenco que todos sabem ser realmente muito bom (Nenê e K-Mart, porém, ainda não jogaram muito bem na série, e possuem média, somada, de 17 pontos por partida). Com Billups (foto) na armação, os Nuggets precisam ganhar para realmente mostrar que podem ser tão efetivos na estrada quanto são na alta cidade de Denver.

Esperar sempre que o apoio da torcida lhe será suficiente pode ser um erro. Derrotar o New Orleans, hoje à noite, pode ser um bom começo.

domingo, 26 de abril de 2009

Um dia após o outro

Nada como um dia após o outro, né? Depois de começar a série em marcha lenta e ter atuação terrível no jogo 3, hoje Hedo Turkoglu resolveu para o Orlando Magic com um arremesso de três a 1.1 segundo do final. Vitória do Orlando (84-81, com todos os titulares das duas equipes em dois dígitos), 2 a 2 na série e o quinto confronto que promete muito na terça-feira.

Acorda, Severino, só dá jogão nessa série!

Eu não sei o que se passa na cabeça de Paul Severino, narrador da ESPN.com, mas a sua sobriedade me espanta. Pela quarta vez eu entro para saber como foi a partida entre Bulls e Celtics e vejo o rapaz com voz de como se nada tivesse acontecido. Mas aconteceu, pô. Outro jogão eletrizante nesta série que parece ir, mesmo, a sete partidas.

Ray Allen anotou uma cesta de três pontos no final do tempo regular, Ben Gordon devolveu na mesma moeda no final da primeira prorrogação e, com mais gás, os meninos do Chicago venceram a partida no segundo tempo-extra por incríveis 121-118. A série está empatada em 2 a 2, e o próximo duelo será na terça-feira em Boston.

Houve seis atletas com mais de 20 pontos em quadra (Ben Gordon, Derrick Rose e John Salmons pelos Bulls; e Paul Pierce, Ray Allen e Rajon Rondo pelos Celtics), cinco duplos-duplos (Rondo ainda fez um triplo-duplo), só 25 arremessos de três pontos em 58 minutos (alô, Brasil!) e todos os jogadores do Chicago que entraram em quadra pontuaram em digítos-duplos. Como se vê, um partidaço!

Tirando o jogo três, que foi uma lavada do Boston, nas outras três partidas as diferenças foram de dois (com prorrogação), três (com tiro de Ray Allen no final) e três pontos (com dois tempos-extras). Na boa, e com todo o respeito ao Paul Severino, eu não conseguiria ficar tão sério na câmera. Extravasa aí, rapaz. Só tem jogão neste confronto!

Triste, Detroit, muito triste

Terminou agorinha a partida entre Cleveland Cavs e Detroit Pistons. Nova surra dos Cavs, 4 a 0 na série, fim de linha para os Pistons. Esperado, não? O saldo desse atropelamento ficou em 15,5 pontos, média de diferença nas quatro vitórias do time de LeBron James (foto), que hoje arrasou com incríveis 36 pontos, 13 rebotes e oito assistências. O placar final do quarto e último duelo não deixa dúvidas: 99-78.

Que tristeza, hein, Detroit? Joe Dumars, gerente-geral da equipe, pensou que teria um time em condições de ser campeão com Allen Iverson nas mãos e com Billups bem longe. Agora seu time está eliminado, e o antigo comandante pode levar os Nuggets às finais da conferência Oeste. Mandou "bem pacas" o Dumars. Ao lado de Steve Kerr ele concorre, certamente, ao prêmio de pior diretor de franquias da temporada.

Giovannoni campeão

Com essa carinha "animada" à esquerda, você pode imaginar que Guilherme Giovannoni tenha perdido a final do Eurochallenge. Engano nosso. Seu time, o Virtus de Bolonha, bateu o francês Cholet Basket por difíceis 77-75 (o brasileiro, vindo do banco, anotou seis pontos e seis rebotes em 25 minutos) e se sagrou campeão da competição. Nando de Colo (anote o nome da revelação francesa de 21 anos), cestinha da partida com 24 pontos, ainda teve a chance de empatar e levar a peleja para a prorrogação, mas errou o seu arremesso. Pelos campeões, o americano Keith Langford anotou 21 pontos.

Capitão da equipe, Guilherme levantou a primeira taça da equipe em três anos, apagando uma marca nada agradável (perdeu uma Eurocup e duas Copa Itália recentemente) e fazendo a festa dos cerca de 7.600 pagantes no ginásio Casalecchio di Reno (Bolonha, Itália). Parabéns a ele e ao Virtus.

Os heróis de sábado

Rodada de ontem dos playoffs. Vamos lá, de forma breve:

-- O New Orleans diminuiu a vantagem do Denver para 2 a 1 com atuação destacada de Chris Paul (32 pontos, 12 assistências e 5 rebotes). Grande vitória por 95-93.

-- Tony Parker anotou 31 pontos no primeiro tempo (43 no total), Tim Duncan entrou com outros 25, mas os Spurs viram suas outras armas fazerem apenas 22 (6-22 nos chutes). É pouco, e o Dallas, balanceado e arrumadinho, venceu por 99-90, abriu 3 a 1 na série e pode eliminar os papões na próxima partida.

