
Estive em São Paulo no final de semana (na verdade, São Paulo, Osasco, Santo André, São Bernardo e adjacências). Aproveitei o tempo por lá para ver e conversar muito sobre basquete. Cheguei a assistir, antes de partir, ao primeiro tempo da final universitária feminina entre UNIP/São Caetano e Uni Sant'Anna (vitória desta equipe por quatro pontos).
Fiquei feliz ao constatar o crescimento físico e técnico da pivô Nadia Colhado (ela deve aparecer na convocação de Paulo Bassul), a vitalidade da ala Laís (que jogou o Paulista por Guarulhos) e que o técnico Borracha, do time do ABC, ainda não tenha desistido de seus (bons) ideais. Também encontrei, no ginásio do Paulistano, com a ala-pivô Franciele, e fiquei feliz com a sua cabeça no lugar e com a sua determinação neste momento de pré-convocação (ela é nome certo na lista, evidentemente).
No sábado à noite fui ver a semifinal do Paulista Feminino em Santo André, onde, por sorte, encontrei com Walter Roese, assistente-técnico do time masculino de Nebraska e técnico principal da seleção de rapazes que vai à Universíade. Dentro de quadra, vi um péssimo primeiro tempo entre o time da casa e Americana e uma boa segunda etapa. No final, vitória para Americana por 68-64, 2 a 2 na série e decisão do outro finalista (Ourinhos passou por Catanduva por 3 a 1) na terça-feira.
Sobre o jogo, que não teve a ala Lilian (com pneumonia) e Êga (machucada e animada no banco), notei a armadora Natália bem nervosa no começo (ela foi substituída com três minutos), mas fundamental no final (21 pontos e três bolas de três em momentos críticos). Karla (foto), sempre arremessando (20 tentativas), esteve bem com seis pontos nos últimos dois minutos. Micaela e a cubana Ariadna travaram excelente duelo nos dois extremos da quadra. A brasileira, aliás, anda cortando um dobrado para segurar sua rival, mas no sábado ela conseguiu reduzir a sanha da adversária para 14 pontos (4-13). Ponto para Kaé!
O final da partida, aliás, foi tão emocionante quanto mal jogado: os dois times erraram muito, a pivô Vanúzia, de Santo André, falhou nos lances-livres quando restavam dez segundos e a cubana Ariadna reclamou com uma falta de educação terrível sobre uma falta que decididamente não aconteceu a três segundos do final. Depois da partida, a técnica Laís Elena (que tem um domínio tático maior sobre seu time do que Branca tem com Americana) e sua assistente (Arilza) entraram em quadra para reclamar da arbitragem, que, de fato, fora realmente lamentável (para ser educado). Tendenciosa, não. Ruim mesmo!
Sei que o nível pode melhorar, e melhorar muito, mas ao mesmo tempo em que fiquei triste com a falta de público (cerca de 400 andreenses estiveram lá - a maioria saiu direto do futebol e migrou para o ginásio), me alegrei ao ver que as meninas, tão maltratadas pela CBB, ainda não desistiram. Que continuem assim. E quem sabe eu não volte para ver as finais na gelada São Paulo.