Nascida no Colorado, Becky Hammon, a bonitinha da foto que ilustra este post, não vive para agradar à maioria. Em um país onde se prega o nacionalismo, ela decidiu se naturalizar para tentar a sorte nas Olimpíadas. Travou belo duelo de palavras com a técnica americana Anne Donovan, virou russa e voltou com o bronze de Pequim. De volta aos EUA, vinha tendo atuações apenas razoáveis na série final da conferência Oeste contra o Los Angeles Sparks, mas apareceu quando devia.
Faltavam dois minutos para acabar o terceiro e decisivo duelo, quando as Sparks venciam por quatro pontos. E é aí que Hammon põe a bola embaixo dos braços, anota seis de seus 35 pontos (recorde pessoal e da franquia) nos últimos segundos e coloca o San Antonio Silver Stars na final da WNBA pela primeira vez. Para a liga, aliás, a vitória do time texano foi uma tragédia: Candace Parker, a queridinha do público, poderia se tornar a primeira da história a ganhar o universitário, o ouro olímpico e o título Nacional na mesma temporada.
Na final, Becky enfrenta o Detroit Schock, que eliminou o New York Liberty (apenas uma curiosidade: três times chegaram às finais de conferência da WNBA e da NBA nesta temporada). Hammon, aliás, jogou pela franquia da Big Apple, era idolatrada pela torcida, mas saiu pela porta dos fundos na noite do Draft de expansão do San Antonio. Sentiu-se traída pela diretoria e jurou vingança. Sua hora chegou. E é melhor não duvidar disso também.
Um comentário:
Ela é simplesmente sensacional... Uma heresia a Anne Donovan desprezá-la nas Olimpíadas. Pelo menos ela teve personalidade e defendeu a seleção russa, que foi a minha torcida (depois do Brasil) no feminino.
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