sexta-feira, 31 de julho de 2009

Argentina na semifinal do Sub-19

O Brasil suou para vencer o Japão por 62-55 (16-9 no último período e 20 pontos de Tatiane) e disputa com a República Checa amanhã o nono lugar do Mundial Sub-19. Pelas quartas-de-final, o Canadá surpreendeu a Austrália (26 pontos e 10 rebotes da pivô Cambage) e venceu as até então invictas rivais por 50-49. Os EUA, que bateram a França por 88-75, medem forças com as canadenses por vaga na final.

No outro lado da chave a Espanha superou a Lituânia (perdemos para elas!) por fáceis 79-47. Mas o resultado mais legal do dia veio da Argentina, que superou a Rússia por 67-65 na prorrogação, alcançado, desde já, a melhor colocação do país em competições mundiais femininas de base. A menina sendo abraçada na foto se chama Andrea Boquete (sem piadas, hein!), que teve 18 pontos e 10 rebotes, além da cesta que levou a partida ao tempo-extra.

Fica a pergunta: depois de superar o Brasil como melhor time de basquete masculino da América do Sul, será que estamos vendo o surgimento de uma nova hegemonia continental, desta vez no feminino? Gente muito boa do ramo diz que será a partir desta geração sub-19 das hermanas que veremos isso acontecer.

O adeus de Lisdeivi

Uma das melhores pivôs que pisou no solo brasileiro nos últimos anos, a cubana Lisdeivi está se aposentando do basquete. Com dores no joelho e no coração, a simpática atleta concedeu excepcional entrevista ao Bert, no PBF, e você confere clicando aqui. Da parte deste blogueiro aqui ficarão as saudades por não mais ver a ótima pivô mais em quadra, mas ao mesmo tempo deixo a esperança tomar conta ao ler que ela quer se tornar técnica. Obrigado, Lis, seu sorriso e seu lindo basquete jamais serão esquecidos por aqui.

Tudo pelo champagne

Uma vez li que Lamar Odom ganhou apenas um título em toda a sua carreira - no agora longínquo segundo ano do colegial. Talvez isso explique, um pouco e confiando na ESPN, a sua iminente renovação com os Lakers (US$ 33 milhões por quatro anos de contrato). Quem sentiu o gosto de um título, como Lamar, dificilmente se contenta em apenas disputar um campeonato, como ele provavelmente faria em Miami, que também queria os seus serviços. Fico feliz com a decisão do camisa 7 angelino, pois mais uma vez está provado que ainda há atletas que ainda pesam o lado esportivo ao invés do financeiro apenas.

O fato é que, com a renovação de Lamar, a recuperação de Bynum, o reforço de Ron Artest, a permanência do técnico Phil Jackson e a manutenção da espinha dorsal do time titular (Kobe, Fisher e Gasol), os Lakers continuam a ser muito fortes no Oeste. Talvez o banco precise de um pouco mais de equilíbrio, mas seria demais pedir a um time que gastou os tubos para renovar com uma de suas peças fundamentais, não? Que Odom então mostre que os dólares pagos a ele sejam a prova final de que ele se trata, enfim, de um atleta com senso de comprometimento apurado. Técnica nunca lhe faltou.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O enigma persiste

Foi com esta camisa (foto) que Ricky Rubio chegou para treinar com a seleção espanhola em Madri. Se eu fosse um desses visionários, diria que a frase diz muito sobre o momento do atleta: "Não há linha final" exprime um pouco do que se passa atualmente com o ex-armador do DKV Joventut.

Sem definição de onde irá jogar em 2009-2010, uma declaração no Marca deixa claro que a NBA não está tão perto assim de seus planos: "Tenho quase decidido o meu futuro, mas a NBA eu acho difícil". De acordo com o mesmo periódico (que pende para o madridismo desde o franquismo diga-se de passagem), a oferta do Real Madrid é maior que a do Barcelona.

O empresário de Rubio, Dan Fegan, é uma raposa, e alguma solução deve estar sendo pensada. Mas seu futuro, como demonstra a camisa, parece estar demorando demais para se concretizar.

O papai Leandrinho

Leandrinho tatuou o nome de sua filha (Alicia) no braço, conforme acompanho em reportagem do UOL Esporte (boa matéria, aliás). Bonita homenagem. Sorte para ele e para a seleção!

Ligações

Leio no site do O Globo que o Instituto Mirante, ONG presidida por Fernando Sarney, filho de José Sarney recebeu R$ 220 mil da Eletrobrás para financiar projetos culturais no Maranhão, mas R$ 116 mil foram parar em contas de empresas ligadas à família Sarney. Que beleza, né?

Mas o que isso tem a ver com o basquete, você pode estar se perguntando. É simples: a Eletrobrás patrocina a CBB desde 2003 - o acordo, aliás, foi intermediado pela família Sarney. No mesmo ano, membros do clã Sarney estiveram no Pré-Olímpico em San Juan, Porto Rico. Dois anos antes (2001), como que por milagre, houve uma Copa América Feminina no Maranhão.

Espera-se, sinceramente, que não exista nenhum problema envolvendo a CBB e a Eletrobrás, mas como o assunto é verba pública é sempre bom a gente ficar de olho.

Paulistano será o Brasil na Argentina

Vejo no Basketbrasil que o Paulistano representará o Brasil no Super Four da Argentina. Vestindo a camisa da seleção também estarão, além dos atletas do clube, Jonathan Tavernari, Fúlvio, Guilherme Teichmann e Mineiro. Gripe Suína que nada, hein!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Vale a leitura

Henrique Lima dá um show na análise da nossa forma de "lapidar" talentos. Seu texto no Draft Brasil é um primor! Clique aqui e leia.

Areias pode voltar ao Flamengo

Vejo no Twitter que João Henrique Areias pode voltar ao Flamengo. O ex-diretor de esportes olímpicos teve conversa na segunda-feira com o presidente em exercício do rubro-negro, Delair Dumbrosck, para tentar acertar o seu retorno. De acordo com o relato, uma proposta profissional foi encaminhada ao amador dirigente do clube da Gávea.

