quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A hora do empurrãozinho

Dois jogos chamaram a atenção na rodada de segunda-feira da Liga de Basquete Feminino. No Rio de Janeiro, Americana, favorita ao título, suou para vencer a Mangueira por 70-63 (arrependido demais de não ter ido...). No Sul, Ourinhos também penou para bater Joinvile por 81-72.

É óbvio que há uma disparidade técnica absurda entre os times que venceram e os que perderam, mas os resultados mostram que há, sim, bom basquete fora do interior de São Paulo. Guilherme Vos faz excepcional trabalho na Mangueira, e tem na veterana Leão (11,2 pontos e 5,6 rebotes) e nas jovens Ivana (10,2 pontos, 4,1 rebotes e 3,8 assistências), Camila (9,2 pontos) e Ramona (aos 17 anos, registra 17 minutos e 4,2 pontos por jogo) seus principais alicerces. No Sul, Rose, batalhando há anos por um lugar ao sol, deu outra vida ao time liderado pela ótima Laís (12,3 pontos e 4,3 rebotes) e coadjuvado por Gilmara (9,5), Lisiane (9,4) e Luciana (8,5).

O problema das duas equipes, que se enfrentam no sábado na rodada final da fase de classificação (se a Mangueira vencer se classifica - Joinvile entra, independente do resultado, caso Araçatuba não vença Catanduva), é que o Nacional termina em menos de duas semanas, e como os estaduais são muito fracos, os jogos de alto nível só voltam em meados de setembro (depois das competições da seleção brasileira). Chegou a hora de a CBB dar uma empurrãozinho para os clubes que ainda insistem em fazer basquete feminino no país (fazer a competição durar mais e proporcionar maior estrutura ajudaria demais). Eles merecem, e, como se viu na segunda-feira, há talento de sobra no país.

13 comentários:

Anônimo disse...

Fabio a sua análise tem muito fun-
damento.Acho que a Liga de 2011 tem
que ser mais longa e a entrada de
mais 2 times seria interessante.
Quanto ao campeonato paulista,eu
discordo porque é bem competitivo
e esse ano talves tenhamos a entra-
da de alguns times que estão se estruturando com as jogadoras mais
novas e de bom potencial.A grande diferença entre a LBF e o Paulista
esta na estrutura financeira.
Enquanto na Liga o objetivo é ala-
vancar a modalidade atraves do
pagamento das despesas da competi-
ção,o campeonato paulista não oferece nada.Nem ao menos a ESPN
para fazer uma transmissão mais
efetiva.Está na hora da Federação
se mexer e correr atras de parcei-
ros para a competição.

Anônimo disse...

Acho que a Liga deveria mudar a fórmula de disputa para circuitos em um período mais longo. Cada final de semana os times seriam divididos em grupos e cada grupo seria sediado em cidades diferentes. Poderia ser feito um trabalho nas cidades sedes como visitas das jogadoras nas escolas, ação social, mini torneios, sessão de autógrafos, etc. As cidades escolhidas poderiam ser aquelas que, tradicionalmente tem ou já tiveram times femininos como Piracicaba, Recife, Canoas, Blumenau, Campos, Varginha, Uberaba e Goiânia. O que você acha, Bala?

fábio balassiano disse...

A idéia parece boa, anônimo, mas nao resolve.
Acho que a questão é "espaçar" mais a competição no calendário para fazer as meninas atuarem por mais tempo e em jogos mais conplicados.

Talvez trazer jogadoras de fora ajudaria também a aumentar o nível do torneio.

Abs, fabio

Anônimo disse...

Cade o time do Sport Recife que sempre participou da liga?

Anônimo disse...

A Ramona tinha 16 anos até o último domingo (23/01).

Anônimo disse...

brilhante!
gostei

sou fã do guilherme e da ivana!

vida longa a ambos

tales

Anônimo disse...

bala,

faz uma entrevista com o presidente da LBF

Anônimo disse...

Caro Fabio, leio seu blog frequentemente e acho muito bom, entretanto desta fez não posso concordar com tudo que escreveste.
Eu acredito que o equilíbrio (me refiro a menor diferença entre os times) que houve este ano se deva muito mais a pouca qualidade das equipes de ponta do que ao bom nivel dos times de fora de São Paulo. O Joinville por exemplo, com esta mesma equipe pena para ganhar dos adversários do estado, isto quando ganha. O basquete feminino esta carente de jogadoras de qualidade, e infelizmente as poucas que temos se veem obrigadas a jogar na Europa ou nos Estados Unidos em razão da falta de estrutura e amadorismo de nosso basquete.

Marco Antonio disse...

Janeth tem comparecido a alguns jogos da LBF, mas até hoje não se ouviu falar que o técnico da seleção feminina, Ênio Vecchi, tenha comparecido a algum jogo, (para quem nunca trabalhou com o feminino sua presença seria fundamental).

Tal situação não é contestada por ninguem, fico aqui pensando: 'Será que todos acham normal que o treinador da seleção não conheça suas jogadoras? Será que todos acham que não existe problema no fato de não ser o treinador o responsável por convocar suas atletas?'

Vivemos uma situação muito semelhante quando o Carlos Colinas foi o treinador da seleção. Ficou muito claro que o fato dele não ter assistido aos jogos de suas atletas e não ter sido o responsável pela convocação do grupo foi um dos motivos para que a equipe ficasse tão perdida em quadra. O resultado foi rodízios confusos, atletas mal aproveitadas, equipe sem padrão tático e uma péssima campanha no Mundial.

Em ano classificatório para Olimpíadas, os mesmos erros estão sendo repetidos pela Diretoria de Basquete Feminino da CBB.

Além de ser técnica do sub-16 e também do sub-17, Janeth é também auxiliar técnica da seleção adulta e única pessoa da Comissão Técnica responsável por observar "algumas" jogadoras para as próximas convocações.

Hortência centraliza a área administrativa (e a atenção da imprensa), apesar de não ter experiência anterior como administradora.

Janeth centraliza a área técnica, apesar de não ter experiência e nem formação como treinadora.


Pergunta:


Onde vamos chegar com tamanho amadorismo e egocentrismo no basquete feminino?

Teremos a resposta ainda nesse ano de 2011 e temo que esse "lugar" não seja nada agradável.

Anônimo disse...

Assisti a Santo André X Mangueira, o time carioca e muito guerreiro, mas extremamente deficiente, acho extranho os resultados acima terem sido tão apertados.
E não sei se vale a pena manter um campeonato longo com poucos times de nivel.

Anônimo disse...

Amigos do basquetebol feminino, infelizmente teremos que ficar fora da próxima Olimpíada, para que todos entendam de uma vez, o quanto a Hortencia e a janeth são incompetentes para função.

Anônimo disse...

Amigos do basquetebol feminino, infelizmente teremos que ficar fora da próxima Olimpíada, para que todos entendam de uma vez, o quanto a Hortencia e a janeth são incompetentes para função.

Anônimo disse...

Amigos do basquetebol feminino, infelizmente teremos que ficar fora da próxima Olimpíada, para que todos entendam de uma vez, o quanto a Hortencia e a janeth são incompetentes para função.