sábado, 30 de abril de 2011

Alto-falante

"Ter jogado não é credencial para entender de gestão. Ter a experiência da quadra é ótimo, você entende melhor os anseios dos atletas e comissão técnica, você dialoga melhor com eles, mas se você não se prepara fora das quadras, não dá. Hoje o profissionalismo no esporte chegou a um ponto que não existe mais espaço pra isto"

A declaração é de Marcelo Vido, ex-jogador da seleção masculina na década de 80 e atual Gerente de Negócios e Marketing do Minas Tênis Clube, ao blog da LNB. Vale a pena ler o conteúdo do papo com atenção, sem dúvida um dos melhores dos últimos tempos em relação a basquete, gestão e profissionalismo na modalidade.

Sobre a entrevista de Carlos Nunes

Sempre atento, o professor Jorge Eduardo Scarpin, Doutor em Ciências Contábeis e Administração pela FURB, enviou um texto que fala sobre as respostas dadas a este blogueiro pelo presidente Carlos Nunes, da CBB.



Como você acabou de ler, Jorge Scarpin contesta veementemente as declarações de Nunes. Sei não, mas acho que quanto mais a Confederação fala, menos ela se explica de verdade. Não sou economista, auditor ou contador, mas as argumentações do professor Jorge fazem todo o sentido - principalmente as sobre as taxas de juros.

Acho que é pedir demais uma intervenção de COB ou Ministério dos Esportes, porque sabemos bem em que país estamos. Mas não é só isso. O conjunto da obra é que é de se lamentar. A sociedade se cala e não age, a imprensa ignora (quantos foram os meios de comunicação que falaram sobre o balanço da CBB?) e aí esta trupe que dirige o esporte brasileiro de um modo geral e o basquete em particular se mantém por lá. É triste.

Entrevista: Carlos Nunes

Através da nova assessoria de imprensa da CBB (a Approach), consegui, por email, uma entrevista com o presidente Carlos Nunes a respeito do balanço financeiro da Confederação. Leia abaixo.

BALA NA CESTA: Há um empréstimo no valor de R$ 4.284.500,00 em 2010 (para uma entidade que tem um orçamento R$ 17,6 milhões é impressionante, não?). Como explicá-lo?
CALROS NUNES: A CBB decidiu tomar um empréstimo nesse valor para acelerar seu poder de investimento/crescimento, o que estava previsto no planejamento orçamentário da entidade. A CBB entende que não há problema algum em utilizar linhas de crédito, uma vez que a situação econômica está estável e as taxas de juros estavam favoráveis, desde que haja quitação total deste débito no fim de 2012. Salientamos que, como é perfeitamente evidenciado no balanço que foi publicado, a verba proveniente de órgãos públicos em nenhum momento é usada para o pagamento se quer dos juros destes empréstimos. Vale ressaltar que para uma Confederação do tamanho da CBB, com representação em todo o Brasil, o orçamento necessário para a realização de um trabalho efetivo deve girar em torno de R$ 25 milhões. Quando assumimos em 2009 nosso orçamento estava próximo de R$ 11 milhões.

-- Dá para explicar, também, como, mais uma vez, a CBB termina o ano com déficit (de quase 2,4 milhões - em 2009 já havia sido de R$ 1,3 milhões)?
-- Desde que assumimos tivemos que sanar várias pendências da gestão passada. Por exemplo, só para a Eletrobrás devolvemos mais de R$ 500 mil reais, referentes a problemas com os contratos de 2008. Saneamos e equacionamos completamente o passivo que assumimos (mais de R$ 2 milhões). Sempre foi nosso objetivo deixar a CBB completamente livre de pendências judiciais. Outro ponto importante a ser ressaltado foi a reestruturação e modernização das instalações da Confederação. Hoje a CBB possui uma sede moderna e equipada para oferecer as melhores condições de trabalho para seus colaboradores e atender às demandas de um país continental como o Brasil. Quando assumimos a situação era realmente muito precária. Toda esta mudança foi concluída em 2010.E terminou 2010 em déficit também devido a decisão administrativa de manter o crescimento, adiantando, assim, os resultados esperados. Ressaltamos que por iniciativa da própria gestão atual da CBB foi alterado o estatuto da entidade, de maneira que ficou proibido a CBB de fechar o ano eletivo com o caixa no vermelho. Este modelo de responsabilidade fiscal esportiva foi proposto por nosso jurídico e implantado por nós. Os pontos ressaltados aqui demonstram perfeitamente o porquê da decisão de recorrer ao sistema financeiro. Conseguimos equacionar os passivos, investir em infra estrutura e manter o nível de atividades, preservando a verba de nosso maior patrocínio apenas para o fim a que ele se destina, a prática do basquete.

-- Onde está o custo da empresa de marketing da entidade? Quanto a Brunoro Spors Business (BSB) custa por ano à CBB??
-- A CBB tem um contrato com a BSB onde a remuneração prevista está baseada em êxito - não existe uma remuneração fixa. A empresa recebe uma porcentagem das receitas trazidas para a CBB. Se hoje estamos trabalhando com um orçamento previsto de R$ 24 milhões a BSB tem grande responsabilidade por isso. Aproximação com o Bradesco, contrato com a NIKE, renovação com a Globo em bases muito melhores, trabalho junto ao Ministério dos Esportes, por exemplo, todos são frutos desta parceria. Isso sem falar que também contamos com a inestimável experiência do Brunoro na gestão da entidade e junto ao corpo técnico, que com André, Vanderlei, Hortência, Magnano e demais integrantes do Depto. Técnico nos levaram aos melhores resultados na base dos últimos anos. Estamos muito satisfeitos com o resultado alcançado até o momento com esta parceria.

-- Como explicar que uma entidade com problemas orçamentários tenha aumentado o seu custo com pessoal de R$ 1,1 para R$ 1,7 milhão (55% de crescimento de uma empresa que, repito, não dá lucro há dois anos)?
-- Enfatizamos que o objetivo da entidade não é lucrar com a gestão do esporte. Isto posto, o aumento de gastos com pessoal se dá em função do crescimento no quadro de funcionários de 16 para 28 pessoas, isso dentro da Confederação, além das equipes de trabalho junto as Seleções, que são comissões muito mais completas e estão trabalhando muito mais dias por ano. Não há como aumentar o trabalho realizado, sem aumentar o quadro e a qualidade das pessoas que estão trabalhando, de 2009 a 2011 já aumentos em mais de 100% as atividades realizadas. Para citar apenas alguns números no aumento das atividades ligadas as seleções: Seleções em atividade: de 7 (2010) para 12 (2011); Participação em competições oficiais: de 8 (2010) para 12 (2011); Dias de treino de 565 (2010) para 1192 (2011); e Número de jogos amistosos: de 48 (2010) para 88 (2011). Lembrando que de 2009 para 2010 já houve um grande aumento nas atividades realizadas, que trouxeram como resultado a classificação do Brasil para todas as competições internacionais possíveis. Fazia muito tempo que isto não ocorria.