Vamos aguardar os próximos passos, mas há algo que me intriga. João Henrique Areias, a quem muito respeito, vive a criticar um modelo de gestão anti-profissional, como o dos clubes brasileiros. Vira e mexe, no entanto, aceita trabalhar contra aquilo que tão bem expõe em seus artigos, livros e cursos.

Sei que é duro para alguém de sua capacidade ouvir uma proposta e não se sentir encorajado a tentar algo diferente, mas acho que já foi mais do que provado que a forca que Areias tanto critica só serve para enforcar aqueles que ainda teimam em acreditar em dirigentes pouco ortodoxos - vide o caso com Marcio Braga no próprio Flamengo na decisão do NBB há menos de três meses. João não precisa disso. Seu talento já foi mais do que testado, e sempre aprovado.

A hora da mudança

"Taticamente, o comandante assume o risco de copiar nuanças de Barbosa. Anuncia os já ultrapassados high-lows e curls (pêndulos, para explorar os deslocamentos das alas brazucas), e isso pode custar caro". Este trecho foi retirado de um texto que escrevi no Rebote em 22 de junho de 2007 e eu me referia à carga tática de Luiz Claudio Tarallo, então técnico da equipe feminina que iria ao Mundial Sub-21 da Rússia.

Fã incondicional de Barbosa e de seu estilo, Tarallo chegou em oitavo lugar naquela competição (perdeu até da Hungria!). Dois anos depois e repetindo os mesmos métodos, o máximo que ele irá atingir no Mundial Sub-19 deste ano na Tailândia será a nona colocação - apesar disso, é importante deixar claro que a responsabilidade pelo fracasso não pode ser apenas do treinador, mas de um conjunto de fatores que envolvem, também, atletas, CBB e clubes formadores.

Os números do Mundial Sub-19 na Tailândia são assustadores: em seis partidas, aproveitamento de 21% dos três pontos, 38% nos arremessos de dois, 56% nos lances-livres, 17,3 erros por partida, péssimas 42 assistências (temos, portanto, 2,4 desperdício para cada passe colocado corretamente) e um ataque sofrível (59,2 pontos nas partidas que realmente interessam - Tailândia está fora, evidentemente). Na defesa, 69,2 pontos sofridos contra os cinco rivais que merecem respeito. Tem mais: o time roda pouco em quadra (apenas seis atletas jogam 20 ou mais minutos por partida). Talvez isso explique o porquê de a seleção ter cansado nos dois quartos períodos seguidos (13-18 contra a França e 8-21 diante da Argentina).

Quer mais uma coisinha interessante? Destaque nos dois primeiros jogos (24 e 11 pontos), Patricia "foi anulada" nas partidas seguintes. Isso tem acontecido com frequência em competições internacionais com times brasileiros, aliás. Com uma carga tática defasada, poucas jogadas e ainda apostando em um individualismo que não leva a lugar algum, os rivais marcam a "bola da vez" e minam as poucas possibilidades de ataque brasileira. Patricia, marcadíssima desde a partida contra a Lituânia, patinou a partir de então com 7-35 nos arremessos (20% e 17 pontos ao todo) além de seis desperdícios. A culpa, se é que podemos chamar assim, não é da atleta, mas de quem "fechou" tanto o cenário da equipe - do comandante, portanto.

Hortência está começando um trabalho sério à frente da CBB, e precisamos ter paciência para ver os resultados. Se quiser melhorar o nível de seu trabalho, porém, é bom a Rainha começar a mexer nas comissões técnicas das seleções. Não podemos perder mais uma geração talentosa (Tatiane, Leila, Fabiana, Patricia, Debora e Monica estão aí!) por conta da leseira dos nossos treinadores. Se não temos os melhores aqui, que os importemos aos montes, até que os brazucas daqui tomem um pouco de tenência, estudem, se capacitem e se apresentem como verdadeiros técnicos. O que temos visto é pouco demais.

Brasil perde da Austrália no sub-19

A seleção feminina sub-19 faz seu último jogo na segunda fase, hoje às 07:30, contra a Austrália. Já eliminada, ao menos tenta voltar com um pouco mais de dignidade ao enfrentar a cestinha da competição (a pivô Cambage, que tem 20,6 pontos de média). A conferir o que Tarallo apronta, ou não apronta, desta vez.

ATUALIZAÇÃO

O Brasil tomou uma surra da Austrália (72-51, após estar perdendo por quase trinta e fazer apenas quatro pontos no terceiro período, diga-se), e está eliminado com gosto do Mundial Sub-19. Cambgae, a pivô australiana, sensação do torneio, fez 20 pontos. Do lado brasileiro, apenas Tatiane Nascimento fez mais de dez pontos (12). Em breve uma análise mais "fria" sobre a seleção de Tarallo.

Nas quartas-de-final teremos os seguintes duelos:
Austrália (1E) x Canadá (4F)
Argentina (2E) x França (3F)
França (3E) x Estados Unidos (2F)
Lituânia (4E) x Espanha (1F).

Manteiguinha está fora

Conforme este blog anunciou há uma semana, o armador Manteiguinha foi cortado da seleção adulta com um problema no seu pé direito. Lemes entra em seu lugar.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Parabéns a um gênio chamado Manu

Antes tarde do que nunca. Hoje é aniversário de Manu Ginóbili, que completa 32 aninhos. Em sua página do Facebook, ele deixou um recado aos fãs: "Muito obrigado pelas felicitações de parabéns. Mais jovem do que nunca". O craque, aliás, prepara a festa de três anos de sua Fundação ("Fundación Manu Ginóbili"). Sucesso e parabéns a este grande ídolo!

Obama recebe as campeãs da WNBA

O presidente Barack Obama recebeu ontem de tarde as jogadoras do Detroit Schock, campeãs da WNBA em 2008 - na foto, Cheryl Ford e Katie Smith estão com ele. Simpático, ele disse que a liga serve de inspiração para suas filhas (Sasha e Malia), que não deixam de acompanhar o basquete da Casa Branca.

