sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Choque de realidade

Agora com mais calma, tento entender os motivos que fizeram com que a derrota diante das sul-coreanas gerasse uma saraivada de críticas à seleção feminina (hoje, aliás, o duelo é contra Mali, às 15h30). Não creio que tenha sido pelo jogo em si, já que há quatro anos o nível é esse (fraco, leia-se).

Fico com a sensação de que o revés trouxe um choque de realidade para todos - definitivo. Hoje, infelizmente, o basquete feminino do Brasil é fraco, fraquíssimo. Como sempre, a modalidade vive de ciclos - e este é o grande, grandíssimo, equívoco. Quando tinha Maria Helena, foi bronze em 1971. Quando teve Paula, Janeth e Hortência, ganhou tudo e mais um pouco. Quando não há craques, aí o bicho realmente pega.

E nessa seleção não há craque. Na verdade, o basquete brasileiro (masculino e feminino) não possui craque, e é duro constatar que Alessandra, aos 38 anos, ainda tenha um desempenho melhor que jovens como Franciele ou Fernanda Beling. Fala muito sobre a péssima formação (mental, física, técnica e de leitura de jogo) das nossas atletas, fala muito sobre como o basquete foi sucateado nos últimos anos.

A derrota de ontem não foi a primeira e nem será a última, mas mostra que o basquete feminino, sempre tão relegado a segundo plano pela CBB, público e imprensa, agora não tem mais as milagreiras em quadra. Aquela que tanto brilhou e que agora fica do lado de fora tampouco ajuda, e o cenário é realmente trágico.

19 comentários:

Henrique Lima disse...

Olha, dos piores jogos que já vi.

E não existe renovação:

Helen, Adrianinha, Alessandra.

Todas que deviam ter saído da seleção faz tempo .. e ainda estão aí.

Iziane ?? Esse é o nosso retrato hoje do basquetebol feminino:
feio, mal educado e mal acabado.

Anônimo disse...

realidade... Eu sabia q seria assim, ainda mais qdo veio o corte da Tássia... Fora Colinas e Janete vai estudar... Isiane vai jogar em times como o seu da WNBA q vc é mera coadjuvante... REALIDADE, MINHA GENTE...

Anônimo disse...

A culpa nao é do colinas, qquer um q estivesse com a selecao, teria o mesmo resultado... O SSTEMA ESTA ERRADO...e faz tempo.

Anônimo disse...

Henrique 00:53, faço suas as minhas palavras!!! Só acrescento que além disso tudo tem a questão do nivel do técnico, que é um absurdo,onde todos sabemos que nao passou de uma negociação NOJENTA,daquela que deveria cuidar , do que tanto lhe deu coisas boas na vida. Que tristeza meus amigos, ´mas eu infelizmente já previa isso.

Ana

fábio balassiano disse...

Concordo sobre o problema no sistema!
Está no texto lá!

As, fabio

Anônimo disse...

Acho um absurdo por desculpa da derrota em "frio na barriga na estréia"....se fosse assim, Rússia, Austrália e Estados Unidos teriam perdido ou feito jogo duro na estréia também....nada justifica a fraqueza técnica de nosso time!

Anônimo disse...

O basquete brasileiro não é fraco.
Fracas são as pessoas que dirigem.Hortencia e Colinas: a mãe
e o filho.Sei que a seleção não é
uma maravilha em valores indivi-
duais mas tambem sei que era perfei
tamente possivel derrotarmos a Coreia se o sr.Colinas não fizesse
as trocas mediocres que ele fez.
As jogadoras estão perdidas na quadra.inseguras e jogando um
basquete completamente fora das
nossas caracteristicas.

fábio balassiano disse...

Concordo. Esse lance de nervosismo enche...


Abs, fabio

Henrique Lima disse...

Claro que "o frio na barriga" não existe mais.

Adrianinha jogou Atlanta-96 ... tem
14 anos de seleção no minimo.

Helen e Alessandra mais do que isso.

Se ainda tem frio na barriga por enfrentar a Coréia .. dá licença né?


A questão para mim, se divide, assim como no masculino em:

- Dentro de quadra (ações imediatas).

- Fora de quadra (ações que não podem ser feitas no imediatismo).


Daí ... dentro de quadra, não temos:

- Fundamentos básicos. O que nos leva a não ter sistema de jogo, o que nos leva a ser uma bagunça muito bem prevísivel.

Isso, com um bom técnico e treinamento certo, poderíamos amenizar a falta de parte dos fundamentos básicos ou treina-los mais a fim de melhorarmos o resto, sistema de jogo, por exemplo.

Não adianta desenhar a melhor jogada da história, se a menina não sabe bloquear, a outra não sabe passar, a outra não mete bola livre.