-- Não houve cota de televisão em 2010? Todos os jogos exibidos pela TV foram de graça? É isso mesmo? E as partidas amistosas das seleções brasileiras? Foram sem custo?
-- Exatamente. Trabalhamos o ano de 2010 sem cotas de TV. O contrato do masculino foi passado para a Liga na gestão anterior, o feminino era de dois anos e teve sua última parcela paga ainda em 2009. Ressaltamos que em 2010, foi assinado um novo contrato com a TV Globo, que vai até 2016, este sim muito mais vantajoso para a CBB. Os eventos masculinos de 2010, que foram transmitidos foram contemplados neste novo contrato que iniciou em 2011.

-- Quais seriam os custos financeiros da entidade, que saltaram de R$ 29 mil em 2009 para mais de R$ 830 mil em 2010?
-- A partir do momento que decidimos preservar as verbas públicas destinadas ao esporte e manter os investimentos buscando acelerar os resultados, o crescimento da modalidade e melhorar a estrutura oferecida a todos os colaboradores e comissões técnicas, uma maior utilização do sistema financeiro é uma decisão administrativa perfeitamente normal. Estes custos sempre estiveram dentro do planejamento, estamos pagando por um serviço. Ressaltamos mais uma vez que nenhuma verba proveniente de órgãos públicos em nenhum momento é usada para o pagamento de custos financeiros da Confederação.

Memphis está na história

Terminhou há poucos segundos a partida entre Memphis e San Antonio. Em casa, os Grizzlies fizeram 99-91 com 31 pontos (17 no último período) e 11 rebotes do monstro chamado Zach Randolph e avançaram às semifinais do Oeste com 4-2. Lá, medirão forças com o Oklahoma.

Com o triunfo, os Grizzlies entram para a história ao se tornarem apenas a quarta franquia a entrar no playoff como oitavo e bater o primeiro colocado (antes, Warriors, Knicks e Nuggets haviam vencido Mavs, Heat e Sonics). Parabéns ao Memphis, que dominou a série completamente.

Semifinais definidas com:
Miami x Boston e Chicago x Hawks no Leste
Lakers x Dallas e Oklahoma x Memphis no Oeste

Amanhã venho com palpites. Por enquanto, você diz na caixinha, ok?

Twitcam pós Memphis

Aqui o vídeo


Mengo passa, Uberlândia e Joinville vivos

Em casa, Joinville e Uberlândia contaram com o apoio da torcida e venceram a quarta partida de hoje contra Pinheiros e Brasília, respectivamente. O time de Alberto Bial fez 76-71, com 18 pontos de André, e Uberlândia contou com 27 pontos de Robert Day para derrotar os candangos 80-68.

Em Bauru, o time da casa não conseguiu segurar David Teague (29 pontos), perdeu por 82-79 e foi eliminado pelo Flamengo, que chegou às semifinais pela terceira vez no NBB. Teremos, portanto, dois jogos 5 na terceira edição do campeonato. No domingo, em São Paulo, o Pinheiros recebe Joinville. Na segunda-feira, Brasília mede forças com Uberlândia.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A marca

As quartas-de-final do NBB3 têm continuidade hoje, com Joinville, Uberlândia e Bauru tentando se manter vivos contra Pinheiros, Brasília e Flamengo (o Sportv exibe o jogo do time de Guerrinha contra os rubro-negros, às 20h30). Com 1-2, os mandantes têm a chance de levar tudo para a quinta partida, e mostrar que o equilíbrio chegou de vez ao campeonato mais importante do país.

Com exceção de Franca, que fechou em 3 a 0 contra São José, os outros três duelos podem chegar ao quinto jogo, feito inédito para a história da Liga (vale lembrar, também, que nunca um time de pior campanha conseguiu vencer uma série no NBB). Veja só abaixo.

2008-2009 - Duas séries com 3 a 0 (Flamengo e Minas bateram Pinheiros e Bauru, respectivamente), uma com 3 a 1 (Joinville venceu Limeira) e uma com 3 a 2 (Brasília sobre Franca)

2009-2010 - Todas as séries foram 3 a 0 (Flamengo, Brasília, Franca e Minas bateram São José, Bauru, Pinheiros e Joinville, respectivamente).

2010-2011 - Franca fez 3 a 0 contra São José e...

E aí, amigo leitor, o que será que acontece nesta noite? Se pudesse apostar, diria que as três séries vão ser decididas apenas no jogo 5.

A análise do balanço da CBB

O assunto da semana, ao menos para mim, é o balanço financeiro da CBB. Por isso fui atrás de dois especialistas. O primeiro, Jorge Eduardo Scarpin, é Doutor em Ciências Contábeis e Administração em Blumenau e possui um blog interessantíssimo a respeito do tema. O segundo, que prefere não se identificar, também é do ramo e chamarei de Renato, de Campinas (SP).

Divirtam-se, porque o conteúdo é absolutamente chocante e interessante. Aguardo comentários na caixinha (se o Google permitir, claro).





E aí, está assustado como eu? Comente na caixinha!

Muito Prazer, Tainá Paixão

Um dos melhores projetos de formação no basquete feminino do país, Jundiaí começa amanhã, em casa, a sua caminhada na A2 do Paulista (contra Pindamonhangaba, às 18h). Em um time recheado de jovens, caberá a Tainá Paixão a missão de organizar e liderar o elenco em quadra. Armadora das mais promissoras (19 anos e 1,70m), ela se define como “muito exigente consigo mesma”, mas isso seria pouco (sua técnica é refinada, sua defesa é boa e sua visão de jogo é bem acima da média). Além disso, em conversas pela internet, é possível ver um traço de seriedade que pode render frutos não só a ela, mas também à seleção brasileira, que busca uma armadora para substituir Claudinha, Helen e Adrianinha nas próximas competições internacionais. Com vocês, na seção Muito Prazer, Tainá Paixão.

BALA NA CESTA: Como uma das mais promissoras armadoras desta geração começa a temporada 2011 e quais são seus objetivos?
TAINÁ PAIXÃO: Espero fazer um bom campeonato (a A2 do Paulista), ajudar meu time a conquistar o título e poder participar do da Liga de Basquete Feminino (LBF). Jogar contra as melhores jogadoras do Brasil é atuar contra muitos espelhos que tenho para a minha profissão. Mas por outro lado, jogar a A2 é uma prova que sabemos das nossas limitações. Queremos disputar um campeonato, não só participar.

-- Muita gente, inclusive a Hortência, diz que a grande deficiência da seleção feminina adulta está justamente na armação, a sua posição. Passa pela sua cabeça preencher a lacuna deixada por Claudinha e Helen?
-- É o sonho de toda jogadora servir à seleção brasileira e comigo não é diferente - ainda mais sendo armadora (posição que vai ter a maior renovação). Tudo o que a Hortência e outras pessoas que acompanham o basquete falam sobre essa deficiência na armação eu levo para o lado positivo - para poder treinar sempre mais forte e dar o meu máximo.

-- Você terminou o ano de 2010 com o título paulista juvenil (foi a MVP da competição) e no dia seguinte encontrava-se sem um time para disputar o Nacional adulto. Isso preocupa em relação ao seu futuro como atleta? Como uma atleta como você, que precisa jogar em alto nível para se desenvolver, analisa essa situação?
-- Foi uma situação preocupante, sem dúvida. Apesar de termos participado do Paulista A1 (nos ajudou a evoluir bastante), queríamos muito participar do Nacional, mas sabíamos da dificuldade do nosso time – e ao mesmo tempo já estava tarde para encontrar um que disputasse. Mas tudo tem seu tempo e espero que, em 2011, além da A-2 eu possa também disputar o Nacional. Eu não tenho muitos planos para o futuro - penso mais no presente. A única coisa que sei é que quero estar jogando, não importa em que local. Enquanto houver oportunidades, o Brasil será sempre minha prioridade e o lugar mais atrativo para a minha carreira.