Notinhas da NBA

-- O New Orleans acertou a contratação de Emeka Okafor (foto), em troca pelo pivô Tyson Chandler, que já havia sido enviado a Oklahoma na temporada passada - por problemas médicos, a transação emperrou. A chegada de Okafor traz um alento a Chris Paul, armador e mola-mestra da equipe, que havia manifestado o seu temor pela falta de movimentação da sua equipe na contratação de reforços. Ainda assim, os Hornets estão longe de terem um elenco à altura do talento de seu craque maior.

-- Lembram do Jonathan Bender, aquele ala do Indiana que esbanjava elasticidade no começo da sua carreira, mas que aos poucos, devido a inúmeras contusões, teve que parar de jogar? Pois é. Encorajado por amigos e familiares (Morris Peterson inclusive), o rapaz que voltar à NBA. Alguém se habilita?

-- O veterano Tim Thomas está prestes a assinar com o Dallas Mavericks, o mais "ouriçado" dos times nessa janela do mercado da liga norte-americana. O time já havia renovado com Jason Kidd e trazido Shawn Marion e Drew Gooden. Acho que a franquia texana virá forte, fortíssima, mas vale o alerta do sempre atento leitor Fabio Martins, morador de Dallas aliás: o time contratou apenas "chutadores", e continuará sem potencial para o jogo de garrafão.

Contratempos

Começou assim a preparação da seleção masculina para a Copa América: Baby, lesionado, está fora (tendinite no tendão de aquiles do pé esquerdo) e Murilo precisa resolver problemas particulares (dez dias). No mais, estão lá Anderson Varejão, Leandrinho, Splitter, todo mundo - inclusive Vanderlei em sua nova função. Moncho Monsalve (foto) terá trabalho para colocar essa turma em ritmo.

Serão quatro semanas de treinos e dois torneios amistosos (a Tuto Marchand e a Copa Eletrobrás, no Rio de Janeiro). É pouco tempo, sem dúvida alguma, mas não há desculpa para um mau resultado em San Juan (Porto Rico). A seleção escolheu o caminho da pouca preparação, e devemos respeitar a decisão. Depois saberemos se foi a mais adequada.

Brasil x Argentina, comente aqui

Tatiane Nascimento (foto) lidera o Brasil contra a Argentina a partir das 09:45 no Mundial Sub-19 da Tailândia. Com duas vitórias e derrotas, a seleção de Luiz Claudio Tarallo precisa do resultado positivo para tentar avançar às quartas-de-final da competição. As hermanas, comandadas pelo ótimo Eduardo Pinto, possuem a mesma campanha. A caixinha está aberta para os comentários. Vamos ver se alguém me acompanhará nessa.

ATUALIZAÇÃO
Argentina 70, Brasil 46. Mais sobre o tema amanhã. A seleção feminina está fora das quartas-de-final. A Austrália é a próxima, e última, adversária da fase. Que tristeza, hein...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Bert e a paciência

O Bert escreveu ótimo artigo sobre a seleção Sub-19 e a arte da paciência. Cita, inclusive, um artigo de Hortência em seu blog. Confira clicando aqui.

Alto-falante

"Acho que tenho muito a ensinar a estes jovens atletas. Principalmente em relação a defesa"

A frase é de Charles Oakley ao NY Times. O ex-ala dos Knicks agora quer voltar como assistente técnico da equipe e fazer trabalho semelhante ao que Patrick Ewing, seu ex-companheiro de garrafão na Big Apple, tem feito em Orlando. Já imaginaram Oakley tentando fazer com que jogadores de um time de Mike D'Antoni defendessem como ele?

Brasil perde da França no Sub-19

O Brasil (2-1 na primeira fase), da bela Leila Zabani (foto), entra em quadra daqui a pouquinho para enfrentar a França (1-2) no começo da segunda etapa do Mundial feminino Sub-19 da Tailândia. A caixinha fica aberta para comentários desta importantíssima para o time de Luiz Claudio Tarallo. Clique aqui e acompanhe pelo site. Vale a torcida.

ATUALIZAÇÃO DO POST
O Brasil foi muito mal na partida de hoje contra a França, saiu derrotado de quadra (59-48, com 19-7 no segundo quarto) e viu a sua situação se complicar muito no Mundial Sub-19 da Tailândia. Amanhã enfrenta as argentinas, e uma vitória, que seria fundamental, passa a ser quase obrigação se quiser avançar às quartas-de-final. Alguns números assustadores:
- 17/74 dos dois pontos (23%)
- 3-11 dos três pontos (27%)
- Patricia Ribeiro chutou 17 bolas para acertar apenas duas (12%)
- Leidilania, 11 para matar duas (18%)
- 18 desperdícios de bola
- seis assistências apenas
- apenas duas atletas com dez ou mais pontos (Tatiane com 16 e Leidilania com 10)

É incrível como quando a competição avança as deficiências táticas ficam sempre mais escancaradas. Voltaremos ao tema mais adiante.

A primeira enterrada da NCAA

Ontem li uma sensacional história no site da ESPN. Na verdade, ela fora descoberta por Reed Albergotti, do Wall Street Journal, e conta um pouco sobre a primeira enterrada do basquete feminino na NCAA. A autora do feito, Georgeann Wells, jogava por West Virginia e no dia 21 de dezembro de 1984 deixou os cerca de 100 torcedores do ginásio da Virginia boquiabertos: o relógio marcava 11 minutos e 18 segundos quando aquela gigante de 2,02m recebeu um passe e... enterrou na cesta de Charleston!

A histeria foi tanta que as suas companheiras foram abraçá-la, deixando a quadra livre para a rival Sherry Winn anotar, em uma bandeja, os dois pontos mais fáceis de sua carreira. Ué, mas por que diabos essa história voltou agora ao noticiário? É simples: acreditava-se que não havia imagem alguma que tivesse registrado o feito. Mas na verdade existia uma: o treinador Charleston (de Bud Francis) tinha uma fita, mas se negava a entregar, como que por vergonha! Vinte e cinco anos depois e dez após a morte do técnico, o mundo, através da busca de Reed, agora pode ver a enterrada de Wells e realmente acreditar que ela de fato fez aquilo que alguns anos depois Candace Parker tornaria usual (ela fez sete vezes no circuito universitário!). Quem quiser ver as imagens, é só clicar aqui e aqui. Vale a pena!