-- Dwyane Wade voltou a brilhar (29 pontos, oito passes, sete rebotes e quatro tocos), o Miami surrou o Atlanta (107-78) e abriu 2 a 1 na série. Pode ser a primeira surpresa dos playoffs pintando.

-- Por fim, Kobe Bryant voltou a ser Kobe Bryant com 38 pontos (16-24 nos chutes) e os Lakers venceram o Utah por 108-94 e abriram 3 a 1 na série. Difícil os angelinos não fecharem em casa no próximo duelo.

Olha a vassoura

Pode terminar hoje a traumática temporada do Detroit Pistons. Em Auburn Hills, Rip Hamilton e companhia (companhia que não conta com Allen Iverson, machucado nas costas e na alma por ter ficado no banco) tentam evitar a famosa varrida (quando a série termina sem vitória do derrotado) e uma indigesta marca: terminar o campeonato com a marca de sete derrotas consecutivas.

Nesta "animada" mini-temporada de insucessos, os Pistons viram seus rivais anotarem mais de 90 pontos em seis delas. Ué, e o que quero dizer com isso? Que aquele time maravilhoso do começo da década, que encantava e alucinava os rivais com a sua defesa, deve tentar fazer isso para frear o Cleveland nesta tarde. O ataque, com o errático Rodney Stuckey na armação, não vai a lugar algum mesmo. Fechar os espaços parece ser a única saída.

sábado, 25 de abril de 2009

Dois bons links

-- Pau Gasol está com blog no LA Times e no Marca e vale conferir as suas declarações sobre os playoffs. Em um post, o espanhol diz: "Perdemos o jogo três, e isso signifgica que teremos um jogo 4 em Los Angeles. Mas mais do que isso: temos que ganhar neste sábado. Eu não quero voltar a Salt Lake City". Antes da pós-temporada, o astro foi ver um show de Placido Domingos e outro de Bruce Springsteen. Divertido e pouco comum um atleta escrever isso, não?

-- No mesmo LA Times, o ótimo Bill Plaschke faz coluna sobre o momento de Kobe Bryant no mesmo Lakers. Para ele, o camisa 24 pode estar "perdendo a noção" entre ser facilitador e ser o pontuador máximo do Lakers. Pode ser mesmo. Hoje os angelinos visitam o Utah novamente, às 22hs, e Phil Jackson pode colocar Lamar Odom entre os titulares no lugar de Andrew Bynum.

Surpresa, decepção e estratégia na sexta

-- O Orlando será eliminado dos playoffs com mais duas derrotas. Ontem, Thaddeus Young anotou a cesta decisiva a dois segundo do fim e colocou o Philadelphia 76ers em vantagem (96-94 na partida e 2 a 1). Young, que só fez seis pontos, comentou: "Foi o melhor arremesso da minha carreira. E um arremesso de sorte". O Phila não vence uma série desde 2001. Turkoglu, do Magic, teve 2-12 nos arremessos e cinco erros, e seu time vê a eliminação de perto.

-- "Isso está me matando. Não posso mentir". A frase é de Rip Hamilton, craque do Detroit Pistons, comentando a horrorosa fase do seu time, que perdeu para um Cleveland displiscente (14 erros; nove pontos no terceiro período; e Mo Williams e Delonte West chutando 1-18) por 79-68, viu o rival abrir 3 a 0 na série e agora corre contra a varrida. Vale lembrar: o Detroit foi o único dos 16 times que entrou na pós-temporada com campanha negativa. Vai rodar rapidinho...

-- No segundo duelo da série, o técnico do Portland, Nate McMillan, colocou dois pivôs em cima de Yao Ming. E venceu. Ontem foi a vez de Rick Adelman apresentar o seu veneno: dupla marcação em Brandon Roy (Ron Artest e Shane Battier). O resultado? Vitória por 86-83, 2 a 1 na série para o Houston Rockets e um Roy errando 11 de seus 18 arremessos. O argentino Luis Scola (foto) anotou 19 pontos e 9 rebotes. Em séries de melhor de sete jogos, o vencedor do jogo 3 levou a melhor no duelo em mais de 75% das vezes. Será que a seca dos texanos acaba nesta temporada?

Leandrinho no Maracanãzinho

Leandrinho esteve no Maracanãzinho ontem para ver a vitória do Flamengo sobre o Cetaf e deu boa entrevista ao Rebote: clique aqui e leia. Interessante é a declaração: "Eu quero jogar pela seleção, mas hoje ainda não dá para saber o que vai acontecer".

O ala do Phoenix Suns alega que a distensão abdominal que o acometeu no final da temporada pode tirá-lo da seleção na Copa América. Dois pontinhos apenas: sua esposa está grávida de sete meses, e os treinos para a competição começam no final de junho (coincidentemente a do nascimento da menina do casal); será que a lesão que não o impediu de jogar pelo eliminado Phoenix o impedirá de jogar pela seleção?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Boa notícia da Itália

Guilherme Giovannoni acaba de ter destacada atuação pelo Virtus La Fortezza contra o EKA AEL, do Chipre, na semifinal do Eurochallenge (espécie de Copa da Uefa do basquete). O ala-pivô brasileiro teve 10 pontos e 15 rebotes em 34 minutos e viu o seu time bater os cipriotas por 83-69.

Na decisão que acontecerá domingo em Bolonha, o Virtus, em casa, enfrentará o Cholet Basket, da França.

A rodada de quinta-feira na NBA

-- E lá está o Boston novamente de volta aos trilhos contra este irregular e alucinado Chicago Bulls. Os Celtics trucidaram os vermelhos por 107-86 fora de casa, roubaram 16 bolas, deram 23 assistências para 38 arremessos e ainda viram o rival cometer incríveis 22 erros. Rajon Rondo (foto) brilhou com 20 pontos, 11 rebotes, seis assistências e cinco roubos. O Boston fez 107-86 e agora lidera a série por 2 a 1.

-- No Oeste, o Utah evitou uma possível varrida ao bater os Lakers por 88-86 com um arremesso de Deron Williams a dois segundos do final. Kobe Bryant ainda teve a chance de decidir com um tiro de três, mas a bola apenas roçou o aro. Kobe, aliás, teve uma noite bizarra: 19 erros em 24 chutes tentados. Do lado dos Jazz, quem também brilhou foi Carlos Boozer, com 23 pontos e 22 rebotes - marca que só Malone tinha feito no uniforme da franquia de Salt Lake City. Agora, Lakers 2 a 1 contra o Jazz. O próximo duelo é no sábado, com transmissão da ESPN (22hs).

-- Foram 67 pontos do San Antonio contra o Dallas ontem - pior marca da franquia. E assim não há como vencer em playoff, né? Tim Duncan também teve o pior desempenho de sua carreira em pós-temporada. E assim o Dallas Mavericks abriu 2 a 1 com fáceis 88-67 e 20 pontos de Dirk Nowitzki. O quarto jogo promete.

Contagem regressiva

Hoje começa a contagem regressiva para a eleição na CBB. Faltam exatos 10 dias para o pleito, e a pergunta que fica é: o que estariam fazendo Grego (foto), que concorre ao quarto mandato, e Carlos Nunes neste momento? Muita gente aposta que o primeiro tem muitas cartas na manga neste momento, e que seu mandato continuará por mais quatro anos. Do outro lado, alguns apostam na habilidade do gaúcho Nunes para angariar parceiros políticos.

Conforme disse aqui antes, a verdade é uma só: estamos a dez dias da eleição, e nenhum projeto de renovação foi apresentado, nenhuma proposta concreta para modificar os rumos da modalidade foi planejada. Estamos mal.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A rodada da NBA

-- E se eu te dissesse que um armador na série entre Hornets e Nuggets teria 67 pontos, 12 assistências e nenhum erro após duas partidas. Você provavelmente votaria em Chris Paul, né? Mas estes números são de Chauncey Billups, que ontem liderou o Denver para mais uma vitória (108-93). Com 2 a 0 na série, o time de Nenê segue a passos largos para avançar às semifinais. A queda de rendimento dos Hornets é notável.

-- E se eu também lhe dissesse que o cestinha de um time com Dwight Howard, Rashard Lewis e Hedo Turkoglu foi um calouro? Pois é. Ontem o Orlando Magic fez a mesma besteira de desperdiçar uma vantagem imensa contra os 76ers, mas conseguiu vencer (96-87) com 24 pontos do novato Courtney Lee para empatar a série. D12, aliás, teve sonolentos 11 pontos, 10 rebotes e estourou em faltas. O elenco da Flórida precisa acordar. Voltar de Philadelphia com 1-3 seria terrível.

-- Depois de chutar medíocres 4-23 nos três pontos no jogo 1, o Miami acertou a mira, colocou 15 tiros de longe na cesta do Atlanta, venceu o jogo por 108-93 e empatou a série (foi o primeiro triunfo dos Heat na pós-temporada desde os playoffs de 2006, hein). Vi a partida, e o que Dwyane Wade (foto) fez ontem foi inacreditável. Anulou Joe Johnson (16 pontos apenas), superou marcações triplas por toda a partida e teve forças para anotar sete assistências, cinco rebotes e 33 pontos (seis bolas de três). A torcida Balassiana, do último acento do Sopcast, gritou MVP a plenos pulmões.

Um pouco de luz

João Henrique Areias (na foto à esquerda) está nos esportes olímpicos do Flamengo há menos de três meses. Implantou nova filosofia nos jogos de basquete (com promoções, DJ's e atrações nos intervalos), criou uma camisa que virou uma febre (aquela sorteada por aqui), conseguiu vender uma partida para Londrina (contra Assis) e agora acaba de assinar com a Cia. do Terno. O acordo renderá R$ 400 mil ao rubro-negro até o final do campeonato. Para quem tem uma folha salarial de R$ 215 mil e praticamente três meses de atraso salarial (abril está acabando, né), não é "excepcional".

Mas mostra, sinceramente, uma mudança de filosofia necessária ao esporte brasileiro. Mais profissional, mais voltado para o público (consumidor) e para aqueles que precisam entender que as coisas mudaram. Areias traz luz ao Flamengo, e espero que seu trabalho, previsto para durar três meses, não termine no final de abril. As águas de maio prometem ser ainda melhores caso o trabalho continue.

