sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A resposta dos psicólogos

João Ricardo Cozac (foto) é psicólogo do esporte, e escreveu texto no site Consultoria e Estudo de Pesquisa em Psicologia do Esporte, o CEPPE. Abaixo, reproduzo boas partes do artigo.

"Após prestar serviços honrosos e de saudosa lembrança dentro de quadra, Hortência tem sido o anti-exemplo fora das quatro linhas. Entrou para a direção da Confederação Brasileira de Basquete e agora empunha a bandeira contra o trabalho psicológico no basquete. Ei, Hortência, o que se passa com você?

Infelizmente, amigos, vários atletas que fizeram sucesso na década de 80 estão, hoje, no comando de confederações esportivas usando e abusando da ignorância e da falta de recursos intelectuais e gerenciais nas diversas modalidades que naufragam mais e mais neste mar do descaso e da superficialidade na visão/concepção de atleta e equipe.

Ficar até às 3 horas da manhã procurando musiquinha para motivar a equipe é, no mínimo, digno de um amadorismo típico das cabeças mais retrógradas e limitadas de nosso esporte. A verdade, amigos, é que dirigentes como a Hortência sofrem pela insegurança e pelo medo de se sentirem ameaçados na presença de um profissional da Psicologia. É muito comum treinadores e supervisores de equipes optarem pelo distanciamento dos psicólogos do esporte justamente pela falta de crença no próprio trabalho.

Quem perde com isso? Todos! O basquete brasileiro, as atletas que estiveram no Mundial, a Psicologia do Esporte, a modernidade na preparação esportiva e, em especial, a ex-rainha Hortência que, para mim e tantas outras pessoas que suspiravam junto com ela a cada arremesso livre no passado, hoje lamentam a quebra de sua coroa por conta da vaidade, ignorância e soberba".

11 comentários:

Anônimo disse...

O que disse o grande filósofo Faustão sobre o Dunga, serve perfeitamente para a Hortência:

"A arrogância é a maior arma dos incompetentes e inseguros"


Ricardo

Anônimo disse...

Comentario irretocavel. Parabens ao Sr João Ricardo Cozac.
Morais

Anônimo disse...

Joguei basquete amador (categorias de base) por 13 anos. Me lembro que jogava por um time pequeno, do interior de SP em Campo Limpo Paulista, próximo de Jundiaí, time bancado pela prefeitura... Lá, alguns atletas que tinham problemas familiares ou que eram afoitos em quadra eram encaminhados pra psicóloga. E na Seleção Brasileira isso não acontece. As vezes a gente reclama de falta de estrutura, mas nesse caso é incompetência mesmo.
Jadiel

Márcio-33 disse...

Não podemos dar todo este valor para a falta de um psicólogo na seleção, nosso time era inferior aos demais e teve a colocação que mereceu. Quando tivermos novamente uma equipe competitiva talvez um psicólogo possa ajudar as atletas a conseguir jogar o seu basquete ao máximo, para podermos voltar ao pódium, mas até lá na minha opinião é perfumaria!

Precisamos de apoio, patrocínios, bons salários para as atletas. Precisamos ter novamente grandes jogadoras em nossas quadras para as gerações mais novas terem em quem se espelhar.É claro que todo amante do basquete esta machucado e escaldado com tudo que vem acontecendo ao longo dos anos com nosso basquete mas não adianta jogar nas costas da atual gestão, teremos que esperar o mandato acabar para ver o que se deixa de legado. Não estou aqui para defender nem hortencia ne carlos nunes, mas não vejo como medir o sucesso da gestão apenas com esses resultados que ainda refletem a era grego!


Abraxxx

Anônimo disse...