-- Se você conseguisse descrever o mundo ideal para a sua carreira dentro de cinco anos, como ele seria?
-- Gostaria de estar jogando, sendo uma jogadora bem sucedida e tendo terminado os estudos em Engenharia Ambiental.

BATE BOLA
Uma palavra que amo:
Paixão
Uma palavra que odeio: Decepção
Minha maior virtude dentro de quadra: Liderança
Um ponto que tenho que melhorar em quadra: Um pouco de tudo
Uma qualidade fora da quadra: Responsável
Um defeito: Teimosia
Uma mania: Comer um “quadradinho” de chocolate antes dos jogos
Um sonho: Jogar na WNBA
Uma cidade: Jundiaí
Um ídolo: Minhas irmãs
Um lugar: Minha casa
Uma comida: Pizza caseira feita pelos meus pais
Um livro: O vendedor de sonhos
Um filme: Um sonho possível
Uma música: Tente outra vez – Raul Seixas
Um(a) amigo(a): Minhas irmãs.
Uma bola que chutei e caiu: Nos últimos segundos, no jogo do juvenil contra Catanduva (ano passado). Ganhamos por um ponto.
Uma bola que chutei e não caiu: Primeira partida da final de 2009 nos últimos segundos. Perdemos o jogo.
Um passe inesquecível: Quando eu era mini, fui dar um passe, a bola bateu na cabeça da menina do time adversário e entrou na cesta.
Um momento triste: Quando soube que meu time não poderia participar do playoff em 2007.
Um momento feliz: Quando fiquei sabendo que ganhei o prêmio como destaque da categoria juvenil do ano passado.
Um(a) técnico(a): Rosevaldo Rocha.
Uma frase: “Aqui, no entanto, nós não olhamos para trás por muito tempo, nós continuamos seguindo em frente, abrindo novas portas e fazendo coisas novas, porque somos curiosos. E a curiosidade continua nos conduzindo por novos caminhos. Siga em frente", Walt Disney

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dá pra confiar?

Depois de ter feito o post em que perguntava sobre a Super Copa Brasil (muitos jogadores e torcedores inclusive me perguntaram sobre em que local seria a competição), o site da CBB parece dar uma pista sobre como será a competição mais importante da entidade em 2011.

Na seção calendário, está informando que a Super Copa Brasil, competição que terá oito equipes e pode dar duas vagas ao NBB4, será no Rio de Janeiro, entre 9 e 13 de maio. O interessante de se notar é que uma pessoa do Tijuca (um dos participantes do torneio e em cujo ginásio serão jogadas as partidas) com quem conversei ontem à noite me disse que ninguém no clube havia recebido a confirmação da Confederação com o local.

Vale lembrar que a competição estava previamente marcada para começar no dia 1º de maio, mas no site já colocam o dia 9 como data inicial. Com tantas mudanças e nenhuma certeza, fica a pergunta: dá pra confiar no site da Confederação Brasileira?

Da Prancheta

43 - Foram os pontos do ala Marquinhos (foto), do Pinheiros, na maior pontuação de uma partida de playoff da história do NBB. A marca, porém, não foi suficiente para dar a vitória ao Pinheiros, que viu Joinville fazer 105-103 na prorrogação e diminuir a vantagem dos paulistas na série para 2-1 (a série, portanto, volta para Santa Catarina na sexta-feira). O time de Alberto Bial teve seis jogadores com 12 ou mais pontos (Manteiguinha teve 21).

Nos demais confrontos, o Flamengo fez 79-73 sobre Bauru, e Brasília superou Uberlândia por 84-72 - rubro-negros e candangos têm 2 a 1 agora. Em casa, Franca fez 83-62 sobre São José para também varrer os rivais.

Tá acompanhando as finais do NBB? Será que Flamengo, Pinheiros e Brasília mantêm a vantagem? Lembrando que os jogos 4 serão em Bauru, Joinville e Uberlândia, respectivamente. Comente na caixinha!

Discutindo a relação

A partir desta sexta-feira, em Belo Horizonte, acontece o fórum "Brasil, o país do vôlei", promovido pela Confederação Brasileira de Voleibol. O "encontro contará com um dia inteiro de palestras e bate-papo sobre como empresas, clubes, entidades e mídia transformaram o Brasil no país que é símbolo de excelência no esporte", diz o release.

Na programação do evento há Ary Graça, presidente da CBV, e alguém representando a TV Globo no painel 'Mídia e esporte', mas fico curioso para saber o que será dito no 'Mesa Redonda sobre Mídias Sociais e o vôlei' e no 'Olympikus e o case do vôlei', além do 'Modelo de clube no vôlei'. Todos, ao meu ver, assuntos palpitantes e na "ordem do dia" do esporte mundial. Como "brinde", o evento antecede à grande final das meninas no sábado (ou seja: o fórum é um baita aperitivo prum jogo que promete ser fenomenal entre Rio de Janeiro e Osasco).

Ora bolas, mas por que diabos o Bala está colocando isso no blog? Para mostrar quão atrasada está o basquete, que mal discute a sua relação com mídia, patrocinadores, comunidade e possíveis investidores. Sim, é um saco se mirar no vôlei o tempo inteiro, mas não é difícil reconhecer que a maioria dos bons exemplos de gestão e comunicação com o mercado vêm de lá. Que a Confederação Brasileira, LBF e LNB se unam e se inspirem para sentar e repensar o modelo de esporte que é feito no país atualmente. Que novas ideias, e pessoas, surjam. O basquete merece.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Como administrar o caos

Divulguei aqui embaixo o balanço de 2010 da Confederação Brasileira de Basketball. Como se vê, há muitas perguntas, poucas respostas e uma única certeza: a CBB continua sendo bizarramente mal administrada. Quanto a isso não há contestação, certo?

Já são dois anos da Era Carlos Nunes à frente da entidade, e vícios que deveriam ser extirpados do basquete brasileiro parecem querer se eternizar na entidade máxima. Eu não sei quanto a vocês, mas eu aprendi que não posso ter custo anual maior do que os meus rendimentos neste período. A regrinha básica é solenemente esquecida pela entidade há dois anos (pelo menos), e os tais empréstimos (contraídos junto aos bancos Itaú e Bradesco) são a melhor prova de como a administração dos recursos da CBB é feita de maneira mambembe. Se todo o campo econômico não fosse o bastante, o "apreço" dado a parte técnica também chama a atenção. Em 2009, foram gastos mais de R$ 235 mil com Clínicas Técnicas. Em 2010, míseros R$ 91 mil. Quanta diferença, não?