Sobre a segunda parte, FORA DA QUADRA, aí o problema é monstruoso.

Começa em popularizar o jogo. Como alguma criança que parou para ver o jogo ontem, se é que alguma parou, vai curtir basquetebol se NINGUEM consegue se quer arremessar na seleção ?

Daí, não existe massificação ou ações deste tipo pelo CBB e Federações (federações estas que nao totalmente dispensaveis ...)
Nao tendo as meninas, nao existe renovação, sem renovação, não existe dificuldade para ser seleção brasileira, ja que existe poucas dispovenis para base e logo para o adulto em médio prazo.


Ou seja ... o ciclo é feito e ainda faltou falar dos técnicos de base né ?


Falta de projetos para captar recursos que existem no governo com a lei de incentivo ... etc.


O emergencial, jogar bem, pode ocorrer ... desde que bem feito por quem está com o grupo. Isso não mascara nem resolve os problemas.

Porém, jogar no nivel de ontem,
é ridículo .... a apresentação foi uma verdadeira desgraça ..

Um abraço Fábio !

Anônimo disse...

Desculpa, mas com Fernanda Beling e Karen NÃO DÁ.

Paulinho disse...

Bala,


O basquete feminino não é fraco, é mal administrado.

Temos um bom elenco, formado por atletas que são respeitadas no cenário internacional.

Pela primeira vez na história o basquete feminino teve as mesmas condições do masculino dentro da CBB, mas infelizmente o Departamento Feminino não foi tão profissional quanto o Masculino.

Eu penso que a avalanche de críticas aconteceram justamente por isso, poderíamos ter o melhor treinador, a melhor preparação, o melhor elenco, mas as situações foram mal conduzidas, as decisões foram equivocadas, faltou profissionalismo.

Acredito que esse seja o principal motivo da grande revolta por parte de quem acompanha o basquete feminino.

fábio balassiano disse...

concordo em parte, paulinho.
quando disse que ele é fraco, a culpa não é das atletas, mas de quem as administra - cbb, federações e clubes, no caso.

agora, discordo muito de algumas coisas.
não temos um bom elenco. de respeitadas no cenário internacional, temos helen, alessandra, adrianinha, érika e iziane. jogando em times top, só as 2 últimas.

sobre as condições, também discordo. os amistosos do feminino foram contra equipes de nível baixo. magnano pegou espanha, argentina, frança e china, por exemplo.

mas no ponto final concordamos. a "revolta" vem porque o basquete feminino nunca pagou mico em competições top. mas, de novo, só não pagou por milagre.

sem craques, a cbb fica exposta.

abs, fábio

Paulinho disse...

Então Bala,



Temos um bom elenco comparado com as outras seleções.

Apenas Austrália, USA e Rússia tem um número maior de atletas com um currículo tão bom quanto o Brasil.

Claro que tem outras que são muito fracas, como Karen, Fernanda e Palmira, por exemplo, que na minha opinião deveriam ser substituídas por meninas sub-22.


Erika, Iziane e Adrianinha (apesar do erro infantil de ontem) são consideradas craques, tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa.

Essa é uma questão que deveria ter sido avaliada pelo Departamento Técnico, mas nosso treinador atual foi escolhido poucos meses antes do Mundial e não veio até o Brasil para acompanhar os jogos do Campeonato Paulista.


Alguém acredita que foi ele quem convocou as atletas?

Um grave erro estratégico que estamos sentindo o resultado agora, o treinador não conhece suas atletas, coloca "todas no mesmo saco" rodando o elenco, sem levar em consideração o que acontece em quadra e nem mesmo a diferença de qualidade ou as características de cada uma.

Isso pra mim é amadorismo.


Nossa seleção está mal treinada e nossa preparação foi mal planejada.

Por que o Departamento Feminino não agendou jogos contra seleções mais fortes?

Por que as equipes de ponta são profissionais e já haviam fechado sua preparação bem antes na nossa.

A Austrália, por exemplo rodou o mundo jogando amistosos e aproveitou o intervalo da WNBA para treinar com as australianas que atuam nos Estados Unidos e disputou uma partida amistosa com o elenco completo, coisa que nós não fizemos.

A Espanha jogou dois torneios contra Estados Unidos e Austrália. Um nos Estados Unidos e um na Espanha.

Esses são exemplos de boa gestão!

Melhoramos muito aqui no Brasil, mas nossos adversários diretos evoluíram num ritmo muito maior , como eles já estavam à nossa frente, estamos cada vez mais atrasados.

Só não estamos numa situação ainda pior justamente pela qualidade de algumas atletas.



Abraço!

Anônimo disse...

china perdendo pro canadá e argentina caindo na primeira fase!!!