Wells, aliás, se empolgou tanto que oito dias depois enterrou novamente: contra Xavier, desta vez sem imagem alguma mesmo.

domingo, 26 de julho de 2009

Os três primeiros cortes

Acabo de conversar com a assessoria de imprensa da CBB, e fico sabendo de algumas informações importantes a respeito dos treinos da seleção feminina que treina em Barueri para a Copa América. Vamos lá:

- A pivô Clarissa (foto), a ala Jaqueline e a armadora Mariana Camargo foram cortadas no final da última semana e não estarão mais treinando com o grupo a partir desta segunda.
- As cinco jogadoras de Ourinhos (Tayara, Karen, Chuca, Mamá e Karina Jacob) + a pivô Kelly, que disputaram o Sul-Americano de clubes no Equador, chegam neste domingo.
- Adrianinha e Alessandra só se apresentam no começo de agosto, conforme previamente acertado com a comissão técnica.

Drew Gooden em Dallas

O ala-pivô Drew Gooden anunciou ontem, em seu Twitter, que está se transferindo para o Dallas Mavericks, da NBA, na próxima temporada. Boa contratação da franquia do Texas, que agora terá um time excelente titular e um bom banco: Kidd, Howard, Marion, Nowitzki, Gooden, Dampier, Barea e Terry estarão por lá. O técnico Rick Carslisle terá trabalho, mas um bom trabalho, não? Os Mavs vêm muito forte!

Uma pergunta

No site da CBB, há uma coisa que intriga: Antonio Chakmati (foto) tem a alcunha de Diretor do Departamento de Relações Exteriores. Na boa, qual a função e quais as atribuições de Chakmati, ainda presidente da Federação Paulista, no cargo? O que ele faz no dia a dia da entidade? O que o Brasil pode esperar no dirigente nos próximos anos, em relação a relações exteriores? A caixinha pode me ajudar a desvendar os mistérios. Conto com vocês!

Da Prancheta

22 - Foi com este número de pontos que Swin Cash bateu o recorde de pontos em edições de All-Star Game da WNBA. A ala do Seattle só concretizou o feito com um arremesso a 15 segundos do final. Àquela altura, Nicole Powell, que entrou no lugar da lesionada Lisa Leslie, tinha 21.

sábado, 25 de julho de 2009

O All-Star Game da WNBA

Vai começar agora o All-Star Game da WNBA com a presença da brasileira Érika (foto). Becky Hammon, a armadora "russa" do San Antonio, acaba de ganhar o torneio de três pontos, e desta vez teremos uma novidade: duas atletas atualizarão o Twitter DURANTE a parida - Alana Beard e Swin Cash. O blog acompanha o jogo.

ATUALIZAÇÃO DO POST
O Oeste fez 130-118, venceu o Leste e fez a festa da torcida de Connecticut nesta tarde. "Queridinha da casa", Swin Cash, que jogou por lá na Universidade e blogou no Twitter durante a partida, fez 22 pontos, foi escolhida a MVP e levou ao delírio todos que por lá estiveram. Erika, a nossa brasileira que fez as honras do país, contribuiu com 12 pontos e 9 rebotes em 14 minutos. Ah, Sylvia Fowles deu uma enterrada! Foi, como se vê, um belo espetáculo.

Boa contratação

Andre Miller foi contratado pelo Portland, deixando os Blazers com um dos quintetos mais interessantes da NBA na próxima temporada. Com ele, Brandon Roy, Rudy Fernandez (Nicolas Batum), LaMarcus Aldridge e Greg Oden, o time de Oregon chegará, enfim, a uma boa combinação de vitalidade, potencial físico, técnica e um tanto de experiência.

Miller está longe de ser o armador dos sonhos de qualquer técnico (possui técnica, mas seu arremesso é falho e sua defesa também), mas dentre as opções de mercado ele era a mais viável para fazer deste Portland, que ainda quer David Lee (Knicks), um time competitivo. Boa adição para os Blazers, que ainda têm um banco pra lá de recheado.

Brasil perde a primeira no Sub-19

Alguns alucinados acordaram cedo e acompanharam, pela caixinha de comentários deste blog, a derrota por 69-65 da seleção feminina sub-19 contra a Lituânia, em jogo que fechou a primeira fase do Mundial da Tailândia. Mesmo com o revés o time de Tarallo se classificou em primeiro e enfrentará França, Argentina e Austrália na próxima etapa. Mas não foi um bom resultado: se passasse em primeiro, as meninas teriam muito mais tranquilidade para enfrentar as pedreiras da próxima fase.

Hoje o Brasil não foi bem. Começou disperso, viu a vantagem lituana chegar a 12 pontos e não impediu que a rival Solopova chegar a 31 pontos (além dela, apenas uma européia fez mais de 10 pontos). Mesmo com os 22-15 no último quarto (chegou a liderar a partida, inclusive quando faltavam 1:38, com 63-62) e com os 15 pontos de Tatiane Nascimento (foto) a seleção feminina não resistiu no final. Desempenho ruim nos lances livres (6-17 - dois, de Monica no final, poderiam ter mudado a história), nas bolas de três pontos (1-10) e nos poucos passes (seis apenas). Que as lições sejam aprendidas para segunda-feira, quando começam os jogos mais complicados.

O milagre da multiplicação

A CBB é engraçadíssima. Na primeira convocação para a Copa América, havia tirado os nomes de Betinho, Fiorotto e Dedé, mas agora voltou atrás, inflando ainda mais o grupo que treinará em São Paulo. Qual seria o motivo? É inacreditável essa bagunça!

Brasil X Lituânia, comente aqui!

O Brasil entra em quadra nesta manhã para garantir o primeiro lugar do grupo. Se vencer a Lituânia a partir das 09:45, consegue. Vamos ver no que dá!