Ler o balanço da Confederação Brasileira não foi desanimador, porque eu em nenhum momento esperava o contrário (a notícia do empréstimo contraído pela entidade já pipocava na caixinha e no e-mail há séculos), mas é bem triste saber que a capacidade administrava desta "nova" gestão continua sendo muito ruim. E aí não adianta surgir Lucas Bebês, Izabellas Sangallis, Francieles ou Raulzinhos. Enquanto o alicerce principal for ruim, nunca o basquete nacional terá sucesso. É uma pena, mas enquanto os dirigentes forem ruins não há a menor chance de a modalidade encontrar o caminho do crescimento.

O balanço da CBB

Foi divulgado ontem no diário Lance! o balanço de 2010 da Confederação Brasileira de Basketball (nas duas fotos acima você encontra o conteúdo - quem precisar do PDF completo, envia um email para fabio.balassiano@gmail.com que eu passo). Não precisa ser nenhum gênio para entender o que está dito ali, mas por via das dúvidas enviei para um especialista, que em breve nos trará o seu parecer. Por enquanto deixo as perguntas aos amigos.

1) Há um empréstimo no valor de R$ 3.590.153 em 2010 (para uma entidade que tem um orçamento R$ 17,6 milhões é impressionante, não?). Como explicá-lo?
2) Dá para explicar, também, como, mais uma vez, a CBB termina o ano com déficit (de quase 2,4 milhões - em 2009 já havia sido de R$ 1,3 milhões)?
3) Onde está o custo da empresa de marketing da entidade? Quanto a BSB custa por ano à CBB? Eu não sei exatamente, mas há uma linha interessante, chamada "Administrativo", que salta de R$ 4,8 milhões em 2009 (lembremos que Carlos Nunes entrou em maio na entidade) para R$ 7,2 milhões em 2010 (exatos R$ 600 mil/mês portanto). Que crescimento grande, não (de 50% exatamente)?
4) Como explicar que uma entidade com problemas orçamentários tenha aumentado o seu custo com pessoal de R$ 1,1 para R$ 1,7 milhão (55% de crescimento de uma empresa que, repito, não dá lucro há dois anos)?
5) Não houve cota de televisão em 2010? Todos os jogos exibidos pela TV foram de graça? É isso mesmo? E as partidas amistosas das seleções brasileiras? Foram sem custo?
6) Quais seriam os custos financeiros da entidade, que saltaram de R$ 29 mil em 2009 para mais de R$ 830 mil em 2010?

Tentei contato com a assessoria de imprensa da entidade (para quem não sabe, a Approach, empresa aqui do Rio de Janeiro, assumiu a conta da Confederação), mas não obtive resposta até o fechamento deste post. Alguém consegue me ajudar a desvendar os mistérios do balanço da CBB? A caixinha está aberta! No próximo post eu digo o que penso a respeito.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sucesso garantido

Falei apenas no Twitter, mas acho que vale repetir por aqui. No sábado, na primeira partida da final da Liga Espanhola, a pivô brasileira Érika de Souza teve números absolutamente soberbos: em 32 minutos foram 29 pontos (10/14 nos tiros) e 12 rebotes na vitória do Perfumerias Avenida sobre o Ros Casares (seu ex-time) por 79-73. Agora as salmantinas têm 1-0 na série, que terá o seu jogo 2 na quinta-feira, em Valência.

Pode parecer repetitivo, mas é necessário dizer que a temporada de Érika, que pode conquistar a tríplice coroa com o time de Salamanca, é irrepreensível (isso sem falar no vice-campeonato do Atlanta no ano passado, né). Suas médias são consistentes (12,9 pontos, 8,2 rebotes, 54,1% e 26 minutos por jogo), e a brasileira ganhou demais com a presença de Sancho Lyttle ao seu lado no garrafão (ela não fica tão exposta nos duelos contra as pivôs adversárias e pode revezar o trabalho "sujo" com a companheira).

Torço muito para que Ênio Vecchi, técnico da seleção feminina, e Hortência, diretora das meninas, estejam acompanhando o desempenho de Érika na Espanha. Ela é a melhor jogadora do país há algum tempo, e tê-la no grupo da seleção é mais do que fundamental. Com ela (em forma e descansado, claro) o Brasil tem alguma chance contra em competições importantes. Sem ela, pena até no Pré-Olímpico de Neiva, na Colômbia.

Para seguir vivo

Flamengo, de Marcelinho, e Brasília, de Guilherme Giovannoni (o ala, aliás, lançou seu site ontem), entram em quadra hoje com uma missão apenas: vencer Bauru e Uberlândia em seus domínios para evitar que os rivais abram perigosos 2-0 nas quartas-de-final do NBB. É incrível, mas devido ao estranho regulamento o rubro-negro e o time candango podem perder uma partida dentro de casa e ficar à beira da eliminação (sou favorável ao 2-2-1).

Nos dois outros jogos da noite, Pinheiros e Franca, que venceram fora de casa no final de semana, atuam em seus ginásios contra Joinville e São José (o duelo dos francanos, às 19h, terá transmissão do Sportv) para abrir 2 a 0, se aproximarem das semifinais e assistirem às outras batalhas de camarote. Pelo lado do Pinheiros, estou curioso para saber qual será o número de torcedores na capital depois da final do Interligas em que as arquibancadas estiveram cheias.

Se tivesse que apostar, diria que Flamengo, Brasília, Pinheiros e Franca vencem nesta terça-feira, mas a minha convicção é muito pequena. E você, amigo leitor, o que acha que acontece hoje à noite? Comenta aí na caixinha, porque a rodada do NBB3 deve ser emocionante.

Em apuros

Sinceramente acreditava que o San Antonio Spurs fosse suar um pouco para bater o Memphis Grizzlies na primeira rodada dos playoffs, mas obviamente não esperava que fosse tudo isso. Na noite de ontem, os comandados de Lionel Hollins aplicaram uma tremenda surra (104-86 - os texanos fizeram apenas 36 pontos na segunda etapa). O resultado deixou os Grizzlies com 3-1 e a uma vitória de avançar à inédita semifinal do Oeste.

Se conseguir o feito, o Memphis entra no seleto grupo dos times classificados em oitavo que conseguiram bater os líderes de conferência. Antes, Golden State Warriors (em 2007 contra o Dallas), Knicks (em 1999 contra o Miami) e Nuggets (em 1994 contra o Seattle de virada e com direito a prorrogações na quarta e quinta partidas). Na noite de ontem é óbvio que deu tudo certo para o Memphis, que conseguiu se manter no jogo após o primeiro tempo perfeito de Tony Parker (15 pontos após 7/7 nos chutes). Na segunda etapa, a defesa encaixou, os erros texanos apareceram (13 dos 17 nos últimos 24 minutos) e o banco surgiu com força (49 pontos ao todo).

Gregg Popovich tem pouco tempo, mas precisa corrigir o buraco que há em seu garrafão (41 pontos por ali de média na série - isso representa 42,8% dos pontos do Memphis) e o problema grave que há nas coberturas e rotações defensivas (Mike Conley, que infiltra quase sempre para depois "quicar" a bola para um companheiro, tem 7,2 assistências no confronto, 0,7 a mais do que seu índice na temporada). Time os Spurs têm, claro, mas os Grizzlies são jovens, atléticos, empolgados e estão jogando uma bola redondinha.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

E a Copa Brasil, CBB?