Douglas Amancio disse...

Eu estava viajando ontem e não assisti nenhum jogo di Mundial. Mas o top 3 que eu vi no site da CBB em um link pro site da Fiba é bizarro. Três roubos de bola seguida de bandeja. Será que foi só isso que aconteceu por lá?

Anônimo disse...

Boa tarde, sou uma pessoa que vivo no basquete a muito tempo, principalmente no feminino. Prefiro não me identificar, pois não quero causar polêmica. Estou escrevendo pois gosto muito do basquete feminino e quero muito ver o basquete voltar a ser o que era em épocas de Paula e Hortência. Muito me espantou quando li sobre a contratação do técnico Carlos Colinas para ser o técnico da Seleção Brasileira, pois a nossa diretora conhece mais do que ninguém a capacidade dos técncios que temos em nosso país, aliás ela (Hortência) jogou durante toda sua carreira no Brasil, conquistando vários titulos e se tornando umas das melhores jogadoras de todos os tempos. Dizer que nossos técncios não tem capacidade de dirigir a Seleção Brasileira é realmente uma falta de respeito, pois se o basquete feminino existe e sobrevive no nosso país e graças aos técncios que nunca abandonaram o basquete, cito aqui nomes de alguns deles (Vendramini, Edson Ferreto, Maria Helena, Barbosa, Laís helena). Diferente da nossa diretora que ficou afastada do esporte durante quase 10 anos sem nem saber qual eram as equipes que existiam no basquete femnino e quando assumiu a diretoria da CBB nem ao menos fez contatos com esses técncios para saber realmente quais eram os principais problemas para que pudesse começar um procedimento de renovação. Trouxe um técnico que nunca trabalhou com time adulto para dirigir a seleção brasileira, isso realmente foi constrangedor para todos os profissionais que sempre lutaram para manter a modalidade viva em nosso país. Que esse mundial seja a gota dágua para esse eterno amadorismo do basquete e que nossa diretora de oportunidade aos técncios vitoriosos e vencedores que temos em nosso país para que juntos possam levantar a modalidade novamente.

Marcia disse...

Realmente não há mais milagreiras, e isso faz diferença. Mas, trazer um técnico espanhol e o time não ter uma movimentação decente contra zona é inaceitável. O time não se movimenta, a bola não roda. As coreanas ficavam paradas observando nossas jogadoras, que não sabiam o que fazer contra uma defesa 3 x 2. É ridículo. Trazem esse cara pra trazer a Iziane de volta. Nada do que eu estou vendo o Bassul não conseguiria fazer. TIREM ESSA HORTÊNCIA DAÍ, PELO AMOR DE DEUS!!! Noa-se claramente que não é um grupo de verdade. Não estão fechadas com o tecnico, não há identificação entre as meninas e o técnico e nem entre elas mesmas. Não se vê união, atitude de grupo. E é incrível o que a Helen erra de arremesso de 3. É aproveitamento de jogadora de nível d. Isso é uma seleção. A Érica é a única jogadora de nível internacional que temos. E olhe lá, infelizmente. Essa é a realidade. Mas ainda se houvesse um esquema tático que organizasse a equipe e potencializasse o desempenho das jogadoras, as coisas poderiam ser um pouco melhores. Se um time tirar a Érica do jogo (e qualquer equipe de nível vai perceber que é isso que tem que ser feito), o Brasil não anda.

Anônimo disse...

essa estoria e mal contada no mundo todo, eu tambme nao achei nada no site da federacao espanhola, ou grega, ou americana, eu acho mesmo e que os dirigentes estao metendo a mao em todos os paises.....

Anônimo disse...

GUTO
INTERESSANTE SEU COMENTÁRIO,BALA DAS 11,17.DO TIME QUE JOGOU O MUNDIAL DE 2006,ESTÃO AI-ALESSANDRA-KELLY-ÉRIKA-SILVIA-KAREN-IZIANE-HELEN-ADRIANINHA,QUASE 70% DO TIME.FALTARAM MICAELA(CORTADA)EGA(NÃO FOI CONVOCADA)CINTIA E JANETE. O BRASIL FOI QUARTO LUGAR,PERDENDO UM JOGO NOS 4 MINUTOS FINAIS DA AUSTRÁLIA,NA SEMI FINAL,AUSTRÁLIA QUE FOI CAMPEÃ,E O VILÃO DA HISTÓRIA ERA O BARBOSA,COM SEUS HIGH LOW,MAS QUE ERAM EFICIENTES,O BRASIL FEZ 106 A 86 DA COREIA,O TIME JOGAVA COM GANA,COM VONTADE,HOJE UM TIME SEM VIBRAÇÃO,SEM DETERMINAÇÃO.É...,"O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO"