Retrato

Todo mundo que transita um pouco no basquete sabe que a modalidade no Brasil é desunida pacas (na caixinha de comentários vocês, leitores, têm um pouco de noção disso, né). Talvez, até, esta desunião seja um dos motivos pelos quais o esporte tenha caído tanto de nível (técnico e intelectual) nos últimos anos.

Mas assusta, e assusta muito, o fato de nenhum (eu disse nenhum) dos campeões mundiais de 1959 vivos (Wlamir, Jatyr, Amaury, Pecente e Boccardo - este, o único que vive no Rio de Janeiro) terem ido à cerimônia de cremação de Edson Bispo neste domingo em São Paulo. Para piorar, ninguém (eu disse ninguém) da Confederação Brasileira compareceu - o que não surpreende, mas choca no mesmo grau, claro (Carlos Nunes estava viajando). Para ser justo, dos companheiros de Edson Bispo na seleção, Sucar (campeão em 1963, mas não em 1959), que tem problemas de saúde, enviou a sua irmã para representá-lo.

Uma pena, uma pena mesmo, que os companheiros não tenham comparecido neste momento tão triste. Da CBB sinceramente eu não esperava nada diferente. Retrato fiel da desunião da modalidade, não?