De acordo com calendário da CBB, a Super Copa Brasil, competição mais importante do ano que será realizada pela entidade, deveria começar no dia 1º de maio. No site, ao invés de informações sobre a competição, há um singelo "a definir" sobre o local das finais.

É de se lamentar absurdamente que a (repito) única competição organizada pela Confederação seja tratada com tamanho desleixo. Não é possível que não existe sequer o local definido para o evento, nem que mais informações estejam disponíveis (eu estou neste momento no MSN tentando desvendar mistérios do torneio, mas está difícil pacas).

Vale lembrar que esta competição pode dar vaga ao NBB4, e que a Super Copa Brasil pode ser o embrião da famosa Segunda Divisão que seria tão importante para o basquete nacional. Se quiser ajudar a fomentar a modalidade em todo o país e desenvolver o esporte, a Confederação deveria olhar para a competição com um pouco mais de cuidado. O caminho é longo, e não resta outra solução que não pavimentá-lo direitinho desde o começo.

Leandrinho e o exemplo argentino

Conforme coloquei aqui ontem, Leandrinho deu entrevista à Folha de S. Paulo no sábado. Lá, entre outras besteiras, ele fala sobre a sua possível ausência no Pré-Olímpico e sobre a pobreza técnica do time do Toronto Raptors.

Na boa, é de se espantar e de se perguntar em que mundo este atleta acha que vive. Será que Leandrinho não percebeu que é o segundo jogador mais velho do Toronto, e que ele deveria ajudar a "carregar" o time, formado basicamente por jogadores jovens? Dizer que "o time só perde" é tirar o corpo fora, se eximir da responsabilidade e, claro, cavar a sua saída da franquia canadense de maneira muito pouco educada, correta e inteligente. Mas isso, sinceramente, foi pouco diante do que ele disse em relação à seleção brasileira.

O ala disse que tem atuado lesionado, e que até Rubén Magnano sabe disso. Ora bolas, Leandrinho está de férias há duas semenas (tempo em que o seu Toronto ficou eliminado da NBA), e no mínimo há três meses sabia que a franquia não disputaria os playoffs. Por que diabos só agora ele fala sobre seu problema no punho? Será que o fato de o Brasil não contar com Anderson Varejão e provavelmente com Nenê influenciou na declaração do atleta? Como diz um amigo meu, a frase de Leandrinho parece a de alguém que não quer "assumir o barco" sozinho. Por fim, uma dúvida: essa operação não poderia ter sido realizada antes, já que, conforme mencionei, o Toronto está eliminado há algum tempo?

O pior é que as declarações de Leandrinho chegam num momento péssimo. Do lado argentino, Fabricio Oberto luta contra uma arritmia cardíaca para atuar pelo seu país, Pepe Sanchez disse que sente saudades de vestir a camisa celeste e quer voltar, e Manu Ginóbili já mandou avisar que estará em Mar del Plata custe o que custar. Nada, porém, parece sensibilizar Leandrinho. Que ele tenha, então, boas férias e uma boa recuperação de seu punho.

Uma mente brilhante

Foi difícil fazer a entrevista com Julio César Lamas. Não pela disponibilidade dele, mas pelo número de abraços e beijos que o treinador do Obras Sanitarias recebia após o título do Torneio Interligas contra o Pinheiros, na quinta-feira, em São Paulo. O motivo era claro: após o seu "ano sabático", Lamas, de 46 anos e com passagens por Real Madrid ("lá, ou você vence ou está fora"), Baskonia e Alicante, levara o novo clube, com quem tem contrato até 2012, ao título com menos de dez meses de trabalho ("para mim vencer é sempre surpreendente - só quero que meu time jogue bem e corretamente"). No papo, que contou também com as participações de Guilherme Tadeu (Giro no Aro) e Luís Araújo (IG), o também técnico da seleção argentina falou sobre absolutamente tudo com uma clareza que chega a assustar.

BALA NA CESTA: Dá pra dizer que este troféu é um tanto quanto inesperado, não dá?
JULIO LAMAS: Sim, você tem toda razão. Estou trabalhando com o Obras há menos de dez meses, e os resultados estão vindo muito mais rápido do que eu e os dirigentes esperávamos (pensávamos em troféus apenas em 2012 para ser sincero). Hoje foi uma partida muito dura, mas conseguimos nos impor nos momentos importantes. Tínhamos um plano, que era marcar o Shammel e o Marquinhos, e seguimos isso à risca. Meus times são sempre assim: defendemos demais, trocamos muitos passes no ataque e erramos muito pouco. No Obras não é diferente e o troféu nos dá confiança para brigar pelo título nacional na Argentina.

-- Em relação aos estilos de jogo (Brasil e Argentina), ainda é possível identificar muita diferença em sua opinião?
-- Sim, mas ela está diminuindo. Até pela mudança na regra do tempo de posse de bola (30 para 24 segundos), não é mais possível fazer aquele ataque muito controlado. A defesa por aqui melhorou um pouco, e cito o Alex como principal exemplo disso, mas é muito claro que vocês, brasileiros, são ainda muito mais adeptos às bolas de três do que nós. Creio que o basquete argentino tenha uma característica de trocar mais passes, buscar a melhor oportunidade no ataque, e isso faz com que todo o contexto tático se modifique. Também poderia falar da leitura de jogo e das defesas, que são mais fortes no meu país, mas você deve ter visto como os jogos do Interligas foram disputados até o final. Não houve moleza, e acho que o nível da competição foi mais duro até do que a Liga Sul-Americana.

-- Uma das maiores críticas que fazemos por aqui é sobre o nível dos nossos técnicos. No NBB já há dois técnicos argentinos inclusive, mas lá no seu país não há nenhum brasileiro no comando. O que você conhece dos nossos treinadores? Você já recebeu proposta para trabalhar aqui?
-- Nunca recebi proposta, mas é algo que olho com carinho, sem dúvida alguma. Até 2012 eu penso no Obras Sanitarias apenas - depois, quem sabe. No mundo globalizado, a tendência é sempre haver essa troca de experiências, não? Há engenheiros brasileiros trabalhando em Buenos Aires, há técnicos argentinos trabalhando aqui. Conheço o trabalho do Hélio Rubens, que sei que é brilhante, e sei que há novos que estão surgindo muito bem (o Demétrius é o melhor exemplo).

-- Você foi o grande arquiteto da geração dourada da argentina (nesse momento, Lamas diz que não com seu dedo), e agora tem a missão de não apenas treiná-los na despedida internacional mas também dar espaço para os jovens que surgem. Como está sendo o trabalho com a CABB?
-- De verdade não há arquitetura alguma de minha parte. Rubén Mangnano, Sérgio Hernández e eu tivemos a felicidade de trabalhar com essa geração maravilhosa, e cada um teve a sua parcela de "culpa" pelo sucesso da equipe. Eu só tive a sorte de começar e dar a chance para a maioria deles - e eu tinha 32 anos, hein. A verdade é que está sendo bastante emocionante representar o meu país de novo, e me dignifica bastante ser o treinador que estará com aqueles rapazes (Ginóbili, Luis Scola e Nocioni) no final de suas carreiras na seleção. Tenho certeza que será um momento lindo no Pré-Olímpico, e me sinto mais do que um privilegiado por estar ali para comandá-los. A seleção argentina é a equipe mais importante que já dirigi em toda a minha vida, e tenho a honra de pode estar no comando novamente.

