terça-feira, 13 de julho de 2010

Pais e Filhos - Parte 1

Acho que não é preciso dizer quem é Walter Roese depois do vice-campeonato da seleção masculina na Copa América de San Antonio. Dono de um estilo que alia disciplina, estudo e muito treino, Roese é um destes novos treinadores que o basquete brasileiro aposta. O Bala na Cesta bateu um longo papo com ele, por e-mail. Amanhã sai a segunda parte da entrevista.

BALA NA CESTA: Queria que você falasse da Copa América de maneira geral, e sobre o jogo final contra os EUA em particular. O resultado, e a maneira como a equipe se apresentou, te surpreenderam pelo alto nível?
WALTER ROESE: Por ser um torneio de curta duração, tivemos que nos focar e planejar jogo a jogo, como se cada um deles fosse uma final. Procuramos mostrar ao time a importância da vitória em um evento como este, afinal a derrota poderia custar a desqualificação da competição e a não classificação para o Mundial. Todos entenderam, apesar de serem jovens entre 17 e 18 anos. Na primeira reunião que tivemos, fui bem claro e disse que estávamos indo para San Antonio não somente para nos classificarmos, mas para disputarmos a final - como aconteceu. Realmente estou muito feliz em constatar o grande desenvolvimento e o crescimento do time da convocação até o ultimo jogo. Quanto à final, entramos para vencer, e transmiti isso aos jogadores, que passaram a pensar da mesma maneira. Fiquei muito orgulhoso de ver nossos atletas acreditando no seu potencial.

-- Nessas noites que passaram quantas vezes você pensou que o Brasil tinha ganho a partida? E o que faria diferente?
-- Perder não faz muito parte do meu vocabulário. Sempre imagino o que poderia ter sido feito em várias situações para corrigir os erros que cometemos. Peguei o vôo no dia seguinte às seis da manhã e vim assistindo o jogo no avião, analisando-o sem as emoções e pressões que a partida imprime. Agora de cabeça fria, posso dizer com toda franqueza: fizemos o possível e jogamos no nosso limite. Todas as equipes perderam para os EUA com uma diferença de pontos expressiva, e eles tiveram que suar e muito para nos vencer. Espero que este grupo de atletas guerreiros pense em melhorar cada vez mais e não se acomodem, porque ainda não ganharam nada. A grande vitória está por vir: levar o basquete do Brasil ao pódio no Mundial de 2011.

-- Você, agora tão elogiado, foi muito criticado após o Sul-Americano na Colômbia e o torneio de preparação na Alemanha. Como esta fase de treinos, jogos e competições prévias influenciaram no desempenho de seu time na Copa América?
-- O treinador tem que conviver com críticas e saber diferenciar aquelas que agregam valor daquelas que não agregam nada. No momento adequado, deve-se usar aquelas que possam agregar algo. Procurei levar de forma muito profissional para a comissão técnica a minha filosofia de trabalho e juntos traçarmos o plano de trabalho. Acreditava no que estava fazendo e tinha claramente traçado o que queria em termos de resultados. O fator de sucesso deste time vitorioso foi acreditar e trabalhar muito no seu limite (aí não tem como os resultados não acontecerem). Quando fui convidado pela CBB o objetivo era classificar para o Mundial de 2011 e sabíamos das dificuldades: estava disputando a NCAA e não teria o tempo adequado para preparar a seleção para o Sul-Americano. Decidimos, então, usar este campeonato para dar experiência internacional aos jogadores e ter uma visão dos atletas que poderiam fortalecer o time para a Copa América. Usamos o Sul Americano e o torneio da Alemanha, que não classificavam para nada, para começar implantar a filosofia de trabalho que adotaríamos. O segredo foi manter o imediatismo distante e focar na Copa America, que era o nosso objetivo principal.

-- Os três nomes que mais se destacaram individualmente na Copa América foram Bebê (foto), Raulzinho e Felipe. Poderia falar sobre cada um deles, sobre onde cada um pode jogar no futuro e, claro, qual a importância deles nesta campanha?
-- Não gostaria de destacar valores individuais porque o nosso trabalho foi baseado em um time. Todos deram o máximo para vitória do grupo. Não posso negar que existem nesta seleção jogadores talentosos, diferenciados, que quererem mudar a história do basquete do país. Certamente muitos destes que estiveram no time que dirigi estarão nas Olimpíadas de 2016. Como profissional empreendedor e sem temor a desafios, quando terminou a partida contra os EUA já comecei a pensar no que devemos fazer para estar no pódio no Mundial de 2011. Mesmo que não venha ser o treinador desta seleção, vale a pena sonhar com os meninos. Nos EUA usamos um ditado: “Você é tão bom quanto o seu último jogo”. Garanto que esta seleção tem todos os requisitos técnicos para chegar ao pódio no Mundial.

13 comentários:

Anônimo disse...

Discordo do Bala, qdo fala q os 3 q mais se destacaram foram Bebe, raulzinho e Felipe...
acho q foram Bebe e raulzinho..

depois Vezaro e taddei, mas ambos nao tão constantes, num jogo ia um mlehor, depois no proximo jogo outro ia melhor...

o Aguiire nao teve espaço o torneio todo, roese nao deu chance pra ele... chegou na final, na hora q a onca bebeu agua, ele entrou e mandou mto bem.

o icaro tve um jogo excelente, acho q foi contra arg, nao lembro, em outros foi incosntante,

o bruno idem

durval foi chave em varios jogos pela raca e defesa e movimentacao.

Anônimo disse...

Quero saber quem eh o responsavel pela defesa pressao do brasil?

é coisa do Roese, ou já é a unificação dos padroes das selecoes via mangnano?