Esse cara ta querendo se auto-promover.... Até onde eu saiba existe sim um psicólogo do esporte acompanhando todas as categorias de seleção feminina, desde a base até a adulta. O que a Hoetência disse é que não levaria o profissional nas viagens. Acho que estamos superdimensionando o valor desse profissional no resultado esportivo final. A CBB, apesar de inúmeras outras cagadas que ^tem feito, nesse ponto avançou muito. Hoje as seleções contam com profissionais das áreas da medicina, fisioterapia, psicologia, fisiologia, e para as mulheres até ginecologia. Mas temos que lembrar que todos esses profissionais tem um papel SECUNDÄRIO. Precisamos sim é melhorar a formação de atletas e técnicos, fortalecer as ligas, melhorar nossos fundamentos, para que aí sim, quando estivermos competindo de igual para igual com as melhores seleções no mundo, a psicologia poder fazer um papel decisivo no resultado final. O que quero dizer é que essa nossa seleção feminina mostrou um nível de jogo pífio, com erros de fundamentos básicos e mesmo que tivéssemos 15 psicólogos na república tcheca, o resultado final seria o mesmo. Portanto temos que corrigir a base do jogo de basquete e depois olharmos para os detalhes....

Anônimo disse...

Bala
Compreensível que a CBB não esteja alinhada com o Basquete como um todo.
Porém não estar alinhada com o COB é incrível.
Todos no esporte de alto rendimento sabem da importância do trabalho psicológico.
Somente a ex rainha e sem noção do CN que não acham.

Jose o troll

Anônimo disse...

ANONIMO

As seleções brasileiras sempre tiveram médicos,fisioterapeutas,ginecologistas quando havia necessidade a médica ou médico encaminhava a uma ginecologista.Fisiologista também,os testes de avaliação fisica eram feitos na UNIFESP por um fisiologista.Psicologo,realmente foi uma novidade,porém se não tivermos a presença deste profissional todo o tempo junto a equipe,não vejo porque viajar Agora,parece que tudo são providencias inéditas,eta marketing!!! Agora a diretora procurar musiquinha na internet,parece bem artesanal para uma gestora tão moderna.E,outra coisa o técnico não lidera nada e ninguem, e assistente nadinha de nadiha também. Temos de rir,é um show de horrores.

Anônimo disse...

Márcio,


O que mais espantou não foi a presença ou ausência do psicólogo, mas a postura e as atitudes da Hortência em relação a esse fato, completamente incoerente e despreparada.
Nossa equipe jogou bem abaixo do que poderia, a Erika é uma das melhores pivôs do mundo, Iziane, falem o que quiser, mas esse ano foi convocada para o All Star Game da WNBA, ambas foram finalistas na liga e titulares de sua equipe, tínhamos duas campeãs mundiais no elenco, jogadoras promissoras como Franciele e Damiris, Adrianinha que todos sabem o quanto joga.
Enfim, todas estiveram abaixo do que podem render e isso aconteceu porque?
Não seria um reflexo do que aconteceu fora das quadras?
Treinador escolhido às cegas na véspera do Mundial, assistente que estava lá para aprender e ganhar experiência, diretora confusa e despreparada, inflamando polêmicas e mais polêmicas.
As atletas tem sua parcela, mas são as menos culpadas pelo que aconteceu.

Marco Antônio

Anônimo disse...

Matéria na Folha de São Paulo hoje:

"COB aconselha entidades a incorporar psicólogo para seus atletas"

"O trabalho na base feminina de vôlei levou a psicóloga Samia Hallage a ajudar José Roberto Guimarães a levar a seleção a superar a traumática derrota para a Rússia em Atenas-2004, após estar vencendo o terceiro set por 24 a 19, e a ganhar o ouro em Pequim."

E a Hortência dizendo uma bobagem dessas, que vergonha!

Márcio-33 disse...

As atletas que se preparam para o mundial feminino de volei não tem acompanhamento algum de psicologos, talves nas olimpiadas mas agora não tem nenhum profissional com o grupo!

Anônimo disse...

O psicologo esta corretissimo.Declaracoes ,como a da rainha hortencia,agridem a todos.Psicologo,num ganha jogo,fisioterapeuta tbem nao,preparador fisico,tecnico,roupeiro,estatistico etc..e ,claro ,jogadores(as).A harmonia de todos os envolvidos numa equipe que levam ao triunfo.Sozinho,nem Jordan resolvia.Ou, a propria hortencia..nas quadras a melhor do mundo.