-- Um caso emblemático do seu time pré-olímpico é o do Fabricio Oberto. Como está a situação dele?
-- O caso do Oberto é clínico. Se os médicos de Portland e da Argentina o liberarem para jogar, ele estará em Buenos Aires. Se não, não há condição. Em primeiro lugar está a pessoa, não há como fugir disso. Mas a atitude dele é absolutamente louvável em querer representar o país. Tenho sete pré-convocados (Prigioni, Ginóbili, Delfino, Scola, Nocioni, Jasen e Leo Gutierrez), e se o Oberto estiver disponível ele tem vaga cativa no time.

-- E sobre o reconhecido problema de renovação na Argentina?
-- Olha, essa é uma situação difícil, sem dúvida, mas só peço que a opinião pública não seja tão dura com os jovens que estão surgindo, e te explico o motivo. Manu Ginóbili foi o melhor ala-armador da história do país. Quem foi o segundo? Carlos Delfino. O maior ala? Andrés Nocioni. O ala-pivô? Luis Scola. O pivô? Rubén Wolkowyski e Fabricio Oberto. Todos eles vão parar com a seleção depois de 2012, e obviamente o nível deve cair um pouco. Quero muito que a imprensa e os torcedores não depreciem o trabalho dos que estão surgindo, porque eles não têm culpa de aparecerem logo depois da melhor geração da história do basquete do país.

domingo, 24 de abril de 2011

Alto-falante

"Fiquei muito incomodado por perder tanto. Quando joguei no Phoenix, ganhava muitos jogos, estava acostumado. Fui para um time que perdeu muito, sem estrelas ou jogadores de destaque, um pessoal mais novo, sem tanta experiência. Ninguém gosta de ser derrotado"

"Joguei o Mundial da Turquia no sacrifício. Durante o salto, se trombo com algum defensor no ar, caio e bato a mão com muita força no chão, isso atrapalha. Preciso parar e me recuperar de vez. Até os médicos de Toronto já explicaram meu problema para o Rubén Magnano"


As declarações são de Leandrinho, ala-armador do Toronto Raptors, à Folha de S. Paulo. Que tal, amigos? Comentem na caixinha, que depois eu digo o que penso.

A arte do encontro

A última pergunta que fiz a Julio Lamas, técnico do Obras Sanitarias e terceiro na lista dos mais vencedores do país (tem três troféus, ficando atrás apenas de Rubén Magnano e Sergio Hernandez), foi sobre o lendário León Najnudel (foto à esquerda), mítico técnico argentino e criador da Liga Nacional de Basquete dos platinos (à direita, a foto da capa do livro sobre os 25 anos da LNB).

A resposta dele foi muito emocionada: "León Najnudel é o meu mestre, o homem mais importante do basquete em nosso país e foi o responsável por fazer com que técnicos e jogadores consigamos, hoje, viver de basquete. Éramos amadores, e através da sua visão mostrou que seríamos mais fortes se tivéssemos uma Liga organizada. Deu certo, e ele é o grande arquiteto de toda a revolução que houve no basquete argentino desde a metade da década de 1980. O esporte era jogado apenas em Buenos Aires, e a partir das ideias dele todo o país passou a praticar o basquete". Se parasse por aí, já estaria satisfeito. Mas Julio disse um singelo "não sei se você sabe, mas meu assistente é filho do León".

Corri como um louco e conheci Ivan, jovem auxiliar de Lamas e agora ex-jogador (não teve muito sucesso na segunda e terceira divisões da Liga argentina). Naquela quinta-feira, dia 21 de abril, ele completou 29 anos de idade e falou com alegria de seu falecido pai (León morreu em 22 de abril de 1998). Disse que sente orgulho do legado deixado por ele e que pensa em seguir os passos dele na carreira de treinador (Najnudel foi bicampeão sul-americano com o Ferro Carril em 1982-1983, responsável por levar o Zaragoza, da Espanha, ao título da Copa do Rei em 1984 diante do Barcelona e campeão da terceira edição da LNB argentina em 1989).

Por coincidência, esta terça-feira, dia 26 de abril, marca o 26º aniversário da LNB argentina, o maior sonho de León Najnudel, sem dúvida a figura mais importante da história do basquete argentino.

Espera, Bebê

Lucas Bebê colocou o seu nome na lista do Draft de 2011. Antes de mais nada é importante dizer duas coisas: 1) Se ele e seus agentes quiserem, Lucas ainda pode desistir do Draft; 2) O Mundial Sub-19, quando Bebê poderia ganhar muitos pontos com os diretores da NBA, acontece depois do Draft (dia 23 de junho para a seleção da NBA, e dia 30 para o começo do torneio da Letônia). Mas obviamente a "comunidade" do basquete ficou em polvorosa: já dizem que ele seria o "pivô perfeito para o garrafão dos Knicks", o "próximo gigante brasileiro de sucesso na NBA" e coisas do gênero. Como sempre sou o chato, digo o seguinte: acho muito, muito prematuro.

Lucas Bebê é um ótimo menino (simpático, alegre e um grande lutador), tem o sonho de jogar na NBA, mas é sempre bom lembrar que ele NUNCA jogou uma partida de um campeonato adulto. E não é que ele jogou três anos em Duke contra North Carolina ou coisas do gênero. Ele atuou no Central, aqui do Rio de Janeiro, e agora joga nas divisões de base do Estudiantes na Espanha. Não que isso seja ruim (faz parte do processo normal de qualquer jovem atleta), mas fico imaginando quão traumática seria essa transição de atuar contra "magriças" europeus de 17, 18 anos direto para um duelo cavalar contra Dwight Howard ou Andrew Bynum na NBA. Se é verdade que Kobe Bryant pulou do colégio direto para a liga (e teve os seus percalços por lá até se tornar quem se tornou), é sempre bom lembrar de casos como o de Darko Milicic (segunda escolha do Detroit em 2003) e de Nickoloz Tskitishvili (a quinta do Denver um ano antes), que saíram da Europa sem experiência alguma e jamais jogaram nada entre os melhores do planeta.

Se o fator quilometragem não fosse o bastante, Lucas tem deficiências graves e que ainda precisam ser corrigidas em seu jogo (como qualquer jovem de 18 anos ainda possui, claro). Apesar de sua defesa ser excelente (muito boa mesmo!), sua leitura de jogo precisa de ajustes e seu arsenal ofensivo ainda se baseia muito nas enterradas - e isso no adulto não é o mais recomendável. De novo: não é nada que uma dose boa de treinos não possa curar, já que se trata de um rapaz que não completou 20 anos ainda.

Este pode ser um post muito duro com alguém por quem tenho bastante carinho (converso - ou conversava - bastante com Lucas há mais de um ano), mas acho que Bebê e os leitores não se interessariam por análises puxa-saco ou enganosas. Insisto: não é que Lucas não seja um jogador de NBA, pelo contrário. Ele será em um, dois anos, mas para chegar lá e brilhar tanto quanto merece ele precisa se preparar (pessoalmente, acho que o Draft de 2012 seria ótimo para ele - não duvidaria de uma seleção entre os dez primeiros). Capacidade ele tem, e talvez uma dose de paciência seja o seu melhor remédio.

sábado, 23 de abril de 2011

Os meus escolhidos

Conforme prometido no Twitter e na última Twitcam, aqui estão os escolhidos por este blogueiro para receber os prêmios da NBA.