Ah, e o Flamengo bateu o Saldanha da Gama ontem por 99-49 também.

O primeiro grande clássico

Americana recebe hoje Catanduva para o primeiro grande clássico do Paulista feminino. São, provavelmente, os dois melhores elencos do país - os dois times ainda estão invictos na competição após duas rodadas. Vale destacar o duelo entre as ótimas armadoras Natália e Gattei e a possível estréia de Êga no time da técnica Branca (na foto, a nova ala de Americana está com o cabelo no melhor estilo da antiga "Tiazinha", não?).

Deste canto, a gente só lamenta que não teremos acesso às informações. A televisão não transmite, e o site da Federação Paulista não tem nem as estatísticas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ele estará na NBA em 2009-2010

O agente Dan Fegan confirmou: Ricky Rubio estará no Draft da NBA. O que significa que ele será, provavelmente, o número segundo, atrás do ala-pivô Blake Griffin. O único problema é que a multa do armador do DKV Jovetut gira em torno dos US$ 6 milhões, e a liga americana permite, apenas, que as franquias paguem US$ 500 mil (nem 10% portanto). O time de Badalona, por sua vez, vive grave crise financeira, e deve sonhar com a bolada.

Rubio é fera já construída, e sinceramente não estranharia se ele fosse escolhido como número 1. Eu traria o garoto de olhos fechados.

Promoção do Flamengo

Hoje o Flamengo volta a jogar em casa, e pensando nisso a equipe de marketing do rubro-negro organizou uma promoção legal. Quem comprar um ingresso para o duelo desta noite, contra o Saldanha da Gama, ganha outro para a partida contra o CETAF, na sexta-feira. A iniciativa é bem legal.

Será que desta vez o ginásio terá um público razoável? Marcelinho, que hoje completa 100 jogos com a camisa rubro-negra, e o restante do elenco merecem. O camisa 4, aliás, merece aplausos pela marca.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Opa, achei o Moncho de novo!

Depois de participar de uma clínica na Hungria, Moncho Monsalve, o técnico da seleção brasileira masculina, participou da de Bob Knight na Espanha, a mesma relatada ambaixo. Na foto, Moncho é o primeiro à direita.

O espanhol elogiou a clínica de Knight: "me impressionaram os conceitos tão claros e originais que ele apresentou por aqui", disse. Por um lado fico feliz que o treinador esteja se reciclando com palestras e novidades na modalidade. Por outro, não entendo o porquê de Paulo Bassul, técnico da feminina, não participar das mesmas iniciativas.

Cadê a CBB para dar apoio ao técnico das meninas, que desde o Paulista feminino não pisa em uma quadra para treinar?

Alto-falante

"Quando vim a Espanha pela primeira vez, em 1971, só o Real Madrid e o Joventut faziam um trabalho sério no basquete. A evolução do esporte espanhol nos últimos anos foi sensacional. Estão aí golfistas como Olazabal e o Nadal, por exemplo"

A frase é do polêmico Bob Knight, que no final de semana ministrou uma clínica em Bilbao para 200 treinadores espanhóis. A íntegra do papo está na edição eletrônica do El Pais. Vale a pena conferir. E vale, também, pensarmos numa maneira mais ampla sobre esporte no Brasil: com exceção do vôlei, estamos parados há quanto tempo?

Mais uma lição

Na Assembléia Geral da ACB (a liga espanhola), realizada ontem em Barcelona, foram apresentados os dados conseguidos pela entidade nesta temporada. É de assustar (positivamente, claro). Vamos lá:

- Nos anos de 2010 e 2011 serão abertas as primeiras academias com o selo ACB - em Zaragoza e Málaga, respectivamente. A ACB se converte, assim, na primeira liga européia de basquete a possuir um centro como estes no continente. Comenta-se que o contrato com a rede Aviva gira em torno de US$ 5 milhões por ano.

- Com 40 países de quatro continentes transmitindo os jogos da primeira divisão, a ACB aumentou os seus ganhos com a venda dos direitos em 140% em relação ao ano passado. Os valores não foram divulgados, mas podemos ter uma base quando o presidente da entidade diz que as tevês locais pagam muito mais do que os € 9 milhões anuais pagos pela TVE há quatro anos.

- Foi assinado, também, um convênio entre a ACB e a associação de médicos espanhóis para um melhor controle de dopagem nos jogos da liga. Se isso não bastasse, o acordo vale, também, para o circuito Sub-20 de times locais, evento patrocinado pela entidade e pela Federação Espanhola.

Os espanhóis provam a cada dia que possuem o segundo melhor basquete do mundo. É bom aprendermos com eles. Que tal mandar o Kouros para um intercâmbio por lá quando acabar a LNB?

Boa do Bert

O amigo Bert fez excelente entrevista com a ala Roseli, campeã do mundo em 1994 e medalhista olímpica em 1996. Ficou, de fato, bárbara. Vale a pena conferir o papo com uma das jogadoras que mais marcaram o basquete brasileiro. Defendia como poucas. Clique aqui e confira!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ele apareceu

Ray Allen, que não jogara nada no jogo 1 entre Chicago e Boston, apareceu hoje para dar a vitória aos Celtics. Anotou a cesta decisiva e cravou os 118-115 que empatam a série. Destaque, também, para Ben Gordon, dos Bulls, que anotou incríveis 42 pontos, e para o ótimo Rajon Rondo, que brilhou com um triplo-duplo (19 pontos, 16 assistências e 12 rebotes). Veja a cesta de Allen abaixo.

A véspera de um feriado na CBB

São exatas 17hs de segunda-feira, dia 20 de abril de 2009, e tento ligar para a Confederação Brasileira de Basketball. Mas eu não consigo. Ninguém me atende por lá. Amanhã, dia 21, é feriado de Tiradentes. No dia 23, ao menos aqui no Rio de Janeiro (São Jorge), também. E aí fica a pergunta: será que a entidade vai emendar a semana toda?

Alguém consegue me explicar como é que em plena segunda-feira útil não há ninguém na CBB? Alguém consegue me explicar como é que em plena segunda-feira útil a menos de três meses de competições entre as seleções nacionais não há ninguém na CBB?

Hoje também é segunda-feira na Espanha, e já troquei seis emails com a Federação local. Na boa, o basquete brasileiro não é sério.

Mike Brown é o técnico do ano

Como era esperado, Mike Brown foi escolhido o técnico do ano na NBA. Com 66 vitórias, ele se torna o primeiro vencedor com mais triunfos desde que Phil Jackson (72-10) foi eleito em 1996 - se formos mais longe, ele é o segundo com mais "sucesso" desde as 68 Tom Heinsohn com o Boston Celtics em 1972-1973.

Agora vamos ver o que acontece, pois o troféu é uma espécie de pé-frio da liga. Além de ter "feito" demissões em série (Avery Johnson e Sam Mitchell), o técnico que vence a categoria não leva o anel de campeão desde 2002-2003, quando o Spur Gregg Popovich abocanhou ambos. Brown foi eleito com 355 pontos. Rick Adelman, do Houston, teve 151 e Stan Van Gundy, do Orlando, 150.

Os playoffs da NBA em pílulas

-- Então começamos os playoffs assim: das oito séries, quatro iniciaram com vitória dos visitantes. Faço, aqui, uma aposta: com exceção da série do Lakers, nas outras três do Oeste ninguém conseguirá manter intacto o mando de quadra. Ou seja: Dallas, Houston e Denver, que venceram os primeiros duelos, perderão em seu lar. Estou maluco? Pode ser...

- Os Nuggets, aliás, surraram o New Orleans por 113-84. Nenê (na foto) foi muito bem com 12 pontos e 14 rebotes. Mas quem dita as cartas por lá, mesmo, é Chauncey Billups, que obteve 36 pontos e oito assistências. Vejam como são as coisas: há alguns anos, a gente se perguntava quem seria melhor, LeBron James ou Carmelo Anthony. Hoje o primeiro já é tido como o maior ala (3) de todos os tempos. O segundo, nem o melhor de sua equipe é.

-- O Miami começou muito mal nos playoffs. Levou uma sapecada do Atlanta de 90-64, chutando medíocres 90-64. Dwyane Wade e Udonis Haslem decreteraram "o fim das saídas noturnas" na Geórgia, mas é bom eles liberarem a galera. Parece que presos os garotos não jogam...

Da prancheta

41-0 - É este o retrospecto de Phil Jackson quando seu time ganha o primeiro jogo de uma série de playoff - ontem o Los Angeles Lakers bateu o Utah por 113-100. Pelo visto, a seca de títulos de Jerry Sloan e do Jazz durarão mais uma temporada. Se a estatística não fosse o bastante, o Los Angeles Lakers estão jogando muito bem novamente. Aliás: que baita jogador é Trevor Ariza - defende muito bem, cobre o lado oposto, rouba bolas e tem um ataque razoável. Não dá para entender porque foi dispensado de Knicks e Orlando.

O coração do campeão

"Garnett já era. E ele não voltará para estes playoffs. Os caras de uniforme precisam jogar". Foi assim que o técnico Doc Rivers (de terno na foto) reagiu após a derrota no jogo 1 para o Chicago no último sábado. Hoje, os tais "caras de uniforme" entrarão em quadra para tentar estancar o sangue contra um Bulls com cada vez mais confiança e azeitado. Ir para a casa do rival com um 0-2 pode ser um caminho sem volta na luta pelo bicampeonato.

A tarefa não será fácil, mas sinceramente, com Garnett ou sem ele o Boston tem mais time. É um time pior sem o craque, mas ainda é um time melhor que o Chicago. Cabe o campeão mostrar a mesma raça que o fez derrotar os Lakers na final da temporada passada. Do contrário, ficarão lamentando como os angelinos faziam com a ausência de Bynum no mesmo confronto. Os Celtics não têm saída: é entrar na quadra hoje e superar os Bulls. Chorar não resolve nada.

Iguodala é o cara

O ala Andre Iguodala é, provavelmente, o mais desvalorizado (underrated, como dizem os americanos) dos feras da NBA. Ele marca muito bem, evoluiu nos arremessos e já comanda o Philadelphia há algum tempo. Neste domingo comandou (20 pontos, 8 assistências e 8 rebotes) a espetacular virada (35-19 no íltimo período e 100-98 no final) contra o Orlando Magic, fora de casa, e acertou o arremesso que você vê abaixo para selar a vitória.

domingo, 19 de abril de 2009

Na calçada da fama

Wlamir Marques e Amauy Pasos entraram, neste domingo, na calçada da fama do Maracanãzinho. Muito legal a homenagem, que contou com a presença do presidete Grego, da CBB. Parabéns aos dois!

A vez do Oeste

Los Angeles Lakers 4 x Utah Jazz 1 - Apesar da brilhante temporada de Deron Williams, o Utah demorou a engrenar as suas principais armas (Boozer, Okur e o próprio Williams) e será presa fácil para os Lakers, que ainda conseguirá dar ritmo a Andrew Bynum e descanso a Kobe Bryant (foto). Mais uma vitória de Phil Jackson sobre Jerry Sloan.

Denver Nuggets 4 x New Orleans Hornets 3 - Pronto: a partir de agora, dar palpite fica complicado. Teremos um duelo espetacular entre Billups e Paul, mas o Denver conta com um melhor elenco de apoio. Nenê, o único brasileiro que nunca ganhou uma série de playoff, leva vantagem sobre qualquer pivô adversário e sorrirá ao final do duelo.

San Antonio Spurs 4 x Dallas Mavericks 3 - Sem Ginóbili, todas as tarefas do San Antonio ficarão mais difícil. Decidir jogos ficará mais difícil. Roubar bolas? Mais difícil. Cavar faltas de ataque dos adversários? Mais difícil. Mesmo assim, acredito que a dupla Parker e Duncan levará a melhor sobre o instável Dallas, o time menos confiável dos oito do Oeste. De todo modo, é bom não duvidar de Dirk Nowitzki.

Portland Trail Blazers 4 x Houston Rockers 3 - Brandon Roy terá trabalho dobrado contra Ron Artest, mas o Portland, com o seu ótimo elenco e espetacular técnico (Nate McMillan), tem boas armas para deter Yao Ming e Luis Scola (Greg Oden inclusive) e avançará às semifinais de conferência pela primeira vez em quase uma década.

Muito Prazer, Raulzinho

Não são muitos os jogadores que podem colocar no currículo que atuaram no Madison Square Garden (em Nova Iorque). Mas Raul Togni Neto, o Raulzinho (filho do ex-armador Raul e atleta do Minas), já pode fazê-lo. Com 16 anos, o brasileiro entrou na quadra do mítico ginásio na tarde de ontem no Jordan Classic (evento que reúne a nata da nova geração do basquete mundial) para realizar um sonho. Com a ajuda do brasileiro Fábio Malavazzi, a quem agradeço publicamente (ambos estão na foto), conversei com o jovem pelo telefone logo após a partida em que seu time, o de camisa preta, enfrentou o de uniforme branco. Dizer que o menino estava “nas nuvens” e “muito feliz” é desnecessário. Por isso, Raulzinho está na seção Muito Prazer.

BALA NA CESTA: Como foi jogar no Garden no Jordan Classic?
RAULZINHO: Cara, foi demais, sensacional! Quase não treinamos, mas valeu a pena. Na quadra todo mundo se entende sempre. O ginásio é fora de série, maravilhoso. Não existe coisa parecida no Brasil! É tudo muito impressionante, e por vezes ficava olhando para o teto, para saber se estava acordado. Não sei quantos pontos eu fiz nem quantos minutos joguei, mas tudo está sensacional (foram quatro, na derrota de seu time por 88-84).

-- Já encontrou o Michael Jordan por aí? E como tem sido o contato com os outros meninos?
-- Ainda não, mas ele deve aparecer por aqui em poucos minutos. Estou olhando para os lados o tempo todo para ver se o cara chega, mas até agora nada. Mas o Jordan vem (como demonstra a foto abaixo), tenho certeza, até porque o filho dele (Marcus) vai jogar na partida principal. Sobre os outros jogadores, tem sido muito divertido, apesar de não nos comunicarmos muito bem. Mas com italiano que divide quarto comigo (Marco Lagana, armador do Regiana) até que nos entendemos. Todos são gente boa.

-- E como tem sido fora das quadras? Muitas fotos? Pelo que eu soube, hoje (ontem) vai ter show do Akon, né?
-- Cara, me amarro no Akon. Vai ser muito maneiro ver o show dele aqui. Ele é fera! Estou bem ansioso. Tirei muitas fotos, mas no primeiro dia, quando recebemos uma mochila e uma medalha com a logo do Michael Jordan, acredita que eu esqueci a máquina (risos)? Mas hoje eu compensei e tirei um monte. Está sendo maravilhoso aqui.

-- E os planos? Consegue se imaginar jogando aí novamente?
-- Poxa, todo mundo sonha em vir jogar nos EUA, e na NBA consequentemente, né? Sou novo, ainda não decidi o que quero fazer, mas uma universidade norte-americana pode ser um bom caminho.

sábado, 18 de abril de 2009

Rose e os espinhos

Derrick Rose é um fenômeno. Acho que ninguém mais duvida disso depois do que ele fez em 50 minutos nesta tarde, contra o Celtics, em Boston. Vitória do Chicago Bulls por 105-103 com 36 pontos e 11 assistências do garoto. Por outro lado, vale a pena ficar ligado no desempenho de Ray Allen. Ano passado ele teve o mesmo apagão que demonstrou hoje (1/12 nos arremessos). Só tinha uma diferença: Kevin Garnett estava em quadra. Sem o ala-pivô, Allen deveria crescer. Começou mal.