Por novos ventos

O ex-jogador Vanderlei foi confirmado ontem, conforme já se especulava há tempos, como o chefe do Departamento Masculino da CBB. Ele se apresenta amanhã, junto aos atletas da seleção que irá para a Copa América. Vanderlei, vale lembrar, foi companheiro de Leandrinho em Bauru, quando ganharam o Nacional em 2002.

Não gosto de analisar nada antes que seja minimamente implementado. Portanto, o que digo é: Vanderlei terá, ao menos deste blog, um tempo para apresentar propostas concretas para o desenvolvimento do basquete no país. Capacitação de técnicos, fundamentação das categorias de base, uniformização dos discursos entre todas as categorias etc. Ele sabe que terá trabalho, e eu só me pergunto com que ferramentas Vanderlei trabalhará (se quiserem usar o tempo background fiquem à vontade). Não sei, e isso pode ser desconhecimento meu mesmo, que tipo de formação (técnica, psicológica, administrativa e universitária) ele tem para tentar trazer idéias criativas e modernas para uma modalidade que vive, há anos, batendo cabeça.

O blog tentou falar com Vanderlei, mas não foi possível.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Alto-falante

"Estamos com duas vitórias e precisamos continuar nesse ritmo. Queremos o ouro, e eu não vejo motivo para que não consigamos isso"

A frase é da australiana pivô Elizabeth Cambage (2,03m e 18 anos), que hoje despejou 38 pontos e 10 rebotes na vitória contra a França (66-57) na segunda rodada do Mundial sub-19. Ontem, contra a Argentina, ela fez 20 + 8. A jovem é comparada a Lauren Jackson e é uma das maiores apostas do torneio. Olho nela também!

O show do Rodrigo

Rodrigo Alves dá um show no Rebote. Tem de tudo lá:
- Entrevista com Devin Harris
- Entrevista com Adonis Sousa (falarei sobre o, ok?)
- Promoção com Peruca e camisa do Varejão

Investimento

Se tem alguém que sempre correu atrás de seus objetivos no basquete, este é Adonis Sousa. Filho do ex-jogador Marcelo Pará, o armador começou em São Paulo, passou pelo basquete grego, tinha a cidadania e quase jogou pela seleção de lá, voltou para o Brasil, jogou pelo Paysandu, atuou pela Liga Sorocabana e agora está de malas prontas para os EUA (jogará em um Junior College norte-americano). Conheço muito bem Adonis, sei de seu caráter, de sua educação e de sua vontade em evoluir sempre, só posso ficar feliz pelo seu desenvolvimento como atleta e como pessoa.

Agora, o garoto de 18 anos e 1,85m está entre os convocados de Gustavo de Conti para o Global Challenger, de 6 a 10 de agosto, em Portland, pronto para brilhar com a camisa da seleção brasileira. Que a CBB não tire mais os olhos de Adosnis. Repetir o erro da gestão anterior seria uma bobeira ainda maior. Parabéns ao garoto pela convocação e pela cabeça no lugar.

Debora dá show

A armadora Debora não foi bem na estréia contra a Tailândia no Mundial sub-19. Fez dois pontos, errou nove de seus onze arremessos e deu apenas uma assistência. Na segunda partida de hoje, contra a República Checa, eu esperava que ela se recuperasse, mas a baixinha (1,65m) foi além: a jogadora de Americana conduziu a seleção feminina com 18 pontos, cinco rebotes e duas assistências a uma fácil vitória por 86-76. Nova vitória contra a Lituânia neste sábado (9:45hs de Brasília) garante o primeiro lugar do grupo ao time de Luiz Claudio Tarallo.

A partida, ao menos pelos números, foi tranquila e controlada pelo Brasil desde o início (nove meninas atuaram por mais de dez minutos). Com 20-9 no primeiro quarto e ótima defesa ao longo de todo o primeiro tempo (44-30), a seleção teve cinco meninas em dígitos duplos (além da Debora, Tatiane, Leila, Patricia e Monica) e ainda fez com que as tchecas errassem 15 vezes (apenas três assistências e 8-24 dos três pontos). As brasileiras, aliás, também erraram muito (19) e passaram pouco (seis assistências), mas venceram um importante duelo. Continuaremos acompanhando o desempenho deste time.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Olho vivo

A seleção feminina sub-19 enfrenta a República Checa amanhã, às 9:45 (o blog acompanha), pela segunda rodada do Mundial. Será um duelo complicadíssimo. Na vitória contra as lituanas, as checas somaram 40 de seus 84 de dentro do garrafão, erraram apenas oito vezes, conseguiram 10 rebotes ofensivos e ainda acertaram sete bolas de longe. Atenção especial com Renáta Brezinová, a número 14, que teve 16 pontos e quatro rebotes em apenas 18 minutos. Pelos números, o time passa pouco (seis assistências apenas), defende muito (sofreu apenas 72 pontos e forçou as rivais a 20 erros) e roda o elenco (oito atletas com mais de 15 minutos de quadra. Vamos ver o que o técnico Luiz Claudio Tarallo nos reserva para amanhã.

Alto-falante

"Nenhuma chance. Meu último jogo como técnico será com Duke ou com a seleção americana"

A frase é de Mike Krzyzewski, treinador da Universidade de Duke e de seu país, rechaçando qualquer possibilidade de treinar alguma franquia da NBA. Ele está mantido no cargo do time nacional até o final das Olimpíadas de 2012.

Corinthians no Nacional Feminino?

Recebi a informação de que o Corinthians pode disputar o próximo Nacional Feminino. O clube, que já conta com bons técnicos em seu repaginado projeto de base (Kátia de Araujo por lá figura), seria a maior "arma" de Hortência, que é torcedora da agremiação aliás, para obter patrocinadores para a competição que ainda não tem data para começar.

Comenta-se, inclusive, que uma grande atleta já teria sido contratada. Vamos aguardar mais informações.