MVP: Derrick Rose (Chicago Bulls). Menções honrosas: Dirk Nowitzki, Manu Ginóbili e LeBron James.
MAIOR EVOLUÇÃO: Kevin Love (Minnesota Timberwolves). Menções honrosas: Eric Gordon, Jrue Holiday e Derrick Rose.
MELHOR TÉCNICO: Tom Thibodeau (Chicago Bulls). Menções honrosas: Doug Collins (Sixers), Gregg Popovich (Spurs) e George Karl (Nuggets)
MELHOR RESERVA: Lamar Odom. Menções honrosas: Jason Terry, George Hill
MELHOR DEFENSOR:Dwight Howard. Menção honrosa: Kevin Garnett.
MELHOR CALOURO: Blake Griffin (o autor de 214 enterradas - veja aqui). Menção honrosa: John Wall.
QUINTETO IDEAL: Rose, Manu Ginóbili, LeBron, Dirk Nowitzki e Dwight Howard.

E você, concorda? Diga na caixinha!

Alto-falante

"Estava muito tranquilo porque meu time fazia em quadra exatamente o que estamos treinamos a temporada inteira. Nem a mais nem a menos. Meu time é isso aí mesmo: marca demais e não faz loucura no ataque"

A frase é de Julio Lamas, genial técnico do Obras Sanitárias, em resposta à pergunta deste blogueiro sobre a sua calma durante a partida contra o Pinheiros na quinta-feira à noite na capital paulista. Lamas estará aqui na segunda-feira, com uma entrevista completa e recheada de coisas interessantes. Craque da prancheta esse Lamas, não?

Só confronto equilibrado

Com rodada dupla no Sportv a partir das 18h30 (primeiro com Uberlândia x Brasília e depois com Joinville e Pinheiros) a fase quartas-de-final do NBB3 começa neste sábado (formato de 1-2-1-1). Abaixo a análise de cada confronto (Franca, Pinheiros, Brasília e Flamengo têm mando de quadra), e os meus palpites.

FRANCA X SÃO JOSÉ - Os francanos estão empolgados, descansados e terão o mando de quadra. São José, a força de um elenco que bateu o forte time de Limeira. Promessa de muita defesa (Hélio Rubens e Régis Marelli).
MEU PALPITE: Franca avança com suados 3 a 2.

PINHEIROS X JOINVILLE - O Pinheiros precisa curar a ressaca após a perda do Interligas, pois do outro lado estará o empolgado Joinville (virou a série contra o Minas jogando seu melhor basquete na competição até aqui). Se conseguir ter apoio da torcida como na quinta-feira, os paulistanos ficam ainda mais fortes.
MEU PALPITE: Pinheiros passa com 3 a 2.

BRASÍLIA X UBERLÂNDIA - É o duelo dos ex-companheiros, né. Valtinho e Estevam foram campeões por Brasília ano passado, e agora terão o trio Nezinho-Alex-Giovannoni pela frente. Será, sem dúvida, o maior teste da carreira de Chuí, que deu nova vida em Uberlândia.
MEU PALPITE: Os candangos vencem a série com 3 a 2.

FLAMENGO X BAURU - É o confronto de um time organizado (Bauru) contra um que se perdeu durante a competição, de dois ótimos chutadores (Marcelinho e Fischer)e de duas fanáticas torcidas. Se conseguir defender bem o camisa 4 do Flamengo, Guerrinha e seus comandados passam a ter alguma chance.
MEU PALPITE: Flamengo sofre, mas faz 3 a 2.

E você, concorda comigo? Comente na caixinha!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sobre o Pinheiros

Foi a primeira vez que pisei no Pinheiros (já havia jogado no ginásio da Hebraica, que fica ali do lado), que este ano completará 112 anos (em 7 de setembro). Convidado pelo clube, passei praticamente todo o dia (cheguei ao meio-dia, saí às duas da manhã) visitando as dependências e ouvindo as experiências de um dos que fazem aquele gigante acontecer, o Rossi, diretor de esportes olímpicos e um mestre-de-cerimônias de primeira. Veja mais fotos aqui.

Localido no Jardim Europa (perto do Shopping Iguatemi), o Pinheiros ocupa uma área superior a 170 mil m² (é sério!) e tem absolutamente tudo em termos esportivos, sociais e até educacionais (há uma escola primária dentro do clube). Isso sem falar no museu (meu Fluminense não tem...). Há pista de atletismo, piscinas, alguns restaurantes (cinco? seis?) e uma infinidade de quadras - isso tudo cercado de árvores de todos os lados (se eu fosse maldoso diria que nem parece São Paulo...). Isso, claro, sem falar no esporte de alto rendimento, que rende medalhas olímpicas e reforça o orgulho dos pinheirenses a cada dia.

Também tive o prazer de conhecer Thelma Tavernari (entrevistada por aqui essa semana), uma das arquitetas de um dos melhores projetos de formação esportiva do país. Foi, sem dúvida, um dia muito agradável, dentro de um clube absurdamente organizado (parece que tudo funciona), imenso e que deve servir de espelho para os demais do país.

Sobre a final do Interligas

É óbvio que o Pinheiros poderia ter vencido a final do Interligas na noite de ontem em São Paulo (com ginásio cheio, uma beleza!). Teve bons momentos (no final do primeiro período principalmente), mas pecou como quase todo time brasileiro peca: na marcação, nas escolhas erradas de seu treinador e na precipitação do ataque.

No sistema defensivo, o primeiro fator se mistura com o segundo. O Pinheiros encaixou bem a marcação individual no começo do jogo, chegou a liderar por seis, oito pontos, mas inexplicavelmente João Marcelo Leite mudou para uma defesa por zona. Resultado: duas bolas de três seguidas, o Obras de novo no jogo e a confiança de volta ao time argentino, que venceria o segundo período por fáceis 22-12 (houve uma sequência de 19-4). Além disso, JML leu mal a partida quando manteve, ao mesmo tempo, Marquinhos (que não marca absolutamente nada!) e Shammel em quadra. Claramente eles estavam sendo anulados pela marcação rival, e André, vindo do banco, tinha melhor entendimento das situações, seria menos vigiado pelos adversários e ao menos tenta defender algo.

E como ataque é consequência da defesa (e vice-versa), em direção a cesta o Pinheiros também vacilou demais. Abusou dos tiros de fora precipitados (ao todo, 4/22), que geraram rebotes longos (16 de Mac Farlan e Gutierrez) e, claro, contra-ataques para os argentinos (dez dos 14 pontos de Cequeira saíram em bandejas fáceis após chutes equivocados dos pinheirenses). Se isso não fosse o suficiente, o espaço (obrigado pela lição, Moncho!) entre os jogadores no ataque é ínfimo, impedindo, assim, infiltrações, jogos de um-contra-um perto da tabela e melhor troca de passes (apenas sete assistências ontem). Ao final da partida, encucado pela surreal circulação de bola dos argentinos, perguntei ao Cequeira sobre este estilo de jogo. A resposta dele: "Gostamos de tocar, rodar e ver qual a melhor situação. E dá uma bela amaciada na bola", disse-me sorrindo.