Anônimo disse...

Quero saber se vcs viram o iltimo quarto do Raul, chega de falar Raulzinho o cara ja e um homem, e fez um pessimo quarto quarto

Fábio Carvalho disse...

Vocês não esqueçam que é um SUB-18, e são atletas EM FORMAÇÃO. Não tem porque pegar no pé de um ou outro, né? Como o Roese falou, eles jogaram no limite.
Quanto ao Roese, necessitamos de um técnico 'workaholich' como ele, para que sirva de exemplo para os demais técnicos tupiniquins. Basta assistir alguns pedidos de tempo no NBB pra ficar decepcionado. Parabéns pra ele e pra todo o grupo que tem tudo pra chegar no pódio no mundial.

Anônimo disse...

otima entrevista
pena que os malas daqui só fiquem na corneta
vamos falar de basquete pessoal!
edu

marcelo marques disse...

otima entrevista bala

obs:quem assistiu todo torneio sabe q o vesaro e o icaro foram destaques
no segundo jogo contra o uruguay o raulzinho foi mt mal senão fosse o vesaro e o icaro o brasil teria perdido

Anônimo disse...

uma coisa é jogar bem em alguns jogos, outra é ser destaque...

para mim falar de Vezaro e Icaro e nao falar de Taddei e Durval é errado.

Em geral todos foram bem, fiquei realmente empolgado com o Ïcaro em dois jogos, o Vezaro assumiu responsabilidade o tempo todo, foi mto bem tbem, tão bem qto o Taddei IMO.

O Bruno Irigoyen tbem é um garoto para ser trabalhado, o Arthur trabalhou decentemente...

E volto a frisar o Aguirre que quando teve chance foi mto bem, Aguirre, Vezaro e Taddei subiram de nível no jogo final.

ass: Marcelo Marques Lover

Anônimo disse...

o bala gosta do raulzinho, fazer o que o blog e dele.

Rafael Macedo disse...

Tanto faz quem foi o destaque, que discussão sem importância...em um jogo é um, em outro jogo será outro, é assim que formamos um time vencedor.
Acredito que o mais importante nesta entrevista é a postura vencedora apresentada pelo treinador, transmitida e assimilada pelos atletas, e o planejamento proposto pelo Roese.
Aguardo ansiosamente o resto da entrevista.

Anônimo disse...

Exatamente por isso Sr Rafael Macedo é que bato na tecla q não foi bebe, raul e vezaro, pq do jeito q ele colocou parece q 3 carregaram o time.

ass: Marcelo Marques Lover

Anônimo disse...

Parabéns Roese, bom trabalho!!

Fábio Carvalho disse...

Caro Marcelo,
discordo do seu último comentário. Na entrevista ele não diz ou dá a entender que os três carregaram o time nas costas, mas apenas que (na opinião dele) eles foram uns do que chamaram mais a atenção. Só isso, simples assim. Não caberia na entrevista que o Roese comentasse sobre cada um dos jogadores, então não vejo porque o Bala não pode selecionar um ou outro. E diria mais, se estivesse no lugar dele só perguntaria sobre o Lucas e o Raul, os quais (na minha humilde opinião, que pode e deve ser diferente de qualquer outra pessoa) foram os que mais se destacaram, os que logo de cara mostram que possuem um diferencial. Não quero dizer que necessasriamente eles serão os melhores, que responderão no futuro tamanhas espectativas. Afinal, isso se lapida com muito trabalho duro e depende de inúmera variáveis (por isso reforcei antes que são atletas em formação). O que me deixa triste desde já é uma enorme pressão e cobrança sobre determinados jogadores. Não sei de onde vem isso, sinceramente. Poxa, o grupo é muito bom e conciso. É um time Sub-18 que conseguiu um feito inédito, mas, por vezes, sacrificam-se jogadores que jogaram mal algumas partidas e idolatram outros que apreceram bem em algumas outras.
De boa, não entendo o porquê desse "por que você falou de fulano e esqueceu sicrano?"... o que por sinal, já vem de posts bem mais antigos do que esse último.
Abraço!

Anônimo disse...

@Fábio Carvalho,

simplesmente comentei, que não achei o Vezaro motivo para destaque, se fosse como vc falou, Bebe e Raiul, seria compreensivel, até e fosse apenas Bebe. Minha crítica foi exatamente pq achei injusto com vários outros jogadores q na minha opinião atuaram e tiveram no mínimo tanta importancia qto o Vezaro e não foram citados, Só isso, Da maneira q ficou, parece q o Vezaro sobrou na turma, e nao vi assim.

Agora não sei para pq existe esse espaço é só para dizer parabéns?

Comentei sobre oq vi na matéria, vi lá q o Bala enalteceu o jogo de 3 jogadores específicos, "Os três nomes que mais se destacaram individualmente na Copa América foram Bebê (foto), Raulzinho e Felipe."e nao é que ele perguntou, ele cravou assim como se fosse claro como água.....discordei veementemente disso, ao meu ver, injusto a colocação. Tanto é que até mesmo o Roese não comentou emcima dos 3, falou no grupo, oq para mim é ok, vamos falar de grupo ok, agora se vamos individualizar, prefiro dar nome aos bois corretos. todos eles. Pq quem nao viu os jogos, entra aqui e lê isso: "Os três nomes que mais se destacaram individualmente na Copa América foram Bebê (foto), Raulzinho e Felipe"vai achar q foi um time baseado em um trio, oq não foi.

Enfim vc não me entende mas acha a mesma coisa, é um time, um grupo, assim como eu, por isso me pronunciei qdo houve uma separação, no caso incorreta na minha opinião...

MARCELO MARQUES LOVER