E a defesa?

Tenho visto com atenção a quase todos os jogos do NBB3, e na maioria eu sempre me pergunto: "Cadê as defesas desse país?". É algo que não assusta só a mim, mas também a Rubén Magnano, que diz aos quatro ventos que falta "combatividade" por aqui, e ao ex-armador Danilo, que ontem comentou a final da Copa do Rei espanhola (título do Barça) e repetiu a mesmíssima coisa.

E ambos têm total razão. No jogo de ontem, por exemplo, Joinville e São José até que não pontuaram muito (68-67 para o time de Alberto Bial, que mandou mal no momento final da partida e não reconheceu seu erro na entrevista depois do duelo), mas não foram as defesas as responsáveis por isso - o nível dos ataques é que esteve péssimo mesmo (13/38 nos três pontos). Para piorar, no minuto final houve três lances sem marcação alguma (dois no setor ofensivo de Joinville), o que é mais inadmissível ainda.

O torneio atual tem um nível técnico muito ruim para quem já está em sua terceira edição (é pior que o NBB2 por exemplo), e algo precisa ser feito. Uma reunião com árbitros (prepotentes e sem permitir contato físico algum), técnicos e algum especialista em defesa precisa ser feita urgentemente. Jogos sem "combatividade", para usar uma expressão do próprio Magnano, não representam a realidade da modalidade e não trazem benefício algum ao basquete do país. É um processo, é demorado, mas a LNB precisa ajudar nisso imediatamente.