Talvez tenha ficado excessivamente revoltado com a convocação de Ênio Vecchi para a seleção feminina pela chance que ele e a Confederação perderam para mudar um pouco o panorama do basquete feminino no país. Não o panorama técnico (seria ridículo pensar nisso), mas o da forma de dar chance para as jovens que surgem por aqui.
O cenário que vemos no basquete brasileiro é o de técnicos que ficam reféns de suas veteranas para, em ganhando campeonatos, se manterem no cargo (infelizmente a banda toca assim). O melhor exemplo disso é Zanon (foto), que ontem perdeu o título paulista (já havia perdido a LBF, o último Nacional, os Jogos Abertos etc.) com um time formado por 487 jogadoras rodadas e três juvenis que não pisam na quadra por mais de cinco, dez minutos. E isso, insisto, em um clube que possui provavelmente o melhor projeto de formação de atletas no feminino do país. Fica, de novo, a pergunta: qual o objetivo de formá-las, se elas não têm chance no adulto? E o pior é que os resultados (títulos) nem justificam tal atitude.
Por isso a tristeza com a lista de Ênio Vecchi. Nada contra o treinador, a quem respeito, e muito menos contra a CBB, que tem a sua maneira de pensar, mas eu só acho que eles dariam um passo diferente na dança que se baila no basquete feminino brasileiro. E um passo que no final das contas seria benéfico em primeiro lugar para a própria Confederação, que veria mais meninas surgindo e sendo aproveitadas do que o que atualmente ocorre. Não foi desta vez, porém. É uma pena.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
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10 comentários:
Mandou bem bala!
Zanon não dá mesmo! O cara é muito, muito fraco.
E da Cbb não dá pra esperar nada tb!
Rafael
To c vc nessa e ainda acho incrível que tem gente q consiga defender Hortencia e Cbb.
Acho bastante incrível
Paula
hahahahaha
Bala voce e muito engracado cara, o teu ultimo paragrafo foi inacreditavel.
Nada contra o treinador ou muito menos contra a cbb....hahahaha
isso depois do terceiro post metendo o pau nos dois.
Sai de cima do muro!!!!
Conta pra gente qual a sua selecao!
Abracos e continue fazendo o bom trabalho de sempre no blog!
acho que nada contra o treinador e cbb, foi irônico, não?
belo post bala, como sempre, incrível!
Queremos renovação urgente no basquete feminino, mas no fundo sabemos que seria uma baita incoerência da CBB convocar essas meninas que nem pisam na quadra em seus clubes.
Não teve ironia alguma.
Abs, fabio
Bom moço Fábio Balassiano! Bom ter este post pra informar como andas o basquetebol brasileiro feminino, pois pessoas como eu que não acompanham de perto esta categoria precisa saber algo a respeito. Acho Zanon um excelente técnico masculino, pois acompanhei ele no time de Limeira e achei o cara muito bem em seus tempos técnicos, pois nesta hora eu via que ele tinha a manha total, as suas falas nos tempos sempre tinha uma conotação tática e raramente emocional. O cara é profissional. Contudo fiquei triste por ele e mais outros 5 se não me engano terem recusado a oferta de serem técnicos do feminino, acho que li a reportagem sobre isto aqui se não estou equivocado.
Contudo eu entendi a posição do Zanon pra recusar, pois ser comandado pela Hortência que foi uma excelente atleta, mas não tem capacidade de ser diretora e nunca vai ter, eu acho que foi o motivo, e acho um super motivo. Então pra mim ele está perdoado.
Sou a favor da renovação dos atletas, mas não acho que o técnico deva descartar um jogador que encaixa no seu estilo de jogo e pegar jogadoras que não tenham na visão do técnico a qualidade que ele gosta de trabalhar.
Penso que o caminho da renovação é melhorar a divulgação dos campeonatos nas categorias de base, sub-13, sub-15, sub-17, sub-19, etc. pois fazer com que os campeonatos fiquem mais interessantes irá fazer com que eles tenham mais procura por parte da população brasileira que tem 190 milhões de habitantes (temos muito gente pra criarmos lendas do basquete, temos que fazer com que estes genes joguem o jogo), daí vão surgir talentos naturalmente e quando isto acontecer os técnicos vão brigar por estes talentos.
Fabio ótimo post! Vc foi muito feliz nas suas colocações e essa foto resume muito bem oq esse técnico faz em quadra. Só fica assim, de braços abertos quando as meninas erram e ainda por cima grita com elas, como se a culpa fosse só delas.
A Lais deu um nó nele, em todos os jogos e Santo Andre só perdeu domingo pq cansou. Ele deveria ter assumido a seleção, ai não estaria no time de Americana.
Fica a dica: Ricardo Molina pq nao usar as meninas que foram formadas pelo seu excelente projeto que reune mais de 600 meninas e contratar tres jogadoras mais experientes para cada posição, sugestão Karla, Carina e Bethania.
pra que gastar tanto com meninas experientes e "caras" que na hora H tremem e nao jogam nada, pelo menos seria um time mais barato e modesto porem habilidoso e talentoso! Fica a dica!
Parabéns meninas de Americana!
E pra comissão e para o dono do time, eu gostei que perderam, abaixa a bola aí!
Compartilho com a indignação, Fabio. E fico triste em ver o basquete feminino entregue à própria sorte, e diante de seus incapazes dirigentes. Como de costume, você tocou no ponto da forma que merece ser tratado.
Infelizmente, as pessoas querem status de estar em alguma instituição tipo a confederação e não fazem absolutamente nada pra mudar, ficam na mesmice de sempre.
Abs,
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