Ao contrário de LeBron James, que acaba de ajudar o Cavs a surrar o Detroit por 102-84. Sublimes 38 pontos, oito rebotes e sete assistências. Anderson contribuiu com seis pontos e quatro rebotes.

Uma série espetacular

Amigos, chamo a atenção novamente para a série de artigos "Três Pontos - Uma investigação", de Rodrigo Alves, no Rebote. Coloco os links das quatro matérias:
1) Nós chutamos muito?
2) Nós somos bons mesmo?
3) Os motivos do exagero
4) O impacto na seleção

Genial o trabalho de Rodrigo Alves! Parabéns!

Palpitões: o Leste primeiro

Chegou o grande momento, né, galera. Então vamos lá. Todo mundo quer palpitar sobre os oito duelos da pós-temporada da NBA. O blog começa, então, a desvendar os mistérios, já que consultou a sua possante bola de cristal. O Leste vem hoje. O Oeste, amanhã (ambos os posts foram feitos nesta sexta-feira).

Cleveland Cavs 4 x Detroit Pistons 0 - Não creio que o Detroit consiga roubar sequer uma vitória do Cleveland. Tudo bem que Prince tornará o trabalho de LeBron James (foto) mais difícil, mas Rodney Stuckey não consegue deter Mo Williams, a segunda maior arma dos Cavs.

Boston Celtics 4 x Chicago Bulls 3 - Com a ausência de Kevin Garnett, o Boston sofrerá um pouco mais para derrotar os surpreendentes e irregulares Bulls. Com a ausência de KG, o jogo dos Celtics ficará ainda mais concentrado fora do garrafão, coincidentemente a grande arma do Chicago (o trio Rose-Gordon-Salmons rende bem). Mesmo assim, acho que no final a experiência de Allen, Rondo e Pierce fará a diferença.

Miami Heat 4 x Atlanta Hawks 2 - Em mais um capítulo de sua espetacular temporada, Dwyane Wade ganhará sozinho esta série. Colocará Joe Johnson no bolso, acabará com toda a reputação de Mike Bibby e deixará os seus companheiros ainda mais de boca aberta ao chegarem às semifinais. Bom: ou ele faz isso, ou minha bola de cristal está arruinada...

Orlando Magic 4 x Philadelphia 76ers 2
- Os dois Andres do Phila (Iguodala e Miller) são excelentes, mas basicamente os 76ers só têm a dupla. E o pior: não há ninguém que consiga diminuir a capacidade de Dwight Howard, provavelmente o jogador mais dominante da liga no garrafão. Rashard Lewis também leva muita vantagem sobre Reggie Evans, e o Phila vai morrer mais cedo do que poderia.

Os meus e os deles

Todos sabem que a temporada regular da NBA terminou nesta quarta-feira. Por isso, nada melhor do que escolher os melhores, né? O blog elegeu os seus, e aponta aqueles que, em sua opinião, serão os escolhidos pela liga. Vamos lá:

Meu quinteto titular ficaria com Chris Paul, Dwyane Wade, LeBron James, Tim Duncan e Dwight Howard. O reserva com Billups, Kobe Bryant, Brandon Roy, Pau Gasol e Yao Ming.

Cabem menções elogiosas, também, ao comportamento de Ron Artest, a evolução de Nenê, ao técnico Stan Van Gundy (Orlando) e a Anderson Varejão, agora titular do Cleveland. Vale, por outro lado, um pito no Phoenix Suns, outro em Steve Kerr (seu gerente-geral), em Joe Dumars (e no seu Pistons), em Allen Iverson e em David Stern (as arenas estiveram 14% mais vazias em relação à temporada passada).

E aí, concorda? Faltou alguém? A caixinha é sua!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Promessa de bom jogo

Pode ser que um surto de otimismo tenha tomado conta de mim, mas estou acreditando em um bom jogo na noite desta sexta-feira (21hs pelo Sportv) entre o Minas de Flavio Davis (foto) e o Joinvile de Albtero Bial, que jogará em casa. Terceiro e quarto colocados, respesctivamente, na tabela do NBB, quem ganhar estará bem encaminhado para obter mando de quadra nos playoffs. Vale a pena conferir.

Em busca do primeiro anel

Nenhum brasileiro esteve tão próximo de levantar um caneco da NBA quanto Anderson Varejão. Há duas temporadas ele chegou às finais, quando foi varrido junto com o seu time, o Cleveland Cavaliers, pelo Spurs. Mas a situação mudou. Com um elenco mais maduro e com o reforço de Mo Williams, os Cavs fizeram a melhor campanha da temporada regular, possuem um banco de reservas efetivo e o brasileiro como titular. Varejão, 26 anos de muita disposição, mostra evolução ofensiva e já tem a confiança da equipe no ataque. Nesta entrevista, feita por email, ele fala sobre a campanha da franquia, as chances de colocar o anel nos dedos e, claro, seleção brasileira. Confira!