Não se trata, aqui, de execrar João Marcelo Leite, que, diga-se, vem fazendo um bom trabalho no Pinheiros até aqui. É simples: Julio Lamas é o melhor técnico da Argentina há mais de uma década (sorry, Magnano), e o brasileiro está começando a escrever a sua trajetória. Derrotas como a de ontem machucam, mas ensinam demais também. Ao Pinheiros, a João Marcelo e ao basquete brasileiro principalmente. Ter humildade para aprender com quem faz o jogo como ele deve ser não é pecado algum. Basta dar o primeiro passo.

Sobre o nome do jogo

O cidadão desta foto atende pelo nome de Martin Osimani (AKA Ídolo de Guilherme de Paula, do Giro no Aro). Ele é uruguaio, tem 29 anos, já rodou um bocado (Biguá, Trotamundos e Xalapa) e agora está no Obras Sanitárias. Com apenas dois pontos em quase 37 minutos de atuação, ele foi o melhor em quadra na vitória de ontem sobre o Pinheiros na final do Interligas (80-77).

Para a maioria que acompanha o basquete brasileiro este blogueiro escolher alguém que não passou dos 15 pontos como o "cara" do jogo deve parecer estranho, mas foi isso mesmo que aconteceu. Seguindo as instruções de Julio Lamas, o uruguaio não desgrudou de Shammel, que é quem normalmente carrega o Pinheiros em pontos ao lado de Marquinhos. Deu certo: o norte-americano mal pegou na bola, se irritou com o carrapato-barbudo e se não fossem os oito pontos no começo do terceiro período teria saído com uma atuação ainda mais insossa. Para se ter uma ideia, o camisa 24 do Pinheiros tenta, em média, 36,7 pontos por jogo no NBB3, e ontem foram apenas 25 - prova de que a tentativa de tirar o volume de seu jogo deu resultado para o Obras.

Osimani é o tipo de jogador que o basquete brasileiro não possui (Alex talvez seja a exceção), não parece querer por aqui e que tampouco sabe valorizar. Ele marca demais (quando Shammel saiu, ele também passou a vigiar Marquinhos com absoluta correção), lê o jogo com correção (ele deu quatro das 15 assistências da equipe) e cumpre exatamente o que lhe é pedido. Não é um gênio (desculpe, Guilherme!), mas em um time que prima pela organização e pelo senso defensivo apurado ele é uma peça absurdamente chave.

Portland vivo, Heat e Bulls quase lá

O Portland contou com 25 pontos de Wesley Matthews para vencer o Dallas por 97-92 em casa e se manter vivo nos playoffs da NBA (os Mavs agora têm 2-1). Nas outras duas partidas de hoje, Derrick Rose fez a bandeja no minuto final para ajudar o seu Chicago Bulls a bater o Indiana Pacers, que jogava em casa, por 88-84, e Dwyane Wade teve 32 pontos, dez rebotes e oito passes no triunfo do Miami sobre os Sixers por 100-94 na Filadélfia. Bulls e Heat possuem 3-0 e só precisam de mais uma vitória para chegar às semifinais do Leste.

E você, amigo leitor, viu algum dos jogos? Comenta na caixinha!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Obras vence o Interligas

Acaba de terminar a partida aqui no Pinheiros, e o Obras Sanitarias acaba de vencer, com o placar de 80-77, a segunda edição do Torneio Interligas (ano passado o Peñarol foi o campeão). Comenta na caixinha que depois eu volto.

As quartas-de-final do NBB3

Com as vitórias de São José sobre Limeira (81-76) e de Joinville sobre Minas (71-66), estão definidas as quartas-de-final do NBB3 com os seguintes confrontos:

Franca x São José
Pinheiros x Joinville
Brasília x Uberlândia
Flamengo x Bauru

E aí, amigo leitor, tem palpite para os duelos? Fala aí na caixinha então!
Como disse no post abaixo, estarei nesta quinta-feira em São Paulo, acompanhando a decisão do Torneio Interligas entre Pinheiros e Obras Sanitárias. Fique de olho no blog e principalmente no Twitter.

Até mais.

Semana Santa

Não será um dia comum para o Pinheiros nesta quinta-feira. Às 19h, o clube disputa a decisão do Torneio Interligas contra o ótimo Obras Sanitárias e se vencer conquista o primeiro troféu internacional da história do clube.

Para vencer, o time de João Marcelo Leite precisará e muito da sua defesa. Terá que deter os excelentes Juan Gutirrez (16 pontos e dez rebotes por partida), Joshua Pittman (14,7 pontos) e William McFarlan (12,5 pontos e 6,7 rebotes), e só terá sucesso se conseguir frear os passes do bom Luis Cerqueira (4,4 passes por jogo, além de 10,1 pontos).

Fui convidado e estarei no Pinheiros nesta quinta-feira para acompanhar a decisão e este momento bem legal que vive o clube da capital paulista. Trarei novidades de lá ao longo desta quinta-feira e dos próximos dias (fique de olho no Twitter também). Por enquanto deixo a pergunta aos amigos: quem vence o Torneio Interligas? Comenta lá que a gente troca uma ideia na caixinha!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Da Prancheta

15 - São os anos sem uma final de torneio internacional de basquete na cidade de São Paulo. O jejum da capital termina amanhã, com o Pinheiros enfrentando o Obras Sanitárias na decisão do torneio Interligas. Em 1997, Oscar Schmidt guiou o Corinthians ao jogo final, mas perdeu o título em Limeira para o Atenas, de Córdoba (na série, 2 a 1 para os hermanos, que conquistariam, um ano mais tarde, o bicampeonato da competição). Alguém se lembra daquele timaço do Atenas que tinha Rubén Magnano como treinador e Fabricio Oberto e Marcelo Milanesio (craque!) como as estrelas da equipe?

Sem opção

Não há outra opção para Lakers e Spurs nesta noite. Se não vencerem Hornets e Grizzlies, em casa, nesta quarta-feira, os times com as melhores campanhas do Oeste ficarão em situação absolutamente perigosa nos playoffs da NBA. Por outro lado, Chris Paul, Zach Randolph e companhia jogarão totalmente "soltos", o que não deixa de ser assustador também.

Do seu canto, Kobe Bryant resolveu mexer com a cabeça de seus companheiros. Disse, ao final do jogo 1 em Los Angeles, que os Lakers pareciam desconcentrados e sem o esforço necessário para um mata-mata. No Texas, Gregg Popovich mantém Manu Ginóbili como dúvida para esta segunda partida, mas falou que confia em George Hill (sei...). Com ou sem o argentino, o San Antonio precisa proteger melhor o seu garrafão e impedir que Marc Gasol e Zach Randolph se divirtam perto da cesta.

Provavelmente Spurs e Lakers não esperavam passar tanto aperto no começo dos playoffs, mas a verdade é clara: o jogo de hoje é provavelmente o mais importante da temporada (nova derrota e o caminho para a zebra estará pavimentado). É bom os favoritos não bobearem, porque Memphis e New Orleans jogaram muito bem na abertura da pós-temporada. Será que eles conseguem mais uma vitória?