Bom começo

A seleção Feminina Sub-19 não deu chance para a zebra tailandesa, frustrou as donas da casa na estréia do Mundial e acabou de vencer as rivais por fáceis 104-45 (48-20 no primeiro tempo). Patricia Ribeiro (foto) foi a cestinha, com 24 pontos. Leila, vinda do banco, somou 15. Boa notícia, também, foi que todas as 12 meninas de Tarallo entraram em quadra - e pontuaram. Damiris, convocada no último segundo, fez seis. O próximo duelo da seleção será contra a República Checa, que neste momento enfrenta a Lituânia, amanhã, às 9:45. O triunfo de hoje, aliás, praticamente garante classificação para a próxima fase.

Sobre os outros resultados, uma surpresa na largada: a Espanha derrotou os EUA por 90-86. Ótimas atuações de Leonor Rodriguez (23 pontos), Marta Xargay Casademont (19) e Marta Tudanca (21). A Argentina, que também deu o seu pontapé inicial na competição e tem/tinha esperança de ir longe, tombou feio diante da Austrália (75-51). Olho na pivô Elizabeth Cambage, que teve 20 pontos e oito rebotes.

A estréia brasileira no Mundial Sub-19

Para você que acordou cedo para acompanhar a estréia do Brasil no Mundial Feminino Sub-19, bom dia! Com sono ou sem sono, este é o seu espaço. Use e abuse das estatísticas da competição para comentar o primeiro jogo do time de Tarallo contra a Tailândia na competição (o site está aqui).

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Abre-alas

A seleção feminina começa amanhã, às 7hs, a sua caminhada no grupo B do Mundial Sub-19 da Tailândia. A estréia é justamente contra as donas da casa, e confrontos contra República Tcheca e Lituânia ainda farão parte da primeira fase. Os três mais bem classificados avançam para medir forças contra um trio de rivais da chave de Austrália, Argentina, França e Coréia do Sul. Como se vê, só tem pedreira.

Mas a seleção tem como se sair bem. Fez uma preparação que se poderia ter sido mais "européia", ao menos foi numerosa em termos de treinos. Por isso vale a pena ficar ligado nas alas do Brasil, o ponto forte da equipe. Patricia (ótimo chute de fora), Tatiane Nascimento (força física, explosão e boa visão de jogo) e Fabiana Souza (a morena da foto tem refinada técnica na ala-pivô e excelente jogo de pernas) devem conduzir o quinteto titular que ainda conta com a armadora Debora e com a pivô Monica. Tem mais: se o técnico Tarallo quiser, pode dividir o tempo do trio com as também boas Leila, Joseane e a agora convocada Damiris. Com essa rotação, o treinador ganharia bastante.

O blog ficará ligado em todos os confrontos da seleção feminina, torcendo para bons resultados. O basquete brasileiro merece, né? O site da competição, aliás, é excelente, e pode ajudar nas consultas.

O brilho de Érika

Érika de Souza, a melhor pivô brasileira da atualidade, nunca foi profeta, mas já previra o sucesso que teria. Uma de suas vinte tatuagens (ela ainda quer mais duas!) é uma estrela, gravada em sua orelha há cerca de dez anos quando ainda jogava em Guarulhos. De Guarulhos até Atlanta (onde atua pelo Dream), muita coisa se passou. Mundial, Olimpíada, título na WNBA, título na Espanha, título na Hungria, título no Brasil, título em tudo quanto é canto. Uma coisa, porém, Érika ainda não tinha ouvido: que ela era uma estrela da liga norte-americana. Convocada para o All-Star Game deste sábado, a carioca de 27 anos, líder em rebotes do torneio, desembarca neste final de semana em Connecticut para se tornar a segunda brasileira a atuar no Jogo das Estrelas e realizar aquilo que sua tatuagem já lhe havia confessado ao pé do ouvido: ela é, sim, uma estrela do basquete mundial. Antes da partida ela conversou com o Bala na Cesta por email.

BALA NA CESTA: Érika, você é a segunda brasileira convocada para o All-Star Game (Janeth foi a primeira). Aonde você recebeu a notícia, como foi a sua reação e qual a expectativa para a partida?
ÉRIKA: Estava no ônibus da equipe às oito da manhã saindo de Nova Iorque e indo para Detroit quando a minha técnica (Marynell Meadors) deu a notícia. Na verdade esperava ter a possibilidade de ser chamada, mas sabia que seria muito complicado. Foi uma emoção muito grande, e confesso que a ficha está caindo aos poucos. Acho que só vou entender mesmo quando chegar lá.

-- Você encontrará, no All-Star, a Lisa Leslie, com quem jogou em Los Angeles em 2002. Vocês ainda mantêm contato? Você a admira muito, não?
-- A Lisa pra mim é uma referência. Na verdade sempre foi a pessoa que me espelhei para ir cada vez mais longe. Uma atleta sempre tem que ter um ídolo, mesmo que esse ídolo jogue contra você às vezes (risos). Na verdade não sei como ela estará por lá porque tem tido algumas contusões durante o ano, mas de qualquer forma sempre adoro conversar um pouco com ela. Não temos contato durante o campeonato, porque aqui tudo acontece muito rápido e não temos tempo de fazer outra coisa se não treinar, jogar e viajar. As conversas com as amigas sempre acontecem no dia anterior aos jogos, quando chegamos nas cidades e podemos jantar juntas.

-- Você é a líder da WNBA em rebotes. Seu time também registra campanha melhor que a da temporada passada (7-10). Além disso, você foi campeã espanhola e tem a sua melhor média de pontos na liga americana (11,5). É o melhor momento de sua carreira?
-- Se não é o melhor, é um dos melhores. Estou muito bem mesmo, confiante. É aquela coisa de estar no time certo, na hora certa e dando o melhor de si mesma. Tenho certeza de que quando temos um resultado tão positivo assim, é porque o trabalho individual e de equipe são grandes - não se conquista nada sozinha. Espero também dar meu melhor para a seleção. Quero muito conquistar esses prêmios lutando pelo meu país também.