BALA NA CESTA: Apesar de já ter jogado uma final, nesta temporada parece que o Cleveland está mais “pronto” para ser campeão da NBA. Você concorda?
ANDERSON VAREJÃO: Sim. Hoje o Cleveland é uma equipe mais madura, mais preparada. Isso é resultado do trabalho que estamos fazendo e, claro, do fato que a base da equipe permanece a mesma. Mudamos poucas peças nos últimos anos e mudamos para melhor. A equipe vem crescendo e isso está se refletindo em números. Estamos muito confiantes, muito focados e vamos brigar muito para conquistar esse título.

-- Ao final da fase regular você superou os 23 jogos em que foi titular em toda a sua carreira – foram 42 dos 81 disputados. Sua média de pontos aumentou, o número de duplos-duplos também (foram nove) e seu tempo de quadra é bom (28,5). Quais são as diferenças daquele Anderson que chegou na NBA há quatro temporadas, para este?
-- Trabalhei muito na pré-temporada, e isso vem dando resultado. Além da parte física e da parte de quadra, do sistema de jogo, da minha função, que sempre foi mais de marcação, de defesa, comecei a treinar mais os arremessos de média distância, um pouco mais de velocidade também, e estou conseguindo colocar isso em prática. Todos me passam muita confiança, o (técnico) Mike Brown também está me dando muito suporte, e isso faz com que eu tenha tranquilidade para entrar e jogar bem.

-- Você recentemente entrou em litígio com seu clube por conta de um contrato que julgava ser justo, e que acabou conseguindo. Mesmo sendo um jogador eminentemente de defesa, seus rendimentos são altos. Você poderia dizer como essa ação é valorizada aí nos EUA?
-- Aqui o trabalho começa pela defesa. Há vários exemplos de excelentes equipes, formadas por jogadores de grande qualidade, que não chegaram a lugar algum porque não sabiam defender. Nós estamos tentando fazer isso: atacar com volume, sim, mas defendendo com intensidade. Você precisa ter um ataque forte para ser vitorioso, mas tem que haver equilíbrio. Ter uma boa defesa, hoje, saber como se posicionar e diminuir os espaços, é um grande passo para se conquistar as vitórias.

-- Por outro lado, seu jogo ofensivo já apresenta melhoras, mas seu técnico vive cobrando ainda mais evolução. Quais são suas metas para os próximos anos, onde você pode melhorar e como é o trabalho da comissão técnica do Cleveland neste sentido?
-- Eles me passam muita confiança, tranquilidade, sabem que posso evoluir ainda mais. E sei disso também. Estou feliz porque o meu jogo está aparecendo este ano e estou conseguindo ajudar o Cleveland. Mas, com certeza, nos próximos anos serei um jogador ainda mais eficiente.

-- Muita gente só discute o título de MVP da temporada. Jogando ao lado de LeBron James e vendo-o atuar dia após dia, você daria o troféu para outro atleta, ou o cara realmente merece? Aliás: muita gente quando lhe entrevista fica lhe perguntando insistentemente sobre o LeBron James. Isso lhe incomoda?
-- Para mim? Ele é o MVP, sem dúvidas. Já poderia escolhê-lo por ser o meu companheiro, claro, mas, sendo imparcial, o que LeBron mostrou e está mostrando neste ano é mais do que suficiente para que ele fique com o troféu. Indiscutível também é a qualidade do Kobe, um jogador impressionante, mas esse ano é do LeBron. Sobre me perguntarem sobre ele, não há problemas. Ruim seria ter que enfrentá-lo, mas como está no meu time...

-- No livro “Michael Jordan: História de um Campeão e o Mundo que Ele Criou”, de David Halberstam, o autor conta que os companheiros de Chicago se incomodavam com o fato de Jordan não ser “um deles”, mas um astro que vivia em um mundo diferente. Jordan mudou isso aos poucos. Isso acontece ou acontecia com LeBron?
-- Não, LeBron é uma estrela, sim, tem consciência e todos sabemos disso, mas não é um ET. Ele tenta ser, na medida do possível, uma pessoa normal. Temos uma conversa sempre muito aberta, muito franca, há um diálogo fácil dentro do nosso grupo e ninguém é melhor do que ninguém. O LeBron é o primeiro a falar isso. Sabemos dividir bem os momentos de descontração e a coisa séria, embora, muitas vezes, ele extrapole e transforme uma conversa mais tática numa grande risada, provocando alguém ou falando alguma besteira. A maioria das brincadeiras tem a mão dele. Ele faz bem para o grupo dentro e fora da quadra. O problema é que ele se acha bonito...

-- E falando em seleção, você, que teve problemas para defender o time recentemente, sendo criticado pelo Moncho e pelo Oscar Schmidt, pensa em voltar?
-- Pois é, tive problemas, sim, primeiro por conta do meu contrato, pois, sem ele, não poderia ser feito o seguro para que jogasse, e, segundo, de ordem médica, contusões que me fizeram, inclusive, perder as férias. Conversei com o Moncho e ele viu que eu realmente não tinha condições de jogo. A CBB estava a par de tudo, fiquei três meses depois do fim da temporada me recuperando aqui em Cleveland e estou, como sempre estive, à disposição do meu país.