-- Érika, o momento do basquete feminino do Brasil inspira cuidados. A seleção foi mal em Pequim, o grupo é jovem e a Copa América bate na porta. O que você tem pensado a respeito? Você virá jogar? Hortência ou Paulo Bassul já lhe procuraram?
-- Eu tenho interesse em jogar, sim. Já tive muitos problemas com a seleção, mas não há motivos para não confiar nesse trabalho que está sendo feito agora. Estou na WNBA e é nisso que preciso estar focada nos dias de hoje, mas aparecendo a oportunidade de jogar pelo Brasil não tenha dúvida que farei as minhas malas na mesma hora porque sinto muita falta disso. A Hortência me procurou uma vez por email, mas ainda não discutimos nada em relação a apresentação. Vamos ver como será.

-- Você é apontada pela crítica especializada como peça fundamental para este time em reconstrução. O que acha disso? Está preparada para assumir este papel de liderança?
-- Não li nada a respeito, mas tudo que for possível fazer dentro e fora de quadra pelos times que estou defendendo e pelo Brasil eu farei. Carisma e liderança são natos, e posso desenvolver isso, mas ao mesmo tempo acho que tudo vem naturalmente, como está sendo agora. Se puder reverter isso tudo para ajudar a levar de novo o nosso país ao topo como a própria Hortência fez, seria perfeito.

O Pé de Manteiguinha

A seleção brasileira só se apresenta no domingo para treinar para a Copa América, mas um problema pode complicar os planos de Moncho Monsalve. Recebi ontem, por e-mail, a seguinte informação: o armador Manteiguinha (foto) está com o dedo do pé quebrado. Ainda de acordo com a mensagem, seu clube (Joinvile) não avisará nada a CBB, pois acredita que o atleta possa possa vir a melhorar - ainda que seu estado, hoje, seja "lamentável".

É aguardar para ver. O Blog tentou falar com o atleta, mas não obteve sucesso.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Adivinha quem esteve no Equador?

Se você chutou Grego, o ex-presidente da CBB, acertou. O ex-cartola esteve no Equador para o Sul-Americano de clubes, vencido por Ourinhos no último final de semana.

Ele foi recompensado

O técnico Moncho Monsalve, que é espanhol, mora na Espanha, comenta a Liga Espanhola e assiste ao campeonato espanhol por toda a temporada, convocou 24 atletas para os treinos da Copa América. O bom Marcus Vinicius Toledo (foto) não está entre eles, mas teve sua recompensa nesta terça-feira: assinou por dois anos com o Ricoh Manresa, time catalão da primeira divisão (foi campeão em 1997). Em tempo: a assessoria da CBB esclarece que o atleta está com uma contusão no joelho.

Marcus (23 anos) vem do Lleida, onde atuou as últimas duas temporadas e fez, em 2008-2009, 6,8 pontos e 3,9 rebotes. Sua maior qualidade, porém, está na defesa, e isso os números não medem. Lá ele será treinado pelo exigente Jaume Ponsarnau.

Reforma na CBB

Vejo no site da CBB que a entidade marcou reunião para a próxima quarta-feira com todos os presidentes da Federação. Os assuntos devem girar em torno da reforma no estatuto, mas bem que poderia ser uma discussão mais ampla e contundente sobre o momento da modalidade. Fica a sugestão.

Uma pergunta: por ser uma entidade sustentada com dinheiro público, seria devaneio da cabeça deste blogueiro dizer que qualquer cidadão brasileiro pode/poderia assistir a esta reunião? É só uma pergunta, sem segunda intenção alguma, mas a caixinha está aberta para respostas.

O valor da irritação

Irrita-me muito pouco o fato de Moncho Monsalve ter ido com uma camisa da COB a uma clínica na Espanha. Irrita-me muito o fato de a entidade deixar isso acontecer tranquilamente. Como se fosse normal ver um técnico, que tem o ano todo livre, se reciclar justamente quando deveria estar muitíssimo ocupado. É uma inversão total de valores. É a tal lógica invertida que ainda impera no basquete (e na sociedade).

Moncho não tem culpa, sinceramente. Ele sabe que o comando (ou a falta dele) da CBB é frouxo, e que suas atitudes estão escoradas em atitudes que vêm de cima - atitudes, diga-se, tão sem propósito quanto. Deixar a seleção sem treinar por quase dois meses após o final das temporadas européias e da NBA é uma delas. Fazer com que os estudos de Moncho Monsalve não se revertam para o basquete brasileiro, outra. Ora bolas: se o cara é o comandante máximo dos marmanjos no país, por que diabos a entidade não faz com que o espanhol transmita todo o seu conhecimento adquirido em inúmeras clínicas que frequentou recentemente aos técnicos brasileiros? Quantas clínicas deu Moncho Monsalve em quase dois anos no cargo? Uma? Duas?

É com a CBB que devemos nos irritar. Moncho não tem a menor culpa. O senhor de sessenta e tantos anos tem mais visão do que pode ou não fazer ao ver que aqueles que o comandam não têm a menor noção do que devem ou não deixar o seu treinador fazer.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Erika é uma All-Star

A pivô Érika de Souza, líder em rebotes da WNBA (8,5), recebeu um prêmio nesta segunda-feira: repetindo Janeth em 2001, ela foi convocada para o All-Star Game, que acontece no dia 25 de julho. Parabéns a ela, que merece todo o sucesso.

Ah, vale a ressalva: Diana Taurasi não foi ignorada pelos técnicos. Ela também estará jogando diante de seus fãs de Connecticut. Clique aqui e confira a lista completa.

NBA, rapidinho

-- O Minnesota Timberwolves enviou Sebastian Telfair, Mark Madsen e Craig Smith para o Los Angeles Clippers pelo ala Quentin Richardson. Muita gente diz que David Kahn, presidente da equipe, está abrindo espaço para ter Ricky Rubio em suas fileiras.

-- Steve Nash estendeu o seu contrato com o Phoenix Suns por mais dois anos: US$ 22 milhões para ficar no Arizona até 2012.

-- Marquis Daniels, bom e irregular ala que jogou no Indiana Pacers na última temporada, está acertando com o Boston Celtics. Se o time já era forte, o que dizer dele com as adições de Rasheed Wallace e Daniels, que traz traz, além de tudo, fôlego ao banco. Vai ser boa a briga entre Orlando, Celtics e Cavs no Leste.

Clínica em São Paulo

Acontece, no próximo dia 8 em São Paulo, a Clínica de Basquete, realização da Prefeitura local e que contará com a participação, entre outras figuras, de Paula. Vale a pena dar uma conferida.

O grito

Até semana passada não via possibilidade alguma de a seleção masculina ficar fora do Mundial via Copa América. Pode haver convite, mas isso nem passava pela cabeça. Juro a vocês que os resultados da Lusofonia não impactam em nada a minha visão, mas começo a ficar fortemente preocupado com a leseira na preparação cebebística. Vamos lá:

1) Perdemos seguidamente para a Argentina há sete anos. Jogando com times A, B ou C. Contra times A, B ou C deles.
2) A República Dominicana pode vir com quatro da NBA, e isso pesa.
3) Porto Rico sempre arruma uma maneira de nos ganhar. Ou, para ser mais justo, sempre arrumamos uma maneira de perder de Porto Rico.
4) O Canadá, pelo que li no Rebote, conta com Maurizio Gherardini (auxiliar do manager do Toronto Raptors) e parece fazer uma preparação adequada.
5) O Uruguai é outro que já treina há algum tempo. Apesar de contratempos com salários, estão juntos, apurando fundamentos e colocando Esteban Batista em condições de brilhar.

Bom, apesar de tudo a verdade é uma só: se ficarmos atrás de quatro destes cinco rivais, é melhor fechar as portas do nosso basquete. E eu temo muito pela frase que acabo de escrever, sinceramente. Será que ela tem alguma chance de virar verdade?

domingo, 19 de julho de 2009

Brasil perde duas vezes de Portugal

A seleção feminina, representada pelas meninas que disputarão o Mundial Sub-19 da Tailândia, perderam de 57-47 de Portugal e ficaram com a prata. Novamente Fabiana Sousa foi muito bem, com 10 pontos e 21 rebotes, mas os erros (22) e a péssima pontaria dos três pontos (1-15) decretaram a derrota brasileira. De todo modo, vale um voto de confiança para a competição da categoria e uma ressalva: errar tanto contra times de alto nível será fatal.

Quem também perdeu para Portugal foi o time de Neto. Na disputa pelo bronze, o Brasil levou uma homérica surra: 95-71 para os lusos, comandados por um técnico de nome Moncho (Lopez, também espanhol). Os brazucas chutaram para 9-25 dos três (Duda, com 19 minutos de quadra, torpedeou 1-5 de longe e três erros) e viram os rivais brincarem de acertar de longe (17-27 - que defesa, hein!).

Operação Yao Ming

Vejo na ESPN.com que Yao Ming acaba de decidir operar o seu pé esquerdo. Com a medida, o chinês deve perder a temporada inteira de 2009-2010. O torneio nem começou, e o Houston Rockets, tão acostumado a perder atletas durante o certame, já tem a sua primeira baixa antes mesmo de a bola começar a quicar. Uma pena!

Ao que parece, a dupla de garrafão será, mesmo, David Andersen e Luis Scola. Não é de se jogar fora, né?

Varejão no Altas Horas

Chegar tarde tem lá suas vantagens. Anderson Varejão está no Altas Horas, da TV Globo, neste momento. Lá, ele entregou a sua famosa peruca para Ivete Sangalo e Serginho Groisman. O papo está bem legal. O Multishow reprisa o programa neste domingo, às 21:15.

sábado, 18 de julho de 2009

Ourinhos campeão Sul-Americano

Com 25 pontos da MVP do torneio Karen Gustavo (foto), 19 de Chuca e com outras quatro atletas com mais de 10 pontos, Ourinhos acaba de colocar seus tentáculos já sedimentados em solo nacional em território estrangeiro. Fez fáceis 102-77 (57-29 no primeiro tempo) contra o UTE (Equador) de Silvinha (22 pontos) e Kelly (20 pontos) e conquistou, invicto, o Sul-Americano de clubes, disputado em Quito. Parabéns ao clube, que investe sério e há muito tempo.

Meninas estão na final da Lusofonia

As meninas Sub-19 do Brasil venceram Angola por 56-55 (em que pese o último período, quando fizeram apenas sete pontos, e o número excessivo de erros - 24) e amanhã lutam pelo ouro dos Jogos da Lusofonia contra as portuguesas. Patricia foi a cestinha com 15 pontos.

Quem diria, hein? Com um time que nem da categoria adulto é, as meninas chegarão, outra vez, mais longe que os marmanjos, que se não estão com time principal, ao menos são jogadores profissionais. Essa é a grande questão do nosso basquete: com muito menos apoio, grana e estrutura, as seleções femininas dão, de longe, um banho de resultados nas masculinas.

Perdemos de Angola

Pelas semifinais dos Jogos da Lusofonia, o Brasil perdeu para Angola (80-71) nas semifinais (aqui os números). Mas está tudo muito bom, está tudo muito bem. Continuemos assim, acreditando que fazendo tudo igual conseguiremos resultados diferentes. O engraçado é que sempre quando penso sobre o que os comentários dizem (ser ou não rabugento), vejo que tem sempre uma Angola, um Uruguai, um timeco desses para me dizer: o Brasil está realmente numa draga de lascar!

A craque está de volta

Então imagina que você é o líder da Conferência Oeste da WNBA, conta com as duas principais cestinhas da liga e ainda vê seus principais rivais com dificuldades neste começo de campeonato. Está de bom tamanho, né? Não para o Phoenix Mercury, que acaba de trazer a cracaça australiana Penny Taylor de volta para seu elenco. Longe da franquia desde 2007 (médias de 17.8 pontos, 6.2 rebotes e 2.9 assistências), quando decidiu se preparar melhor para as Olimpíadas de 2008 em seu país (um exemplo!), ela só deve estrear no começo de agosto, mas desde já pode ser considerada uma baita adição.

Parece que o Phoenix Mercury acaba de entrar, de vez, no rol dos grandes favoritos ao título da WNBA nesta temporada. Se alguma coisinha ainda faltava, que tal a contratação de Penny Taylor?